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Lucas João Bassopa

Modelos de Formação de Professores em Moçambique

Licenciatura em Ensino Básico, em Habilitações de Supervisão Inspecção e Gestão das


Escolas Básicas.

Trabalho a ser entregue no departamento de Educação,


sob orientação de Dr. José Hélder Chamo

Universidade Licungo

Beira

2021
Os diferentes modelos de formação de professores adoptados em Moçambique no
período pós independência

A formação de professores constitui o epicentro para uma de qualidade tanto almejada pelo
Governo de Moçambique, principalmente a do ensino básico por se constituir como a base da
educação da criança e por ser uma prioridade do Governo no alcance a educação para todos,
ou seja, de acordo com INDE, (2008).

Desta feita, a formação do professor em Moçambique, já vinha decorrendo antes da


independência, em que excluía o povo moçambicano no sistema público de Educação pelo
regime colonial portuguesa. Assim, após a independência dotou-se novo sistema de educação
de educação. Agibo & Chicote (2013) salina que Desde a sua independência, em 1975,
Moçambique tem experimentado vários modelos de formação de professores, destacando
alguns:

 6ª classe + um a três meses que vigorou de 1975 a 1977;


 6ª classe + seis meses, de 1977 a 1982;
 6ª classe + 1 ano, 1982 e 1983,
 6ª classe + 3 anos, de 1983 a 1991;
 7ª classe + 3 anos, de 1991 aos nossos dias;
 IMAP (10ª classe + 2 anos), de 1997 aos nossos dias,
 7ª classe + 2 anos + 1 ano, em regime experimental, de 1999 à 2003;
 IMAP (10ª classe + 1 ano + 1 ano), de 1999 a 2004
 10ª classe + 3 anos, que está sendo implementado desde de 2018 até os dias atuais.
 Actualmente o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, considera o início do
programa de formação de professores 12ª+3 anos, como parte das realizações do
Governo para assegurar que todo Moçambicano tenha acesso ao ensino e educação de
qualidade.

Analise crítica (pontos fortes, pontos fracos, sugestões) de Modelo de formação 10ª +1 ano.

No que concerne ao modelo introduzido pelo Governo de Moçambique nos Institutos de


Formação de Professores, o modelo 10ª + 1 ano, tem criado várias disputas e debates no que
diz respeito ao ponto fraco deste modelo é o período de duração do mesmo e também por se
considerar que devido à falta de capacidades e conhecimentos sólidos dos candidatos nas
classes antecedentes, em particular no termino da 10ª classe, o que se torna mais grave dado o
facto de que os cursos de formação de professores apenas visam desenvolverem as didácticas
e métodos de ensino e aprendizagem sem tomar-se em grande consideração os conhecimentos
que os se parte do principio que os professores quando ingressam no Instituto de Formação de
Professores (IFP), trazem consigo conhecimentos sólidos dos conteúdos leccionados na classe
prevista para o ingresso (10ª), e as que a antecede. Por ouro lado, de acordo com Agibo,
(2017), a formação do professor de 10ª + 1, tende a ter um ponto forte na ideia de formar mais
professores em curto espaço de tempo e manter o crescimento da massa salarial, bem como a
necessidade de responder os desafios do milénio, contribuíram para a sua introdução, visto
que a crescente procura de professores em Moçambique, tem vindo aumentar rapidamente
desde o ano de 1992, particularmente no Ensino Primário. Outro aspecto que importa ressaltar
tem a ver com as reais necessidades em resposta do rápido crescimento de alunos nas EPC do
país, assim através deste modelo de formação de professores, tende a crescer o número de
professores de EPC por causa da duração de um ano.

Por fim, como sugestão, é de referir que garantir o atendimento de aumento dos professores
no país não significa garantir e ofertar educação pública de qualidade adequada. Assim, para
que estes desenvolvam os saberes e competências requeridos para a actividade docente devem
ser formados continuamente ao longo da carreira e, sobretudo, sentirem-se desafiados para o
seu desenvolvimento profissional.
Referências Bibliográficas

Agibo, M. Júlio & Chicote, L. Maria. (2013). Modelos de formação de professores em


Moçambique: Uma análise no processo histórico. Centro Universitário Moura Lacerda.

Agibo, M. Júlio. (2017). Formação de professores para o ensino básico em Moçambique:


Análise do modelo de formação 10ͣ + 1 ano. Caso dos institutos de formação de professores
da província de Nampula (2007-2016): Marília.

INDE/MINED. (2008). Plano Curricular do Ensino Básico: INDE/MINED – Moçambique.

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