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Civil - ISE - 2010/2011 - Matrizes


MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM 1

Matrizes

Introdução

Se m e n são números naturais, chama-se matriz real de tipo m n ("m vezes n" ou
"m por n") a uma aplicação

A : f1; 2; :::; mg f1; 2; :::; ng ! R:


(i; j) ! A (i; j)

Para simpli…car, em vez de A (i; j) ; escreve-se habitualmente ai;j :

Uma matriz A pode ser representada numa das formas:


2 3
a1;1 a1;2 a1;3 a1;n
6 7
6 a2;1 a2;2 a2;3 a2;n 7
6 7
6 a3;n 7
A = 6 a3;1 a3;2 a3;3 7.
6 . .. .. .. .. 7
6 .. . . . . 7
4 5
am;1 am;2 am;3 am;n

A = [ai;j ]i=1;:::;m ou A = [ai;j ]m n


j=1;:::;n

Atendendo à representação em forma de quadro, quando uma matriz é do tipo m n;


considera-se que a matriz tem m linhas e n colunas e, se m = n; a matriz diz-se quadrada,
dizendo–se nesse caso que a matriz é de ordem n.

Os elementos ai;j dizem-se as entradas da matriz, concretamente o elemento ai;j está


posicionado na linha de índice i e na coluna de índice j e é a entrada (i; j) da matriz A: Os
elementos com o mesmo índice de linha e coluna, isto é, os elementos ai;i ; dizem-se entradas
principais da matriz. Duas matrizes A e B são iguais se forem do mesmo tipo e as entradas
correspondentes forem iguais.

Exemplos de matrizes:
" #
2 1 0 5 31
1. A = - matriz de tipo 2 5:
1 0 1 1 2
(
1 se i + j é par
2. A = [ai;j ]4 4 em que ai;j = é a matriz quadrada de ordem 4, que
0 se i + j é ímpar
2 3
1 0 1 0
6 7
6 0 1 0 1 7
pode ser representada por A = 6 6 7
7
4 1 0 1 0 5
0 1 0 1
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
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Matrizes particulares

Se a matriz é do tipo 1 n diz-se uma matriz linha.

Se a matriz é do tipo n 1 diz-se uma matriz coluna.

(Às vezes chamam-se vectores às matrizes linha ou às matrizes coluna)

Se A = [ai;j ] i=1;:::;n é uma matriz quadrada, então:


j=1;:::;n

a diagonal principal de A é constituída pelas suas entradas principais (elementos


com índice de linha igual ao índice de coluna).
a matriz diz-se triangular superior se ai;j = 0; sempre que i > j;
a matriz diz-se triangular inferior se ai;j = 0; sempre que i < j;
a matriz diz-se diagonal se é triangular superior e inferior, ou seja se ai;j = 0;
sempre que i 6= j;

Matriz nula de tipo m n é a matriz Om n = [oij ]i=1;:::;m ; em que oij = 0, ou seja,


j=1;:::;n
2 3
0 0 0
6 7
6 0 0 0 7
Om n = 6
6 .. .. . . .. 7 .
4 . . . . 7
5
0 0 0 m n
(
1 se i = j
Matriz identidade de ordem n é a matriz In = [ai;j ] i=1;:::;n em que ai;j = ;
j=1;:::;n 0 se i 6= j
2 3
1 0 0
6 7
6 0 1 0 7
ou seja, In = 6
6 .... . . .. 7 :
4 . . . . 7
5
0 0 1 n n

A simétrica da matriz A = [ai;j ]i=1;:::;m é a matriz A = [bi;j ]i=1;:::;m ; onde bi;j = ai;j .
j=1;:::;n j=1;:::;n
2 3
k 0 0
6 7
6 0 k 0 7
Se k é um número real, então a matriz 6 7
6 .. .. . . . .. 7 diz-se uma matriz es-
4 . . . 5
0 0 k n n
calar. Uma matriz escalar é uma matriz diagonal em que todas as entradas principais

são iguais.
Nota: A matriz nula de ordem n e a matriz identidade de ordem n são casos partic-
ulares de matrizes escalares, com k = 0; no caso da matriz nula, e k = 1 ,no caso da
matriz identidade.
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Exemplos:
h i
8
1. Matriz linha: 3 0 0 2 5
2 3
2
6 7
6 1 7
2. Matriz coluna: 6
6
7
4 0 7
5
3
2 3
0 2 4
6 7
3. Matriz triangular superior: 4 0 3 0 5:
0 0 5
2 3
0 0 0
6 7
4. Matriz triangular inferior: 4 2 3 0 5 :
4 0 5
2 3
5 0 0
6 7
5. Matriz diagonal: 4 0 0 0 5:
0 0 2
2 3
3 0 0
6 7
6. Matriz escalar: 4 0 3 0 5:
0 0 3

Operações com matrizes

Transposição

Se A = [ai;j ]m n é uma matriz de tipo m n; a sua transposta é a matriz AT = [bi;j ]n m


de tipo n m tal que bi;j = aj;i :

Uma matriz quadrada diz-se simétrica se AT = A.

Exemplos:
2 3
" # 2 3
2 1 0 6 7
1. Se A = , então AT = 4 1 7 5:
3 7 2
0 2
2 3
2 1 0
6 7
2. A matriz A = 4 1 7 2 5 é simétrica pois A = AT :
0 2 13
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Soma

Se A = [ai;j ]m n e B = [bi;j ]m n são matrizes de tipo m n, de…ne-se a matriz:

A + B = [ci;j ]m n do mesmo tipo, onde ci;j = ai;j + bi;j :

Exemplo:
" # " # " #
2 1 0 2 1 5 4 0 5
Se A = eB= então A + B = :
3 7 2 3 2 1 0 9 1

Produto por um escalar

Se A = [ai;j ]m n é uma matriz de tipo m ne é um número real, de…ne-se a matriz:

:A = [ci;j ]m n do mesmo tipo, onde ci;j = ai;j :

Exemplo:

" # " # " #


2 1 0 2 1 0 4 2 0
Se A = então 2A = 2 =
3 7 2 3 7 2 6 14 4

Produto

Se A = [ai;j ]m q é uma matriz de tipo m q e B = [bi;j ]q n é uma matriz de tipo q n,


de…ne-se a matriz:
q
X
A B = [ci;j ]m n de tipo m n, onde ci;j = ai;k bk;j = ai;1 b1;j + ai;2 b2;j + ai;q bq;j :
k=1

Exemplos:
2 3
" # 2 "
1 3 # 6
2 1 06 7 0 5 6 18
1. Se A = eB=4 4 3 0 6 5 então A B = :
3 7 2 38 20 7 28
2 1 1 2
" # " # " # " #
1 2 2 3 0 13 7 8
2. Se A = eB= ; então A B = eB A= :
3 4 1 5 2 29 16 22

Observações:

1. Só é possível multiplicar matrizes se o número de colunas da primeira matriz for igual


ao número de linhas da segunda.
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2. No produto de matrizes omite-se habitualmente o sinal ; designando-se o produto da


matriz A pela matriz B por AB:

3. Seja C = AB: O elemento ci;j obtém-se fazendo o "produto interno" da linha i de A


pela coluna j de B:

(i) Multiplicando a matriz A pela coluna j de B obtém-se a coluna j da matriz C:


(ii) Multiplicando a linha i da matriz A pela matriz B obtém-se a linha i da matriz
C:

4. O produto de matrizes não goza da propriedade comutativa. Dadas duas quaisquer


matrizes A e B, pode não ser possível efectuar ambos os produtos AB e BA: Quando
as duas matrizes são quadradas, da mesma ordem, é possível efectuar AB e BA; mas
também não se veri…ca a comutatividade (a não ser em alguns casos particulares),
como se pode veri…car com o exemplo 2 acima.

Propriedades

Soma, produto por um escalar e transposição

Se A; B e C são matrizes de tipo m n, O é a matriz nula do mesmo tipo e ; são números


reais, veri…cam-se:

1. A + B = B + A (comutatividade)

2. (A + B) + C = A + (B + C) (associatividade)

3. A + O = A (elemento neutro)

4. A + ( A) = O (existência de simétricos)

5. (A + B) = A + B

6. ( + ) A = A + A

7. ( A) = ( )A

8. 1A = A

9. O=O
T
10. AT =A

11. (A + B)T = AT + B T

12. ( A)T = AT
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Produto

Se A; B e C são matrizes, O é a matriz nula e é um número real então, sempre que os


produtos sejam possíveis, veri…cam-se:

1. (AB) C = A (BC) :

2. Se A é do tipo m n, então AOn n = Om n = Om m A:

3. Se A é do tipo m n, então AIn = A = Im A:

4. (A + B) C = AC + BC e A (B + C) = AB + AC:

5. (AB) = ( A) B = A ( B) :

6. (AB)T = B T AT :

7. Se A e B são matrizes diagonais, AB é uma matriz diagonal.

8. Se A e B são matrizes triangulares superiores, AB é uma matriz triangular superior.

9. Se A e B são matrizes triangulares inferiores, AB é uma matriz triangular inferior.

Inversa de uma matriz

Seja A uma matriz de ordem n. Se existe uma matriz X tal que AX = XA = In ; diz-se que
a matriz A é invertível; A matriz X diz-se a inversa de A e denota-se X = A 1 .

Se a matriz A é invertível, a sua inversa é única.

Exemplos:
" # " #
1 1
1 2 1 2 2
1. A matriz A = é invertível e a sua inversa é A = 1 1
:
1 2 4 4
" #
1 2
2. A matriz A = não é invertível. Vejamos porquê:
1 2
" #
a b
Considerando uma matriz arbitrária X = ; veri…ca-se que a equação
c d
8
>
> a + 2c = 1
" #" # " # " # " # >
>
1 2 a b 1 0 a + 2c b + 2d 1 0 < b + 2d = 0
= , = ,
1 2 c d 0 1 a + 2c b + 2d 0 1 > a + 2c = 0
>
>
>
: b + 2d = 1

leva a um sistema impossível.


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Propriedades

Se A e B são matrizes invertíveis de ordem n, veri…cam-se:


1 1
(i) A é invertível e (A 1 ) = A.
1
(ii) AB é invertível e (AB) = B 1A 1.
1 T
(iii) AT é invertível e AT = (A 1 ) :
1 1
(iv) Se A é invertível e 6= 0 é um número real, então A é invertível e ( A) = A 1.
1
(v) Se A é diagonal, A é também diagonal.
1
(vi) Se A é triangular, A é também triangular.

Matriz em forma de escada

Seja A = [ai;j ]m n uma matriz real de tipo m n:

A matriz A está em forma de escada (ou em escada de linhas) se, para cada linha
i 2 f1; 2; :::; mg ; se veri…ca:

Caso 1 A linha i é nula


Então, para todo o r > i; a linha r é nula.

Caso 2 A linha i não é nula


Se ai;s é o primeiro elemento não nulo da linha i (denominado o pivot); então para
todo o l > i e para todo o c s; al;c = 0.

A matriz A = [ai;j ]m n está na forma condensada (ou em escada de linhas reduzida) se


está em forma de escada e, para cada linha i 2 f1; 2; :::; mg se veri…cam:

1. O pivot é igual a 1;

2. Se ai;s é o pivot, então para todo o l < i; al;s = 0.

Exemplos:
2 3
2 2 0 19 0 3
6 7
1. A matriz 4 0 0 4 3 0 6 5 está em forma de escada.
0 0 0 0 1 2
2 19 3
3
1 1 0 2
0 2
6 3 3 7
2. A matriz 4 0 0 1 4
0 2 5 está em forma condensada.
0 0 0 0 1 2
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Operações elementares sobre as linhas de uma matriz

Tipos de operações elementares

Tipo I Trocar duas linhas;

Tipo II Multiplicar uma linha por um escalar não nulo;

Tipo III Somar a uma linha outra multiplicada por um escalar.

Observação: Podem-se de…nir operações elementares análogas sobre as colunas.

Exemplos:
2 3 2 3
2 2 4 2 2 4
6 7 6 7
6 0 0 0 7 !6 0 1 1 7
6
1. Tipo I: 6 7 6
L2 $ L4 6 7:
7 7
4 2 5 7 5 4 2 5 7 5
0 1 1 0 0 0
2 3 2 3
2 2 4 1 1 2
6 7 6 7
6 0 1 1 7 1!6 0 1 1 7
2. Tipo II: 6 7 6 7
6 2 5 7 7 2 L1 6 2 5 7 7 :
4 5 4 5
0 0 0 0 0 0
2 3 2 3 2 3
1 1 2 1 1 2 1 1 2
6 7 6 7 6 7
6 0 1 1 7 !6 0 1 1 7 !6 0 1 1 7
3. Tipo III: 6 7
6 2 5 7 7 L3 2L1 + L3 6
6 0
7 L3 3L2 + L3 6 7
4 5 4 3 3 7
5
6 0 0 0 7
4 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0

Teorema: Toda a matriz pode ser transformada, através de operações elementares, numa
matriz em forma de escada.

Teorema: Toda a matriz pode ser transformada, através de operações elementares, numa
matriz condensada.

Observação: A partir de uma matriz podem-se obter muitas matrizes em forma de escada,
mas só uma matriz condensada, isto é, a forma condensada de uma matriz é única

Característica da matriz

A característica de uma matriz A é o número de linhas não nulas de uma qualquer


matriz em forma de escada que possa ser obtida de A através de operações elementares. É
costume representar a característica de uma matriz A por carA:
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Exemplos:
2 3
2 2 4
6 7
6 0 1 1 7
1. car 6
6 2
7 = 2, pois por meio de operações elementares (ver exemplo anterior)
4 5 7 7
5
0 0 0
obtém-se 2 3
1 1 2
6 7
6 0 1 1 7
6 7
6 0 0 0 7;
4 5
0 0 0
que está em forma de escada e tem duas linhas não nulas.

2. 8m; n 2 N; carOm n = 0: (Só a matriz nula, de qualquer tipo, tem característica 0)

Método de eliminação de Gauss


Este método permite obter uma forma de escada ou a forma condensada de qualquer ma-
triz. É de especial importância para a resolução de sistemas de equações lineares, que será
estudada no capítulo seguinte

Seja A = [ai;j ] uma matriz de tipo m n.

1a FASE - Eliminação descendente

Esta fase permite obter uma matriz em forma de escada a partir da matriz inicial.

1. Efectuam-se as trocas de linhas necessárias (operação elementar de tipo I) de modo a que


as primeiras k linhas da matriz sejam não nulas e as últimas m k linhas sejam nulas.

Exemplo:

2 3 2 3
0 0 0 1 2 2 0 0 0 1 2 2
6 7 6 7
6 0 2 2 3 1 1 7 6 0 2 2 3 1 1 7
6 7 ! 6 7
6 0 2 7 6 2 7
6 3 3 1 1 7 L 4 $ L5 6 0 3 3 1 1 7.
6 7 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5 4 0 5 5 4 0 1 5
0 5 5 4 0 1 0 0 0 0 0 0

2. Faz-se a primeira escolha de pivot. Para isso escolhe-se um elemento da primeira coluna
não nula. Se esse elemento estiver na primeira linha, passa-se ao passo três. Se não
estiver na primeira linha, efectua-se uma troca de linhas de modo a que passe a estar
na primeira linha.
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Exemplo:
2 3 2 3
0 0 0 1 2 2 0 2 2 3 1 1
6 7 6 7
6 0 2 2 3 1 1 7 6 0 0 0 1 2 2 7
6 7 ! 6 7
6 0 3 3 1 1 2 7 L $ L 6 0 3 3 1 1 2 7
6 7 1 2 6 7
6 7 6 7
4 0 5 5 4 0 1 5 4 0 5 5 4 0 1 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3. Utilizando o pivot escolhido anulam-se todos os outros elementos da coluna respectiva,


efectuando operações elementares de tipo III.

Exemplo:
2 3
2 3 0 2 2 3 1 1
6
0 2 2 3 1 1
7 !6 6 0 0 0 1 2 2
7
7
6 0 0 0 1 2 2 7 L3 3 6 7
6 7 L1 + L 3 6 7 5 7 7
6 0 2 6 0 0 0 7
6 3 3 1 1 2 7
7 6 2 2 2 7
6 7 5 6 7
4 0 5 5 4 0 1 5 L4 L1 + L 4 6 7 5 7 7
2 6 0 0 0 7
4 2 2 2 5
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0

4. Se necessário repete-se o passo 1 e, seguidamente, faz-se nova escolha de pivot, procu-


rando, abaixo da linha 1 a primeira coluna não nula e nesta escolhendo um elemento
não nulo. Escolhido o pivot, repete-se o passo 3.

Exemplo:
2 3 2 3
0 2 2 3 1 1 0 2 2 3 1 1
6 7 !6 7
6 0 0 0 1 2 2 7 6 0 0 0 1 2 2 7
6 7 7 6 7
6 7 5 7 7 L3 L 2 + L3 6 9 7 7
6 0 0 0 7 2 6 0 0 0 0 7
6 2 2 2 7 6 2 2 7
6 7 7 6 7
6 7 5 7 7 L4 L 1 + L4 6 9 7 7
6 0 0 0 7 2 6 0 0 0 0 7
4 2 2 2 5 4 2 2 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

5. Repetem-se os passos anteriores, escolhendo sucessivos pivots, até a matriz estar em forma
de escada.

Exemplo:
2 3
0 2 2 3 1 1 2 3
6 7 0 2 2 3 1 1
6 0 0 0 1 2 2 7 6 7
6 7 6 0 0 0 1 2 2 7
6 9 7 7 !6 7
6 0 0 0 0 7 6 9 7 7
6 7 L4 L 3 + L4 6 0 0 0 0 7
6 2 2 7 6 2 2 7
6 7 6 7
6 9 7 7 4 0 0 0 0 0 0 5
6 0 0 0 0 7
4 2 2 5
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
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6. Quando a matriz está em forma de escada termina a eliminação descendente.

2a FASE - Normalização dos pivots

7. Na matriz em forma de escada obtida anteriormente, para cada pivot diferente de 1,


multiplica-se a linha correspondente pelo inverso do pivot, isto é, sendo ai;s 6= 1 um
1
pivot situado na linha i, efectua-se: Li Li :
ai;s

(Com vista a obter uma forma condensada da matriz, esta fase do processo pode ser efectuada
entre a fase descendente e a fase ascendente ou ao longo da eliminação ascendente, consoante
for mais conveniente.)

Exemplo:

2 3 2 3
0 2 2 3 1 1 3 1 1
0 1 1
6 7 !6 2 2 2 7
6 0 0 0 1 2 2 7 1 6 7
6 7 L1 L1 6 0 0 0 1 2 2 7
6 9 7 7 2 6 7 7
6 0 0 0 0 7 6 7
6 2 2 7 2 6 0 0 0 0 1 7
6 7 L L3 6 9 7
6 7 3 9 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5 4 0 0 0 0 0 0 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3a FASE - Eliminação ascendente

Estando a matriz em forma de escada, esta fase do método permite obter uma
matriz em forma condensada.

8. Usando o último pivot anulam-se todos os elementos não nulos na coluna onde esse pivot
esteja situado, efectuando operações elementares de tipo III..

Exemplo:

2 3 1 3
2 3 0 1 1 0
3 1 1
0 1 1 6 2 9 7
6 2 2 2 7 6 7
6 7 !6 4 7
6 0 0 0 1 2 2 7 L 2L3 + L2 6 0 0 0 1 0 7
6 7 7 2 6 9 7
1. 6
6 0 0 0 0
7
7 L 1 6 7
L3 + L 1 6 7
1 7
6 9 7 1 6 0 0 0 0 1 7
6 7 2 6 9 7
4 0 0 0 0 0 0 5 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0

9. O processo repete-se com os pivots seguintes (de baixo para cima), até a matriz estar em
forma condensada.
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Exemplo:

2 3 2 5 3
3 1 0 1 1 0 0
0 1 1 0 6 9 7
6 2 9 7 6 7
6 7 6 4 7
6 4 7
6 0 0 0
6
1 0
9
7
7 !66
0 0 0 1 0
9
7
7
6 7 L1 3 6 7
6 7 7 L 2 + L1 6 7 7
6 0 0 0 0 1 7 2 6 0 0 0 0 1 7
6 9 7 6 9 7
6 7 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

10. No …nal da eliminação ascendente a matriz obtida encontra-se em forma


condensada.

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