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Matrizes
Introdução
Se m e n são números naturais, chama-se matriz real de tipo m n ("m vezes n" ou
"m por n") a uma aplicação
Exemplos de matrizes:
" #
2 1 0 5 31
1. A = - matriz de tipo 2 5:
1 0 1 1 2
(
1 se i + j é par
2. A = [ai;j ]4 4 em que ai;j = é a matriz quadrada de ordem 4, que
0 se i + j é ímpar
2 3
1 0 1 0
6 7
6 0 1 0 1 7
pode ser representada por A = 6 6 7
7
4 1 0 1 0 5
0 1 0 1
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
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Matrizes particulares
A simétrica da matriz A = [ai;j ]i=1;:::;m é a matriz A = [bi;j ]i=1;:::;m ; onde bi;j = ai;j .
j=1;:::;n j=1;:::;n
2 3
k 0 0
6 7
6 0 k 0 7
Se k é um número real, então a matriz 6 7
6 .. .. . . . .. 7 diz-se uma matriz es-
4 . . . 5
0 0 k n n
calar. Uma matriz escalar é uma matriz diagonal em que todas as entradas principais
são iguais.
Nota: A matriz nula de ordem n e a matriz identidade de ordem n são casos partic-
ulares de matrizes escalares, com k = 0; no caso da matriz nula, e k = 1 ,no caso da
matriz identidade.
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Exemplos:
h i
8
1. Matriz linha: 3 0 0 2 5
2 3
2
6 7
6 1 7
2. Matriz coluna: 6
6
7
4 0 7
5
3
2 3
0 2 4
6 7
3. Matriz triangular superior: 4 0 3 0 5:
0 0 5
2 3
0 0 0
6 7
4. Matriz triangular inferior: 4 2 3 0 5 :
4 0 5
2 3
5 0 0
6 7
5. Matriz diagonal: 4 0 0 0 5:
0 0 2
2 3
3 0 0
6 7
6. Matriz escalar: 4 0 3 0 5:
0 0 3
Transposição
Exemplos:
2 3
" # 2 3
2 1 0 6 7
1. Se A = , então AT = 4 1 7 5:
3 7 2
0 2
2 3
2 1 0
6 7
2. A matriz A = 4 1 7 2 5 é simétrica pois A = AT :
0 2 13
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Soma
Exemplo:
" # " # " #
2 1 0 2 1 5 4 0 5
Se A = eB= então A + B = :
3 7 2 3 2 1 0 9 1
Exemplo:
Produto
Exemplos:
2 3
" # 2 "
1 3 # 6
2 1 06 7 0 5 6 18
1. Se A = eB=4 4 3 0 6 5 então A B = :
3 7 2 38 20 7 28
2 1 1 2
" # " # " # " #
1 2 2 3 0 13 7 8
2. Se A = eB= ; então A B = eB A= :
3 4 1 5 2 29 16 22
Observações:
Propriedades
1. A + B = B + A (comutatividade)
2. (A + B) + C = A + (B + C) (associatividade)
3. A + O = A (elemento neutro)
4. A + ( A) = O (existência de simétricos)
5. (A + B) = A + B
6. ( + ) A = A + A
7. ( A) = ( )A
8. 1A = A
9. O=O
T
10. AT =A
11. (A + B)T = AT + B T
12. ( A)T = AT
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Produto
1. (AB) C = A (BC) :
4. (A + B) C = AC + BC e A (B + C) = AB + AC:
5. (AB) = ( A) B = A ( B) :
6. (AB)T = B T AT :
Seja A uma matriz de ordem n. Se existe uma matriz X tal que AX = XA = In ; diz-se que
a matriz A é invertível; A matriz X diz-se a inversa de A e denota-se X = A 1 .
Exemplos:
" # " #
1 1
1 2 1 2 2
1. A matriz A = é invertível e a sua inversa é A = 1 1
:
1 2 4 4
" #
1 2
2. A matriz A = não é invertível. Vejamos porquê:
1 2
" #
a b
Considerando uma matriz arbitrária X = ; veri…ca-se que a equação
c d
8
>
> a + 2c = 1
" #" # " # " # " # >
>
1 2 a b 1 0 a + 2c b + 2d 1 0 < b + 2d = 0
= , = ,
1 2 c d 0 1 a + 2c b + 2d 0 1 > a + 2c = 0
>
>
>
: b + 2d = 1
Propriedades
A matriz A está em forma de escada (ou em escada de linhas) se, para cada linha
i 2 f1; 2; :::; mg ; se veri…ca:
1. O pivot é igual a 1;
Exemplos:
2 3
2 2 0 19 0 3
6 7
1. A matriz 4 0 0 4 3 0 6 5 está em forma de escada.
0 0 0 0 1 2
2 19 3
3
1 1 0 2
0 2
6 3 3 7
2. A matriz 4 0 0 1 4
0 2 5 está em forma condensada.
0 0 0 0 1 2
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Exemplos:
2 3 2 3
2 2 4 2 2 4
6 7 6 7
6 0 0 0 7 !6 0 1 1 7
6
1. Tipo I: 6 7 6
L2 $ L4 6 7:
7 7
4 2 5 7 5 4 2 5 7 5
0 1 1 0 0 0
2 3 2 3
2 2 4 1 1 2
6 7 6 7
6 0 1 1 7 1!6 0 1 1 7
2. Tipo II: 6 7 6 7
6 2 5 7 7 2 L1 6 2 5 7 7 :
4 5 4 5
0 0 0 0 0 0
2 3 2 3 2 3
1 1 2 1 1 2 1 1 2
6 7 6 7 6 7
6 0 1 1 7 !6 0 1 1 7 !6 0 1 1 7
3. Tipo III: 6 7
6 2 5 7 7 L3 2L1 + L3 6
6 0
7 L3 3L2 + L3 6 7
4 5 4 3 3 7
5
6 0 0 0 7
4 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Teorema: Toda a matriz pode ser transformada, através de operações elementares, numa
matriz em forma de escada.
Teorema: Toda a matriz pode ser transformada, através de operações elementares, numa
matriz condensada.
Observação: A partir de uma matriz podem-se obter muitas matrizes em forma de escada,
mas só uma matriz condensada, isto é, a forma condensada de uma matriz é única
Característica da matriz
Exemplos:
2 3
2 2 4
6 7
6 0 1 1 7
1. car 6
6 2
7 = 2, pois por meio de operações elementares (ver exemplo anterior)
4 5 7 7
5
0 0 0
obtém-se 2 3
1 1 2
6 7
6 0 1 1 7
6 7
6 0 0 0 7;
4 5
0 0 0
que está em forma de escada e tem duas linhas não nulas.
Esta fase permite obter uma matriz em forma de escada a partir da matriz inicial.
Exemplo:
2 3 2 3
0 0 0 1 2 2 0 0 0 1 2 2
6 7 6 7
6 0 2 2 3 1 1 7 6 0 2 2 3 1 1 7
6 7 ! 6 7
6 0 2 7 6 2 7
6 3 3 1 1 7 L 4 $ L5 6 0 3 3 1 1 7.
6 7 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5 4 0 5 5 4 0 1 5
0 5 5 4 0 1 0 0 0 0 0 0
2. Faz-se a primeira escolha de pivot. Para isso escolhe-se um elemento da primeira coluna
não nula. Se esse elemento estiver na primeira linha, passa-se ao passo três. Se não
estiver na primeira linha, efectua-se uma troca de linhas de modo a que passe a estar
na primeira linha.
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Exemplo:
2 3 2 3
0 0 0 1 2 2 0 2 2 3 1 1
6 7 6 7
6 0 2 2 3 1 1 7 6 0 0 0 1 2 2 7
6 7 ! 6 7
6 0 3 3 1 1 2 7 L $ L 6 0 3 3 1 1 2 7
6 7 1 2 6 7
6 7 6 7
4 0 5 5 4 0 1 5 4 0 5 5 4 0 1 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Exemplo:
2 3
2 3 0 2 2 3 1 1
6
0 2 2 3 1 1
7 !6 6 0 0 0 1 2 2
7
7
6 0 0 0 1 2 2 7 L3 3 6 7
6 7 L1 + L 3 6 7 5 7 7
6 0 2 6 0 0 0 7
6 3 3 1 1 2 7
7 6 2 2 2 7
6 7 5 6 7
4 0 5 5 4 0 1 5 L4 L1 + L 4 6 7 5 7 7
2 6 0 0 0 7
4 2 2 2 5
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
Exemplo:
2 3 2 3
0 2 2 3 1 1 0 2 2 3 1 1
6 7 !6 7
6 0 0 0 1 2 2 7 6 0 0 0 1 2 2 7
6 7 7 6 7
6 7 5 7 7 L3 L 2 + L3 6 9 7 7
6 0 0 0 7 2 6 0 0 0 0 7
6 2 2 2 7 6 2 2 7
6 7 7 6 7
6 7 5 7 7 L4 L 1 + L4 6 9 7 7
6 0 0 0 7 2 6 0 0 0 0 7
4 2 2 2 5 4 2 2 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
5. Repetem-se os passos anteriores, escolhendo sucessivos pivots, até a matriz estar em forma
de escada.
Exemplo:
2 3
0 2 2 3 1 1 2 3
6 7 0 2 2 3 1 1
6 0 0 0 1 2 2 7 6 7
6 7 6 0 0 0 1 2 2 7
6 9 7 7 !6 7
6 0 0 0 0 7 6 9 7 7
6 7 L4 L 3 + L4 6 0 0 0 0 7
6 2 2 7 6 2 2 7
6 7 6 7
6 9 7 7 4 0 0 0 0 0 0 5
6 0 0 0 0 7
4 2 2 5
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
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(Com vista a obter uma forma condensada da matriz, esta fase do processo pode ser efectuada
entre a fase descendente e a fase ascendente ou ao longo da eliminação ascendente, consoante
for mais conveniente.)
Exemplo:
2 3 2 3
0 2 2 3 1 1 3 1 1
0 1 1
6 7 !6 2 2 2 7
6 0 0 0 1 2 2 7 1 6 7
6 7 L1 L1 6 0 0 0 1 2 2 7
6 9 7 7 2 6 7 7
6 0 0 0 0 7 6 7
6 2 2 7 2 6 0 0 0 0 1 7
6 7 L L3 6 9 7
6 7 3 9 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5 4 0 0 0 0 0 0 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Estando a matriz em forma de escada, esta fase do método permite obter uma
matriz em forma condensada.
8. Usando o último pivot anulam-se todos os elementos não nulos na coluna onde esse pivot
esteja situado, efectuando operações elementares de tipo III..
Exemplo:
2 3 1 3
2 3 0 1 1 0
3 1 1
0 1 1 6 2 9 7
6 2 2 2 7 6 7
6 7 !6 4 7
6 0 0 0 1 2 2 7 L 2L3 + L2 6 0 0 0 1 0 7
6 7 7 2 6 9 7
1. 6
6 0 0 0 0
7
7 L 1 6 7
L3 + L 1 6 7
1 7
6 9 7 1 6 0 0 0 0 1 7
6 7 2 6 9 7
4 0 0 0 0 0 0 5 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
9. O processo repete-se com os pivots seguintes (de baixo para cima), até a matriz estar em
forma condensada.
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Exemplo:
2 3 2 5 3
3 1 0 1 1 0 0
0 1 1 0 6 9 7
6 2 9 7 6 7
6 7 6 4 7
6 4 7
6 0 0 0
6
1 0
9
7
7 !66
0 0 0 1 0
9
7
7
6 7 L1 3 6 7
6 7 7 L 2 + L1 6 7 7
6 0 0 0 0 1 7 2 6 0 0 0 0 1 7
6 9 7 6 9 7
6 7 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5 6 7
4 0 0 0 0 0 0 5
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0