NEUROANATOMIA – MEDULA Arco reflexo intersegmentar: o estímulo é em um segmento e
termina no outro. Envolve 2 sinapses e 3 neurônios (motor,
3 propriedades celulares para sobrevivência celular: sensitivo e de associação) 1) Irritabilidade: detecta mudanças no meio Arco reflexo patelar: estímulo na patela percorre pelo 2) Condutibilidade: conduz estímulo sensitivo até a medula em que faz sinapse com o motor, 3) Contratilidade: célula pode encurtar com o estímulo inervando o musculo quadríceps. É exemplo de um reflexo intrassegmentar Células que têm irritabilidade e condutibilidade são chamadas A ultima região a mielinizar é a região anterior do lobo frontal de neurônio (responsável pelas funções psíquicas superiores) Receptor: transforma estímulo físico e químico em impulso Primeiro trimestre de gravidez sob ação de teratógenos: pode nervoso, podendo mandar p mm efetuador, mm ou glândula. afetar a proliferação neuronal, reduzir o numero de neurônios e Neurônios sensitivos/Aferentes: de superfície. Recebem causar microcefalia. impulso e conduzem ao SNC. Recebem impulso do meio Segundo/terceiro trimestre: reduz numero de sinapse externo e comunica ao interno. (teratógenos) e pode dar retardo mental Neurônios motores/Eferentes: conduzem do snc ao mm Desnutrição, falta de estímulos ambientais também pode efetuador ou glândula, determinando contração ou secreção. interferir. Levam impulso. Podem ter origem dentro do SNC (neurônios Falhas no fechamento do tubo neural: espinha bífida (dura que inervam a mm esquelética) ou fora, sendo os pós- mater e medula estão normais. Porção dorsal da vertebra ta ganglionares (inervam mm liso, cardíaco ou glândulas). aberta) e meningocele (dura-mater se sobressai como um Neurônios que saem do cérebro e vao p cerebelo são eferentes balão, envolvendo medula e raízes nervosas) do cérebro e aferentes ao cerebelo. Uso de ácido fólico tem ajudado na redução dessas Conexão de aferente com eferente dá-se na sinapse. adversidades. ARCO REFLEXO SIMPLES: aferente -> gânglio -> Epilepsia causada por erro de migração de neurônio é a mais eferente. grave e geralmente só corrige com cirurgia Arco reflexo intrasegmentar: conexã entre os neurônios é num só segmento Divisão do SN com base em critérios anatômicos Neurônio de associação/interneuronios: conecta dois neurônios (afe ao efe). Seu corpo ta no SNC e sua presença torna tudo mais complexo. Podem ter axônios longos ou curtos Nervos: cordões esbranquiçados que unem SNC à periferia. Se SNC a união é no encéfalo, é chamado de craniano. Se na medula, espinal. Gânglios: contem corpos de neurônios. Podem ser gânglios Encéfalo Medula autônomos, perto de vísceras, ou sensitivos, logo após emergirem da medula pela raiz dorsal/posterior (parte mais alngada da medula) Tronco O sistema nervoso pode ser dividido conforme origem Cérebro Cerebelo embrionário, tendo: o Prosencéfalo (será o cérebro) Telencéfalo Mesencéfalo Ponte Bulbo Diencéfalo o Rombencéfalo Metencéfalo (cerebelo e ponte) Mielencéfalo (bulbo) o Mesencéfalo Ainda há a divisão entre somático e visceral o Somático: conecta ao exterior (componente aferente e eferente) SNP o Visceral: correlaciona inervação com estrutura visceral (tb tem afe -viscera -> snc- e efe – leva de centro superior a gll, mm e miocardio) Nervos Gânglios O componente eferente do visceral é chamado de autônomo e divide-se em: SNC: está dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e Simpático coluna vertebral) Parassimpatico SNP: esqueleto apendicular Há ainda a divisão segmentar (não há córtex -> subs cinzenta ta dentro da branca. Medula e TE constituem essa porção e comunicam o suprassegmentar com o resto do corpo) e negativas e potássio. (K+ ); e o meio extracelular, onde suprassegmentar (subs cinzenta ta fora da branca -> cérebro e predominam sódio (Na+ ) e cloro (Cl). As cargas elétricas cerebelo -> arcos reflexos estão aqui) dentro e fora da célula são responsáveis pelo estabelecimento ARCO REFLEXO: neurônio sensitivo faz sinapse com de um potencial elétrico de membrana. Na maioria dos interneurônio que manda p o neurônio de segunda ordem, o neurônios, 0 potencial de membrana em repouso está em qual inerva a dada musculatura. Depois de retirado o perigo, torno de -60 a -70mV, com excesso de cargas negativas neurônios sensitivos fazem sinapse com os interneurônios que dentro da célula. Movimento de íons através da membrana mandam impulsos ao cérebro, permitindo sua interpretação. permitem alterações deste potencial. Como se sabe, íons só (Enviam por fibras ascendentes, constituindo vias atravessam a membrana através de canais iônicos, segundo o ascendentes). Se for necessária resp motora pelo cérebro, por gradiente de concentração. Os canais iônicos são formados vias descendentes, essa info é comandada (sobretudo pelo cerebelo). Caso seja algo relevante, a informação é por proteína e caracterizam-se pela seletividade e, alguns armazenada como memoria. deles, pela capacidade de fechar-se e abrir-se. A maioria dos Se a comunicação do reflexo não precisar de interneurônio, neurônios possui três regiões responsáveis por funções será chamado reflexo simples.. Se precisar, sera chamado de especializadas: corpo celular, dendritos e axônio. reflexo somático/visceral. CORPO CELULAR: Contém núcleo e citoplasma com as organelas citoplasmáticas usualmente encontradas em outras TECIDO NERVOSO células. O núcleo é geralmente vesiculoso com um ou mais Composto por: nucléolos evidentes. Mas encontram-se também neurônios o Neuronio: unidade funcional. Recebe, processa e envia com núcleos densos, como é o caso dos núcleos dos grânulos informações do córtex cerebelar. O citoplasma do corpo celular recebe o o Células da glia: faz defesa, nutre. nome de pericário, termo que, às vezes, é usado como o Neuróglia: preenche os espaços entre os neurônios sinônimo de corpo celular. No pericário, salienta-se a riqueza Células neurais não se dividem, exceto bulbo e hipocampo. em ribosomas, retículo endoplasmático granular e agranular e Neurônios: excitáveis. Comunicam entre si ou com células aparelho de Golgi efetuadoras (mm/secretoras) usando mudança de potencial de Os ribosomas podem concentrar-se em pequenas áreas membrana. A membrana celular separa dois ambientes que citoplasmáticas onde ocorrem livres ou aderidos a cisternas apresentam composições iônicas próprias: o meio intracelular do retículo endoplasmático. Em consequência, à microscopia (citoplasma), onde predominam íons orgânicos com cargas óptica, vêem-se grumos basófilos, conhecidos como mostram apenas o corpo neuronal e, nos maiores, as porções corpúsculos de Nissl ou substância cromidial. Mitocôndrias, iniciais de seus prolongamentos. A visualização desses últimos abundantes e geralmente pequenas, estão distribuídas por exige técnicas especiais de coloração. O corpo celular é. como todo o pericário, especialmente ao redor dos corpúsculos de os dendritos, local de recepção de estímulos, através de Nissl, sem, no entanto, penetrá-los. Microtúbulos e contatos sinápticos. Nas áreas da membrana plasmática do micromentos de actina são idênticos aos de células não- corpo neuronal que não recebem contatos sinápticos apóiam- neuronais, mas os filamentos intermediários (8 a llnm de se elementos gliais. diâmetro) diferem, por sua constituição bioquímica, dos das DENDRITOS: Geralmente são curtos (de alguns micrômetros a demais células; são específicos dos neurônios, razão pela qual alguns milímetros de comprimento) e ramificam-se se denominam neurofilamentos. O corpo celular é o centro profusamente, à maneira de galhos de uma árvore, em ângulo metabólico do neurônio, responsável pela síntese de todas as agudo, originando dendrites de menor diâmetro. Apresentam proteínas neuronais, bem como pela maioria dos processos contorno irregular. Podem apresentar os mesmos de degradação e renovação de constituintes celulares, constituintes citoplasmáticos do pericário. No entanto, o inclusive de membranas. As funções de degradação justificam aparelho de Golgi limita-se as porções mais calibrosas, a riqueza em lisosomas, entre os quais os chamados grânulos próximas ao pericário. Já a substância de Nissl penetra nos de lipofuscina. Estes são corpos lisosômicos residuais que ramos mais afastados, diminuindo gradativãmente até ser aumentam em número com a idade. A forma e o tamanho do excluída das menores divisões. Caracteristicamente, os corpo celular são extremamente variáveis, conforme o tipo de microtúbulos são elementos predominantes nas porções neurônio. Por exemplo, nas células de Purkinje do córtex iniciais e ramificações mais espessas. Os dendrites são cerebelar, os corpos celulares são piriformes e grandes; nesse especializados em receber estímulos, traduzindo-os em mesmo córtex, nos grânulos do cerebelo, são esferoidais, com alterações do potencial de repouso da membrana. Tais diâmetro de 4-5u.m; nos neurônios sensitivos dos gânglios alterações envolvem entrada ou saída de determinados íons e espinhais são também esferoidais, mas com 60-120uxn de podem expressar-se por pequena despolarização ou diâmetro; corpos celulares estrelados e piramidais são hiperpolarizacão. A despolarização é excitatória e significa também comuns, ocorrendo, por exemplo, no córtex cerebral. redução da carga negativa do lado citoplasmâtico da Do corpo celular partem os prolongamentos (dendritos e membrana. A hiperpolarizacão é inibitóriae significa aumento axônio), porém as técnicas histológicas de rotina (Fig. 3.3) da carga negativa do lado de dentro da célula ou, então, onde o primeiro potencial de ação é gerado denomina-se aumento da positiva do lado de fora. também zona gatilho. Tal especialização da membrana Os distúrbios elétricos que ocorrem ao nível dos dendritos e plasmática se deve à presença de canais de sódio e potássio do corpo celular constituem potenciais graduáveis (podem sensíveis à voltagem, isto é, canais iônicos que ficam fechados somar-se), também chamados eletrotônicos, no potencial de repouso da membrana e se abrem quando Esses potenciais propagam-se em direção ao corpo e, neste, despolarizações de pequena amplitude (os potenciais em direção ao cone de implantação do axônio. graduáveis referidos acima) os atingem. O potencial de ação AXÔNIO: A grande maioria dos neurônios possui um axônio, originado na zona gatilho repete-se ao longo do axônio prolongamento longo e fino que se origina do corpo ou de um porque ele próprio origina distúrbio local eletrotônico que se dendrite principal, em região denominada cone de propaga até novos locais ricos em canais de sódio e potássio implantação, praticamente desprovida de substância sensíveis à voltagem cromidial. O axônio apresenta comprimento muito variável, Os axônios, após emitir número variável de colaterais, dependendo do tipo de neurônio, podendo ter, na espécie geralmente sofrem arborização terminal. Através dessa humana, de alguns milímetros a mais de um metro. É porção terminal, estabelecem conexões com outros cilíndrico e, quando se ramifica, o faz em ângulo obtuso, neurônios ou com células efetuadoras. Alguns neurônios, originando colaterais de mesmo diâmetro do inicial. entretanto, especializam-se em secreção. Seus axônios Estruturalmente, apresenta, além da membrana plasmática terminam próximos a capilares sangüíneos, que captam o ou axolema, o citoplasma axônico ou axoplasma, contendo produto de secreção liberado, geralmente um polipeptídeo. microtúbulos, neurofilamentos, microfilamentos, retículo Neurônios desse tipo são denominados neurossecretores e endoplasmático agranular, mitocôndrias e vesículas. ocorrem na região do cérebro denominada hipotálamo O axônio é capaz de gerar, em seu segmento inicial, alteração do potencial de membrana, denominada potencial de ação ou CLASSIFICAÇÃO DOS NEURONIOS impulso nervoso, ou seja, despolarização da membrana de QTO AOS PROLONGAMENTOS grande amplitude (70-110mV)*, do tipo "tudo ou nada", capaz A maioria dos neurônios possui vários dendritOs e um axônio; por isso são de repetir-se ao longo do axônio, conservando sua amplitude chamados multipolares (Fig. 3.1). Nesses neurônios, conforme já descrito, até atingir a terminação axônica. Portanto, o axônio é os dendrites conduzem potenciais graduáveis em direção ao pericário, e especializado em gerar e conduzir o potencial de ação. O local este, em direção à zona gatilho, onde é gerado o potencial de ação que se propaga em direção à terminação axônica. Mas há também neurônios integridade axônica, bem como às funções das terminações axônicas, bipolares e pseudo-unipolares deriva do pericário. Por outro lado, as terminações axônicas necessitam também de organelas como mitocôndrias e retículo endoplasmático Nos neurônios bipolares (Fig. 1.6 B), dois prolongamentos deixam o corpo agranular. Assim, é necessário um fluxo contínuo de substâncias solúveis celular, um dendrito e um axônio. Entre eles estão os neurônios bipolares e de organelas, do pericário à terminação axônica. Para renovação dos da retina e do gânglio espiral do ouvido interno. Nos neurônios pseudo- componentes das terminações, c imprescindível o fluxo de substâncias e unipolares (Fig. 1.6 C), cujos corpos celulares se localizam nos gânglios organelas em sentido oposto, ou seja, em direção ao pericário. Esse sensitivos, apenas um prolongamento deixa o corpo celular, logo movimento de organelas e substâncias solúveis através do axoplasma é dividindo-se, à maneira de um T, em dois ramos, um periférico e outro denominado fluxo axoplasmático. Há dois tipos de fluxo, que ocorrem central. O primeiro dirige-se à periferia, onde forma terminação nervosa paralelamente: fluxo axoplasmático anterograde), em direção à sensitiva; o segundo dirige-se ao sistema nervoso central, onde terminação axônica, e fluxo axoplasmático retrógrado, em direção ao estabelece contatos com outros neurônios. As terminações nervosas pericário*. As terminações axônicas tem capacidade endocítica. Tal sensitivas (serão estudadas no Capítulo 11 B) são especializadas em propriedade permite a captação de substâncias trófícas, como os fatores transformar estímulos físicos ou químicos em potenciais elétricos de crescimento de neurônios, que são carreadas até o corpo celular pelo graduáveis. Na neurogênese, os neurônios pseudo-unipolares fluxo axoplasmático retrógrado. A endocitose e o transporte retrógrado apresentam, de início, dois prolongamentos, havendo fusão posterior de explicam também por que certos agentes patogenicos, como vírus e suas porções iniciais. Ambos os prolongamentos têm estrutura de axônio, toxinas, podem atingir o sistema nervoso central, após captação pelas embora o ramo periférico conduza o impulso nervoso em direção ao terminações axônicas periféricas. O fluxo axoplasmático permitiu a pericário, à maneira de um dendrito. Como um axônio, esse ramo é capaz idealização de várias técnicas neuroanatômicas baseadas em captação e de gerar potencial de ação. Nesse caso, entretanto, a zona gatilho situa-se transporte de substâncias que, posteriormente, possam ser detectadas. perto da terminação nervosa sensitiva. Essa terminação recebe estímulos, Assim, por exemplo, um aminoácido radioativo introduzido em originando potenciais graduáveis que, ao alcançar a zona gatilho, determinado ponto da área motora do córtex cerebral é captado por provocam o aparecimento de potencial de ação. Este é conduzido pericários corticais e, pelo fluxo axoplasmático anterógrado, alcança a centripetamente, passando diretamente do prolongamento periférico ao medula, onde pode ser detectado por radioautografia. Pode-se, então, prolongamento central. concluir que existe uma via córtico-espinhal, ou seja, uma via formada por Por não conter ribosomas, os axônios são incapazes de sintetizar neurônios cujos pericários estão no córtex e os axônios terminam na proteínas. Portanto, toda proteína necessária à manutenção da medula. Outro modo de se estudar esse tipo de problema consiste no uso de macromoléculas que, após captação pelas terminações nervosas, são comunicações intercelulares, que permitem a passagem direta de transportadas até o pericário graças ao fluxo axoplasmático retrógrado. pequenas moléculas, como íons, do citoplasma de uma das células para o Assim, introduzindo-se a enzima peroxidase em determinadas áreas da da outra (Fig. 3.6). Tais junções servem para sincronizar a atividade de medula posteriormente ela poderá ser localizada, com técnica grupos de células e são encontradas em outros tecidos, como o epitelial, histoquímica nos pericários dos neurônios corticais que formam a via muscular liso e cardíaco, onde recebem o nome de junção de córtico-espinhal já referida. comunicação. Ao contrário das sinapses químicas, as sinapses elétricas não são polarizadas, ou seja, a comunicação entre os neurônios SINAPSES envolvidos se faz nos dois sentidos Os neurônios, principalmente através dc suas terminações axônicas. SINAPSES QUIMICAS: , a comunicação entre os elementos em contato entram em contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os depende da liberação de substância química, denominada locais de tais contatos são denominados sinopses, ou, mais precisamente, neurotransmissor sinapses interneuronais. No sistema nervoso periférico, terminações axônicas podem relacionar-se também com células não neuronals ou NEUROTRANSMISSORES E VESÍCULAS SINAPTICAS efetuadoras, como células musculares (esqueléticas, cardíacas ou lisas) e Entre os neurotransmissores conhecidos estão a acetileolina, certos células secretoras (em glândulas salivares, por exemplo), controlando aminoâcidos como a glicina, o glutamato, o aspartate), o ácido gama- suas funções. Os termos sinapses neuroefetuadoras e junções amino-butírico ou GABA e as monoaminas. dopamina, noradrenalina, neuroefetuadoras são usados para denominar tais contatos. adrenalina e histamina. Sabe-se hoje que muitos peptídeos também Quanto à morfologia e ao modo de funcionamento, reconhecem-se dois podem funcionar como neurotransmissores, como por exemplo a tipos de sinapses: sinapses elétricas e sinapses químicas. substância P, em neurônios sensitivos, e os opióides. Esses últimos pertencem ao mesmo grupo químico da morfina e entre eles estão as SINAPSES ELÉTRICAS: São raras em vertebrados e exclusivamente endorfinas e as encefalinas. Acreditava-se que cada neurônio sintetizasse interneuronais. Nessas sinapses, as membranas plasmáticas dos apenas um neurotransmissor. Hoje sabe-se que pode haver coexistência neurônios envolvidos entram em contato, conservando espaço entre elas de neurotransmissores clássicos (acetileolina, monoaminas e de apenas 2-3nm. No entanto, há acoplamento iônieo, isto é, ocorre aminoâcidos) com peptídeos*. As sinapses químicas caracterizam-se por comunicação entre os dois neurônios, através de canais iônicos serem polarizadas, ou seja, apenas um dos dois elementos em contato, o concentrados em cada uma das membranas em contato. Esses canais chamado elemento pré-sináptico, possui o neurotransirussor.JEste é projetam-se no espaço intercelular, justapondo-se de modo a estabelecer armazenado em vesículas especiais, denominadas vesículas sinápticas, identificáveis apenas à microscopia eletrônica, onde apresentam sinapses dendrossomáticas, somatossomâticas, somatodendríticas e morfologia variada. Os seguintes tipos de vesículas são mais comuns: mesmo somatoaxônicas. Nas sinapses em que o axônio é o elemento pré- vesículas agranulares (Fig. 3.8), com 30-60nm de diâmetro e com sináptico, os contatos se fazem não só através de sua ponta dilatada, conteúdo elétron-lúcido (aparecem como se estivessem vazias); vesículas denominada botão terminal, mas também com dilatações que podem granulares pequenas (Figs. 3.7 e 13.3), de 4()-7()nm de diâmetro, ocorrer ao longo de toda a sua arborização terminal, os botões sinápticos apresentam conteúdo elétron-denso; vesículas granulares grandes (Figs. de passagem (Fig. 22.4). Quando os axônios são curtos, podem emitir 3.7 e 11.6), com 70- 150nm de diâmetro, também com conteúdo elétron- botões ao longo de praticamente todo o seu comprimento. No caso de denso delimitado por halo elétron-lúcido; vesículas opacas grandes, com sinapses axodendríticas, o botão sináptico pode entrar em contato com 80-lS0nm de diâmetro e conteúdo elétron-denso homogêneo uma pequena projeção dendrítica em forma de espinho, a espícula preenchendo toda a vesícula. O tipo de vesícula sinâptica predominante dendritic a (Fig. 2 no elemento pré-sináptico depende do neurotransmissor que o As terminações axônicas de alguns neurônios, como os que usam uma caracteriza. Quando o elemento pré-sináptico libera, como monoamina como neurotransmissor (neurônios monoaminérgicos), são neurotransmissor principal, a acetileolina ou um aminoácido, ele varicosas, isto é, apresentam dilatações simétricas e regulares, conhecidas apresenta, predominantemente, vesículas agranulares. As vesículas como varicosidades, que têm o mesmo significado dos botões, ou seja, granulares pequenas contêm monoaminas; já as granulares grandes são locais pré-sinápticos onde se acumulam vesículas sinápticas (Fig. 3.7). possuem monoaminas e/ou peptídeos e as opacas grandes, peptídeos. Uma sinapse química interneuronal compreende o elemento pré- Durante muito tempo, acreditou-se que as vesículas sinápticas eram sináptico, que armazena e libera o neurotransmissor, o elemento pós- produzidas apenas no pericário, sendo levadas até as terminações sináptico, que contém receptores para o neurotransmissor e uma fenda axônicas através do fluxo axoplasmático. Sabe-se hoje que elas podem sináptica, que separa as duas membranas sinápticas. Para descrição, também ser produzidas na própria terminação axônica por brotamento tomemos uma sinapse axodendrítica, visualizada em microscópio do retículo endoplasmático agranular**. eletrônico (Fig. 3.8 A). O elemento pré-sináptico é, no caso, um botão SINAPSES QUIMICAS INTERNEURONAIS: Na grande maioria dessas terminal que contém em seu citoplasma quantidade apreciável de sinapses, uma terminação axônica entra em contato com qualquer parte vesículas sinápticas agranulares. Além disso, encontram-se algumas dc outro neurônio, formando-se, assim, sinapses axodendríticas, mitocôndrias, sáculos ou túbulos de retículo endoplasmático agranular, axossomáticas (com o pericário) ou axoaxonic as. No entanto, é possível neurotúbulos, neurofilamentos e microfilamentos de actina. A membrana que um dendrito ou mesmo o corpo celular seja o elemento pré-sináptico. do botão, na face em aposição à membrana do dendrito, chama-se Assim, podem ocorrer sinapses dendrodendríticas e, mais raramente, membrana pré-sináptica. Sobre ela se arrumam, a intervalos regulares, estruturas protéicas sob a forma de projeções densas que em conjunto O processo de formação da bainha de mielina, ou mielinização, ocorre formam a densidade pré-sináptica. As projeções densas têm disposição durante a última parte do desenvolvimento fetal e durante o primeiro ano triangular e se unem por delicados filamentos, de modo que a densidade pós-natal. A compreensão desse processo ajuda a entender a estrutura pré-sináptica é, na verdade, uma grade em. cujas malhas as vesículas dessa bainha. As diversas etapas da mielinização no sistema nervoso sinápticas agranulares se encaixam (Fig. 3.8 B). Desse modo, essas periférico podem ser seguidas na Fig. 3.13, onde é representada uma das vesículas sinápticas se aproximam adequadamente da membrana pré- várias células de Schwann que se colocam ao longo dos axônios. Em cada sináptica para com ela se fundirem rapidamente, liberando o célula de Schwann forma-se um sulco ou goteira que contém o axônio neurotransmissor por um processo de exocitose. A densidade pré- (Fig. 3.13 A). Segue-se o fechamento dessa goteira com formação de uma sináptica corresponde à zona ativa da sinapse, isto é, local no qual se dá, estrutura com dupla membrana chamada mesaxônio (Fig. 3.13 B). Esse de maneira eficiente, a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica. mesaxônio alonga-se e enrola-se ao redor do axônio várias vezes (Fig. Sinapses com zona ativa são, portanto, direcionadas. A fenda sináptica 3.13 C), e o citoplasma é expulso entre as voltas. Acontece, então, compreende espaço de 20-30nm que separa as duas membranas em aposição das faces citoplasmáticas da membrana, com fusão, surgindo a oposição. Na verdade, esse espaço é atravessado por moléculas que linha densa principal, ou periódica, contínua, facilmente identificada nas mantêm firmemente unidas as duas membranas sinápticas. O elemento secções transversais da bainha de mielina à microscópia eletrônica por põs-sináptico é formado pela membrana pós-sináptica e a densidade pós- sua elétron-densidade (Fig. 3.13 D). As faces externas da membrana do sináptica (Fig. 3.8 A). Na membrana inserem-se os receptores específicos mesaxônio também se encontram formando a linha densa menor, ou para o neurotransmissor. Esses receptores são formados por proteínas interperíodo. O restante da célula de Schwann (citoplasma e núcleo) integrais que ocupam toda a espessura da membrana e se projetam tanto forma o neurilema. O mesaxônio persiste tanto do lado axônico do lado externo como do lado citoplasmátieo da membrana. No (mesaxônio interno), como do lado do neurilema (mesaxônio externo). citoplasma, junto à membrana, concentram-se moléculas relacionadas Em alguns pontos, formam-se as incisuras de Schmidt-Lantermann, que com a função sináptica. Tais moléculas, juntamente com os receptores, representam um conjunto de locais em que o citoplasma não foi expulso provavelmente formam a densidade pós-sináptica. A transmissão quando da formação da linha densa principal. Terminado o prcesso ao sináptica decorre da união do neurotransmissor com seu receptor na longo de toda a fibra, reconhecem-se os nódulos de Ranvier e os membrana pós-sináptica. internódulos. No sistema nervoso central, o processo de mielinização é essencialmente similar ao que ocorre na fibra nervosa periférica, com a diferença de que são os processos dos oligodendrócitos fasciculares os MIELINIZAÇÃO responsáveis pela formação de mielina. A Fig. 3.14 mostra a relação de um oligodendrócito com vários axônios que ele mieliniza. Ao contrário do A superfície da medula apresenta os seguintes sulcos longitudinais, que a que ocorre com a célula de Schwann, um mesmo oligodendrócito pode percorrem em toda a extensão (Fig. 4.1): sulco mediano posterior, fissura prover internódulos para 20-30 axônios. Cada nódulo de Ranvier, em mediana anterior, sulco lateral anterior e sulco lateral posterior. Na fibras nervosas do sistema nervoso central, representa então o intervalo medula cervical existe ainda o sulco intermédio posterior, situado entre o entre dois prolongamentos de oliogodendrócito. mediano posterior e o lateral posterior e que continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior. Nos sulcos lateral MEDULA anterior e lateral posterior fazem conexão, respectivamente, as raízes . A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada ventrais e dorsais dos nervos espinhais, dentro do canal vertebral sem, entretanto, ocupá-lo completamente.
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível
do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clínica e no adulto situa-se geralmente na 2- vertebra lombar (L2). A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento termINAL
A medula apresenta forma aproximadamente cilíndrica, sendo
ligeiramente achatada no sentido ântero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical e intumescência lombar, situadas em nível cervical e lombar,
respectivamente. Estas intumescências correspondem às áreas em que
fazem conexão com a medula as grossas raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral, destinadas a inervação dos membros superiores e inferiores, respectivamente. A formação destas intumescências se deve à maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e que são necessárias para a inervação dos membros superiores e inferiores. ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme
Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem conexão
pequenos filamentos nervosos denominados filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais. As duas raízes, por sua vez, se unem para formar os nervos espinhais, ocorrendo a união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal (Figs. 4.5, 11.7). A conexão com os nervos espinhais marca a segmentação da medula, que, entretanto, não é completa, uma vez que não existem Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e septos ou sulcos transversais separando um segmento do outro. apresenta a forma de uma borboleta*, ou de um H (Fig. 4.2). Nela Considera-se segmento medular de um determinado nervo a parte da distinguimos de cada lado três colunas que aparecem nos cortes como medula onde fazem conexão os filamentos radiculares que entram na cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral (Fig. 4.2). A composição deste nervohExistem 31 pares de nervos espinhais aos coluna lateral, entretanto, só aparece na medula torácica e parte da quais correspondem 31 segmentos medulares assim distribuídos: oito medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal cervicais, 12 torâcicos, cinco lombares, cinco sacrais c, geralmente, central da medula (ou canal do epêndima), resquício da luz do tubo neural um coecígeo. Existem oito pares de nervos cervicais, mas somente do embrião. A substância branca é formada por fibras, a maioria delas sete vertebras. O primeiro par cervical (Cl) emerge acima da 1- mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas vertebra cervical, portanto, entre ela e o osso occipital. Jâ o 8Q par de cada lado em três funiculus ou cordões, (C8) emerge abaixo da 1- vertebra, o mesmo acontecendo com os nervos espinhais abaixo de C8, que emergem, de cada lado; sempre a) funículo anterior— situado entre a fissura mediana anterior e o abaixo da vertebra correspondente sulco lateral anterior; b) funículo lateral — situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior; c) funículo posterior — entre o No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, pois termina sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este último ao nível da 2'1 ' vertebra lombar. Abaixo deste nível o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos L3 afetará apenas as raízes da cauda eqüina, sendo o prognóstico espinhais, que, dispostas-em torno do cone medular e filamento completamente diferente nos dois casos. terminal. constituem, em conjunto, a chamada cauda eqüina (Fig. Regra pratica: entre os níveis das vertebras C2 e TIO, adiciona-se 2 ao 4.1). A diferença de tamanho entre a medula e o canal vertebral, número do processo espinhoso da vertebra e tem-se o número do assim como a disposição das raízes dos nervos espinhais mais caudais, segmento medulai- subjacente. Assim, o processo espinhoso da formando a cauda eqüina, resultam de ritmos de crescimento vertebra C6 está sobre o segmento medular C8; o da vertebra TIO diferentes, em sentido longitudinal, entre medula e coluna vertebral. sobre o segmento T12. Aos processos espinhosos das vertebras Ti l e Até o quarto mês de vida intra-uterina. medula c coluna crescem no TI2 correspondem os cinco segmentos lombares. enquanto ao mesmo ritmo. Por isso, a medula ocupa todo o comprimento do canal processo espinhoso de LI correspondem os cinco segmentos sacrais. vertebral, e os nervos, passando pelos respectivos forames intervertebrals, dispõem-se horizontalmente formando com a medula ENVOLTORIOS DA MEDULA um ângulo aproximadamente reto (Fig. 4.4). Entretanto, a partir do Como todo o sistema nervoso central, a medula é envolvida por quarto mês. a coluna começa a crescer mais do que a medula, membranas fíbrosas denominadas meninges, que são: dura-máter, especialmente em sua porção caudal. Como as raízes nervosas pia-máter e araenóide. A dura-máter é a mais espessa, razão pela qual mantêm suas relações com os respectivos forames intervertebrals, há é também chamada paquimeninge. As outras duas constituem a o alongamento das raízes e diminuição do ângulo que elas fazem com leptomeninge, a medula. Estes fenômenos são mais pronunciados na parte caudal da medula, levando à formação da cauda eqüina. meninge mais externa é a dura-máter, for_- mada por abundantes fibras colágenas, que a tornam espessa e resistente. A dura-máter Ainda como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento espinhal envolve toda a medula, como se fosse um dedo de luva, o entre coluna e medula, temos um afastamento dos segmentos saco durai. Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com a dura- medulares das vertebras correspondentes (Fig. 4.3). Assim, no adulto, máter craniana, caudalmente termina em um fundo de-saco ao nível as vertebras Ti l e T12 não estão relacionadas com os segmentos da vertebra S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as medularcs de mesmo nome, mas sim com segmentos lombares. O raízes, dos nervos espinhais, continuando com o tecido conjuntivo fato é dc grande importância clínica para diagnóstico, prognóstico e (epineuro), que envolve estes nervos tratamento das lesões vertebromedulares. Assim, uma lcsão da vertebra TI2 pode afetar a medula lombar. Já uma lesão da vertebra A araenóide espinhal se dispõe entre a duramáter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas, as trabéculas araenóideas, que une este folheto à pia- (Fig. 4.5). O espaço subdural,^situado entre a dura-máter e a máter. A pia-máter é a meninge mais delicada c mais interna. Ela aracnóide, é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade adere intimamente ao tecido nervoso da superfície da medula e de líquido, suficiente apenas para evitar a aderência das paredes. O penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no espaço subaracnóideo é o mais importante e contém uma quantidade cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um razoavelmente grande de liquido cérebro-espinhal/liquor filamento eshranquiçado denominado filamento terminal. Este Sabe-se que o saco durai e a aracnóide que o acompanha terminam filamento perfura o fundo-do-saco durai e continua caudalmente até em S2, enquanto a medula termina mais acima, em L2. Entre estes o hiato sacral. Ao atravessar o saco durai, o filamento terminal recebe dois níveis, o espaço subaracnóideo é maior, contém maior vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser quantidade de liquor e nele se encontram apenas o filamento denominado filamento da dura-máter espinhal (Fig. 4.1) Este, ao terminal e as raízes que formam a cauda eqüina (Fig. 4.1). Não inserirse no periósteo da superfície dorsal do cóceix constitui o havendo perigo de lesão da medula, esta área é ideal para a ligamento coecígeo. A pia-máter forma de cada lado da medula uma introdução de uma agulha no espaço subaracnóideo (Fig. 4.6), o que é prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõe feito com as seguintes finalidades: a) retirada de liquor; para fins cm um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula A terapêuticos ou de diagnóstico nas punções lombares (ou margem medial de cada ligamento raquidianas); b) medida da pressão do liquor; c) introdução dc continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma substâncias que aumentam o contraste das radiografias, tais como ar linha contínua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A hélio e certos sais de iodo, visando o diagnóstico de processos margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares, que se patológicos da medula na técnica denominada mielografia; d) inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em pontos que se introdução de anestésicos nas chamadas anestesias raquidianas alternam com a emergência dos nervos espinhais (Fig. 4.5). Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referência em certas cirurgias deste órgão. Em ANESTESIA relação com as meninges que envolvem a medula existem três A introdução de anestésicos nos espaços meníngeos da medula de cavidades ou espaços, epidural, subdural e subaracnóideo (Fig. 4.5). O modo a bloquear as raízes nervosas que os atravessam constitui espaço epidural, ou extradural situa-se entre a dura-máter e o procedimento de rotina na prática médica, especialmente em periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande cirurgias das extremidades inferiores, do perineo, da cavidade pélvica número dc veias que constituem o plexo venoso vertebral interno* e em algumas cirurgias abdominais. Usualmente são feitas anestesias raquidianas e anestesias epidurals ou peridural s.
RAQUIDIANA
Nesse tipo de anestesia, o anestésico c introduzido no espaço
subaracnóideo por meio de uma agulha que penetra no espaço entre as vertebras L2-L3, L3-L4 (Fig. 4.6) ouL4-L5. No seu trajeto, a agulha perfura sucessivamente a pele e a tela subcutânea, o ligamento interespinhoso, o ligamento amarelo, a dura-máter e a araenóide (Fig. 4.5). Certifica-se de que a agulha atingiu O espaço subaracnóideo pp.ln presença do liquor que goteja de sua extremidade
ANESTESIA EPIDURAL (PERIDURAL)
São feitas geralmente na região lombar. introduzindo-se o anestésico
no espaço epidural, onde ele se difunde e atinge os forames intervertebrals, pelos quais passam as raízes dos nervos espinhais. Certifica-se de que a ponta da agulha atingiu o espaço epidural quando se observa uma súbita baixa de resistência, indicando que ela acabou de perfurar o ligamento amarelo. Essas anestesias não apresentam alguns dos inconvenientes das anestesias raquidianas, como, por exemplo, o aparecimento freqüente de dores de cabeça, que resultam da perfuração da dura-máter e do vazamento de liquor. Entretanto, elas exigem uma habilidade técnica muito maior.