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PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS
Família Valentini –
Livro 2
Mari Sales
1ª. Edição
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Sinopse
Numa tentativa de mascarar seus
fantasmas do passado, Carlos Eduardo era um
empresário que gostava de se exibir nas redes
sociais e curtir a vida de solteiro sem restrições.
Todos o conheciam por sua irreverência, nada
parecia o afetar, até que o convite de casamento do
seu irmão mais velho o fez voltar as suas origens.
Disposto a confrontar Benjamin por conta
dos laços de família que Rayanne possuía, ele
chegou na mansão Valentini disposto a derrubar
tudo e todos, porém, a mulher que não tem papas
na língua e não leva desaforo para casa o atropelou.
Letícia precisava de férias, sua rotina de
trabalho obrigou seu chefe a dispensá-la por alguns
dias, levando-a a se dedicar exclusivamente à sua
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Dedicatória
Para Lê, minha Letícia do mundo
real/virtual, seu nome é praticamente um adjetivo.
Você brilha e ilumina não só o seu caminho, mas
de todos os que estão a sua volta.
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Prólogo
Carlos Eduardo
Olhei para o convite de casamento e tive
vontade de esmagar ou triturar na máquina de
picotar papel. Depois de anos sem nos comunicar, o
idiota do meu irmão mais velho decidiu se casar
com nada mais, nada menos que Rayanne Vilar,
uma mulher da nossa antiga cidade.
Vilar.
Sentado na minha cadeira confortável, na
sala presidencial da minha empresa, divaguei sobre
onde eu poderia ter escutado esse sobrenome e o
motivo dele ser tão incômodo para mim.
Desbloqueei o computador, segui para
meus arquivos confidenciais da família Valentini e
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o mundo.
Conferi a imagem e postei com a
descrição: “Para uma nova negociação, cálculos e
análises. Para uma viagem... apenas certeza. Me
espere.”
Era uma indireta para meu irmão mais
velho, caso ele visse. Anos sem nos ver e parecia
que eu estava indo para o abate, com meu coração
acelerado e minha confiança reduzindo pouco a
pouco.
Eu não deixaria que fizesse a loucura de se
casar com ela, a reputação da nossa família não
seria manchada novamente por um Vilar.
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Capítulo 1
Letícia
Finalmente conhecemos o homem que
pediu Ray em casamento e transformou-a em uma
mulher mais... sorridente, se bobear, mais
confiante. Não que ela precisasse de um homem
para isso, mas com certeza ajudou, e muito.
Ela, inclusive, estava pleiteando uma vaga
de emprego na emissora de televisão da cidade e
como ela gosta de falar: foi indicação, mas provaria
seu valor. Nunca duvidei disso, ela que sempre foi
a insegura.
Pulei na piscina gigantesca da mansão
Valentini e nadei até onde minhas amigas estavam.
Festa na piscina, regada a quitutes de dona Judite,
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cafajeste.
Impossível descrevê-lo com apenas um
adjetivo, sua beleza era tão autêntica quanto a de
Ben, seus olhos guardavam mistérios e seu
sorriso... sim, fui fisgada pelo sorriso do cafajeste e
me odiava por isso.
Olhei para sua mão quando desviei meu
corpo para não ser tocado, depois para o seu rosto e
sorri, achando graça desse cara não ter entendido
que eu o dispensei, além de mostrar que preferia
mil vezes que fosse a ex idiota ao invés dele.
— Um livro não pode te proporcionar
momentos agradáveis como eu posso.
— Ah, aí é que você se engana. Antes
sozinha e acompanhada de um livro do que ter que
aguentar o ego de um homem falando por si só.
— Você não me conhece! — falou baixo e
em tom chateado, o que me deixou satisfeita.
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Capítulo 2
Carlos Eduardo
— Deixe para lá Eduardo — como sempre
me chamou, Ben tirou minha atenção daquela
pequena ousada e seguiu para o escritório de nosso
pai. Bem, agora não mais.
— Essa que é sua noiva? — perguntei
sentido o gosto amargo das palavras, tanto pelo seu
parentesco quanto pela atração imediata que tive.
— Letícia e Paula são amigas de Rayanne,
minha noiva. Ela está na piscina, a de trança no
cabelo.
Ele entrou no escritório, apontou a janela e
se sentou em uma das poltronas de lá. Fui até a
janela e observei quem eram, meu olhar não
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Hum, Letícia...
— Você é um maldito arrogante, Benjamin
está muito bem sem ter você por perto.
Ela virou as costas e ia saindo, mas a parei
com minha réplica:
— Estou aqui para ficar, Letícia.
Ela segurou no braço da amiga, virou
apenas a cabeça e fez uma careta.
— Veja se aprende a ser um décimo do
cavalheiro que ele é. Você não está lidando com
amigas de foda, onde tudo poderia ser resolvido em
apenas dez minutos.
— Mas poderia e te garanto, não haveria
reclamação — Não consegui me impedir de
responder com um sorriso idiota. Ela estava me
diminuindo e com plateia, não deixaria barato.
Ela tentou avançar em mim, mas a noiva
do meu irmão impediu e a arrastou para fora de lá.
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Capítulo 3
Letícia
Passei a semana inteira de mal humor, até
parecia que estava de TPM. Tudo parecia me
irritar, até o espirro do meu colega de trabalho me
fazia querer estrangulá-lo.
Motivo? Não queria assumir, mas era
aquele arrogante e idiota irmão do Benjamin. Cadu,
faria questão de chamá-lo assim, só porque ele se
irritava todo. Ah, sim, eu queria provocá-lo, tirá-lo
do sério e causar todas as sensações conflitantes
que ele estava me fazendo sentir.
Não queria me manter nesse barco
sozinha!
Ele pisou no calo errado ao me julgar por
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impressoras e computadores.
O que eu faria com quinze dias de férias?
Peguei meu celular, precisava desabafar.
Letícia>> Acabei de ser intimada a ter
15 dias de férias. Isso é bom ou ruim? Estou em
dúvida.
Josi>> Vá para casa, durma e acorde o
horário que você quiser, fique de pijama e então,
você nos conta se isso é bom ou ruim.
Alci>> Depende, vão te mandar embora
quando você voltar de férias?
Ray>> Nossa, até parece que os anjos
escutaram minha prece. Preciso de você Le!
Letícia>> Alci, se isso acontecer, eu
processo aquele gay garboso.
Josi>> Sempre esqueço que seu chefe é
um deus grego gay. Como você consegue
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Capítulo 4
Letícia
— Por que entrou correndo? — Ray
levantou da cadeira e se aproximou com olhar
preocupado. — O que está acontecendo com você?
— TPM, estresse, conflito mental...
escolha qualquer um desses, eu só preciso respirar e
pensar em outra coisa que não seja um homem
pelado fazendo exercício físico.
Ela deu um passo para trás, colocou as
mãos na boca em choque e me arrependi de ser tão
sincera. Bem, eu não conseguiria ser diferente,
afinal.
— Você...
— Eu quero saber qual o motivo de você
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que me pediu.
Não estava preparada para ser enlaçada
pelo braço dele e sua boca tomar a minha. Minhas
mãos estavam no seu peito, que ao invés de afastá-
lo, me fez querer senti-lo.
A pegada desse cafajeste era do jeito que
eu gostava, mãos firmes, boca dominadora e
corpo... ah, que corpo! Seus lábios nos meus
forçaram a passagem da língua e em um momento
de loucura, retribuí o beijo, sentindo seu hálito
mentolado e seu cheiro suave de sabote.
Ah, eu poderia ficar assim por muito
tempo...
— Letícia? — Ray sussurrou, me fazendo
voltar ao mundo real e me afastar desse oportunista.
Ele me olhou assustado, ofegante e com
fogo de paixão refletindo em suas íris. Na minha
lucidez, eu apenas controlei minha respiração,
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Capítulo 5
Letícia
Até o final da tarde, depois de almoçar e
ficar submersa em letras, códigos e pesquisas no
computador do escritório da casa, eu estava mais do
que envolvida e determinada em resolver tudo isso.
Diferenças? Ego? Não, nada mais
importava quando a prova de que toda uma geração
estava errada quanto a uma informação. O patriarca
Valentini não se matou e a dona Vivian não tinha
uma amante.
Pesquisei notícias da época, relatos em
blogues e só me deparei com sofrimento e dor
daqueles pobres meninos que praticamente ficaram
órfãos. Ninguém sabia o paradeiro da mãe, que
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Capítulo 6
Letícia
Letícia>> Gente, fiz uma burrada
ontem.
Paula>> Bom dia minha amiga. O que
aconteceu? Você sumiu!
Josi>> Ah, o amor... deu?
Alci>> Como assim deu?
Alci>> OH MEU DEUS! Mais uma vai
se casar com um ricaço?
Ray>> Bom dia e me conte tudo o que
aconteceu, porque meu cunhado está com um
humor do cão.
Letícia>> Eu estava cansada, ele
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descoberta.
“Seu sangue e sua carne foi tirado de você
e colocado a leilão, como se fosse mercadoria
barata. Devolva todo e qualquer dinheiro que você
me roubou, renuncie suas posses e entregue sua
mulher. Um pelo outro, filho pela mãe, qual vale
mais? Último aviso.”
Era impressão minha ou um dos irmãos foi
sequestrado? Ou a mãe que está sequestrada? Quem
era essa pessoa, do mesmo sangue, que foi moeda
de troca, se é que isso aconteceu?
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Capítulo 7
Letícia
Precisava contar o que tinha em minhas
mãos para os interessados. Se era importante ou
não, estava seguindo minha intuição e ela dizia que
precisava voltar para a casa dos Valentini
urgentemente.
Tomei um banho rápido, estava morrendo
de fome, mas tomei apenas um gole de água e segui
no meu carro até a mansão que me deu boas
lembranças orgásticas.
Da mesma forma que antes, quando parei
o carro rente a calçada, o portão foi aberto e
coloquei meu carro na proteção desses muros altos.
O Z4 de Ben estava na área, o que me deu alívio e
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Capítulo 8
Letícia
Letícia>> Foto1.jpg
Letícia>> Nossa amiga vai arrasar nesse
casamento.
Numa fuga desesperada da realidade e o
que verdadeiramente me afligia, sentei numa
cadeira, tirei foto do vestido que Ray estava
experimentando e enviei para nosso grupo. Se eu
precisava me distrair, as meninas eram ideais.
Alci>> Ah, bonito.
Josi>> Ou seja, escolha outro. É o
primeiro que experimentou?
Letícia>> Sim, estamos aqui na minha
tia tentando acalmar a noiva desesperada. Ela
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Capítulo 9
Letícia
Voltamos para a mansão dos Valentini e
minha intenção era apenas deixar minha amiga,
muito contente, nos braços do seu homem e ir para
meu apartamento esperar notícias da minha amiga
nerd.
Como eu conseguia confiar nela sem nem
ao menos conhecê-la pessoalmente? Era tudo uma
questão de intuição.
Assim que saímos do carro, Ben abordou
Ray e Cadu me encurralou contra o carro. Já estava
me irritando essa intimidade toda sem nem ao
menos me pedir permissão.
— Precisamos conversar — ele falou com
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Ele sorriu.
— A sauna está ligada...
— Você se acha muito confiante,
cafajeste.
— Eu quero você nua, ofegante e suada
debaixo de mim — sussurrou perto do meu ouvido
e começou a deixar beijos no meu pescoço.
Eu queria? Sim. Eu confiava nele para
uma segunda rodada de sexo? Queria dizer não,
mas a verdade era que sim, eu confiava, mesmo que
a recíproca pudesse não ser verdadeira.
Envolvi meus braços no seu pescoço e subi
no seu colo. Ele automaticamente me segurou pela
bunda e andou pela lateral da casa comigo.
Chupei seu pescoço com força, para deixar
uma marca que o fizesse lembrar que eu estive com
ele, mas escolhi não ficar para o outro dia. Assim,
minha vingança seria completa, porque desvendaria
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assim...
A compreensão que estávamos sem
camisinha novamente e que esqueci de tomar meu
remédio hoje me fizeram fechar os olhos por ser
estúpida.
— Não goze dentro de mim — resmunguei
ao mesmo tempo que gemi e arranhei suas costas.
— Vou te marcar, Letícia.
Seu quadril começou a se movimentar,
minhas costas se esfregaram na madeira e tudo
queria me desvirtuar do meu real problema. Estava
transando novamente sem camisinha!
— Já tenho uma mão gravada na minha
bunda, Cadu! Coloque uma camisinha ou goze fora
de mim! — rosnei ao mesmo tempo que ele. Merda
de apelido que o deixava louco.
Os movimentos se intensificaram, meu
próprio quadril queria encontrar o seu e depois do
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Capítulo 10
Letícia
— Onde você vai? — Cadu perguntou
quando estava saindo da casa da sauna sem me
despedir.
Já estávamos vestidos, cabelos molhados e
ofegantes. Nosso contato pós foda foi mais intenso
do que o ato em si. Carinho, cuidado e silêncio, o
maldito dizer muito sem palavras.
— Por que você não confia em mim? —
questionei, porque senti, há minutos atrás, que ele
sentia algo por mim e não era apenas luxúria.
— Eu não confio em ninguém — falou
com amargura. Ele tinha vestido apenas sua calça,
seu tórax estava exposto e seus braços, agora,
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batata.
Gritei, senti minha pele se partir por causa
da minha tentativa de libertar das amarras e
também o desespero.
— Apaga ela! — a voz de uma mulher me
surpreendeu, senti uma picada na minha bunda e
então, mais escuro até perder a consciência.
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Capítulo 11
Letícia
Tomei consciência e percebi que estava
sentada. Uma dor horrível no meu pescoço indicava
que fiquei assim por muito tempo e as cordas
envoltas ao meu corpo contribuíram para que o
sofrimento fosse refletido em todo o meu ser.
Estava sentada, imobilizada e com dor,
muita dor.
Gemi, pisquei meus olhos para se
acostumarem com a luz na minha cara, me fazendo
lembrar do farol que me cegou.
— Que bom que acordou, Vida. Jana
estava ficando irritada com a demora.
Eu reconhecia essa voz. Era masculina, me
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Capítulo 12
Carlos Eduardo
Estava há vários minutos falando sobre
uma lenda que existia na família e ninguém falava
sobre, o irmão gêmeo de Arthur. Há quem dizia que
ele morreu assim que nasceu, outros que foi raptado
na maternidade e a verdade clara como água agora
em minhas mãos.
Sentados nos sofás que adornavam o
escritório, o papel com a frase decifrada havia
passado de mão em mão por várias vezes.
— Sequestrado por quem? Acha que nossa
mãe está envolvida nisso? — Ben falou pela
primeira vez depois que despejei todas as minhas
teorias sobre o assunto.
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Capítulo 13
Letícia
— Eu quero isso resolvido para ontem! —
A loira deu chilique com a arma em punho fazendo
com que eu e Juliano nos encolhêssemos. Não
conseguia pensar, parecia que todas as regras de
declaração que eu conhecia havia sumido da minha
mente.
— Me deixe ir no banheiro e refrescar
minha cabeça. Não estou conseguindo pensar...
Levei um tapa da cabeça que só piorou
minhas dores nessa região.
— Estou pouco me lixando para sua
frescura. Eu quero isso pronto e você não fez
nenhum movimento!
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Capítulo 14
Letícia
Descobri que a médica se chamava
Arcturus, mas eu poderia chamá-la de Arc. Ela
apenas ajudou a dar entrada nos papéis e foi
embora. Cadu foi o único que não deixou meu lado,
nem quando entrei para fazer o exame de
ressonância na minha cabeça.
Com seu sorriso encantador, ele conseguiu
tudo o que queria. Descobri que esse homem era
um poço de arrogância e também, de exageros
carinhosos.
— Tirando as pequenas escoriações no
rosto e braços, está tudo normal nos seus exames.
Como você ainda reclamou de dores, vou
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sim.
— Pronto, seu soro acabou, vou remover a
intravenosa — uma enfermeira falou ao se
aproximar do meu lado.
Cadu tirou o celular da minha mão e
acabei me esquecendo do que realmente estava
brava ou com raiva. O sono começou a ganhar
força e antes mesmo de sair da cama, fui levada nos
braços do meu salvador até o carro e de lá, não
lembrava mais o que tinha acontecido.
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Capítulo 15
Letícia
Acordei relaxada, as dores na cabeça e
corpo pareciam uma lembrança distante. Precisava
anotar o nome desse remédio milagroso... ou foi
uma combinação de remédio e adrenalina?
Uma manta quente me envolveu e queria
me manter assim para sempre quando me
espreguicei. Abri os olhos e percebi que essa não é
minha cama, muito menos minha casa. Virei minha
cabeça e o corpo quente e nu de Cadu era o que eu
achava ser um cobertor.
Merda, eu também estava nua, ou melhor,
de calcinha e sutiã.
— Por que estou aqui? — minha voz
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Capítulo 16
Letícia
Havia dormido a manhã inteira e o início
da tarde. Quando encontrei minhas amigas, almocei
rapidamente e ficamos conversando sem parar até o
sol se por.
Mais de quatro horas se passaram, o grupo
inteiro estava na biblioteca, eufóricas e animadas
com esse encontro. Depois do meu sequestro, Ben
quis acalmar Ray com uma surpresa, pegou o
celular dela e comprou a primeira passagem para as
três que não moravam na cidade. Ainda bem que
elas conseguiram folga, porque o casamento
mesmo só seria daqui alguns dias.
Os homens não ficaram conosco e minha
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— Ben ralhou.
— Ela passou informações para uma
terceira pessoa...
— Que salvou a vida dela e nos entregou a
solução do caso. Vamos até esse clube de uma vez
por todas e confrontar o dono.
— Precisamos de acompanhantes e um
disfarce para isso! Não podemos esquecer que eles
sabem que estamos investigando, eu não esqueci a
ameaça que recebi por telefone.
Meu coração falhou, tinha certeza que
Cadu estava falando sobre mim, seus sentimentos
não passavam de desconfiança quando eu não
estava por perto, me deixando mais triste do que
deveria.
— Não vou trair Ray. Prefiro contratar
alguém que faça meu papel.
— Você não precisa ir, está de casamento
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Capítulo 17
Letícia
Tinha apenas minha roupa do sequestro
lavada, então, escolhi uma camiseta do Cadu para
dormir com as amigas. Seis mulheres e vários
colchões no chão foi o resultado da noite regada a
pipoca e filmes de comédia romântica. Tudo isso
estava na sala de televisão, que nunca soube que
existia.
Ben apareceu duas vezes para ver sua
noiva e Cadu parecia ter desistido de mim. Bem,
pelo menos achei, até que no meio da madrugada
senti ser erguida por alguém e carregada até outra
cama.
— O que foi? — perguntei quando me
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foto.
Peguei o cabide e entrei em um dos
provadores vazios da loja.
— Hey, trocou de vestido? — Ray
perguntou curiosa.
— Só experimentando.
Coloquei, tirei foto no espelho mostrando
minha perna e enviei para minha amiga. O vestido
era frente única, decote enorme nas costas e com
uma fenda de babar.
Capela>> Já alertei uma estrela, porque
do jeito que você está, com certeza precisará de
reforços.
Letícia>> Estrela? Não, Cadu precisará
de um caminhão para carregar todo esse meu
poder de artilharia. Tem as fotos do irmão mais
novo dos Valentini e do dono do clube?
Estava achando o máximo estar nesse
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Capítulo 18
Letícia
Tentei, mas não consegui me manter
afastada daquela mansão. Voltei para meu pequeno
apartamento apenas para pegar algumas roupas e
voltei para os braços de Cadu, que parecia fazer
questão de se manter vigilante comigo. Havia
ficado o dia inteiro com minhas amigas e de noite,
corri para sua cama.
Ele não falou mais sobre o clube e tinha
intensão de surpreendê-lo na quinta-feira à noite,
quando vestisse a roupa e o intimasse a fazer o
mesmo.
Eu e Ray consolidamos nossa amizade ao
estarmos sempre juntas naquela mansão. Dona
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Capítulo 19
Letícia
Era uma casa de muros pretos e um
número enorme perto da porta de entrada. Não
havia fila, nem carros estacionados por perto.
Duvidei que pudesse ser o local certo, mas depois
de conferir duas vezes as indicações de Capela,
estava segura de que chegamos no tal lugar.
— Não saia do meu lado para nada.
— Nem um xixi? — perguntei atrevida
quando ele desligou o carro e tirou o sinto para me
encarar.
— Não me faça dar um show sadista na
frente desses pervertidos. O combinado é entrar,
descobrir quem é o dono e ir embora.
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bar.
— Olhe mais a direita, perto daquela
mulher de vestido rosa curto.
Então eu vi o que meus olhos pareciam
selecionar para não enxergar. Uma mulher
ajoelhada no chão enquanto um homem estava
sentado em uma cadeira, calça aberta e membro
exposto e manipulado por ela.
Virei meu rosto rapidamente, muito
envergonhada por presenciar algo tão íntimo.
Dentro de mim estava a curiosidade, mas por fora,
o pudor ainda era um forte concorrente.
— Nossa! — falei e abanei meu rosto, por
senti-lo quente.
— Envergonhada? — Sentamos nos
banquinhos de um bar bem luxuoso. O balcão era
de mármore branco e nas prateleiras só havia
uísques com mais de dezoito anos.
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escondido.
— Quando você pegou essa trambiqueira?
— rosnei baixo.
— Antes de chegar na cidade, eu não sabia
quem era — cuspiu baixo e nervoso.
— Espere, que estranho... — a mulher
falou e deu um passo para trás, franzindo a testa. —
Como você conseguiu se associar em tão pouco
tempo?
Merda, o sinal que ela fez para um canto
não foi nada bom. O sorriso acolhedor e o jeito
simpático da mulher eram um claro sinal de
falsidade e perigo.
— Senhorita, nosso chefe está ciente da
situação e pede que os acompanhe para a sala do
subsolo.
Engoli em seco, a situação parecia
perigosa e o aperto na mão que recebi de Cadu era
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Capítulo 20
Letícia
— Eu odeio essa sala, vão vocês. Quando
terminar estarei te esperando na sala Fantasia,
Carlos Eduardo.
Descemos vários lances de escadas até
chegar nesse lugar. Minha pele começou a se
arrepiar e não tinha nada a ver com a sensualidade,
mas o frio que aqui estava. Laila se afastou ainda
dando em cima de Cadu e ele nem a olhou, estava
abraçado a mim e tentando enfrentar os dois
armários.
— Não somos obrigados a entrar aí —
falei indignada, o frio e o sentimento de acuar me
deixando ousada.
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Capítulo 21
Letícia
— Ele conseguiu um remédio para ajudar
em seu problema, mas já era tarde, Vivian já
esperava um filho meu.
Oh meu Deus! Arthur é filho dele?
— Dois — Cadu rosnou e o homem
concordou com a cabeça.
— Exatamente, gêmeos. Enquanto seu pai
acreditava ser um milagre divino, eu tinha os
melhores momentos nesse clube com sua mãe.
Comprei o lugar e seus pais começaram a se afastar
por causa da gravidez. Pedi Vivian em casamento,
mas a vagabunda não queria nada além de amizade,
os dias de libertinagem estavam contados por causa
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da maternidade próxima.
— Idiota — Cadu cuspiu.
— Foi melhor assim — Alberto tentou se
sobressair com tom de deboche. — A vingança é
sempre mais saborosa. Enquanto seu pai me
afastava, inclusive dos negócios que fizemos
juntos, eu me aproximava da sua mãe. Ela não tinha
o que fazer, seu casamento estava comprometido
caso Franklin soubesse de quem realmente era o pai
dessas crianças.
— Eu lembro do meu pai, tenho certeza
que ele fez teste de DNA. Ele desconfiava até da
própria sombra.
Desconfiar!
Então, os reais motivos para sua falta de
confiança apareceram para mim. Essa conversa
estava se tornando reveladora, descobriria muito
mais do que imaginava poder.
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sexo.
O momento era agora.
Minha mão finalmente encontrou minha
virilha, mas não alcançava a liga sem eu me
inclinar um pouco. Precisava ser rápida e com um
espirro falso, fiz o movimento, apertei o botão e
chamei atenção para mim.
— Está excitada e precisa disfarçar para se
tocar? — a voz melodiosa do bandido me fez
congelar, isso era bem pior do que ver Cadu ser
ameaçado com uma arma, ou eu mesma tê-la na
minha cabeça.
Fui empurrada para frente, o armário me
empurrava para a direção do meu pior pesadelo e
tudo aconteceu muito rápido, que só tive tempo de
cair no chão.
Alguém abriu a porta e derrubou com um
tiro na cabeça o homem que rendia Cadu. Alberto
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minha palma.
— Obrigado — respondeu rouco, colocou
minha mão no meu colo e focou única e
exclusivamente na direção enquanto Arc indicava o
melhor caminho do banco de trás.
Pensei por alguns segundos que ele
poderia ter dito que a recíproca da confiança que eu
tinha nele era verdadeira, mas os tiros acertando a
lataria do carro tirou qualquer dúvida da mente e
remeteu ao presente, a sobreviver.
Precisava estar viva para ver Ray casar.
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Capítulo 22
Letícia
— Você dirige como uma estrela, parabéns
Cowboy — Arc disse assim que estacionamos o
carro na garagem da mansão e ela saiu, deixando
apenas um aceno como despedida.
Houve tiros, desvios bruscos e alta
velocidade, mas Cadu soube conduzir com frieza e
foco, despistando todos em pouco tempo. O carro
ser blindado também ajudou muito para manter
nossa segurança e apenas agora consegui respirar
profundamente.
— Merda, nossos celulares — falei
frustrada, ainda estávamos acomodados no assento
do carro.
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com Ben.
— Falarei com Arthur primeiro. — Ele
beijou minha testa, abriu sua porta e saiu comigo
em seu colo. — Vamos dormir.
— Como você explicará os tiros na lateria
do seu carro? — perguntei, deitando minha cabeça
em seu ombro e adorando seu carregada no colo
como uma princesa.
— Merda — xingou, me colocou no chão
na porta de casa e a abriu. — Vá primeiro, vou
conversar com os seguranças. — Virei as costas e
ele me fez parar, segurando meu braço. — Direto
para cama, não fale nada com Ray.
— Se eu der um espirro perto dela e falar
que não irei no casamento, é capaz dela cancelar
tudo. Não se preocupe.
— Por que ela desistiria?
— Porque essa é a minha amiga, insegura
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Capítulo 23
Letícia
Estar perto de Cadu por muito e muito
tempo? Que nada, minha necessidade do momento
era viajar, urgente, porque minha mãe viu minha
mensagem sobre eu estar de férias, olhou passagem
para que eu fosse a visitar e me ligou desesperada,
ou melhor, me acordou.
— Minha filha, é melhor você vir de
ônibus, ainda hoje, seu pai não está nada bem.
Meu coração acelerou. O tom da minha
mãe não tinha nada de calmo, por mais que eu sabia
que amava exagerar. Uma dor de barriga se tornava
uma úlcera em um piscar de olhos quando se estava
perto dela.
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me com força.
Tentei mexer no celular, mas estava
impossível, então, larguei-o de lado e retribuí o
abraço.
— Se eles soubessem que não passo de um
amor de verão... — brinquei.
— O quê? — Ele se afastou e parecia
muito bem acordado agora.
— Você não confia em mim, estamos
tendo momentos bons, mas quando você voltar para
sua cidade, então, o que será? — Meu coração
acelerou e a brincadeira foi sumindo aos poucos do
meu tom.
— Já falei para pedir demissão do seu
emprego e vir trabalhar para mim. O que te prende
a essa cidade?
— E por que eu faria tudo isso?
Precisava de espaço. Vestindo apenas uma
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Capítulo 24
Carlos Eduardo
O que faço?
Como faço?
Por que ela se foi?
Se tinha algo que odiava era não ter as
respostas para tudo, era não conseguir sorrir me
sentindo o máximo, era sentir um vazio no meu
peito...
— Você escutou o que eu falei, Eduardo?
— Ray começou a rir e eu a olhei assustado, porque
não, eu não tinha escutado nada. Balancei a cabeça
em negação e voltei a olhar a mesa à minha frente.
Estou na biblioteca segurando os diários
da minha mãe, os álbuns de fotografias e tentando
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mandar?
— Acho que temos um caso perdido aqui
— Ray riu alto.
— O que você precisa? E por que você
está rindo tanto?
Ela colocou a mão na boca e tentou
segurar o riso.
— Estou nervosa — falou e respirou
fundo. — Presta atenção no que estou falando! —
Bateu as mãos na mesa divertida!
— Tudo bem! — Imitei seus movimentos
de batida de mãos na mesa, arrancando risos de nós
dois.
Meu Deus, meu irmão ia casar com uma
pirada.
— Paula é Psicóloga e Coach, está
prestando serviço para o hospital onde sou
voluntária. Seu irmão mais novo tem vários
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nessa cabeça.
Levantei da cadeira com o livro na mão.
Lembrei da cena final do livro, quando os dois
estão vivendo o felizes para sempre e esperam um
filho. Lembrei das palavras de Letícia, sobre
confiar em mim, principalmente por me permitir
estar dentro dela sem proteção.
Fizemos no pelo e o resultado era mais
comum do que me deixei pensar sobre o assunto.
Um filho.
— Carlos Eduardo? — Paula ficou na
minha frente e virou a cabeça de lado para me
estudar. — Podemos conversar um pouco?
— Não — respondi grosso e desviei dela
para tentar sair daquele lugar, mas Ray ficou na
minha frente.
Como eu não percebi isso antes? Como
não aceitei?
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Capítulo 25
Letícia
Como eu já imaginei, não havia nada de
grave com meu pai. Uma azia e vertigem que
resultaram em apenas remédios e mudança
alimentar.
Mesmo com maquiagem, minha mãe
percebeu alguns dos meus roxos. Também
percebeu que estávamos sendo seguidas e não me
parava de fazer perguntas sobre meu ex.
Infelizmente ela soube dos envolvimentos ilícitos
dele durante a minha separação e ela acredita,
piamente, de que estava prestes a ser atacada.
Mal sabia que já fui, tive outros momentos
loucos e um tal de Alberto Mendes poderia dar o
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saco de batatas?
Letícia>> Como assim o Cadu não está
com você?
Ray>> Eu vou matar o Eduardo...
Paula>> Gente, o momento é agora.
Acabei de sair do táxi, estou tremendo igual
vara verde. Me sinto indo para o abatedouro. Se
vocês lessem metade das recomendações que ele
deu antes disso...
Letícia>> Foda-se os homens, Paula. Vai
dar tudo certo. Mostre esse potencial de
conciliadora que você tem e se ele falar alguma
merda, mande tomar naquele lugar ou no cu
mesmo.
Alci>> Só digo uma coisa, você não é
obrigada!
Ray>> Isso mesmo! Fale que Ben e
Eduardo vão fazer picadinho dele se não te
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tratar bem!
Thata>> Paula, estou torcendo por
você! Fique firme!
Josi>> Ih... já pensou Paula entrando na
sala do Arthur, tropeçar e fazer igual a
Anastacia de 50 tons?
Segurei o riso e lembrei do quanto nossa
amiga tinha dois pés esquerdos. Não que ter dois
direitos seriam bons, mas é que o desastre fazia
parte da sua vida.
Letícia>> Gostos peculiares... só se for
para comida, né? Viu a pesquisa que a Ray
mandou para nós que ele é vegano?
Josi>> Sim! Ele não sabe o que é bom,
principalmente quando se mistura com bacon!
Ray>> Já estou ficando com fome só de
vocês falarem. Dona Judite poderia fazer
aqueles salgados maravilhosos que vocês
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— Mas...
— Uma vez, uma linda mulher me falou
que no amor, não existe mas. Ou confia ou não
confia. Você confia em mim?
Engoli em seco, mas respondi sem
pestanejar:
— Sim!
— Eu também confio em você, só
precisava aprender a dizer. — Ele tocou o livro
com o indicador e riu sem graça. — Esse livro foi o
gatilho.
Olhei para a capa do meu crush literário, ri
do meu nervosismo e bati o pequeno volume em
seu ombro, que se encolheu assustado.
— Primeira fase concluída, agora venha
conhecer seus sogros. — Puxei-o para dentro do
apartamento dos meus pais e fechei a porta de
entrada. — Mãe, quero te apresentar alguém!
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