A
do 7º, 8º e 9º anos na disciplina
Partilha Alternativa de Educação Visual.
organizou a Festa dos Da produção destes 127 alu-
Anos de Álvaro de nos, resultou a exposição Quan-
Campos e o AEJAC foi tas máscaras usamos, montada
um dos seus parceiros. na Casa das Artes, em Tavira,
Começou-se por definir o tema pelos próprios alunos e professo-
do ano, “a máscara”, tendo-se res. De 16 a 30 de novembro, a
selecionado oito poemas de Álvaro exposição pôde ser visitada pelo
de Campos que foram propostos público e por outras turmas,
para ilustração. O professor Reinal- como foi o caso do 12º C2, cujo
do Barros orientou os seus alunos relatório de visita se encontra
do 10º, 11º e 12º anos, nas disci- também neste número do jornal.
plinas de Desenho A e Oficina de Entretanto, outro parceiro da
Artes, do Curso de Artes Visuais, iniciativa, o Postal do Algarve, na Ilustração de “Depus a máscara e vi-me ao
espelho”, de Álvaro de Campos,
rubrica “Um mês de poesia”,
por Henrique Bagarrão, 12.º E
publicou, diariamente, na sua
edição online poemas seleciona-
dos pelos vários parceiros. A nossa Nesta edição:
seleção recaiu sobre o poema,
Projetos
“Não há abismos”.
Artes Visuais
Línguas
Ciências Sociais e Humanas
Ciências Experimentais
Línguas
Escrita Criativa
Cursos Profissionais
Cidadania
Ensino Básico
Ilustração de “Tabacaria”, de Álvaro de Cam-
Ensino Pré-Escolar
pos, por Diogo Morgado, 11.º E.
Instalação, Oficina de Artes, 12.º E.
PROJETOS
N o âmbito da discipli-
na de Português visitámos uma
exposição enquadrada na maté-
ria lecionada sobre Álvaro de
Campos, heterónimo de Fernan-
do Pessoa. Realizámos uma aula
no exterior no dia 18 de novem-
bro que incluía um roteiro práti-
co e visitas à exposição da Festa
de Anos de Álvaro Campos em
parceria com a Partilha Alternati- Mara Gonçalves, Jéssica Cruz, Daniela Oliveira e Mariana Salvado com a poema
va e a Biblioteca EJAC. Esta visita “Começo a conhecer-me” de Álvaro de Campos, em pano de fundo.
teve como objetivos conhecer
melhor a poesia de Álvaro Cam- Esta jornada iniciou-se na “Começo a conhecer-me. Não
pos e explorar Tavira, o local de Escola Secundária Dr. Jorge existo” e tirámos uma selfie jun-
onde era natural, segundo a bio- Augusto Correia e teve a primeira to à placa onde está inscrita essa
grafia que Fernando paragem na Pastelaria Tavirense. obra de Campos. Aí delineamos
Página 2 Começámos por ler o poema
Pessoa lhe traçou. a leitura expressiva do poema,
PROJETOS
gravando em seguida uma
pequena panorâmica do local à
medida que recitávamos a obra.
Após várias tentativas para
encontrar o local seguinte, indi-
cado no roteiro individual do
nosso grupo, conseguimos che- Exposição “In Citações e a Cabra”, de Isabel Macieira, na casa Álvaro de Campos
gar ao destino, a Casa Álvaro
Campos, onde tirámos novamen- a nossa impressão num registo ção de vários alunos, nomeada-
te uma selfie. Enquanto aguardá- áudio e tirámos uma foto pano- mente Henrique Vicente e Lara
vamos os nossos colegas termi- râmica da elaborada exposição. Gonçalves, entre outros.
narem a sua atividade, estivemos Dirigimo-nos, então, à Casa Terminámos por deixar um
a apreciar a exposição junto à das Artes onde, na sua fachada, breve comentário/apreciação
receção. fizemos um registo fotográfico da no Livro de Honra disponibiliza-
nossa equipa pela última vez. Lá do para esse fim.
encontrámos os nossos colegas, Com este descontraído e
a nossa professora de Português, informativo roteiro pudemos
Ana Cristina Matias, e a Dona não só obter informação adicio-
Auristela Leão (Partilha Alternati- nal sobre o heterónimo Álvaro
Exposição de Jorge Jubilot “Tudo é novo va) que, devido à situação pandé- de Campos, como também pas-
onde fui velho” (variante de um verso do mica em que vivemos, nos mediu
poema “Notas sobre Tavira), Casa Álvaro de sámos a conhecer melhor o seu
Campos.
a temperatura. estilo e perceção em relação ao
Autoria: Ândria Fernandes, Carina Ventura, Após esse momento, visitámos mundo à sua volta. Isso deu-
Maria Rosana Sousa e Stephanie Martins. a exposição “Quantas máscaras nos acesso a novas perspetivas,
usamos” com trabalhos dos alu- sendo estas muito distintas das
Posteriormente, no piso –1, nos do Curso de Artes Visuais da que Alberto Caeiro, Ricardo
visitámos a exposição “In Cita- Escola ESJAC e da Escola Básica 2, Reis e Fernando Pessoa ortóni-
ções e a Cabra” de Isabel Maciei- 3 D. Paio Peres Correia. Em segui- mo tinham. Durante toda a ati-
ra, onde admirámos várias telas e da, assistimos ao vídeo: “Vozes vidade visitámos lugares que,
esculturas inspiradas nos poemas abafadas, instrumentos distan- apesar de se enquadrarem no
de Álvaro de Campos. Gravámos tes” que contou com a participa- nosso local de residência, nun-
ca tínhamos tido a oportunida-
de de visitar. Além disso, o
relatório redigido no qual tive-
mos que sintetizar toda a infor-
mação e experiências adquiri-
das, abriu-nos a porta para um
novo método de fácil aprendi-
zagem.
Em suma, todo o projeto
ajudou a desenvolver a respon-
sabilidade, a encontrar resolu-
ção rápida de problemas/
desafios, a memorizar mais
facilmente a matéria estudada
em aula sobre Campos e a
conhecer a cultura poética
Ilustração de “Aquela falsa e triste semelhança”, de Álvaro de Campos, por João
presente na nossa formosa
Pereira (10.º E), aluno do Curso de Artes Visuais. cidade. Página 3
LÍNGUAS
O
Dia Europeu das Línguas
Por Ana Cristina Matias (Professora bibliotecária)
In my opinion, this film shows the importance of learning a new language and how it can have so
many advantages.
Viktor Navorski flew from Krakhozia to the United States and didn’t know how to speak English,
but he quickly started learning the language. He started reading, memorizing some words and much
more, and in a short period of time he had already improved a lot and could speak almost fluently. I
have no doubt that if we learn a foreign language we can have much more advantages than if we don’t,
for example, communicating with no difficulties with other people when travelling to another country
and allowing more freedom and adaptability in these situations, like in Victor Navorski’s case. It can also
be really useful to widen the range of opportunities and to make employability much easier.
In conclusion, learning a foreign language can help us view the world from another perspective
and can make life easier in many ways.
Rosa Poranen, 10.º A3
Página 4
(Textos selecionados pela professora de Inglês, Margarida Beato.)
LÍNGUAS
AEJAC integra rede de escolas PEPA
Por Anabela Quaresma (Professora do de Inglês e de Alemão)
O
2017. Neste momento a rede de Escola Secundária recebeu diver-
escolas PEPA integra mais de 40 sos títulos, tanto livros de leitura
escolas portuguesas, incluindo a para o nível A1 e A2 de Alemão,
Escola Secundária Dr. Jorge como livros de apoio à aprendiza-
Projeto Escolas- Augusto Correia, desde este ano gem da língua, todos oferta da
Piloto de Alemão (PEPA), criado letivo. livraria alemã Gunnar Weiss Uni-
em 2008, é um projeto de cola- O Goethe-Institut, junta- pessoal.
boração entre o Goethe-Institut mente com as entidades subscri- A escola congratula-se por
Portugal, a Direção-Geral de Edu- toras do protocolo, assegura o fazer parte deste projeto e agra-
cação, a Direção-Geral dos Esta- acompanhamento pedagógico do dece os materiais e apoio recebi-
belecimentos Escolares e a Asso- projeto e desenvolve atividades dos até à data.
Herzliche Glückwünsche! *
O
Por Anabela Quaresma (Professora de Inglês e de Alemão)
Psicologia
Quem diria que a avó estaria tão mal?
Por Joana Nascimento, 12.º C1
Sìthichean(1). Fadas. A avó Como é que num momento a
falava sempre delas. Pelo menos, minha avó está a festejar o Hog-
nos seus últimos momentos de manay(3) como se não houvesse
vida, nos momentos em que a amanhã e, num piscar de olhos,
demência já a tinha atacado qua- está completamente dependente
se total e progressivamente, de alguém? A acetilcolina, aliás,
como acontece sempre. É inacre- os níveis baixos de acetilcolina,
ditável que a única coisa sobran- deram-lhe cabo da vida. Mas que
te dela era uma imperturbável raio é a acetilcolina? Porque é
carcaça dessa tal mulher, a Quem diria que a minha que- que este mensageiro químico,
mulher mais forte que eu já tinha rida avozinha estaria assim tão este neurotransmissor que facili-
conhecido na minha vida. A perdida? Quem? Quem? Quem? ta a memória, a aprendizagem, a
minha doce e tão escocesa avó, QUEM? Os médicos bem nos avi- concentração e controla o funcio-
não estava aqui, nem ali, nem na saram que o mais importante era nalmente de vários órgãos, esta
rua ao lado. Ela não estava. Tinha tentar manter a função mental o coisa que ajuda as células nervo-
desaparecido para sempre. Só maior tempo possível e fornecer sas a comunicar entre elas, fez
um velho vulto sobrava, de cara e o máximo de apoio necessário. com que a minha avó adoecesse?
corpo iguais aos seus, mas de Não conseguimos. Mas como COMO? Como é que os exames
espírito completa e interminavel- poderíamos? Mas quem diria que físicos, mentais, sanguíneos e por
mente desabitados. a avó estaria tão mal? Que a imagem não nós prepararam
É triste pensar como tudo doença estaria tão avançada? para isto? Por que é que o diag-
começou. Como as algumas quei- Quem diria que a avó seria capaz nóstico não nos preparou para
xas de perda de memória deram de vivê-las em silêncio, de ate- esta dor, a dor de a ver morrer
lugar à muito inesperada grave e nuar estas dificuldades durante sem poder fazer nada?
sombria fala constante: ‘Onde tanto tempo, tempo suficiente A avó falava tanto nas fadas
estão as chaves de casa, os ócu- para que já quase não houvesse quando eu era pequena. Oh,
los, a carteira, a panela dos hag- nada a fazer? Como é que nós como ela gostava delas… Como a
gis(2)?’. Já não sabia. Já não se pensamos que todos os esqueci- maioria dos escoceses, uma exí-
lembrava. Num sopro, num mal- mentos, todas as desorientações mia contadora de histórias, histó-
dito sopro tão efémero, a avó já e todos os problemas na lingua- rias em que todo o folclore celta
tinha dificuldades em utilizar a gem, oralidade e raciocínio eram escocês estava presente: as sel-
linguagem, sim, ela, uma moça a idade a cobrar o seu preço e kies(4) , as fadas, os unicórnios, as
tão desenvolta de língua. Aquela não uma perturbação? Como? A bruxas. Tudo! Todo o folclore,
mulher que calava imediatamen- demência é tão mais grave que todo o misticismo, a previsão do
te as vizinhas e as bisbilhoteiras simples dificuldades da idade. futuro na palma das mãos, em
da igreja quando falavam mal… Não são SÓ as dificuldades oriun- restos de folhas de chá, sei lá!
Essa mulher já tinha dificuldades das da idade. É uma deterioração Tudo, tudo, tudo! E no fim, já só
em realizar certas atividades, já ainda mais grave das capacidades falava nisso. Quando estava tão
estava constantemente desorien- mentais. É o apagar de todas as mal, quando já nem se lembrava
tada, já tinha a personalidade memórias alguma vez armazena- de nós, enquanto morria, sim-
completamente alterada. Sentia- das, o findar da maioria das capa- plesmente continuava a lembrar-
se apática, isolada, sozinha. Tão cidades motoras, a dor e o suplí- se deles, a recitar as lendas que a
perdida, tão perdi- cio de realizar tarefas diárias. sua avó lhe contara, lendas trans-
Página 6
da… mitidas de geração em geração.
CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
Psicologia
Psicologia
E
tal caracterizada por, pelo
menos, dois estados de persona-
lidade distintos e, ao contrário de
le está aqui. Apesar de já ter querido des- mim, na maioria dos casos, verifi-
Ouço-o dentro de pedir-me deste mundo, não acho ca-se amnésia dissociativa… Ao
mim. que as substâncias psicoativas menos tenho a minha memória…
Eu sei quando ele toma o con- sejam a morte com mais dignida- Tinha todos os sintomas pro-
trolo. Tento impedi-lo… Nada de. pícios para a sua chegada, exceto
resulta. Além do mais… Ele está aqui. o abuso de substâncias psicoati-
Não passo de um espectador Eu sei. vas, autolesão, transtornos ali-
no meu próprio corpo. Como um irmão gémeo no mentares, disfunção sexual…
Eu observo… Lembro-me de meu interior… Tão igual… Tão Até as minhas cefaleias, dores
tudo… De quem sou… Do que vivi diferente. no corpo e fobias, principalmente
e de quando ele emerge… Até do Ele protege-me. a da água, derivam da sua pre-
frio arrepiante em contacto com Às vezes sinto-me irreal. Como sença.
a minha pele despida no ar sufo- se tivesse sido removido de mim Há pacientes que demonstram
cante de inverno daquele fatídico próprio. Desconectado física e uma grande variedade de sinto-
dia. mentalmente do “eu”, não pas- mas que podem remeter para
Tinha 5 anos apenas. Caí sando de uma sessão de cinema outros transtornos neurológicos
naquele rio. Nunca mais fui o mística onde não posso interferir e psiquiátricos, como transtornos
mesmo… E ele nasceu. com o real. Como se o papel prin- de ansiedade, personalidade,
Disse-me ser meu amigo e cipal da minha vida me fosse rou- humor ou esquizofrenia. No meu
que nada de mal me deixaria bado por ele, permanecendo à caso… tudo menos esquizofrenia.
acontecer. Nunca mais. espera que o pano caia ou de No entanto, não me sinto pos-
Quer proteger-me… Mas de uma oportunidade para o substi- suído. Eu sei que ele está lá. Sou
quê? tuir. apenas um observador. É assim
Nunca partiu desde então. Felizmente, o seu papel é cur- que sei que tenho a forma não
O médico diagnosticou-me to. possessiva, caso contrário sentir-
stress pós-traumático. Senti a Só aparece conforme a situa- me-ia como se alguma divindade,
ansiedade a subir, ataques de ção com que me deparo. Ele sabe ser espiritual ou sobrenatural me
pânico a percorrer o meu inte- que não a aguento, e então sobe invadisse por completo.
rior… Afoguei-me na depressão. das profundezas do meu ser para
Estou limpo… Nunca fui o me salvar.
(Texto das páginas 6, 7 e 8 selecionados
contrário… Digamos que a má Não aguento mais! Tenho de pela professora de Psicologia, Edite Azeve-
vida não combina saber a sua origem, o seu real do, de entre um vasto conjunto de outros
Página 8 comigo. propósito! que também gostaria de ter incluído neste
número do jornal .)
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS
Biologia e Geologia
O s alunos do 10º A1 e
A3 (2019/2021) foram em visita
de estudo, no dia 9 de janeiro do
ano transato, à Mina de Sal-
Gema, em Loulé, no âmbito da
disciplina de Biologia e Geologia.
Estiveram presentes trinta e qua-
tro alunos, acompanhados pelos
professores Rui Carmo, Fátima
Palma e Cristina Castilho, e
Ilustração 1
vivenciaram uma experiência a Interior da mina de sal-gema
230 metros de profundidade,
onde puderam admirar forma-
ções geológicas com 230 milhões Na chegada à mina já se sobre a mina e recolheram amos-
de anos. encontravam alguns elementos tras de sal-gema.
A saída da escola foi pelas do grupo acompanhados pelo
8h20 e após uma breve viagem diretor técnico engenheiro Ale-
de autocarro cedido pela Câmara xandre Andrade e pela engenhei-
de Tavira, rapidamente se che- ra Cátia Barradas, que estiveram
gou a Loulé por voltas das 9 presentes durante toda a visita.
horas. A receção feita pelos pou- Já no interior da mina, foram
cos funcionários presentes foi realçadas as medidas de seguran-
muito agradável. ça e a sua importância. Foi feita
Antes de dar início à visita, também uma breve introdução Ilustração 2
sobre a grande pureza do sal- Recolha de amostras de sal-gema
foram distribuídos equipamentos
de segurança, tais como capace- gema e a composição deste por Com esta visita de estudo, os
tes, coletes refletores e em argilas (daí a cor acastanhada) e alunos descobriram a importân-
alguns casos lanternas de peque- cloretos. cia geológica da mina no contex-
no porte. A viagem até ao inte- Deu-se, então, início ao per- to da região e as aplicações do
rior da mina começa na" jaula" – curso de interpretação a pé pelos sal-gema até à atualidade. A
um elevador montado na torre, seus 1,3 km de extensão. Toda a visita foi um êxito e os alunos
que foi construída no topo de um estrutura é dominada domo sali- gostaram imenso de ter tido esta
dos poços de acesso à mina. A no, uma concentração de sal nova aventura.
sua pequena dimensão só permi- muito extensa, tendo o grupo de
te levar no máximo 7 pessoas, exploradores que primeiro des-
Nota: Excerto de um relatório de visita
sendo uma delas um dos técni- cobriu a mina a intenção de de estudo selecionado pelo professor Rui
cos. Esta pequena viagem demo- extrair o sódio do sal-gema para Carmo, testemunho das atividades que se
alimentar as indústrias agroquí- podiam realizar antes do contexto da pan-
ra entre 3/4 minutos, percorren- demia e que tem obrigado a tantas , e tão
do os 230 metros de profundida- micas. Os alunos ficaram tam-
necessárias, medidas de contingência.
de. bém a saber outras curiosidades
Página 9
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS
Física e Química A
Semana da cultura científica
Página 10 (Excerto de um trabalho em exposição na Biblioteca ESJAC durante a Semana da Cultura Científica.)
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS
Física e Química A
Semana da cultura científica
Por Alice Ferreira e Bruna Guerreiro, 11.º A3
Página 11
ECO DOS ESPAÇOS
Resiliência
Por Ana Cristina Matias (Professora bibliotecária)
Tempos difíceis! Alunos
e professores procuram resistir ram: PED —Professor da Era Digi- O Dia Mundial da Filosofia
e viver na normalidade possí- tal; Progredindo na educação (19 nov.) foi assinalado pela pro-
vel. Por isso, apesar de a fre- STEM (Ciências, Tecnologia, Enge- fessora Edite Azevedo e a sua
quência da biblioteca ser muito nharia e Matemática) com ativi- recolha de testemunhos orais
inferior ao que era, os emprés- dades baseadas na Internet das sobre a disciplina de Filosofia,
timos domiciliários continua- coisas e GREENIES. que depois divulgámos.
ram, com a requerida quaren- As bibliotecas são locais que
tena dos diversos materiais Participar no
tornam a informação acessível
antes de voltarem a estar dis- programa Erasmus
para que os seus utilizadores a
poníveis. A publicação do nos- GREENIES está a
transformem em conhecimento,
so jornal já fora adiada em ser uma experiên-
e foi isso que aconteceu tam-
maio do ano transato e vários cia única devido à
bém ao longo da Semana da
artigos ficaram por publicar. situação que esta-
Cultura Científica (23 a 27 nov.):
Alguns disponibilizámos no mos a viver.
exposição de trabalho de Física e
Biblioblogue ESJAC - Tavira, A nossa vontade, dedicação e
Química A realizados pelo 11º
outros foram ficando. Chegada empenho é sempre o melhor que
A3, visitas guiadas e exploração
a altura de sair um novo núme- nós temos a dar. Quando nos can-
da informação presente nos car-
ro, novo confinamento foi didatámos ao programa, não pen-
tazes pelos alunos das professo-
necessário. Porém, não aban- sámos apenas em entrar com vista
ras Helena Bartolomeu e Rosa
donámos o projeto e avança- a viajar, mas sim com o objetivo
Palma, artigos em exposição
mos com a presente edição que de expandir os nossos horizontes.
sobre "Reprodução e manipula-
primeiro será lançada em Este estado catastrófico a nível
ção da fertilidade", produzi-
suporte digital. mundial, que impede o contacto
dos pelos alunos de Biologia,
Além das atividades já pessoal direto, faz-nos aproveitar
12º A2, com orientação do pro-
noticiadas, há a destacar Outu- o lado bom das tecnologias que
fessor Rui Carmo, e um painel
bro — Mês Internacional da existem hoje em dia. A partir
interativo do Clube de Ciência,
Biblioteca Escolar, este ano delas, podemos conhecer o con-
“Distâncias no sistema solar",
em linha com o 3º Objetivo do texto tanto das escolas, como da
montado pela professora Cristi-
Desenvolvimento Sustentável vida de alunos de outros países
na Castilho.
da Agenda 2030 da ONU. Saúde que, tal como nós, vivem a mesma
Em parceria com o CCV de
de qualidade implica cuidar de situação. E até os trabalhos pro-
Tavira e a UALg, organizaram-se
cada uma das seis dimensões postos para o desenvolvimento do
duas palestras. Radiografia a
do bem-estar: ocupacional, projeto - apresentação pessoal em
uma cidade romana enterrada
emocional, físico, espiritual, inglês no Twinspace, construção
em Luz de Tavira (Projeto Balsa),
intelectual e social. Mergulhar de um logótipo para o projeto,
pelo Doutor João Pedro Bernar-
na leitura de um livro é uma apresentação eletrónica e vídeo
des, cativou o interesse de alu-
forma de «Descobrir caminhos sobre Portugal, a nossa região e a
nos do Curso de Línguas e Huma-
para a saúde e o bem-estar». nossa escola - tem permitido
nidades, 10º C1, 12º C1 e 12º C2,
Erasmus Days (15-17 out.) expandir o nosso conhecimento
e dos seus professores, José
foi o ponto partida para o reto- sobre a nossa cultura e aproveitar
Couto e António Miguens, nas
mar dos Projetos Erasmus+ em mais o pequeno ‘paraíso’ em que
três sessões da manhã de 27 de
ação na Escola. Escape Class- vivemos.
novembro. A divulgação do Pro-
room Digital Turn, AMOR e Estamos convictas que esta
jeto SARDITEMP, dirigida a alu-
Walls and Briges tiveram os oportunidade será uma grande
nos do 3º ciclo, Escola Dom Paio
seus prazos de conclusão pro- aprendizagem para o nosso futu-
Peres Correia, foi o tema da
longados. Já ro.
Página 12 Clarisse Correia e Diana Neves, 11º B
segunda palestra.
outros arranca-
ECO DOS ESPAÇOS
Projeto SARDITEMP
MEMÓRIAS
Por Ana Rita Diniz ( Professora de Português)
N
os países. Diariamente, as mulhe-
res lutam por ter um salário, seja
o mundo em que em que profissão for, igual ao
atualmente vivemos dos homens.
existem diversas situações de Outro exemplo é o facto de o
desigualdade. Uma delas é a género feminino ser aquele que
desigualdade de género, ou seja, sofre mais com casos de violação,
a desigualdade entre homens e assédio e violência doméstica.
mulheres. Esta desigualdade veri- Por isso, para combater, não só
fica-se, por exemplo, a nível este problema, como muitos as mulheres em casos de violação
social e económico. É um facto outros, nasceu o feminismo. O e assédio.
que estas discrepâncias foram feminismo é um movimento cujo Tal como Padre António Vieira
ficando cada vez menos presen- principal objetivo é o de lutar tentou mudar os homens através
tes nos dias de hoje, mas ainda pela igualdade de género em do poder da palavra, é necessário
ocorrem em muitos países. todos os critérios possíveis. Este que todas as mulheres usem,
Um dos exemplos mais abun- movimento já fez mudar o mun- também, o seu poder para mudar
dantes de desigualdade de géne- do de muitas mulheres. Uma das o seu mundo. Concluindo, a desi-
ro é a grande diferença salarial grandes alterações conseguidas gualdade de género é um dos
presente entre homens e mulhe- por este movimento foi a possibi- maiores problemas sociais da
res. A igualdade salarial entre os lidade dada às mulheres de humanidade e, para mudarmos
dois géneros não se verifica em poderem votar. Assim, o feminis- este problema, é necessário utili-
muitas profissões nem em todos mo luta pela proteção de todas zarmos a nossa voz.
E
Por Joana Vaz, 11.º A1
A
Por Ivo Pereira,11.º A3
O
Por Sara Nunes, 11.º A3
(Textos de opinião das páginas 17,18 e 19 selecionados pela professora de Português, Norberta Sousa.) Página 17
LÍNGUAS
Português Opinião
O planeta ‘virou’ produto de consumo
Por Patrícia Daniel, 11.º A1
petróleo e a exploração de
diversos minerais concedem a
grandes empresas lucro exorbi-
tante com a indústria mineral.
A solução: iniciar por aqui. É
imprescindível que o ser huma-
no tome consciência das suas
ações e que execute primeira-
mente um profundo exercício
de reflexão. Começar por pro-
duzir menos e reutilizar mais é
a principal ideia-chave. A edu-
cação é essencial. Doutrinar e
instaurar na pedagogia aspetos
de aprendizagem que motivem
as próximas gerações a apostar
N
ças até 2030, estes problemas nos pequenos mercados e com-
tornar-se-ão irreversíveis. panhias locais ou a conformar-
Emissões de dióxido de carbo- se com a mudança da dieta são
a atualidade na qual no pelo tráfego rodoviário, pilhas fundamentais.
se vive, a sociedade alimenta-se de eletrodomésticos e de tecno-
de novas tecnologias que dis- logias obsoletas, queimadas e
põem de melhores potencialida- incêndios, poluição sonora e mui-
des e até mesmo de um melhor to mais, são exemplos de causas
conforto. A humanidade está em que põem em risco globalmente
constante evolução, especial- o meio ambiente.
mente nas áreas das ciências, No mesmo comunicado, a
com o grande propósito de des- ONU denunciou que 8% dos ani-
cobrir, de explorar e, sobretudo, mais já foram extintos e que 20%
de caminhar para um futuro cada estão sob a ameaça de também
vez mais próspero. serem exterminados.
No entanto, muitos consegui- Como já foi comprovado, a Assim, em forma de conclu-
ram compreender ser esse o
biodiversidade está em perigo, os são, os paradigmas ambientais
futuro que estará repleto de obs-
oceanos tornaram-se aterros de e as suas consequências pro-
táculos e de consequências
funestas para o planeta Terra plástico e os animais marinhos vêm do indivíduo antropocên-
que, por sua vez, acarretam um confundem-nos com alimento. trico. Porém, sendo seres adap-
vasto leque de problemas O Homem é o responsável táveis, o ser humano necessita
ambientais. por tudo isto. O exagero no con- urgentemente de se submeter
A Organização das Nações Uni- sumo e a necessidade incansável ao dever de manutenção, pro-
das (ONU) afirmou, num comuni- de obter mais recursos do que o teção e preservação da nature-
cado em 2015, que, caso não se planeta realmente pode produzir za mãe, antes que seja tarde de
realizem mudan- é um problema de gravíssima mais.
Página 18
preocupação; a obtenção de
ESCRITA CRIATIVA
A minha flor amarela
Por Jéssica Cruz, 12.º C2
Que linda, que bela...a minha flor amarela.
Amarela floresceu nesta manhã
Manhã que nasceu para ver a flor
Para a contemplar e nessa reluzir
Aquilo...como se diz?
Que treta, que treta.
Ah! A orquestra organizada de raios ultravioleta.
(Poema selecionado por Ana Cristina Matias, professora de Português, após a aluna ter voluntariamente envia-
do este seu poema na sequência da leitura e estudo da poesia de Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Página 19
Pessoa.)
CURSOS PROFISSIONAIS
A
potenciais de liderança e com propor à comunidade escolar da
capacidade de se relacionar Escola Secundária Dr. Jorge
melhor com as pessoas através Augusto Correia a sua contribui-
qui deixamos regis- da instrução profissional e cons- ção para ajudar nos crescentes
tado o momento ciência social. pedidos de ajuda das pessoas
da entrega dos 173,2 Kg de bens Devido à pandemia causada mais carenciadas.
alimentares recolhidos pelo Inte- pelo coronavírus, vários agrega- Porque temos de nos reinven-
ract Tavira no seu "Halloween dos familiares ficaram com rendi- tar para continuar a apoiar quem
Solidário", à Congregação das mentos reduzidos e outros per- precisa da nossa ajuda, Bruna
Vicentinas de São Vicente de deram até mesmo o emprego, Guerreiro, Catarina Palma, Claris-
Paulo de Tavira. causando assim grandes dificul- se Correia, Filipa Santana e Mari-
O Interact é um programa de dades económicas na compra de na Salvado, membros do Interact
Rotary International que consiste alimentos. Dado este facto e na Tavira, agradecem a todos os que
em clubes de prestação de servi- impossibilidade de podermos colaboraram nesta iniciativa soli-
ço que envolvem jovens entre 12 fazer o nosso “Halloween Solidá- dária, muito em especial à dire-
e 18 anos, num ideal de esperan- rio” que consistia em ir de porta ção, aos alunos e aos funcioná-
ça, de ajuda à comunidade e num em porta nas casas de Tavira rios e professores pelo seu
propósito de melhoria social, recolher alimentos, o Interact apoio.
baseado na mudança e na cria- Club de Tavira solicitou ao Dire-
Página 21
ção de melhores jovens com tor do AEJAC autorização para
ENSINO BÁSICO
Projeto Eco-Escolas
O objetivo de reutilizar
materiais para a
construção das árvores e dos
professores e dos assistentes
operacionais.
Foram utilizados como recur-
sos embalagens Tetra Pak, caixas
de cartão, rolhas, sacos de papel,
com a exposição dos trabalhos
no bar e na reprografia. As emba-
lagens ganharam uma nova vida
pelas mãos dos alunos, que este
ano contribuíram para um Natal
cordel, pinhas, purpurinas, cola mais sustentável e inclusivo.
enfeites de Natal foi cumprido.
quente, cola branca guache e jor-
Este desafio foi desenvolvido
nais. Utilizou-se a metodolo- Muito obrigada a tod@s!
pelos alunos do 2º e 3º ciclos que
gia do trabalho de projeto para
frequentam o Centro de Apoio à
explorar a importância da reutili-
Aprendizagem na Escola Básica
zação dos resíduos.
2,3 Dom Paio Peres Correia e
Os alunos estiveram envolvi-
contou com a
dos e motivados em todas as
Página 22 colaboração das
fases do projeto, que terminou
famílias, dos
ENSINO PRÉ–ESCOLAR
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CLUBE DE TEATRO
Por Ana Cristina Matias (Professora bibliotecária)
Apesar de todos os condicionalismos de funcionamento em tempos
de ameaça da COVID-19, o Clube de Teatro da ESJAC, orientado pelo
professor Luís Gonçalves, levou à cena, nos dias 15 e 17 de dezembro
de 2020, várias pequenas peças dramáticas que, pelo seu toque cómi-
co, provocaram sorrisos e risos nos espectadores.
O grupo, este ano constituído por dez elementos, viu-se obrigado a
um esforço acrescido já que teve de repetir o espetáculo durante sete
sessões, cumprindo o Plano de Contingência que obriga a que não se
exceda um terço dos lugares do Auditório.
Professor Luís Gonçalves num dos Um “Bravo!” para a resiliência destes atores em formação e para os
momentos de apresentação dos vários professores que preparam as sessões de ensaios todas as quartas-
quadros levados à cena. feiras.
Um dos momento de SMISSBANK com Natal das Bruxas Rita Maldita, Con-
desempenho de Maria Pereira (11.º E). ceição Maldição e Rosa Maldosa
num dos seus momentos com Lara Gon-
çalves (11.º C1), Iara Ruivinho (10.º A1) Uma das cenas da peça La Maison Chi-
e Ana Pereira (11.º C2). que com a interpretação de Ana Pereira
(11.º C2), Reinaldo Barros (Professor de
Artes Visuais) e Rita Silva (12.º A2).