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Petrillo
Não se vive porque se respira, mas
porque se ama.
A vida só tem sentido se você se
consome pelo outro.
Este singelo escrito é dedicado à
Santíssima Mãezinha do Céu, a
Onipotência Suplicante, refúgio,
consolo e auxílio...
Rosa Mística,
Causa de nossa alegria,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã.
SUMÁRIO
05
A INFÂNCIA E A JUVENTUDE
06
O NAMORO
16
O MATRIMÔNIO, A ABERTURA À VIDA E A
"MISTERIOSA ALEGRIA"
18
A PRIMEIRA FILHA. MARIA GRAZIA LETIZIA.
UM DIAGNÓSTICO DE ANENCEFALIA
26
O SEGUNDO FILHO. DAVIDE GIOVANNI.
O AMOR NÃO PODE ESPERAR.
29
O CÂNTICO DA COZINHA
SUMÁRIO
32
O TERCEIRO FILHO.
FRANCESCO E A DESCOBERTA DO CÂNCER.
39
A INTIMIDADE E A CONSAGRAÇÃO DIÁRIA
À VIRGEM SANTÍSSIMA.
40
O NASCIMENTO PARA O CÉU.
47
UMA REFLEXÃO SOBRE A VIDA E O
TESTEMUNHO DA CHIARA.
51
ASSOCIAÇÃO SANTOS INOCENTES.
52
ASSOCIAÇÃO CASA LUZ.
A infância e a juventude
Chiara Corbella Petrillo nasceu na Itália em 9 de janeiro
de 1984. Viveu uma infância e juventude felizes ao lado
dos pais, Maria Anselma e Roberto Corbella, e de sua
irmã, Elisa. Chiara foi uma jovem alegre, reservada,
radiante e com uma notável capacidade de servir, de
não se poupar nas pequenas coisas, o que lhe permitia
manifestar a gratuidade também nas coisas maiores.
Cresceu em um ambiente católico, em que se vivia a fé
no cotidiano, na vida de oração regular, especialmente
na oração do santo Terço em família, assim alimentava
seu amor e sua intimidade com Jesus e a Virgem
Santíssima. Amava a família. Gostava de viajar, de tocar
violino, de estar em contato com a natureza e os
animais. Amava a vida.
05
O namoro
Em 2 de agosto de 2002, Chiara, que estava em viagem
com uma amiga, passa por Medjugorje para encontrar a
irmã. Elisa Corbella participava de uma peregrinação a
Medjugorje com um grupo de jovens italianos. E naquele
dia Chiara conhece o jovem Enrico Petrillo. Meses após o
primeiro encontro, começam a namorar. Enrico e Chiara
tiveram um namoro difícil, com idas e vindas, com
rupturas dolorosas. Esse tempo de sofrimento no
namoro foi a maior provação que Chiara disse ter vivido,
maior do que tudo que viria acontecer depois. Ela tinha
dificuldade de se mostrar como era, de ser ela mesma
diante de Enrico com receio de que ele não fosse gostar
dela genuinamente. Por sua vez, Enrico tinha medo de
abrir o coração e amar verdadeiramente. No livro
Pequenos Passos Possíveis. Chiara Corbella Petrillo:
testemunhos, Enrico assim fala do tempo do namoro:
06
Chiara tinha medo de me perder, é fato, ela mesma o dizia.
E eu também tinha medo de perdê-la. Na verdade este era
o meu grande medo, porque, um ano antes de conhecê-la,
perdi meu pai. (...) em meu coração, entrou o medo de
perder as pessoas de uma hora para outra. (...) no namoro,
aconteceu algo durante o "curso vocacional": novamente
eu entreguei tudo ao Senhor. E isso significava tomar
consciência de que eu nunca tinha amado Chiara
verdadeiramente naqueles poucos anos de namoro,
porque no fundo do meu coração havia aquele medo.
Então como é possível discernir a sua vida e perguntar-se:
"Esta é a mulher para mim? Este é o homem para mim?",
se, no seu coração, você não conseguiu se entregar
completamente, se no seu coração há sempre uma saída
de emergência, um plano B, de reserva? Se ela me diz não,
talvez haja chance com aquela outra moça interessante...
07
Foi então que decidi no meu coração fechar todas as
outras portas e me dedicar somente a Chiara. E isso
permitiu que eu compreendesse os frutos que ela trazia
para mim - nos momentos bons ou ruins, mesmo nas
discussões -, permitiu que eu percebesse que ela me
aproximava do Senhor, me fazia amá-Lo. Eu também
queria amá-Lo, mas quando estávamos juntos era ainda
mais bonito.
08
Com a oração e a ajuda de Frei Vito, da Ordem dos Frades
Menores de Assis, que se tornou diretor espiritual de
Chiara, ela compreende que precisa deixar de lado o medo
de ser ela mesma, de tentar usar máscaras, pois Deus
anseia que mostremos nossa essência, nossa verdade.
Somos chamados a ser autênticos, autênticos filhos de
Deus. Cada um de nós é único e irrepetível para Deus. Foi
também em Assis que ela ouviu pela primeira vez que "o
oposto do amor é a posse". Isso levou Chiara a fazer uma
séria reflexão sobre seu relacionamento com Enrico.
Compreendeu, como os freis ensinavam, que tudo é dom
de Deus, seja um afeto, uma pessoa, um bem material...
10
(...) Soubestes quem eras, quem ias sendo, a partir do
olhar de Deus, e não do olhar do Enrico, e creio que
ele fez o mesmo. Assim, é possível amar com um amor
que não exige, que não possui, que não tem medo de
desiludir. Fizeste-o procurando-te na Palavra de Deus,
encontrando sempre tempo para rezar, fizeste-o
agarrando-te à regra dos três “p”, os pequenos passos
possíveis, contra a preguiça e a inconstância.
11
Enrico, por outro lado, percebe que ele também precisa
de uma vida de oração e do auxílio de um diretor
espiritual, precisa de uma vida interior. Quando, então,
toma essa decisão, compreende que o medo de amar e
de se entregar de verdade e por inteiro a Chiara
também era empecilho ao desenrolar do namoro dos
dois. A partir daí, firmados no Senhor, reatam o namoro.
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Enrico e Chiara têm muita coisa a deixar. Durante a
caminhada, Padre Vito está ao lado deles. Diz-lhes
que rezem para que o Senhor cure as feridas que se
causaram mutuamente. A oração é ouvida. (...)
Enrico e Chiara estavam presos um pelo outro,
tinham brigado e se separaram. Várias vezes.
Olhando para eles, não se percebia nada de
extraordinário. Ao contrário, estavam apagados,
irritados e cansados. A certo ponto, porém, eles se
detiveram, tinham decidido fazer as coisas com
seriedade. E haviam chegado ao desejo de se
dizerem um sim. O que mudou tudo foi terem
adotado uma perspectiva diferente, uma palavra
antiga e sempre nova: A única coisa extraordinária
consiste em sermos filhos de Deus. Devemos
apenas fazer a escolha: podemos crer em um Pai
que nos ama ou continuar a pensar que a vida seja
um acaso".
13
O coração de Enrico se abriu. Ferido pela vida e por
sua relação com Chiara até aquele momento, ele a
culpava por tudo de mau que lhe acontecera.
Sentia-se no direito de tratá-la mal, de exigir alguma
coisa dela. Chiara - recorda o Padre Vito - tinha sido
o seu crucifixo de São Damião, diante do qual um
jovem Francisco percebe que a verdadeira vítima
era outra pessoa. É a pessoa que está à sua frente,
que o ama exatamente quando, com raiva, ele se
lança contra ela. - Nós que pensamos ser vítimas
nesta vida - disse Padre Vito -, nos convertemos
somente diante d'Ele, somente diante deste amor.
14
O que era extraordinário em
Chiara era a docilidade.
Se lhe davam um conselho, falava
disso com Enrico e experimentava.
Com simplicidade, e contando não
com as próprias forças, mas com
as do Pai que nos ajuda a viver
aquilo que nos dá.
15
O matrimônio, a abertura
à vida e a "misteriosa
alegria"
Enrico e Chiara conhecem em Assis um casal de quem
se tornam grandes amigos, com quem podem
livremente compartilhar a vida: "Nós nos
compreendíamos imediatamente, as mesmas coisas
nos incomodavam e éramos atraídos pelas mesmas
situações. Tínhamos compreendido que nossa
felicidade estava naquele chamado ao matrimônio, e
que o queríamos fazer seriamente". Esse casal de
amigos dos Petrillo são inclusive os autores do livro
Nascemos e jamais morreremos.
16
A amizade com eles, com o qual compartilham os
mesmos ideais, lhes aponta, pelo exemplo, o caminho
da confiança na Providência divina, o que os ajudou a,
durante o Tríduo Pascal, enquanto faziam adoração da
Cruz na Sexta-Feira Santa, a perceber que tudo ficou
claro, que não havia tempo a perder e que deveriam
marcar a data do casamento. Enrico e Chiara se
casaram em Assis, na Itália, em 21 de setembro de
2008. Os desafios e as dificuldades do tempo de
namoro foram, diziam eles próprios, uma preparação
para o que iriam viver depois. Tiveram três filhos: Maria
Grazia Letizia (10 de junho de 2009), Davide Giovanni
(24 de junho de 2010) e Francesco (30 de maio de
2011).
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A primeira filha.
Maria Grazia Letizia.
Um diagnóstico de
anencefalia
Os jovens esposos, já início do casamento, enfrentam
uma dura prova. Ainda não tinham completado um
mês de casados quando ela descobre que está
grávida. A notícia traz grande alegria aos dois, apesar
de uma pequena apreensão: "Nós nos perguntávamos
se conseguiríamos ir adiante, gerir todas as despesas
que viriam pela frente... Porém, como o Senhor nos
tinha ajudado no casamento, estávamos seguros de
que nos ajudaria também naquela gravidez", relatou
Chiara.
18
Contudo, logo recebem o diagnóstico de que a
criança sofre de malformação incompatível com a
vida. O diagnótico é de anencefalia. Ao sair daquela
consulta, Chiara chora nos braços de sua mãe, Maria
Anselma. Naquele momento, o pensamento de
Chiara era: "Eu sabia que o Senhor sempre tem
alguma coisa diferente para nós, nem tudo acontece
como pensamos. Minha preocupação é como vou
dizer isso a meu marido?". Na sua cabeça, ela já sabia
o que fazer, já tinha tomado sua decisão, mas sofria
em imaginar como seria a reação de Enrico naquela
circunstância de já no início do casamento ter de
enfrentar tal realidade. Ela se perguntou: "Meu
marido também carregará esta cruz, ou devo levá-la
sozinha? Ele me entenderá ou...?". Todo esse cenário
de preocupação e temor se esvai quando ela fixa o
olhar numa imagem da Virgem Maria. Ao refletir por
uns instantes sobre a vida da Mãe amável, a
Consoladora dos aflitos, Chiara então tem seu
coração acalmado.
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Sofrendo pela vida da filha, de início Chiara tinha
pedido a Jesus que interviesse antes mesmo de
conhecer o seu desígnio. Antes de saber o que
Deus queria fazer, de que modo queria mostrar o
seu amor. Mas Jesus lhe ensina a maneira de entrar
em relação com Ele: ela deve simplesmente confiar,
deixar-se guiar como Maria, aprender a considerar
Deus como uma Pessoa, não como alguém a seu
serviço. Para Chiara, acolher Maria Grazia Letizia
significa aprender a verdadeira humildade.
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Quando Enrico recebe a notícia de que sua filha tinha
o diagnóstico de anencefalia, ele relata que contava
com a possibilidade de acolher uma criança não
saudável, mas não com a de acompanhar uma
criança ao Céu. E diz para Chiara:
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- Eu pensei: "este homem me ama de verdade... e ama
o fruto de nosso amor como eu o amo". A partir desse
momento, a graça foi a de nos unirmos ainda mais.
- Maria Grazia Letizia nos fez abrir o coração - conta
Enrico. Você abre a porta e a graça entra, o verdadeiro
amor, o sentido da vida, da eternidade. Maria Grazia
fez isto.
É menino ou menina?
"O importante é que venha com
saúde?"
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A atitude de Chiara e Enrico incomoda a muitos pelo
fato de que expõe claramente que toda vida é um
dom de Deus, toda vida importa, mexe com as
consciências comodamente adormecidas para tal
verdade e revela a estreiteza e a pequenez dos
valores e das expectativas de muitos. A atitude deles
constrage, questiona e desinstala...
Um dom de Deus é um
dom de Deus,
e não pode ser controlado.
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Chiara, que era bem reservada, via-se com uma
barriga enorme devido ao líquido amniótico
abundante, passava pela dificuldade de ter de contar
muitas vezes a história da filha e, nesse contexto, ela
dizia: "Eu tinha uma barriga que me 'obrigava' a
testemunhar a grandeza do Senhor".
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Chiara e Enrico estão verdadeiramente felizes.
Estavam preparados para o pior, não para tanta
beleza.
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O segundo filho.
Davide Giovanni.
O amor não pode esperar
Na segunda gestação, novamente o casal espera um
bebê com outra malformação também incompatível
com a vida. Nos dois casos, o jovem casal leva as
gestações até o fim, tem a graça de batizar os filhos e
minutos depois os entregar a Deus com serenidade e
confiança nos desígnios do Senhor.
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A respeito das duas gestações, Chiara relata depois a
alegria de saber-se mãe, mesmo que tivesse tido
seus bebês nos braços por poucos minutos, mas
tinha provado da alegria e do dom de ser mãe. Era
uma mãe com os filhos no Céu.
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O cântico da cozinha
No livro Pequenos Passos Possíveis, a amiga
Cristiana, ao recordar os primeiros tempos de
matrimônio das duas, dizia que elas se perguntavam
como fazer para se adaptar à nova vida e rotina de
casadas, com todos os afazeres domésticos, sem
descuidar da vida de oração, da vida interior, do
tempo a ser dedicado a Deus.
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(...) dizia que, a partir do momento em que você se
casa, cada gesto de amor que se faz pelo marido ou
pelos filhos se torna profunda oração: mais do que
quem diz "Senhor, Senhor", pois se reza com atos
de amor. Então telefonei para ela e disse: "Chiara,
esta é uma grande descoberta!".
30
Porque Chiara tinha os mesmos medos e as
mesmas perguntas de qualquer outra pessoa.
Mas bastava-lhe uma palavra, como Maria.
31
O terceiro filho.
Francesco
e a descoberta do câncer
Algum tempo depois, recebem com alegria a notícia
da terceira gestação. E o bebê está bem. Contudo,
logo no início dessa gravidez, Chiara é diagnosticada
com um câncer.
32
Nesse período, são tocantes os relatos de como
Chiara passou pela enfermidade, pelo tratamento,
pelos longos dias de intensa dor, tudo isso com uma
profunda confiança e abandono em Deus, sem
lamentos, mas, sim, com um olhar fixo em Jesus.
33
Nas palavras de sua irmã Elisa, Chiara soube entregar
seus projetos nas mãos de Deus, foi precisamente
nisso que foi extraodinária.
34
Em Assis, eu me apaixonei pela alegria dos freis e
das freiras que viviam acreditando na Providência, e
agora também eu tenho pedido ao Senhor a Graça
de crer nessa Providência da qual eles falavam, de
crer nesse Pai que jamais deixa que lhes falte nada,
e Frei Vito nos ajudou a caminhar acreditando nesta
promessa: nós nos casamos sem nada, mas pondo
Deus em primeiro lugar e crendo no amor que nos
pedia este grande passo.
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Chiara soube entregar os seus
projetos nas mãos de Deus:
foi precisamente nisto que foi
extraordinária.
(Elisa Corbella)
36
O testemunho de vida da Chiara tem tocado e
edificado os corações tamanha força, autenticidade,
fé, confiança e abandono em Deus sem reservas
dessa jovem mulher.
37
Ela, como dizia sua irmã, foi extraordinária nas coisas
normais, nas ordinárias, no dia a dia. Soube a cada
momento dar seu sim a Deus, mesmo sem entender.
38
A intimidade e a
consagração diária à
Virgem Santíssima
Chiara tinha com a Virgem Santíssima uma relação
especial, muito bela, muito íntima, rezava diariamente
uma consagração a Nossa Senhora: "foi a consagração
diária à Mãe Imaculada que lhe purificou o coração,
libertando-o de tudo o que o manchava. (...)
39
O nascimento para o Céu
Chiara nasceu para o Céu no dia 13 de junho de 2012,
aos 28 anos, em odor de santidade.
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Ainda na ocasião do rito de abertura da fase diocesana
do processo de beatificação e canonização da Chiara,
Enrico Petrillo, seu esposo, assim declarou:
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Hoje ela já é chamada de Serva de Deus na Igreja. Em
breve, e com a graça do Senhor, será beatificada e
canonizada.
Ela percorreu esta vida num caminho de santidade. É
um exemplo de que se pode viver e buscar a santidade
nos dias de hoje.
43
Por fim, que a exemplo da Chiara, possamos descobrir-
nos plenamente amados por Deus, viver cada dia
confiantes e dóceis à vontade do Senhor, sempre
perfeita e agradável, seguindo firmes na fé para bem
vivermos com serenidade e "misteriosa alegria" todos
momentos da vida, sempre com o olhar voltado para o
Alto, para as realidades eternas, para aquilo que não
passa.
(Dayane Negreiros)
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Aquilo queDeus quer para nós
é muito mais belo do que tudo o
que poderíamos pedir com a nossa
imaginação.
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Para conhecer um pouco mais sobre o testemunho de
santidade da Serva de Deus Chiara Corbella Petrillo,
recomendamos os livros Nascemos e jamais morreremos.
A história de Chiara Corbella Petrillo e Pequenos passos
possíveis. Chiara Corbella Petrillo: testemunhos, ambos
da Editora Cultor de Livros.
46
Uma reflexão sobre a vida e o
testemunho da Chiara
A seguir, lemos um texto da Luciana Taniguchi que há
alguns anos teve a iniciativa de começar um apostolado
para divulgar a vida da Chiara aqui no Brasil.
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Tempestade e calmaria, impotência e protagonismo,
doçura e firmeza, atitude e resignação, sofrimento e
felicidade, nascimento e morte, fragilidade e fortaleza,
cruz e paz. A história de Chiara reúne em si muitos
elementos que poderiam parecer inconciliáveis e
contraditórios, mas, pelo contrário, demonstram uma
riqueza que transcende nossa lógica e um amor que
ultrapassa nossos limites. E é frase de Chiara a seguinte:
“As pessoas não estão acostumadas a associar o
sofrimento à felicidade”. Sim, o estranhamento entre os
paradoxos vividos por Chiara é compreensível. Afinal,
aprendemos e acreditamos (mesmo que
inconscientemente) que a felicidade é a ausência do
sofrimento, e que só poderemos ser alegres se os
problemas inexistirem. Chiara provou com sua vida que os
paradoxos podem ser harmoniosos e fecundos, e tembém
gritou com seu silêncio: “Porque quando me sinto fraco,
então é que sou forte” (II Cor 12,10).
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Certa vez disseram que a história de Chiara só era bela
porque ela era livre para escolher ter, ou não ter o bebê.
Afirmação esta que, além de tendenciosa, e inclinada à
apologia do “meu corpo, minhas regras”, toma uma
verdade e a distorce com mentiras pedantes. De fato
Chiara era livre, mas sua liberdade extrapolava quaisquer
bandeiras feministas que desejam descartar a vida de um
filho. A liberdade de Chiara é a mesma de Nosso senhor
Jesus Cristo, aquela que só possui quem ama
verdadeiramente. Chiara entregou sua vida de forma livre
porque amou até o fim! Realidade muitíssimo distinta dos
ideais abortistas que se inflam orgulhosos para afirmarem
que são livres para fazerem o que bem entendem, mas
não percebem que estão sufocados pelas correntes de
uma ideologia assassina.
(Luciana Taniguchi)
50
Este singelo e-book que você recebe gratuitamente foi
inspirado no amor e na amizade a nossa amada Chiara e
também a nobre causa e luta em defesa da vida. Nesse
sentido, apresentamos a seguir brevemente um pouco do
trabalho de duas instituições pró-vida e, gentilmente,
pedimos que os ajudem como puderem. Que Deus os
abençõe e recompense.
@santosinocentessaojose
associacaocasaluz@outlook.com
52
@fiat.voluntas.tua_