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Chiara Corbella

Petrillo
Não se vive porque se respira, mas
porque se ama.
A vida só tem sentido se você se
consome pelo outro.
Este singelo escrito é dedicado à
Santíssima Mãezinha do Céu, a
Onipotência Suplicante, refúgio,
consolo e auxílio...

Rosa Mística,
Causa de nossa alegria,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã.
SUMÁRIO
05
A INFÂNCIA E A JUVENTUDE

06
O NAMORO

16
O MATRIMÔNIO, A ABERTURA À VIDA E A
"MISTERIOSA ALEGRIA"

18
A PRIMEIRA FILHA. MARIA GRAZIA LETIZIA.
UM DIAGNÓSTICO DE ANENCEFALIA

26
O SEGUNDO FILHO. DAVIDE GIOVANNI.
O AMOR NÃO PODE ESPERAR.

29
O CÂNTICO DA COZINHA
SUMÁRIO
32
O TERCEIRO FILHO.
FRANCESCO E A DESCOBERTA DO CÂNCER.

39
A INTIMIDADE E A CONSAGRAÇÃO DIÁRIA
À VIRGEM SANTÍSSIMA.

40
O NASCIMENTO PARA O CÉU.

47
UMA REFLEXÃO SOBRE A VIDA E O
TESTEMUNHO DA CHIARA.

51
ASSOCIAÇÃO SANTOS INOCENTES.

52
ASSOCIAÇÃO CASA LUZ.
A infância e a juventude
Chiara Corbella Petrillo nasceu na Itália em 9 de janeiro
de 1984. Viveu uma infância e juventude felizes ao lado
dos pais, Maria Anselma e Roberto Corbella, e de sua
irmã, Elisa. Chiara foi uma jovem alegre, reservada,
radiante e com uma notável capacidade de servir, de
não se poupar nas pequenas coisas, o que lhe permitia
manifestar a gratuidade também nas coisas maiores.
Cresceu em um ambiente católico, em que se vivia a fé
no cotidiano, na vida de oração regular, especialmente
na oração do santo Terço em família, assim alimentava
seu amor e sua intimidade com Jesus e a Virgem
Santíssima. Amava a família. Gostava de viajar, de tocar
violino, de estar em contato com a natureza e os
animais. Amava a vida.

05
O namoro
Em 2 de agosto de 2002, Chiara, que estava em viagem
com uma amiga, passa por Medjugorje para encontrar a
irmã. Elisa Corbella participava de uma peregrinação a
Medjugorje com um grupo de jovens italianos. E naquele
dia Chiara conhece o jovem Enrico Petrillo. Meses após o
primeiro encontro, começam a namorar. Enrico e Chiara
tiveram um namoro difícil, com idas e vindas, com
rupturas dolorosas. Esse tempo de sofrimento no
namoro foi a maior provação que Chiara disse ter vivido,
maior do que tudo que viria acontecer depois. Ela tinha
dificuldade de se mostrar como era, de ser ela mesma
diante de Enrico com receio de que ele não fosse gostar
dela genuinamente. Por sua vez, Enrico tinha medo de
abrir o coração e amar verdadeiramente. No livro
Pequenos Passos Possíveis. Chiara Corbella Petrillo:
testemunhos, Enrico assim fala do tempo do namoro:

06
Chiara tinha medo de me perder, é fato, ela mesma o dizia.
E eu também tinha medo de perdê-la. Na verdade este era
o meu grande medo, porque, um ano antes de conhecê-la,
perdi meu pai. (...) em meu coração, entrou o medo de
perder as pessoas de uma hora para outra. (...) no namoro,
aconteceu algo durante o "curso vocacional": novamente
eu entreguei tudo ao Senhor. E isso significava tomar
consciência de que eu nunca tinha amado Chiara
verdadeiramente naqueles poucos anos de namoro,
porque no fundo do meu coração havia aquele medo.
Então como é possível discernir a sua vida e perguntar-se:
"Esta é a mulher para mim? Este é o homem para mim?",
se, no seu coração, você não conseguiu se entregar
completamente, se no seu coração há sempre uma saída
de emergência, um plano B, de reserva? Se ela me diz não,
talvez haja chance com aquela outra moça interessante...

07
Foi então que decidi no meu coração fechar todas as
outras portas e me dedicar somente a Chiara. E isso
permitiu que eu compreendesse os frutos que ela trazia
para mim - nos momentos bons ou ruins, mesmo nas
discussões -, permitiu que eu percebesse que ela me
aproximava do Senhor, me fazia amá-Lo. Eu também
queria amá-Lo, mas quando estávamos juntos era ainda
mais bonito.

08
Com a oração e a ajuda de Frei Vito, da Ordem dos Frades
Menores de Assis, que se tornou diretor espiritual de
Chiara, ela compreende que precisa deixar de lado o medo
de ser ela mesma, de tentar usar máscaras, pois Deus
anseia que mostremos nossa essência, nossa verdade.
Somos chamados a ser autênticos, autênticos filhos de
Deus. Cada um de nós é único e irrepetível para Deus. Foi
também em Assis que ela ouviu pela primeira vez que "o
oposto do amor é a posse". Isso levou Chiara a fazer uma
séria reflexão sobre seu relacionamento com Enrico.
Compreendeu, como os freis ensinavam, que tudo é dom
de Deus, seja um afeto, uma pessoa, um bem material...

Começou a entender que tudo que se quer possuir já o


perdeu. Assim, entende também que precisa dar espaço
para Deus ser Deus na vida dela, na vida dos dois, com a
certeza de que Deus tem sempre o melhor para nós. O
Senhor tinha uma pedagogia própria para eles, um
caminho de maturação no amor. Então, fosse o Enrico ou
não o homem da vida dela, era necessário abandonar-se
em Deus e confiar nos planos Dele, e não tentar colocar em
curso ou forçar a realização de planos que podiam ser dela,
mas não estavam nos desígnios de Deus. E assim ela faz,
conforme se lê no livro Pequenos Passos Possíveis:
09
(...) o que mais me impressionou foi a história do
namoro. Acredito que ali se tenha cumprido o
milagre da tua vida: compreendeste esta verdade
dificílima, que muitos de nós compreendemos
tardiamente, e às vezes nunca: que amar é o
contrário de possuir.
Temias perder Enrico, mas fizestes as pazes com o
teu coração, enquanto ele fazia o mesmo, e
compreenderam que o relacionamento central de
nossa vida, aquele que realmente transforma o
coração, que trata e cura as feridas é o
relacionamento com o Senhor.
Ao longo do namoro de vocês, ambos deram um
passo, oferecendo-se ao Senhor, seguros de serem
amados, antes de tudo, por Ele, confiantes de que
Ele é um Pai Bondoso. Portanto, tornaram-se livres
no vosso amor.

10
(...) Soubestes quem eras, quem ias sendo, a partir do
olhar de Deus, e não do olhar do Enrico, e creio que
ele fez o mesmo. Assim, é possível amar com um amor
que não exige, que não possui, que não tem medo de
desiludir. Fizeste-o procurando-te na Palavra de Deus,
encontrando sempre tempo para rezar, fizeste-o
agarrando-te à regra dos três “p”, os pequenos passos
possíveis, contra a preguiça e a inconstância.

11
Enrico, por outro lado, percebe que ele também precisa
de uma vida de oração e do auxílio de um diretor
espiritual, precisa de uma vida interior. Quando, então,
toma essa decisão, compreende que o medo de amar e
de se entregar de verdade e por inteiro a Chiara
também era empecilho ao desenrolar do namoro dos
dois. A partir daí, firmados no Senhor, reatam o namoro.

Decidem, então, fazer a "Marcha Franciscana", uma


peregrinação a pé, de dez dias, para chegar até a igreja
de Santa Maria dos Anjos, para a festa do dia do Perdão
de Assis, em 2 de agosto. Nesse percurso chegam a
percorrer cerca de vinte quilômetros a pé por dia. Ao
longo da peregrinação, vão percebendo a necessidade
de se ater ao que é essencial, de largar o supérfluo,
aquilo que os impede de ir adiante. No sexto dia desse
itinerário espiritual, Enrico pede Chiara em casamento.

12
Enrico e Chiara têm muita coisa a deixar. Durante a
caminhada, Padre Vito está ao lado deles. Diz-lhes
que rezem para que o Senhor cure as feridas que se
causaram mutuamente. A oração é ouvida. (...)
Enrico e Chiara estavam presos um pelo outro,
tinham brigado e se separaram. Várias vezes.
Olhando para eles, não se percebia nada de
extraordinário. Ao contrário, estavam apagados,
irritados e cansados. A certo ponto, porém, eles se
detiveram, tinham decidido fazer as coisas com
seriedade. E haviam chegado ao desejo de se
dizerem um sim. O que mudou tudo foi terem
adotado uma perspectiva diferente, uma palavra
antiga e sempre nova: A única coisa extraordinária
consiste em sermos filhos de Deus. Devemos
apenas fazer a escolha: podemos crer em um Pai
que nos ama ou continuar a pensar que a vida seja
um acaso".

13
O coração de Enrico se abriu. Ferido pela vida e por
sua relação com Chiara até aquele momento, ele a
culpava por tudo de mau que lhe acontecera.
Sentia-se no direito de tratá-la mal, de exigir alguma
coisa dela. Chiara - recorda o Padre Vito - tinha sido
o seu crucifixo de São Damião, diante do qual um
jovem Francisco percebe que a verdadeira vítima
era outra pessoa. É a pessoa que está à sua frente,
que o ama exatamente quando, com raiva, ele se
lança contra ela. - Nós que pensamos ser vítimas
nesta vida - disse Padre Vito -, nos convertemos
somente diante d'Ele, somente diante deste amor.

14
O que era extraordinário em
Chiara era a docilidade.
Se lhe davam um conselho, falava
disso com Enrico e experimentava.
Com simplicidade, e contando não
com as próprias forças, mas com
as do Pai que nos ajuda a viver
aquilo que nos dá.

15
O matrimônio, a abertura
à vida e a "misteriosa
alegria"
Enrico e Chiara conhecem em Assis um casal de quem
se tornam grandes amigos, com quem podem
livremente compartilhar a vida: "Nós nos
compreendíamos imediatamente, as mesmas coisas
nos incomodavam e éramos atraídos pelas mesmas
situações. Tínhamos compreendido que nossa
felicidade estava naquele chamado ao matrimônio, e
que o queríamos fazer seriamente". Esse casal de
amigos dos Petrillo são inclusive os autores do livro
Nascemos e jamais morreremos.

16
A amizade com eles, com o qual compartilham os
mesmos ideais, lhes aponta, pelo exemplo, o caminho
da confiança na Providência divina, o que os ajudou a,
durante o Tríduo Pascal, enquanto faziam adoração da
Cruz na Sexta-Feira Santa, a perceber que tudo ficou
claro, que não havia tempo a perder e que deveriam
marcar a data do casamento. Enrico e Chiara se
casaram em Assis, na Itália, em 21 de setembro de
2008. Os desafios e as dificuldades do tempo de
namoro foram, diziam eles próprios, uma preparação
para o que iriam viver depois. Tiveram três filhos: Maria
Grazia Letizia (10 de junho de 2009), Davide Giovanni
(24 de junho de 2010) e Francesco (30 de maio de
2011).

O amor não é possuir, e


o casamento consiste em
ajudar o outro a ser
feliz, a alcançar o céu.

17
A primeira filha.
Maria Grazia Letizia.
Um diagnóstico de
anencefalia
Os jovens esposos, já início do casamento, enfrentam
uma dura prova. Ainda não tinham completado um
mês de casados quando ela descobre que está
grávida. A notícia traz grande alegria aos dois, apesar
de uma pequena apreensão: "Nós nos perguntávamos
se conseguiríamos ir adiante, gerir todas as despesas
que viriam pela frente... Porém, como o Senhor nos
tinha ajudado no casamento, estávamos seguros de
que nos ajudaria também naquela gravidez", relatou
Chiara.

18
Contudo, logo recebem o diagnóstico de que a
criança sofre de malformação incompatível com a
vida. O diagnótico é de anencefalia. Ao sair daquela
consulta, Chiara chora nos braços de sua mãe, Maria
Anselma. Naquele momento, o pensamento de
Chiara era: "Eu sabia que o Senhor sempre tem
alguma coisa diferente para nós, nem tudo acontece
como pensamos. Minha preocupação é como vou
dizer isso a meu marido?". Na sua cabeça, ela já sabia
o que fazer, já tinha tomado sua decisão, mas sofria
em imaginar como seria a reação de Enrico naquela
circunstância de já no início do casamento ter de
enfrentar tal realidade. Ela se perguntou: "Meu
marido também carregará esta cruz, ou devo levá-la
sozinha? Ele me entenderá ou...?". Todo esse cenário
de preocupação e temor se esvai quando ela fixa o
olhar numa imagem da Virgem Maria. Ao refletir por
uns instantes sobre a vida da Mãe amável, a
Consoladora dos aflitos, Chiara então tem seu
coração acalmado.

Enrico e Chiara tinham se casado com o desejo de


acolher todos os filhos que o Senhor, em sua
Providência, lhes confiasse, queriam cuidar das
crianças maltratadas e não amadas. E Chiara
compreendia que Deus estava a lhes dar um dom
precioso, recebiam uma nobre e especial missão.

19
Sofrendo pela vida da filha, de início Chiara tinha
pedido a Jesus que interviesse antes mesmo de
conhecer o seu desígnio. Antes de saber o que
Deus queria fazer, de que modo queria mostrar o
seu amor. Mas Jesus lhe ensina a maneira de entrar
em relação com Ele: ela deve simplesmente confiar,
deixar-se guiar como Maria, aprender a considerar
Deus como uma Pessoa, não como alguém a seu
serviço. Para Chiara, acolher Maria Grazia Letizia
significa aprender a verdadeira humildade.

No passado, Chiara tivera medo de mostrar-se


assim como ela era. Diante de Enrico, ela se
mostrara pela primeira vez quando, em lágrimas,
tinha renunciado a levar sua história adiante a
qualquer custo. Esta decisão, deixada nas mãos de
Deus, a conduzira ao matrimônio. Agora, trata-se de
dar um passo a mais, de ir mais fundo. Esta
gravidez, à qual nem por um momento pensou em
renunciar, torna-a mais vulnerável e exposta do que
nunca. Exatamente como sua filha, também ela é
uma criatura que pede apenas para ser amada.

20
Quando Enrico recebe a notícia de que sua filha tinha
o diagnóstico de anencefalia, ele relata que contava
com a possibilidade de acolher uma criança não
saudável, mas não com a de acompanhar uma
criança ao Céu. E diz para Chiara:

"Não se preocupe. É nossa filha, vamos acompanhá-la


até onde pudermos".

Também ele, nem por um momento, pensa em


recusar este dom. Para Chiara, não é apenas um
momento inesquecível. É o "primeiro milagre". Maria
Grazia Letizia é um autêntico dom, como aqueles que
Deus faz. Foi Ele que a mandou para dizer a Chiara
que seu marido a amava de verdade, e para que junto
dele pudesse dizer o seu "eis-me aqui" todos os dias.
Para descobrir, como Abraão no Monte Moriá, a que
ponto eles amam o Senhor e a que ponto o Senhor os
ama por meio de sua Providência diária.
Um namoro em clima de guerra levou a um
matrimônio em paz. Deus lhe entregou Enrico mais
uma vez. E a ambos, agora mais unidos do que nunca,
ensina como acompanhar Maria Grazia... A esperança
nascida durante o namoro não foi decepcionada, a
promessa está se realizando e a entrega de Chiara a
Deus deu fruto, apesar das dúvidas e exatamente
diante delas:

21
- Eu pensei: "este homem me ama de verdade... e ama
o fruto de nosso amor como eu o amo". A partir desse
momento, a graça foi a de nos unirmos ainda mais.
- Maria Grazia Letizia nos fez abrir o coração - conta
Enrico. Você abre a porta e a graça entra, o verdadeiro
amor, o sentido da vida, da eternidade. Maria Grazia
fez isto.

Chiara e Enrico são aconselhados por alguns


médicos a abortar a criança com a justificativa de
que ela não viveria. Essa possibilidade, porém, era
impensável para eles. Na verdade, ficavam
estarrecidos e irritados com tal sugestão. Ficavam
ainda mais espantados e tristes ao ouvir de católicos
que deveriam abortar a filhinha deles. Tiveram de
encarar olhares tortos, julgamentos e conselhos (não
solicitados) absurdos e mesmo ouvir alguns falarem
de maldição e sugerir que rezassem mais. Para
Enrico e Chiara, Maria Grazia era um dom de Deus,
uma criança como todas as outras, até mesmo mais
bela. Tinham a seus cuidados a graça de um filho, um
dom dado por Deus, uma alminha imortal, que de
Deus veio e ao Senhor em algum momento deveria
voltar.

É menino ou menina?
"O importante é que venha com
saúde?"
22
A atitude de Chiara e Enrico incomoda a muitos pelo
fato de que expõe claramente que toda vida é um
dom de Deus, toda vida importa, mexe com as
consciências comodamente adormecidas para tal
verdade e revela a estreiteza e a pequenez dos
valores e das expectativas de muitos. A atitude deles
constrage, questiona e desinstala...

Eles não exigiam de Deus um bebê dos sonhos, mas


acolhiam do Senhor e com amor aquela filhinha que
lhes era confiada. Ela não vinha com saúde, mesmo
assim não era menos amada e esperada por seus
pais. Uma criança que não venha saudável não deixa
de ser um dom, não deixa de necessitar de todo
amor, cuidado e carinho. O importante é que venha e
seja amado e acolhido. O desejo de Chiara e Enrico é
de serem dóceis, pedem a Deus que os prepare para
esse momento a fim de poderem acolher e realizar a
vontade de Deus.

Um dom de Deus é um
dom de Deus,
e não pode ser controlado.

23
Chiara, que era bem reservada, via-se com uma
barriga enorme devido ao líquido amniótico
abundante, passava pela dificuldade de ter de contar
muitas vezes a história da filha e, nesse contexto, ela
dizia: "Eu tinha uma barriga que me 'obrigava' a
testemunhar a grandeza do Senhor".

Chiara desejava um parto natural. E a bebê nasceu de


parto natural, algo pouco provável pelo fato de que
Maria Grazia não tinha a hipófise, a parte do cérebro
que pode estimular o trabalho de parto, e sem a
calota craniana não pode passar pelo canal do parto.
Maria Grazia nasceu no dia 10 de junho de 2009, foi
ternamente acolhida pelos pais, foi batizada e
minutos depois de nascer foi, como disse o casal,
devolvida para Deus. Ela nasceu pronta para o Céu.

24
Chiara e Enrico estão verdadeiramente felizes.
Estavam preparados para o pior, não para tanta
beleza.

- O momento em que a vi jamais irei esquecer:


compreendi que estávamos unidas para toda a vida,
escreveu Chiara. Foi uma meia hora inesquecível. Se
tivesse abortado, não penso que poderia recordar o
dia do aborto como um dia de festa, um dia em que me
tivesse livrado de alguma coisa. Teria sido um
momento que procuraria esquecer, um momento de
grande sofrimento.

Ao contrário, o dia do nascimento de Maria, eu poderei


recordá-lo como um dos mais belos de minha vida, e
poderei contar aos filhos que o Senhor nos permitiu
que tenham uma irmã especial que reza por eles no
Céu. E isto que eu quero dizer às mamães que
perderam seus filhos: nós nos tornamos mães,
tivemos este dom. Não importa o tempo: um mês, dois
meses, poucas horas... O que conta é o fato de que nós
tivemos este dom... e não é uma coisa que se possa
esquecer.

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O segundo filho.
Davide Giovanni.
O amor não pode esperar
Na segunda gestação, novamente o casal espera um
bebê com outra malformação também incompatível
com a vida. Nos dois casos, o jovem casal leva as
gestações até o fim, tem a graça de batizar os filhos e
minutos depois os entregar a Deus com serenidade e
confiança nos desígnios do Senhor.

Como eles diziam, Deus estava a falar algo com essas


duas gravidezes. É importante mencionar que o
centro de seu amor conjugal, fruto do aprendizado
no tempo de namoro, era Deus, eram sensíveis e
atentos ao que Deus lhes pedia em cada momento.

26
A respeito das duas gestações, Chiara relata depois a
alegria de saber-se mãe, mesmo que tivesse tido
seus bebês nos braços por poucos minutos, mas
tinha provado da alegria e do dom de ser mãe. Era
uma mãe com os filhos no Céu.

E recordava aqueles dias como uns dos mais felizes


de sua vida. E dizia que se tivesse abortado seus
filhos teria como lembranças a dor e o pesar.

Ela escolheu pela vida e pelo amor, com suas


renúncias e sacrifícios, com todas as exigências do
amor, pois era consciente da grandeza do privilégio
de ser mulher, de poder acolher, doar e gerar vida. A
mulher tem de oferecer espaço e proteção.

Mas, principalmente, Chiara colocava sua segurança


e confiança no Senhor. Confiava na Providência e
buscava em tudo acolher e realizar a vontade de
Deus.

Chiara era uma esposa que tinha compreendido que


dizendo sim ao Enrico respondia a um chamado do
Senhor e, assim, buscava, com o auxílio da Virgem
Santíssima e a graça de Deus, corresponder a essa
vocação da melhor forma.

O amor é exigente. O matrimônio é exigente. No


período da doença, chegou a confidenciar a
Cristiana, sua amiga, o seguinte:
27
A doença me deixa prostrada, é cansativa, mas não
é nada comparado ao período de discernimento
que já vivemos. Porque, até então, eu vivia o medo
de perder o Enrico, que era como perder uma parte
de mim. Eu sofro com a doença, mas estar casada
com ele faz tudo ser mais suportável. No dia do
casamento, ofereci toda a minha vida ao Senhor, e a
cada dia digo sim ao que acontece e ao que
aconteceu até o momento.

A amiga conta ainda que Chiara era muito centrada:


estava o Senhor, estava ela, estava o Enrico; tudo isso
de forma ordenada e harmônica, tudo tinha o seu
ritmo. Até o fim.

28
O cântico da cozinha
No livro Pequenos Passos Possíveis, a amiga
Cristiana, ao recordar os primeiros tempos de
matrimônio das duas, dizia que elas se perguntavam
como fazer para se adaptar à nova vida e rotina de
casadas, com todos os afazeres domésticos, sem
descuidar da vida de oração, da vida interior, do
tempo a ser dedicado a Deus.

E foi aí que a amiga encontrou numa revista o artigo


"O Cântico da cozinha", que as ensinou a rezar ao
ritmo da vida, tudo sempre oferecendo ao Senhor.

29
(...) dizia que, a partir do momento em que você se
casa, cada gesto de amor que se faz pelo marido ou
pelos filhos se torna profunda oração: mais do que
quem diz "Senhor, Senhor", pois se reza com atos
de amor. Então telefonei para ela e disse: "Chiara,
esta é uma grande descoberta!".

Lavávamos os pratos e dizíamos: "Isto eu Te


ofereço, Senhor, por..."; limpávamos o chão e
rezávamos: "Ofereço esta tarefa em agradecimento
por...". O que era belíssimo é que este empenho nos
ensinava a ganhar um ritmo de esposas, e a Chiara,
pouco a pouco, ia se transformando em um altar:
como oferecia o prato sujo, também oferecia os
seus medos.

30
Porque Chiara tinha os mesmos medos e as
mesmas perguntas de qualquer outra pessoa.
Mas bastava-lhe uma palavra, como Maria.

Enquanto temos a necessidade de que o Senhor


repita várias vezes a mesma palavra para que
frutifique, para Chiara bastava ouvi-la uma única
vez. Para ela era suficiente.

31
O terceiro filho.
Francesco
e a descoberta do câncer
Algum tempo depois, recebem com alegria a notícia
da terceira gestação. E o bebê está bem. Contudo,
logo no início dessa gravidez, Chiara é diagnosticada
com um câncer.

Ela, então, decide adiar o tratamento para preservar a


saúde da criança. Quando o bebê nasceu, ela iniciou
o tratamento com serenidade e confiava em Deus.
A doença, porém, já tinha avançado bastante.

32
Nesse período, são tocantes os relatos de como
Chiara passou pela enfermidade, pelo tratamento,
pelos longos dias de intensa dor, tudo isso com uma
profunda confiança e abandono em Deus, sem
lamentos, mas, sim, com um olhar fixo em Jesus.

É interessante ver que no seu período de tratamento


no hospital, ela consolava e levava alegria e paz aos
outros doentes, era um raio brilhante de luz e
esperança na vida deles.

Nesse terrível momento de provação e dor, Chiara,


ainda tão jovem, com esposo e um bebê, com uma
grave doença e já desenganada pelos médicos,
demonstrava uma firme e profunda fé, confiança e
entrega a Deus, isso era fruto de quem sabia em
quem tinha colocado sua confiança.

Jesus era o centro de sua vida e do seu amor


conjugal. Jesus lá estava a ajudá-la a carregar a cruz.
Se o Senhor lhe pedia mais esse pequeno passo, ela
sabia que Ele lhe daria o sustento necessário para
viver com sentido aquele momento de dura prova.

Como uma criança pequena que começa a dar seus


primeiros passos e vai em direção ao pai, quando
este lhe chama, sem receio de cair, pois o pai está ali,
assim Chiara respondeu e correspondeu ao que o Pai
lhe pedia naquele momento.

33
Nas palavras de sua irmã Elisa, Chiara soube entregar
seus projetos nas mãos de Deus, foi precisamente
nisso que foi extraodinária.

E aqui está algo crucial a todos nós: enxergar um


sentido no sofrimento, não sofrer em vão e, para além
disso, caminhar nesta vida confiando na vontade de
Deus e na Sua divina Providência.

Ela tinha aprendido que a cruz deve ser


pacientemente carregada mesmo nos momentos em
que isso parece algo impossível.

Sabia que com Deus e em Deus tudo é possível.

Sabia-se amada por um Deus que é Pai e que jamais


abandona. Foi muito consolada por Deus.

A Chiara nos mostra o caminho da confiança na


Providência. No livro Nascemos e jamais morreremos,
lemos o seguinte:

34
Em Assis, eu me apaixonei pela alegria dos freis e
das freiras que viviam acreditando na Providência, e
agora também eu tenho pedido ao Senhor a Graça
de crer nessa Providência da qual eles falavam, de
crer nesse Pai que jamais deixa que lhes falte nada,
e Frei Vito nos ajudou a caminhar acreditando nesta
promessa: nós nos casamos sem nada, mas pondo
Deus em primeiro lugar e crendo no amor que nos
pedia este grande passo.

Nós jamais fomos decepcionados, sempre tivemos uma


casa e muito mais do que tínhamos necessidade.

35
Chiara soube entregar os seus
projetos nas mãos de Deus:
foi precisamente nisto que foi
extraordinária.

(Elisa Corbella)

36
O testemunho de vida da Chiara tem tocado e
edificado os corações tamanha força, autenticidade,
fé, confiança e abandono em Deus sem reservas
dessa jovem mulher.

É impossível se deparar com os relatos, os escritos,


os livros sobre a vida dela e não se comover, não se
perguntar de onde vinha e de onde ela tirava toda
sua força, como fez para ter tamanha fé e confiança
em Deus?

Como fez para se abandonar sem reservas aos


planos de Deus?

Chiara revela-nos uma força tal que venceu a morte e


segue gerando vida, dando frutos.

É impossível se manter indiferente diante do


testemunho da vida dela. Uma vida que nos
questiona e que nos leva a repensar nossa fé e nossa
confiança em Deus, por vezes tão confortáveis,
desafia-nos, faz-nos rever nossa caminhada e não
nos acomodar, mas, sim, dar saltos na fé.

37
Ela, como dizia sua irmã, foi extraordinária nas coisas
normais, nas ordinárias, no dia a dia. Soube a cada
momento dar seu sim a Deus, mesmo sem entender.

A lição que ela deixa é dos pequenos passos


possíveis diários na fé. Deus pedia a eles, dizia
Chiara, apenas pequenos passos possíveis.

E assim eles seguiam. Vivia com a certeza de que


Deus não nos pede para fazer uma coisa sem que Ele
mesmo nos conceda a graça necessária.

E, assim, nas dificuldades sempre rezavam:

“Senhor, não entendo, mas aceito”.

38
A intimidade e a
consagração diária à
Virgem Santíssima
Chiara tinha com a Virgem Santíssima uma relação
especial, muito bela, muito íntima, rezava diariamente
uma consagração a Nossa Senhora: "foi a consagração
diária à Mãe Imaculada que lhe purificou o coração,
libertando-o de tudo o que o manchava. (...)

Porque a Chiara tinha os mesmos medos e as mesmas


perguntas de qualquer outra pessoa.

Mas bastava-lhe uma palavra, como Maria. Enquanto


nós precisamos que o Senhor nos repita várias e várias
vezes a mesma palavra para que frutifique, à Chiara
bastava ouvi-la uma única vez. Para ela era suficiente".

39
O nascimento para o Céu
Chiara nasceu para o Céu no dia 13 de junho de 2012,
aos 28 anos, em odor de santidade.

No dia 21 de setembro de 2018, na Basílica de São João


de Latrão, foi realizada a abertura da fase diocesana do
processo de beatificação e canonização de Chiara
Corbella Petrillo.

A data foi escolhida, especialmente, por ser o


aniversário de casamento do casal Petrillo.

Ela acolheu a vocação ao matrimônio como um


caminho de santidade rumo ao Pai.

Durante essa cerimônia, o Cardeal Angelo De Donatis


assim disse:
40
A fama de santidade de Chiara atravessou as
fronteiras nacionais, causando numerosas
conversões e dando esperanças aos jovens e
adultos.

Podemos ouvir o Espírito que chama a Igreja à


santidade na época em que vivemos. Deus nos
conduz à salvação, mostrando-nos o caminho
através da vida dos seus filhos fiéis. Deus pede
tudo, mas o que ele oferece é a felicidade, a vida
verdadeira.

O testemunho cristão de Chiara é um farol de luz


que nos faz quase tocar com a mão a proximidade
amável de Deus que é Pai. Esperamos que Chiara,
no final deste processo, possa se tornar um modelo
de santidade.

41
Ainda na ocasião do rito de abertura da fase diocesana
do processo de beatificação e canonização da Chiara,
Enrico Petrillo, seu esposo, assim declarou:

"Eu tenho tantas lembranças de Chiara, estou feliz de


saber que o Senhor passou na minha vida e que este
dia é o testemunho de cada coisa que aconteceu, que
parecia uma desgraça, na verdade é uma graça. É
uma graça ter sido amado por Chiara, é uma graça tê-
la amado, é uma graça que, por meio dela, pude ver o
Senhor assim como fizeram muitas outras pessoas”.

Chiara viu com os próprios


olhos o milagre mais bonito:
a serenidade nos olhos de seu
marido, de sua família e de
seus amigos em tão grande
provação.

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Hoje ela já é chamada de Serva de Deus na Igreja. Em
breve, e com a graça do Senhor, será beatificada e
canonizada.
Ela percorreu esta vida num caminho de santidade. É
um exemplo de que se pode viver e buscar a santidade
nos dias de hoje.

É uma serva de Deus de nossos dias, de nossos tempos.


Ela viveu a santidade no cotidiano de sua vida, nas
coisas mais simples, dando diariamente seus pequenos
passos possíveis na fé.
Soube entregar os seus projetos nas mãos de Deus e foi
precisamente nisso que foi extraordinária.

A vida da Chiara é um belo testemunho cheio de amor,


confiança e verdadeiro abandono em Deus. Foi inteira
em tudo que viveu, irradiou alegria, entregou-se por
completo e amou sem reservas. Junto a Jesus, carregou
com docilidade a sua cruz. Amou até o fim.

É, sem dúvida, luz e sal para este mundo.

43
Por fim, que a exemplo da Chiara, possamos descobrir-
nos plenamente amados por Deus, viver cada dia
confiantes e dóceis à vontade do Senhor, sempre
perfeita e agradável, seguindo firmes na fé para bem
vivermos com serenidade e "misteriosa alegria" todos
momentos da vida, sempre com o olhar voltado para o
Alto, para as realidades eternas, para aquilo que não
passa.

Cientes de que a finalidade desta vida é conhecer, amar


e servir a Deus para um dia estarmos face a face com
Ele, que tenhamos a graça de não desperdiçarmos
nossa vida, mas de vivermos nossa vida como uma
resposta de amor ao Amor de Deus.

(Dayane Negreiros)

44
Aquilo queDeus quer para nós
é muito mais belo do que tudo o
que poderíamos pedir com a nossa
imaginação.

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Para conhecer um pouco mais sobre o testemunho de
santidade da Serva de Deus Chiara Corbella Petrillo,
recomendamos os livros Nascemos e jamais morreremos.
A história de Chiara Corbella Petrillo e Pequenos passos
possíveis. Chiara Corbella Petrillo: testemunhos, ambos
da Editora Cultor de Livros.

46
Uma reflexão sobre a vida e o
testemunho da Chiara
A seguir, lemos um texto da Luciana Taniguchi que há
alguns anos teve a iniciativa de começar um apostolado
para divulgar a vida da Chiara aqui no Brasil.

47
Tempestade e calmaria, impotência e protagonismo,
doçura e firmeza, atitude e resignação, sofrimento e
felicidade, nascimento e morte, fragilidade e fortaleza,
cruz e paz. A história de Chiara reúne em si muitos
elementos que poderiam parecer inconciliáveis e
contraditórios, mas, pelo contrário, demonstram uma
riqueza que transcende nossa lógica e um amor que
ultrapassa nossos limites. E é frase de Chiara a seguinte:
“As pessoas não estão acostumadas a associar o
sofrimento à felicidade”. Sim, o estranhamento entre os
paradoxos vividos por Chiara é compreensível. Afinal,
aprendemos e acreditamos (mesmo que
inconscientemente) que a felicidade é a ausência do
sofrimento, e que só poderemos ser alegres se os
problemas inexistirem. Chiara provou com sua vida que os
paradoxos podem ser harmoniosos e fecundos, e tembém
gritou com seu silêncio: “Porque quando me sinto fraco,
então é que sou forte” (II Cor 12,10).

É inegável que o testemunho de Chiara, além de


apresentar belos e conciliáveis paradoxos, também expõe
uma batalha. Batalha esta que, além de incluir todas as
lutas sofridas pela jovem família, também é resoluta
quanto à verdade de que a vida é um dom preciosíssimo.
Chiara não hesitou em defender a vida do seu filho, não
titubeou em afirmar que o aborto era uma opção
totalmente inconcebível, mesmo diante da pressão de
inúmeros médicos.

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Certa vez disseram que a história de Chiara só era bela
porque ela era livre para escolher ter, ou não ter o bebê.
Afirmação esta que, além de tendenciosa, e inclinada à
apologia do “meu corpo, minhas regras”, toma uma
verdade e a distorce com mentiras pedantes. De fato
Chiara era livre, mas sua liberdade extrapolava quaisquer
bandeiras feministas que desejam descartar a vida de um
filho. A liberdade de Chiara é a mesma de Nosso senhor
Jesus Cristo, aquela que só possui quem ama
verdadeiramente. Chiara entregou sua vida de forma livre
porque amou até o fim! Realidade muitíssimo distinta dos
ideais abortistas que se inflam orgulhosos para afirmarem
que são livres para fazerem o que bem entendem, mas
não percebem que estão sufocados pelas correntes de
uma ideologia assassina.

Chiara é uma resposta de Deus para o mundo! Não só


porque entregou sua vida ao filho Francesco, mas
também porque permaneceu aberta à vida, confiando na
Providência divina. A jovem mãe afirmou em uma palestra
que o dia que a filha Maria Grazia nasceu foi um dos dias
mais bonitos de sua vida, mesmo vivendo o sofrimento da
despedida. Enrico Petrillo também comentou sobre a
graça de ser pai de filhos que já nasceram prontos para o
Céu. Vê-se que ideologias eugenistas não afetaram a
vocação da família Petrillo. Chiara reconhecia com clareza
a preciosidade de carregar no próprio corpo um filho de
Deus, um dom do Amor.
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E mais, reconhecia que nascemos para o Amor, e é para
Ele que retornamos no anoitecer de nossa existência. Essa
vida, a vida plena e Eterna, era sua meta. Não uma meta
encerrada em si mesma, mas era a consequência de um
Amor maior que tudo e que todos. Entre paradoxos, lutas
e batalhas a favor da vida, Chiara se despediu desta terra
há nove anos, e, no entanto, seu amor ainda ecoa em
nossas almas. Sua vida deu voz a muitas crianças, a
muitas mães que são livres para amar seus filhos, livres
para lutar por eles. Chiara é um presente do Céu para o
nosso tempo que tem sofrido as fortes influências da falta
do Amor Verdadeiro, o amor heroico, aquele que dá a
vida. Certa vez Santo Agostinho disse: “Como podem
dizer que morreu, alguém que permanece tão vivo no
meu coração?”. É isso que sentimos, bela Chiara. Você é
vida para nossa alma. Obrigada por seu testemunho de
amor a Deus.

(Luciana Taniguchi)

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Este singelo e-book que você recebe gratuitamente foi
inspirado no amor e na amizade a nossa amada Chiara e
também a nobre causa e luta em defesa da vida. Nesse
sentido, apresentamos a seguir brevemente um pouco do
trabalho de duas instituições pró-vida e, gentilmente,
pedimos que os ajudem como puderem. Que Deus os
abençõe e recompense.

ASSOCIAÇÃO SANTOS INOCENTES


Sem fins lucrativos e mantida totalmente por doações, a
Associação Santos Inocentes, localizada do Distrito Federal, tem
como objetivo salvar crianças e mães do aborto. Para tanto,
oferece casa de acolhimento, acompanhamento psicológico,
creche em horário integral às crianças de seis meses a quatro anos
de idade, bem como tudo que se fizer necessário para garantir o
nascimento da criança. Além disso, ajuda famílias/gestantes
carentes da comunidade com a doação de alimentos, fraldas e
leite para os bebês.
Atualmente a Associação atende cerca de 80 (oitenta) crianças,
cujas famílias, no atual cenário de pandemia, estão sendo
assistidas mensalmente com cestas básicas, fraldas e leite, quando
necessário. Porém, a única fonte de renda fixa da Associação vem
do bazar que funciona de segunda a sábado. E periodicamente,
conforme a disponibilidade de produtos, realiza-se o Mega Bazar.

@santosinocentessaojose

(61) 3359-2867/ 99436-7321 51


ASSOCIAÇÃO CASA LUZ
A Casa Luz, com sede em Fortaleza/CE, é uma casa pró-vida de
apoio a toda mulher que se encontre em situação de
vulnerabilidade diante de uma gravidez, que eventualmente possa
lhe causar temor ou preocupação. A Casa se mantém da
Providência Divina.

associacaocasaluz@outlook.com

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@fiat.voluntas.tua_

Material produzido pela página @fiat.voluntas.tua_


2021

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