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Nome: Carlos Lee

Curso: MACC Data: 31/10/2012 Disciplina: Compreendendo as pessoas

Relatório de Leitura

Referência bibliográfica

Crabb, Larry. Atravessar problemas e encontrar a Deus. São Paulo. 1ª Edição. 1997. Sepal.

Partes lidas que causaram maior impacto.

Parte 1 – A importância de encontrarmos a Deus.


Parte 2 – O que nos impede de encontrarmos a Deus.
Parte 3 – O Caminho para o encontro com Deus.

Parte 1 – A importância de encontrarmos a Deus

O autor parte de sua própria experiência de perda do irmão num acidente acompanhada de
grande dor, para refletir e perceber que no meio da dor é que o ser humano tem motivo,
oportunidade e foco para encontrar a Deus. Percebeu que o ser humano é apenas humano e frágil, e
não consegue controlar todas as circunstâncias ao redor. Mas a dor precisa ser uma dor que
estarrece por estar a circuntância em que ocorre, além do controle e da capacidade humana. Nessa
experiência o autor sentiu-se profundamente impactado pela passagem em Hebreus 11:6 que diz "
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de
Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam." Para aproximar-se de
Deus é necessário que a pessoa confie na bondade de Deus para ter a perpectiva correta de esperar
ser encontrado ou encontrar a Deus no meio do sofrimento. Nesse processo é de fundamental
importância que a pessoa perceba que outras paixões menores obscurecem e mesmo desviam a
atenção da verdadeira paixão por Cristo. A questão, segundo Larry, é que nossa formação é
naturalmente dirigida para sermos bons em alguma coisa ou felizes. Numa cultura competitiva onde
o melhor sobrevive, ou o mais importante é a felicidade de alguém, educamos nossos filhos para
serem bons ou para serem felizes, adaptados, com alta auto estima, valor próprio. Isso gera uma
crença e uma cultura focada no ego e autopromoção. Essa abordagem direciona a vida da pessoa a
trabalhar mais sua própria auto estima e autopreservação, do que sua relação com Deus. Por isso
precisamos ter uma paixão sobrenatural por Deus para busca-lo. Isso é obra do Espírito Santo. Por
isso é necessário uma consciência de suas motivações e propósitos egocêntricos e se arrependa e
então comece a buscar a Deus. Isso quer dizer que é necessário que a pessoa esteja mais disposta a
reconhecer seus pecados do que se sentir melhor. Mais disposta a encontrar a Deus do que resolver
seus problemas. Mais resolvida a buscar a Deus em primeiro lugar do que seu bem estar. Então a
paz de Deus começará a invadir sua vida mesmo em meio ao sofrimento. Será capaz de andar com a
tranquilidade mesmo diante da dor. Assim o mais importante não é buscar apaixonadamente minha
realização pessoal ou melhorar minha vida, mas buscar a Deus em primeiro lugar e todas essas
coisas serão acrescentadas – Mateus 6:33.
Parte 2 – O que nos impede de encontrarmos a Deus?

Nesta parte o autor apresenta uma estrutura interna do ser humano que é como um edifício
com fundação e cinco andares. Cada qual com convicções baseadas em imagens e crenças. Essa
estrutura interna do ser humano caído explica por exemplo porque desejamos mais usar a Deus do
que desfruta-lO, desejamos mais o seu poder do que ser submissos a Ele. É uma estrutura que está
presente em todo ser humano caído. O desafio aqui é construir ou trocar as convicções da estrutura
caída por convicções de uma estrutura piedosa. Isso exige que enfrentemos essa estrutura em toda a
sua feiúra e repugnância e nos submetamos a um processo doloroso de destruir a estrutura caída
para reconstruir outra piedosa.
Como fundamento caído o autor nomeia a dúvida de que Deus seja suficientemente bom
para ser confiável. Ao invés disso desenvolver através de Cristo uma confiança inabalável na
absoluta bondade de Deus e no seu amor perfeito não importando o que venhamos a experimentar
nesta vida.
No primeiro pavimento, construído sobre a desconfiança de Deus está a confiança ou
manipulação ou exigência de nos agradar em alguém outro. Mas deve ser mudado para amar e
servir o outro. No segundo pavimento, como consequência de usar o outro para nos agradar, e este
se recusar, a reação caída será de odiar esse outro. A mudança seria para aceitar e se importar com
esse outro. Num terceiro andar como resultado de ningém querer me agradar, e eu odiar os outros,
minha auto estima cai e eu também me odeio, quando deveria me julgar e perceber meus fracassos e
voltar para Deus. No quarto nível como ser caído que odeia a si mesmo, mas busca agora prazeres
efêmeros como objetivo de vida. Vai sobeviver ao seu caos provando "coisas boas" da vida,
desprezando quaisquer outros objetivos maiores, princípios morais, vai ser o dono de sua própria
vida. Mas deveria reconhecer que não tem recursos para bancar sua própria vida, de forma boa, não
consegue por si próprio se dar bem na vida, e se é preciso de ajuda do alto, obedecer a Deus faz
mais sentido. Finalmente no último patamar, o quinto, o ser humano caído desenvolve uma forma
de sobreviver, isto é, de se relacionar com as pessoas que revelam egocentrismo, autopreservação,
arrogância, mas pode ao invés disso pode estabelecer uma estrutura piedosa confiando e amando a
Deus e sendo liberta para amar as pessoas com todo seu potencial particular e único.
Essa estrutura quando caída, mascara nossos anseios mais íntimos por Deus. Mas quando
redimida, nos dirige para encontrar em Deus nosso objetivo final.

Parte 3 – O caminho para o encontro com Deus

A primeira grande premissa que o autor nos dá é que no caminho para encontrar a Deus é
preciso passar pelas trevas antes de sair à luz, quando a pessoa cai em si percebendo a realidade de
sua decadência como ser humano e sofre por isso mas vislumbra no meio disso uma luz no fim do
túnel, a mão de Deus convidando-a para estar com Ele, na Sua presença santa, desfrutando de Sua
Pessoa. E então nova percepção de pecado e arrependimento, num ciclo de alto e baixo. Mas com a
decisão de caminhar em direção a Deus.
O autor aponta como essenciais três coisas: enfrentar nosso impacto sobre as pessoas –
perceber o mal que fizemos às pessoas com um coração redimido e arrependido, decidido a amar;
enfrentar o mal feito em nós por outras pessoas – perceber que devido à falha que outras pessoas
tiveram para conosco, ficamos ariscos e nos afastando de outras pessoas e percebendo isso, nos gera
o desejo de nos aproximarmos e compartilhar com as pessoas o que temos de melhor como pessoa
mesmo que redunde em outro episódio de falha; e enfrentar nossa atitude para com Deus – às vêzes
culpamos Deus por nossos problemas e duvidamos dEle para nos proporcionar segurança, sustento,
mas quando percebemos isso ficamos abalados e nos arrependemos desejando confiar em Deus,
ama-lO, confiar de que Ele é totalmente bom e está ao nosso lado. Para ajudar essas três coisas um
bm auxílio é contar histórias de nossa vida, as quais ele classifica de história atual onde se destaca o
egocentrismo, a história interior – as experiências boa e más, contemplando nossa autodefesa e
paixão por Cristo; e nossa história mais profunda que trata de minha atitude para com Deus.
Temos paixões boas e más. Devemos nos apaixonar por coisas boas ao invés de apenas
pelas más. E mais, deixar que a paixão pelas coisas boas supere a paixão pelas más. Ou, substituir
as más paixões pelas boas. Isso começa confiando na bondade de Deus em todas as circunstâncias.
Então importa não as paixões que sentimos mas às quais obedecemos. Não precisamos nos culpar se
as preocupações nos deixam insones, com gastrite, etc., desde que não transformemos essas coisas
em prioridade máxima. A maior paixão pelas coisas de Deus.
O autor conclui dizendo que o método de Deus para que o encontremos é derrubando a
estrutura caída fazendo com que sintamos a dor e o terror que essa estrutura tentava sobrepujar.
Então Ele nos induz à esperança de achar nEle a satisfação de todo desejo nobre.

Apreciação crítica:

O autor é muito feliz para apresentar de maneira profunda, indo até as raizes do coração o
fundamento que se ancora na rocha e permite que uma vida ancorada na rocha resista todas as
tempestades e permaneça de pé – buscar a Deus em primeiro lugar, isto é, fazendo dEle nossa
prioridade máxima, nossa paixão máxima então todas as outras coisas se encaixarão no seu lugar.
Larry consegue aplicar o modelo psicológico à luz da Escritura como poucos. Nos dá
diretrizes importantes até mesmo para o caso de um aconselhamento mais complicado, como no
caso de se enveredar pelo labirinto dos problemas intrincados e graves da vida os quais não estamos
preparados para lidar, como retornar à "sala de partida" para não se perder.
É muito importante conhecer a estrutura interna do ser humano tal como Larry fez em
andares, apresentando a situação caída e a situação piedosa e sua relação dinâmica, pois nos ajuda
imensamente na orientação às pessoas, principalmente por onde começar.

O que aprendi desta leitura:

Fui muito impactado com a relação que podemos fazer entre os conceitos desse livro e o
sermão do monte. Pude vislumbrar uma aplicação prática para Mateus 6:33, no buscar o Reino de
Deus e a sua justiça em primeiro lugar, antes de resolver nossos problemas, aliviar nossa dor. Os
problemas da vida como megafone de Deus para nos chamar a atenção ganharam significado e
encontrar a Deus em meio a essas tormentas, numa dinâmica de perceber o erro, ser exposto à
realidade do pecado em nós, arrepender do pecado e então encontrar a Deus, encontrar em Deus
uma nova disposição do coração, não voltado mais para si mas para o outro.
Compartilhar a nossa história em um grupo de confiança, de apoio, onde ouvimos também o
outro, e caímos em nós percebendo nosso erro em meio ao sofrimento e retornando a Deus, parece
um prática totalmente viável dentro da estrutura da igreja creio que um grupo assim é mais efetivo
que grupos de simples apoio porque lida com nossa reconciliação com Deus.

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