INSTITUTO DE FÍSICA
FÍSICA 2 EXPERIMENTAL 1/2019 - TURMA “H” - GRUPO 4
Alunas: Blenda Rodrigues Carvalho Matrículas: 18/0014064
Lethycia Maria Pinto de Menezes Pereira 18/0125044
Luana Gabriela Cunha Pereira Gama 18/0125494
Realização do Experimento: 24/04/2019
1 OBJETIVOS
Através do movimento oscilatório de um pêndulo real, descrever particularidades e
analisar as situações necessárias para que este seja classificado como um pêndulo simples.
Além disso, observar matematicamente as condições que são importantes na representação de
um sistema oscilante.
2 INTRODUÇÃO TEÓRICA
2.1 A Física do Experimento
Um pêndulo simples pode ser considerado um corpo puntiforme, que está suspenso
por uma corda. Quando aplicamos uma força neste pêndulo, deslocando-o de sua posição de
equilíbrio e depois soltamos o corpo, ele irá oscilar em um movimento harmônico simples em
torno da sua posição de equilíbrio. A máxima distância que o pêndulo está da sua situação de
equilíbrio é chamada de Amplitude.
O tempo que o pêndulo demora para completar uma oscilação é chamado de Período e
é representado pela letra T, porém, há outra maneira de representar esse tempo, onde mede-se
o número de oscilações por unidade de tempo, essa é a frequência (ƒ). A frequência é o
inverso do período, equação (2.1).
ƒ = 1/T (2.1)
F θ = − mgsenθ (2.2)
Para ângulos pequenos a equação (2.2) da força restauradora pode ser substituída pela
equação (2.3):
mg
Fθ = − (2.3)
L x
Na equação (2.4) substituímos mg/L pela constante k, a frequência angular, pode ser
descrita na seguinte equação (2.4):
(2.4)
(2.5)
(2.6)
Para qualquer valor de T0, temos a seguinte equação (2.7), onde será o ângulo
máximo e o limite do período, para pequenas amplitudes.
(2.7)
2.2 Cálculo e Propagação de Incertezas
A incerteza de medição pode ser expressa de duas formas: através de um erro aleatório
e de um erro sistemático. Conforme observado no GUM, um erro sistemático está associado a
um desvio quando se realiza a medida de uma grandeza, já o erro aleatório está associado ao
fato de que quando uma medição é repetida, fornecerá, geralmente, um valor medido diferente
do valor anterior. Observa-se facilmente que, ao realizar operações com mais de uma medida
incerta, suas respectivas incertezas são propagadas.
M 1 + M 2 + M 3 + M 4 +…+M n (2.8)
M= n
onde M é a melhor estimativa da grandeza, dado pela média aritmética de todas as medidas
realizadas, e n é o total de medições.
Variáveis obtidas de maneira direta, ou seja, através da sua medição com algum
instrumento, possuem incerteza instrumental associada e, caso tenham sido realizadas “n”
medições para a mesma variável, tem-se, também, um erro aleatório, calculado pelo desvio
padrão da média, Dp , como mostrado a seguir.
n (2.9)
√
2
1
Dp = n−1
∑ (M i − M )
i=1
Existem também variáveis cujo valor é obtido de maneira indireta, ou seja, através de
equações envolvendo outras variáveis cujo valor já se conhece. Quando há, na equação, mais
de uma variável com incerteza associada, deve-se realizar o cálculo da propagação de
incertezas, o qual é feito da seguinte forma em operações de adição ou de subtração de
medidas incertas:
(
C = A±B = A ± B ) ± (∆A + ∆B) = C ± ∆C {A = A± ∆A B = (2.10)
C= A
B
= ( ) ±(
A
B
∆A
B
+
A⋅∆B
B
2 ) = C ± ∆C (2.12)
3 Descrição Experimental
3.1 Materiais Utilizados
4 DADOS EXPERIMENTAIS
O peso adicional utilizado no experimento consistiu em um cilindro de massa
m = 0, 3435 kg ±0, 0001 kg .
5 ANÁLISE DE DADOS
Sabe-se que em uma circunferência tem-se 360º, que equivalem a 2π radianos.
Através de uma simples regra de três, obtém-se que:
y = 1,8755 + 0,55893*x
O gráfico do período pelo seno ao quadrado de teta zero dividido por dois, nos
mostrou que a dependência da amplitude em função do período é linear. A partir da expressão
T(𝜃0) = To (1 + ¼ sen² (𝜃0/2)) com a equação aproximada para o período do pêndulo e a
equação da regressão linear do gráfico foi possível equipará-las de tal forma que To é
correspondente ao coeficiente linear, e To/4 ao coeficiente angular, sendo sen² 𝜃0/2, x e T(𝜃0),
y.
Tendo o coeficiente angular, To/4, da equação dada e o coeficiente angular da
regressão linear do gráfico, o ideal é observar que o período inicial dividido por quatro é igual
ao coeficiente angular achado na regressão. Os valores encontrados não condiz com a teoria
nem dentro da incerteza. Pôde-se concluir então, que a inclinação real do gráfico é menor que
inclinação esperada, sendo assim o delta x real é maior que o teórico. Esse erro pode ser
atribuído ao erro operacional, uma vez que a leitura da amplitude se dá a olho nu,
provavelmente lida de forma incorreta, adiantada ou atrasada.
Em seguida, foi confeccionado um gráfico Período T vs Raiz quadrada de L, que pode
ser visto na figura 5.2. O gráfico nos mostrou que para um L grande, o gráfico apresenta um
comportamento de pêndulo além de real, simples.
6 CONCLUSÃO
Acerca do pêndulo simples, podemos observar diversos fatos, como: o período cresce
conforme a amplitude aumenta. Além disto, conforme o peso se aproxima do eixo de rotação
do pêndulo, fica mais difícil a coleta de dados e a realização dos procedimentos do
experimento.
Neste experimento pode-se fazer duas conclusões a respeito do pêndulo simples,
quando este é colocado para oscilar com o peso a uma certa distância do seu centro de massa
até o eixo. Observamos que o To teórico e o To a partir da regressão do gráfico (coeficiente
linear) nos remete que o pêndulo só é influenciado pelo comprimento do fio e apresenta uma
equivalência em relação aos To’s. Já quando o pêndulo é colocado para oscilar com uma
variação da distância do centro de massa do peso até o eixo, observamos a partir da análise de
dados que, a diferença de valores entre o To teórico e o To observado a partir da regressão do
gráfico já era esperada devido a erros de medidas, erro de observações, o atrito gerado pelo
próprio pêndulo (já que não era um sistema ideal) e o peso, onde ele perde velocidade de
movimento conforme vai se aproximando do eixo do suporte.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física, 8a. edição, Vol.
2, LTC. 2008.