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FACULDADE FNC ESTÁCIO DE CARAPICUÍBA

FARMÁCIA DIURNO
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
ELINA SOARES DE CARVALHO RA: 99025
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
LOGISTICA
TORRENT BRASIL

Professor Orientador: Prof. Dr. Dalton Giovanni Nogueira da Silva.

CARAPICUÍBA

2018
SUMÁRIO
1. Introdução.........................................................................................................................3
2. Estabelecimento concedente..........................................................................................4
2.1 Definições e equipamentos necessário para o funcionamento de uma logística
farmacêutica.....................................................................................................................7
2.2 Objetivo.............................................................................................................................9

2.3 Gerenciamento de Resíduos...........................................................................................9


3. Tipos de produtos transportados e armazenados......................................................10

3.1 Produtos Transportados de Interesse à Saúde...........................................................10


3.2 Medicamentos sujeitos a Controle Especial................................................................10
4. Coleta de Produtos.........................................................................................................11
5. Recebimento...................................................................................................................11
5.1 Armazenamento........................................................................................................12
5.2 Armazenamento Medicamentos Sujeitos a Controle Especial.............................12
5.3 Demais Áreas de Armazenamento...........................................................................12
6. Separação e Expedição..................................................................................................13
6.1. Procedimento e Monitoramento de Temperatura e Umidade..............................14
6.2. Falta no fornecimento de energia...........................................................................15
6.3. Limpeza e Manutenção............................................................................................15
7. Coleta e Entrega dos Produtos.......................................................................................15
7.1 Treinamentos.............................................................................................................16
7.2 Identificação e Rastreabilidade...............................................................................16
7.3 Entrega ao Destinatário............................................................................................16
8. Devolução de produtos....................................................................................................16
8.1 Avarias......................................................................................................................17
8.2 Monitoramento de Pragas.......................................................................................17
8.3 Auditoria interna......................................................................................................18
9. Extintores e Hidrantes.....................................................................................................19

9.1 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO....................19

9.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA..................................19

9.3 Conclusão.............................................................................................................20

10. Referências....................................................................................................................21

10.1 Anexos.............................................................................................................22
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1.Introdução

Logística pode ser definida como um conjunto de procedimentos realizados junto


à cadeia de suprimentos com objetivo de planejar, controlar e estruturar o fluxo de
armazenamento de recursos e serviços. Ainda é responsável pelas informações dos
produtos, desde o ponto de origem até seu consumo, a fim de atender os requisitos dos
cliente. Podemos ainda, definir logística como o gerenciamento de fluxos e operações, a
qual utiliza acessos e recursos para transformar estes em valor, através de planejamento
para atender devidamente aos clientes envolvidos neste processo.Logística farmacêutica
engloba dezenas de atividades importantes, dentre elas os processos de armazenagem,
distribuição e transporte de medicamentos, sendo estes responsáveis por garantir a
qualidade do medicamento que será dispensado ao cliente final.

De acordo com a Portaria nº 802 de 1998, a cadeia de produtos farmacêuticos


contempla as etapas de produção, distribuição, transporte e dispensação, no qual as
empresas que atuam nestes seguimentos são responsáveis pela qualidade e segurança
dos produtos farmacêuticos objetos de suas atividades específicas. O processo de
armazenagem é definido pela estocagem de medicamentos, de acordo com suas
características e sua natureza de conservação. Para o correto armazenamento, os
medicamentos devem ser estocados, sob condições apropriadas, com o objetivo de manter
sua identidade e integridade.

Segundo a Resolução do MERCOSUL nº 49 de 2002, para garantir a qualidade


do produto farmacêutico, o armazenamento deve ser realizado em condições adequadas
de temperatura, umidade e iluminação, conforme orientações do fabricante. Medicamentos
termolábeis exigem um processo de armazenagem específico, pois são fármacos sensíveis
a ação da temperatura. Desta maneira para que ocorra o armazenamento correto de
medicamentos e produtos termolábeis, os mesmos devem ser armazenados em
equipamentos refrigerados, com o controle de temperatura contínua, através da utilização
de termômetros de máxima e mínima, devidamente calibrados e qualificados.

O processo de distribuição de medicamentos engloba a movimentação dos


produtos, onde, distribuição é qualquer atividade de posse, abastecimento, armazenamento
e expedição de produtos farmacêuticos excluídos o fornecimento ao público. A atividade de
distribuição é de interesse público, pois a mesma é responsável por abastecer o mercado
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e ainda manter as características e qualidades dos produtos até o consumidor final. Neste
contexto, a etapa de transporte de medicamentos é um grande desafio para o setor
logístico, pois é necessário garantir que estes produtos serão transportados de forma
adequada, preservando suas características durante todo o período de transporte. Na visão
da European Commission (2013), o distribuidor deve assegurar que o medicamento será
transportado de forma correta, respeitando as condições de temperatura ideais, mantidas
dentro dos limites aceitáveis durante todo processo. De acordo com a Lei 6.360 de 1976,
artigo 61, devem-se utilizar veículos capazes de assegurar a qualidade dos produtos
farmacêuticos durante o transporte e ainda manter as condições de higiene destes veículos.

Em relação ao transporte de medicamentos em território nacional, devem-se


atender as especificações da Portaria nº 1052 de 1998, a qual intitula os documentos
necessários para uma empresa realizar o transporte de medicamentos e produtos
farmoquímicos. O transporte de medicamentos deve ser realizado conforme as boas
práticas de transporte de produtos farmacêuticos e ainda os produtos que requerem
temperaturas específicas para armazenamento, devem ser transportados respeitando as
mesmas. A temperatura de armazenamento e o transporte são os fatores mais influentes
na manutenção da qualidade dos medicamentos na cadeia de suprimentos, sendo estes
responsáveis por alterações e deteriorações destes produtos quando não controlados.

2. Estabelecimento concedente

Criada na Índia, A Torrent foi lançada no Brasil em 2002 e recebeu da ANVISA


(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a licença de funcionamento em dezembro de
2004, onde começou a operar o seu depósito e laboratório.
Localizado em Alphaville, município de Barueri, em uma área de 1.706 mt², está capacitado
para armazenar 1.082 pallets. Contando com ajuda de um sistema de resfriamento
evaporativo "Sprinkler" onde ajuda a manter nos dias mais quentes a temperatura ambiente
entre 15°C - 30°C.
A empresa conta ainda com profissionais altamente qualificados no setor de
armazenagem e distribuição dos medicamentos, para dar continuidade ao processo de
inbound dos produtos importados da Índia.
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CARGO/FUNÇAO DESCRIÇÃO

Responsável pelo pleno funcionamento da Empresa, através


da determinação de projetos e metas. Colabora ativamente
DIRETORIA para a melhoria contínua dos processos executados pela
Empresa. Responsável pelo acompanhamento do
desempenho de todos os departamentos, e controle financeiro.

Responsáveis pela entrada e emissão de Notas Fiscais,


juntamente com a emissão do Conhecimento Eletrônico.
Verificam a frequência de funcionários (cartão de ponto), férias
ADMINISTRATI-
e desligamentos, realização de pagamentos e cobranças e
VO
adequação de documentos fiscais e contábeis. Repasse das
informações para gerenciadora de risco

Acompanhamento das entregas.

Responsáveis pela prospecção e contato com os clientes.


Preenchem os formulários/registros de POP condizentes à
COMERCIAL rotina executada e Relatórios Gerenciais. Devem participar de
treinamentos periódicos. Desenvolvem plano de melhoria a fim
de obterem crescimento com os clientes já existentes.

Responsável pelo atendimento das exigências dispostas na


legislação sanitária vigente. Deve vistoriar as áreas e
cumprimento dos procedimentos escritos. Responsável pela
manutenção e atualização da política de qualidade da
Empresa (MBT e POP). É incumbido pela qualificação e
TÉCNICO
atualização de documentos de empresas prestadoras de
serviço, clientes e da própria Empresa. Responsável pelo
encaminhamento de processos e documentos para os Órgãos
Sanitários Competentes (Vigilância Sanitária Local, ANVISA e
CRF-SP).
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Responsável pela direção do veículo (transporte de produtos)


de forma a zelar pela segurança. Colabora no carregamento e
descarregamento de volumes e retorno dos canhotos.
Preenche os formulários/registros de POP condizentes à rotina
executada. Participa na elaboração do itinerário sempre que
MOTORISTA
necessário. Zela pela conservação, limpeza e segurança do
veículo conduzido, devendo solicitar manutenção sempre que
preciso. Deve se manter atualizado com as normas e
legislações de trânsito. Deve participar de treinamentos
periódicos.

Responsável pelas operações de distribuição dos produtos de


interesse à saúde. Realiza a conferência, a separação e a
OPERACIONAL expedição de produtos. Responsável pela organização da
Área Operacional de acordo com os princípios de Boas
Práticas de Transporte e Armazenamento Temporário.

3. Responsável pela rotina de limpeza, de forma a garantir


um ambiente adequado para o trabalho. Preenche os
LIMPEZA formulários/registros de POP condizentes à rotina
executada. A Empresa opta por contratar uma pessoa
diarista para a execução das tarefas.
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2.1 Definições e equipamentos necessários para o funcionamento de uma


logística farmacêutica.

a. Alimentos: substâncias ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso


ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os
elementos normais, essenciais à sua formação, manutenção e desenvolvimento.
b. Boas Práticas de Transporte e Armazenamento: requisitos relacionados à gestão
da qualidade que tem o objetivo de garantir que os produtos de interesse à saúde
sejam mantidos em condições adequadas durante a etapa de transporte e
armazenamento, visando a preservação da sua integridade e qualidade.
c. Calibração: operações que estabelece, sob condições específicas, a relação entre
os valores indicados por um instrumento ou sistema de medição e os valores
correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões.
d. Carteira Nacional de Habilitação (CNH): é o documento de porte obrigatório que,
durante a condução de um veículo, identifica o condutor e comprova sua habilitação
em determinada categoria.
e. Cosméticos: produtos para uso externo, destinados à proteção ou ao
embelezamento das diferentes partes do corpo, bases de maquilagem e óleos
cosméticos, preparados antisolares, bronzeadores, produtos para cabelos,
depilatórios e epilatórios, preparados para unhas e outros.
f. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO): órgão normativo responsável pela execução de políticas nacionais de
metrologia e qualidade, visando prover confiança nas medições e em produtos,
através da avaliação da conformidade dos mesmos.
g. Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA): de responsabilidade
da Secretaria de Estado de Fazenda, é tributo que incide sobre a propriedade de
veículos automotores, qualquer que seja a sua natureza; alcança, portanto, veículos
rodoviários, aeroviários e aquaviários (marítimos, fluviais e lacustres).
h. Medicamentos: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
i. Medicamentos sujeitos a Controle Especial: substâncias que podem determinar
dependência física ou psíquica e relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela
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Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos da Portaria


344/1998.
j. Nobreak: Dispositivo capaz de fornecer energia por determinado período em
situações de emergência, ou interrupção do fornecimento de energia.
k. Procedimento Operacional Padrão: procedimento escrito detalhadamente que
fornece instruções para a realização de operações específicas na Empresa. Tem
como finalidade padronizar as ações e garantir a uniformidade dos serviços
prestados, a qualidade dos produtos transportados e a segurança dos profissionais
envolvidos.
l. Produtos para Saúde: equipamento, aparelho, material, artigo ou sistema de uso ou
aplicação médica, odontológica ou laboratorial, destinado à prevenção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação ou anticoncepção e que não utiliza meio farmacológico,
imunológico ou metabólico para realizar sua principal função em seres humanos,
podendo, entretanto ser auxiliado em suas funções por tais meios.
m. Registro de Procedimento: Formulário vinculado a um POP que visa evidenciar a
realização das ações descritas no documento.
n. RENAVAN: Registro Nacional de Veículos Automotores.
o. Responsável Técnico: pessoa física legalmente habilitada para o exercício
profissional de atividade nas diversas etapas do processo de produção e prestação
de serviços nas empresas, em cada estabelecimento.
p. Termohigrômetro: instrumento utilizado para medição dos valores de temperatura e
umidade no ambiente, capaz de armazenar os valores máximos e mínimos
registrados em um determinado intervalo de tempo.
q. Transportador: empresa que realiza o transporte de produtos de interesse à saúde
com veículo próprio.
r. Transporte: é a atividade parte da logística responsável pelo deslocamento de
produtos, através dos vários modais existentes.
s. Treinamento: atividade de aprendizagem e/ou reciclagem que tem por finalidade
preparar o colaborador para a execução das atividades pertinentes à sua função.
t. Procedimento Operacional Padrão – POP: Procedimento escrito detalhadamente
que fornece instruções para a realização de operações específicas na Empresa. Tem
como finalidade padronizar as ações e garantir a uniformidade dos serviços
prestados, a qualidade dos produtos transportados e a segurança dos profissionais
envolvidos.
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u. Registro de Procedimento – RP: Formulário vinculado a um POP que visa


evidenciar a realização das rotinas e tarefas descritas no documento.
v. Responsável Técnico – RT: Pessoa física legalmente habilitada para o exercício
profissional de atividade nas diversas etapas do processo de produção e prestação
de serviços nas empresas, em cada estabelecimento.

2.2 Objetivo
Conhecer os procedimentos realizados dentro de uma transportadora de
medicamento, e a importância do papel do farmacêutico. Ter ciência das documentações e
as exigências de alvará de funcionamento, junto com as leis e o Conselho Regional de
Farmácia.

2.3 Gerenciamento de Resíduos

A legislação sanitária vigente prevê a classificação dos resíduos e a correta


destinação dos mesmos de acordo com as suas características. A saber:

 Grupo A: infectantes;
 Grupo B: químicos;
 Grupo C: radioativos;
 Grupo D: resíduos que não apresentam risco biológico;
 Grupo E: perfurocortantes;

A transportadora integra a cadeia de distribuição de produtos de interesse à


saúde, na qualidade de transportadora de tais itens. Em sua maioria, os produtos
transportados são categorizados como resíduos do grupo B. Vale ressaltar que a mesma
apenas presta o serviço de transporte e armazenamento dos produtos, sendo que o
descarte dos mesmos é de incumbência do próprio fabricante/distribuidor responsável.
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3 Tipos de produtos transportados e armazenados

 MEDICAMENTOS
o Alopáticos

 MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL (PORTARIA 344/1998)


o Alopáticos sob Controle Especial

 PRODUTOS PARA SAÚDE


o Acessórios
o Aparelhos
o Instrumentos
o Material ou Artigo Descartável
o Material ou Artigo Líquido
o Material ou Artigo Semi-Sólido
o Preservativos

3.1 Produtos Transportados de Interesse à Saúde

A transportadora realiza o transporte e armazenamento das seguintes categorias


Medicamentos, Medicamentos Sujeitos a Controle Especial, Produtos para saúde,
Cosméticos e Alimentos. Tendo em vista a responsabilidade de garantir a integridade e
a qualidade dos mesmos, em todas as etapas da prestação de serviço de transporte e
armazenamento, a mesma estabeleceu rotinas específicas acerca da operação
envolvendo produtos de interesse à saúde.

3.2 Medicamentos sujeitos a Controle Especial

Substâncias que podem determinar dependência física ou psíquica e


relacionada, como tal, nas listas aprovadas pela Convenção sobre Substâncias
Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos da Portaria nº 344/1998.

Autorização Especial: Licença concedida pela Secretaria de Vigilância Sanitária


do Ministério da Saúde (SVS/MS), a empresas, instituições e órgãos, para o exercício de
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atividades de extração, produção, transformação, fabricação, fracionamento, manipulação,


embalagem, distribuição, transporte, reembalagem, importação e exportação das
substâncias constantes das listas anexas a Portaria 344/1998, bem como os Medicamentos
que as contenham. A empresa estabeleceu a padronização das etapas de prestação de
serviços referentes ao transporte e armazenamento dos Medicamentos sujeitos ao Controle
Especial de forma a garantir a integridade das características dos produtos e a segurança
durante as atividades realizadas.
Além de uma cópia simples de todos os documentos citados no procedimento
de qualificação, o cliente que nos solicitar o transporte ou armazenamento de
Medicamentos sujeitos a Controle Especial, também deverá apresentar uma cópia da
Autorização Especial – AE atualizada.

4. Coleta de Produtos

O veículo utilizado para transportar os volumes deverá apresentar condições


adequadas de limpeza e manutenção. O motorista deverá se apresentar e se identificar,
para facilitar a entrada na Empresa Remetente. Devido a fragilidade dos produtos de
interesse à saúde, o carregamento do veículo deverá ser realizado de forma cautelosa,
respeitando-se sempre as indicações de empilhamento e demais orientações disponíveis
na caixa de embarque. Nesta etapa, deverá ser realizada a conferência dos volumes
carregados e as suas respectivas Notas Fiscais. É importante ressaltar que é
expressamente proibido transportar cargas que não estejam acompanhadas de Notas
Fiscais.
O baú do veículo deverá ser carregado de acordo com seu roteiro/trajeto de
entregas, visto que a primeira carga a entrar no baú deverá ser a última que deverá ser
entregue.
5. Recebimento

Para garantir a qualidade dos produtos que ingressarão na Empresa, é realizada


a conferência e inspeção dos mesmos desde o seu recebimento. Ou seja, o colaborador
devidamente treinado para esta função é responsável pela conferência da Nota Fiscal e
Inspeção Visual da Carga.
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Os produtos considerados conformes serão alocados na área de recebimento,


para desembarque da mercadoria e finalização da verificação da remessa. Em seguida, os
produtos deverão ser liberados para armazenamento.

5.1 Armazenamento

Os produtos devem ser descarregados sobre pallets, mantidos afastados das


paredes, teto e conferidos de acordo com os dados impressos em Nota Fiscal.
De forma limpa e organizada, estes produtos devem estar dispostos, de modo a
facilitar o fluxo dos colaboradores em seu manuseio, respeitando as orientações de
empilhamento máximo e direção de armazenamento das caixas especificados pelo
fabricante. O prazo de validade deverá ser monitorado no período do armazenamento com
o auxílio de relatórios emitidos através do sistema informatizado, sendo os produtos
armazenados de forma a respeitar a sistemática PVPS – Primeiro que Vence, Primeiro que
Sai. A temperatura e umidade da área também deverão ser monitoradas.

5.2 Armazenamento Medicamentos Sujeitos a Controle Especial

Uma área especifica e identificada para o armazenamento de Medicamentos


sujeitos a Controle Especial foi segregada pela Empresa através de gaiolas, de forma a
restringir o acesso de colaboradores, com o uso tranca. A cópia da chave para acesso
deverá estar sempre em poder do RT.

5.3 Demais Áreas de Armazenamento

Além da área de armazenamento de Medicamentos Sujeitos a Controle Especial,


citada acima, a empresa possui também área devidamente identificada para o
armazenamento de Produtos para Saúde, Cosméticos, Alimentos, Medicamentos, bem
como uma pequena sala com refrigerador, para o armazenamento de medicamentos e
produtos de interesse a saúde termolábeis e freezer para acomodar os elementos
refrigerantes que serão utilizados na montagem de caixas para embarque.
Para os casos de medicamentos termolábeis, sujeitos a controle especial, vale
ressaltar que o refrigerador utilizado possui tranca com chave para uso quando necessário.
Uma cópia da chave do equipamento estará disponível com o RT.
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6. Separação e Expedição

Os produtos armazenados poderão somente sair do estoque a partir da emissão


do pedido de venda do Cliente.
Após o recebimento do pedido, o mesmo é encaminhado para a Área
Operacional para que seja realizada a separação dos produtos. Os colaboradores da Área
Operacional deverão atentar-se as especificações e particularidades dos produtos, de
forma a evitar o envio equivocado de produtos e/ou suas quantidades.
Os produtos separados deverão atender os dados constantes no pedido enviado
pelo cliente, logo, o colaborador deverá verificar e conferir:
 Número de lote (quando aplicável);
 Quantidade solicitada;
 Integridade e estado geral dos produtos e caixas de embarque.

Quaisquer dúvidas durante o processo de separação dos pedidos deverão ser


esclarecidas com o Responsável Operacional ou Responsável Técnico. Os colaboradores
da Área Operacional não possuem autonomia para realizar substituições de produtos em
pedidos sem autorização prévia da Diretoria ou do próprio Cliente.
Para garantir o fluxo de produtos na Empresa, os colaboradores deverão
obedecer à sistemática PVPS - Primeiro que vence é o primeiro que sai. Portanto, os
produtos com prazo de validade mais próximo deverão sempre ter preferência na
expedição.
Caso o colaborador identifique não conformidades nos produtos separados, os
mesmos deverão ser segregados na Área de Não Conformes e o Responsável Técnico
deverá ser contatado para analisar a ocorrência e prosseguir com as ações aplicáveis
juntamente ao Cliente detentor do produto, uma vez que a responsabilidade pelos produtos
é do Cliente.
Após o processo de separação dos produtos, os mesmos deverão ser
encaminhados para a Área de Expedição, onde ocorrerá a conferência do pedido pelo
responsável Operacional, ou colaborador devidamente treinado.
Somente após a conferência, os produtos poderão ser embalados e, haverá a
liberação para a emissão da Nota Fiscal. Os volumes deverão ser identificados e agrupados
por cliente/local de entrega.
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Os produtos deverão ser embalados de acordo com as especificações do


fabricante / cliente, além de garantir sua integridade durante o seu transporte.
A fim de minimizar o tempo de transporte dos produtos, o colaborador
responsável pela Expedição deverá elaborar o itinerário dos motoristas antecipadamente,
considerando as distâncias entre os locais de entrega.

6.1 Procedimento e Monitoramento de Temperatura e Umidade.

São Produtos com indicação de armazenamento, transporte e manuseio em


determinada faixa de temperatura, para a devida conservação de suas propriedades e
eficácia, de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo fabricante. De modo a garantir
que a qualidade dos produtos termolábeis armazenados em nossa área operacional
consigam enfrentar fatores que possam influenciar as propriedades e eficácia estabelecidas
pelos fabricantes sem nenhum dano, a transportadora estabelece procedimento com o
intuito de prever possíveis situações de emergência que possam ocorrer nos equipamentos
e instalações envolvidas na conservação das temperaturas.

A aferição dos valores de Temperatura e Umidade será realizada através de


termohigrômetro digital no interior do veículo, termômetros digitais nos equipamentos
destinados a maturação e conservação dos elementos refrigerantes, e na geladeira, para
acomodar os produtos termossensíveis, sendo a leitura e registro realizados por
colaboradores designados e treinados pelo RT em formulário específico. Os valores de
temperatura e umidade da área destinada ao recebimento, expedição e armazenamento
dos produtos de interesse a saúde, serão aferidos através de aparelhos data logger com
programação de intervalo para aferição a cada 30 minutos, sendo a coleta de dados
realizada semanalmente, com arquivo eletrônico dos registros obtidos.

A leitura dos valores no interior do baú do Veículo, será realizada a cada


carregamento e entrega de produtos. No refrigerador de armazenamento de produtos de
interesse a saúde a verificação e registro dos valores será realizada duas vezes ao dia,
constando a data e o horário em que foram realizados. No caso do monitoramento do
freezer dos elementos refrigerantes, os registros serão realizados duas vezes ao dia,
considerando-se que comumente ocorre oscilação dos valores na data de abastecimento
do freezer. Cabe ressaltar que os elementos refrigerantes são acondicionados em
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temperatura ambiente e ao serem selecionados para maturação, deverão permanecer no


freezer por um período de 72 horas para a devida maturação, sendo vetada a abertura das
portas do freezer até que seja transcorrido este período de maturação.

6.2 Falta no fornecimento de energia

Para os casos de queda de energia proveniente de falta do fornecimento da rede


elétrica por parte da empresa responsável, ou por problemas elétricos nas instalações do
condomínio, dispõe de Nobreak, de modo a manter a temperatura do refrigerador de
armazenamento de produtos termolábeis e freezers para congelamento dos elementos
refrigerantes por determinado período.

6.4. Limpeza e Manutenção

A empresa de transportes prevê a execução de atividades de limpeza voltadas


para a Área Administrativa da Empresa, além das rotinas estabelecidas para com o veículo
dedicado ao transporte de produtos de interesse à saúde.
O veículo utilizado para o transporte de produtos de interesse à saúde deve
apresentar condições adequadas, de higiene e manutenção, para que a qualidade e
integridade dos mesmos não sejam afetadas, durante a prestação de serviço de transporte.
A empresa estabelece a limpeza diária do baú do veículo antes de iniciar o transporte dos
produtos. Adicionalmente, antes de iniciar o carregamento do veículo, o colaborador deverá
verificar as condições de limpeza e gerais do veículo.
É importante ressaltar que a verificação diária dos itens acima expostos, tem por
finalidade proporcionar segurança aos produtos transportados e também ao motorista.
Mensalmente, é prevista a execução dos procedimentos para o monitoramento
de incidência de pragas urbanas, por Empresa Terceirizada, devidamente qualificada para
a execução e garantia dos serviços. Toda a documentação pertinente aos serviços
executados deverá ser arquivada em pasta específica e sob a responsabilidade do RT, de
modo a evidenciar o efetivo monitoramento realizado.

7. Coleta e Entrega dos Produtos

Somente poderá ser realizada a coleta mediante a entrega ao motorista de caixas


devidamente lacradas e sempre acompanhadas das respectivas Notas Fiscais, contendo
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os dados do remetente e destinatário da carga, além da descrição do medicamento (nome


comercial ou genérico), dosagem da substância, lote, validade, quantidade de volumes e a
lista a qual pertence o medicamento perante a Portaria nº 344/1998.

7.1 Treinamentos

Para preparar e conscientizar os colaboradores, o Responsável Técnico


estabelece a realização do treinamento específico acerca dos princípios das Boas Práticas
de Transporte e Armazenamento. Adicionalmente, os colaboradores recebem treinamento
específico a sua posição de trabalho, para que execute sua função adequadamente.

7.2 Identificação e Rastreabilidade:

A empresa de transportes prevê que os produtos de interesse a saúde coletados


estejam devidamente identificados ao serem coletados, de modo a caracterizar os itens a
serem transportados.
A documentação que acompanha a carga será conferida e os dados serão
inseridos no sistema informatizado, possibilitando a rastreabilidade dos produtos de
interesse a saúde.

7.3 Entrega ao Destinatário

Após chegar ao destinatário dos volumes, o motorista deverá se apresentar e se


identificar. A partir da liberação do destinatário, é iniciado o descarregamento do veículo.
Novamente, os volumes deverão ser manuseados com cautela, para evitar danos nesta
etapa. Vale comentar que o descarregamento do veículo deverá ser realizado em área
adequada, de forma a evitar a exposição dos produtos a fatores, tais como, luz solar e
chuva. Adicionalmente, é proibida a alocação dos produtos diretamente no chão.
8. Devolução de produtos

Ocasionalmente, os volumes transportados poderão ser devolvidos ou


retornados, em casos de avaria ou sobra, falta e inversões de volumes, por exemplo.
Nestes casos, os volumes deverão ser retornados imediatamente a Empresa responsável
pela carga (remetente) quando aplicável. Para facilitar a identificação dos volumes
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envolvidos na operação de devolução, o Cliente responsável pela rejeição/devolução dos


volumes deverá informar no verso da respectiva Nota Fiscal o motivo da ocorrência.

8.1 Avarias

Aos produtos que estejam envolvidos em ocorrência de avaria será prevista a


segregação em área de não conformes, de modo que seja realizada a avaliação do caso.
Caso a avaria tenha ocorrido durante as etapas de transporte ou armazenamento, a
empresa de transportes será responsabilizada pela ocorrência, tratando diretamente com
o Cliente as providências aplicáveis.
Quando o produto apresentar avaria após a entrega ao destinatário, este será
orientado a contatar o responsável pelo fornecimento do produto para que sejam adotadas
as ações de resolução entre as partes.

Eventualmente, alguns produtos poderão ser devolvidos para a empresa,


provenientes de casos de, sobras ou faltas, inversão de itens ou recolhimento do mercado.
De acordo com a definição das ações a serem adotadas, os produtos deverão retornar aos
seus remetentes, para serem segregados na Área de Não Conformes, acompanhados de
Notas Fiscais de Devolução. Todos os procedimentos adotados para resolução da
ocorrência deverão ser registrados, a empresa possui uma área de Não Conformes dentro
do Armazenamento para acomodar estes produtos até o retorno aos seus remetentes. Esta
área é utilizada somente quando os produtos não são destinados ao remetente no mesmo
momento. Estes produtos devem ser destinados o quanto antes ao remetente, não podendo
permanecer por um grande período de tempo dentro da área operacional. Os casos de
devolução e recolhimento terão a operação de coleta previamente agendada, com o devido
agendamento registrado através do sistema informatizado, permitindo que seja realizado o
planejamento para o recebimento dos produtos envolvidos nas ocorrências até que os
casos sejam solucionados junto ao Cliente.

8.2 Monitoramento de Pragas

Á área operacional será submetida a um controle de pragas através de


intervenções realizadas semestralmente por empresa terceirizada qualificada e contratada
para realização deste serviço. A transportadora visa a isenção de pragas urbanas em seu
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veículo e em suas áreas, contando com a prestação de serviço de Empresa especializada


para a realização do monitoramento de pragas.
As medidas adotadas para o monitoramento de pragas deverão abranger a Área
Administrativa, Área Operacional e o Veículo dedicado ao transporte de produtos de
interesse à saúde.
Mensalmente, uma cópia deste formulário ficará disponível na Área Operacional
e uma outra cópia no interior do Veículo. Os colaboradores poderão registrar a presença
de algum tipo de praga evidenciada, anotando a data, o local e o tipo de praga observada.
Adicionalmente, o RT deverá realizar inspeções periódicas nos locais de acesso, a fim de
buscar possíveis indícios de presença de pragas no veículo. Ao final de cada mês, caberá
ao RT o recolhimento dos formulários para análise e respectivo arquivo em pasta de
registros específica. A prestação de serviço de monitoramento de pragas deverá ser
realizada por Empresa especializada e qualificada.
É importante ressaltar que a Empresa poderá somente utilizar produtos
saneantes desinfetantes devidamente registrados na ANVISA.
Após a realização da intervenção semestral, a Empresa especializada deverá emitir o
comprovante de execução de serviço contendo as seguintes informações:
 dados da empresa;
 dados gerais da Empresa prestadora do serviço;
 pragas alvo;
 data de execução dos serviços;
 prazo da assistência referente aos serviço prestado;
 grupo químico, nome e concentração dos produtos utilizados;
 orientações gerais pertinentes ao serviço executado;
 identificação do responsável técnico;
 número do telefone do Centro de Informação Toxicológica.

8.3 Auditoria interna


As auditorias internas permitem a detecção de oportunidades de melhorias nos
processos a fim de aperfeiçoar a rotina dos colaboradores, evitar reincidência de alguma
não conformidade através da adoção de medidas corretivas e identificar a necessidade de
reciclagem de treinamentos e adequações de infraestrutura.
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As auditorias deverão ser conduzidas por colaboradores comprovadamente


treinados para esta atividade e com conhecimento específico sobre as especificações e
requisitos aplicáveis ao setor auditado, desde que estes não possuam responsabilidade
direta pelas áreas que estão sendo objeto da auditoria, garantindo assim, isenção de
tendenciosidade e conflito de interesse por parte do colaborador auditor.

9. Extintores e Hidrantes

Os extintores e hidrantes deverão ser mantidos conforme a disposição


estabelecida pelo Corpo de Bombeiros, durante vistoria de aprovação ou renovação do
AVCB no condomínio. Tais equipamentos deverão ser periodicamente inspecionados
quanto a sua localização, identificação, acesso e estado geral. O condomínio aonde
localiza-se a empresa, estabelece o envio anual dos extintores para recarga em Empresa
especializada, devidamente qualificada e registrada junto ao INMETRO. Caberá ao
Departamento Administrativo do condomínio o acompanhamento do serviço, podendo este
ser realizado sempre que necessário.

9.1 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO:

Programa com caráter preventivo, de rastreamento e diagnóstico precoce de


agravos à saúde relacionados ao trabalho, e constatação da existência de casos de
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos colaboradores.

O referido relatório deverá descrever o número e a natureza dos exames


médicos, avaliações clínicas e exames complementares a serem realizados, incluindo as
estatísticas de resultados considerados anormais, bem como o planejamento para o ano
seguinte.

9.2 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA:

Programa que visa à preservação da saúde e integridade dos colaboradores,


através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,
considerando a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
20

9.3 Conclusão

O estágio de logística farmacêutica, mostrou a importância de um farmacêutico


para o desenvolvimento de funções para o andamento de uma transportadora de
medicamentos, tantos cargas provenientes de devolução ou retorno, devido a não entrega
dos produtos em determinada data, tanto nas áreas devidamente estruturada para
realização de armazenamento.

A atividade de armazenamento também prevê as rotinas de recebimento,


separação e expedição aonde o farmacêutico tem que orientar e analisar as notas e
conferências dos produtos.
21

10 Referências

 Resolução nº 433/2005: regula a atuação do farmacêutico em empresa de transporte


terrestre, aéreo, ferroviário ou fluvial, de produtos farmacêuticos, farmoquímicos e produtos
para saúde.

 Portaria nº 1.051/1998: regulamento técnico para Autorização/Habilitação de


empresas transportadoras de produtos farmacêuticos e farmoquímicos.

 Portaria CVS nº 4/2011: dispõe sobre o Sistema Estadual de Vigilância Sanitária,


define o Cadastro Estadual de Vigilância Sanitária e os procedimentos de vigilância
sanitária no Estado de São Paulo.

 Lei nº 9.782/1999: define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência


Nacional de Vigilância Sanitária.

 Lei nº 13.043/2014: altera o Anexo II da Lei 9.782/99 e extingue a obrigatoriedade de


renovações de AFE e AE anual constantes nos itens 3.1, 3.2, 5.1 e 7.1.

 Resolução RDC nº 16/2014: dispõe sobre os Critérios para Peticionamento de


Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE) de Empresas. Revoga
a Portaria 1.052/1998 e a Resolução 329/1999.

 Resolução RDC nº 17/2010: dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de


Medicamentos.

 Resolução RDC nº 16/2013: aprova Regulamento Técnico de Boas Práticas de


Fabricação de Produtos Médicos e Produtos para Diagnóstico de Uso in Vitro.

 Resolução RDC nº 48/2013: aprova Regulamento Técnico de Boas Práticas de


Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.

 Portaria nº 344/1998: dispõe sobre o regulamento técnico para Substâncias e


Medicamentos sujeitos a Controle Especial.
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10.1 Anexos
Anexo I e II
Unidade de armazenamento
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Anexo II
Laboratório de controle de qualidade

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