De acordo com a Constituição de 1988, todos os cidadãos possuem direito à
saúde. Contudo, na atual sociedade brasileira, há expressivos impactos ambientais devido, majoritariamente, à negligência governamental e à má formação socioeducacional. Mormente, vale ressaltar o livro “Ética a Nicômaco”, do filósofo Aristóteles, ao inferir que a política serve para garantir felicidade dos cidadãos, como o meio ambiente limpo e sustentável. No entanto, é inegável a quebra desta garantia quanto aos impactos do lixo nas comunidades, visto que a coleta ineficaz ou talvez inexistente gera uma insalubridade nos locais, em especial em bairros de baixa renda. Assim, é notória a ineficácia estatal na integração desse serviço para toda a população, pois, com essas regiões periféricas carentes de políticas públicas, deixa em destaque uma sociedade segregada, dado que, esses bairros necessitados têm as principais vítimas de doenças como resultado do acúmulo de lixo e dispersão de baratas, moscas e ratos. Outrossim, alude-se ao pensamento do filósofo Immanuel Kant, ao evidenciar que, “é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.” Sob essa perspectiva, percebe-se a importância do estímulo nas escolas na consciência dos jovens ao jogar lixo na rua ou no mar, haja vista que existem muitas crianças e adolescentes que desconhecem os riscos que esses atos trazem ao meio ambiente, como o acúmulo de lixos em bueiros, ruas alagadas e infectadas. Dessa forma, as instituições de ensino possuem uma importante função na melhora do meio ambiente, colaborando para que os cidadãos possuam clareza de suas ações e o hábito de pensar no coletivo. Destarte, urge ao Ministério do Meio Ambiente, aliado às esferas estadual e municipal, minimizar esses impactos, por meio da ampliação das coletas de lixo em todo o Brasil com a finalidade de permitir que toda a sociedade tenha esse acesso prestado, sem haver distinção de serviços aos indivíduos de baixa renda. Ademais, compete à Escola, em parceria com o governo, orientar os jovens à práticas saudáveis, com intuito de cuidar do local onde se vive, por intermédio de projetos pedagógicos (como atividades lúdicas, filmes e documentários) que elucidem sobre a importância da preservação ambiental e como adquirir bons costumes, a fim de aumentar a qualidade de vida do povo. Com isso, efetivar o que garante a Constituição de 1988, melhorando a saúde pública e ambiental.