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ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I fct - UNL

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I

12 –EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL

12 –EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM


PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL

PROGRAMA
1. Introdução ao betão armado
2. Bases de Projecto e Acções
3. Propriedades dos materiais: betão e aço
4. Durabilidade
5. Estados limite últimos de resistência à tracção e à compressão
6. Estado limite último de resistência à flexão simples
7. Estado limite último de resistência ao esforço transverso
8. Disposições construtivas relativas a vigas
9. Estados limite de fendilhação
10. Estados limite de deformação
11. Estados limite últimos de resistência
à flexão composta com esforço normal e à flexão desviada
12.Efeitos de segunda ordem provocados por esforço axial
13. Disposições construtivas relativas a pilares e paredes
14. Estado limite último de resistência à torção

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12 –EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM PROVOCADOS POR ESFORÇO AXIAL

ÍNDICE
1. Imperfeições geométricas
2. Efeitos de segunda ordem
A. Introdução
B. Critérios de dispensa da consideração
dos efeitos de 2ª ordem
i. Para elementos isolados
ii. Para edifícios
C. Comprimento de encurvadura
3. Método de análise dos efeitos de segunda ordem
4. Sequência do cálculo de um pilar de um edifício

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Elementos ou sistemas de contraventamento são os que são considerados para


efeitos de estabilidade horizontal do conjunto da estrutura
Contraventamento
Contraventamento com parede resistente
em cruz de Sto André

Contraventamento em Contraventamento
cruz de Sto André com parede resistente

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1. IMPERFEIÇÕES GEOMÉTRICAS

Os efeitos desfavoráveis de eventuais imperfeições geométricas e de desvios na


posição das cargas, devem ser considerados na análise aos estados limites
últimos dos elementos e das estruturas.
A imperfeição pode ser representada por uma inclinação, dada por: N
θi = θ0 αh αm
θ0 = 1/200 – valor básico
αh = 2/√ℓ ; 2/3 ≤ αh ≤ 1 – coeficiente de αh
redução relativo ao comprimento do 1.0
elemento ou altura do edifício ℓ. 2/3

αm = √[0.5(1+1/m)] – coeficiente de redução ℓ θi


4m 9m
relativo ao número de elementos m.
• Em elementos estruturais isolados: m=1 e ℓ é o comprimento
real do elemento.
• Num sistema de contraventamento: m é o número de elementos M N
verticais que transmitem força horizontal ao sistema de
contraventamento, e ℓ é altura do edifício.
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Em elementos isolados o efeito das imperfeições pode ser considerado como


uma excentricidade ou como uma força transversal:
ei = θi ℓ0 / 2
ℓ0 é o comprimento efectivo ou de encurvadura.

N N
ei ei

Em paredes e pilares isolados em


estruturas contraventadas, pode-se
θi considerar, como simplificação:
ei = ℓ0 / 400

elementos não
contraventados elementos contraventados
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2. EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM


A. INTRODUÇÃO

N Encurvadura: rotura devido à instabilidade do pilar devido


ao esforço axial e sem carregamento transversal.

Carga crítica de Euler ou de encurvadura:

2
⎛π⎞
NB = Ecm Ic ⎜ ⎟
⎝l⎠

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Designam-se por efeitos de 1ª ordem os resultantes das acções aplicadas na


estrutura e dos imperfeições geométricas da estrutura (M0Ed).
Efeitos de 2ª ordem são efeitos adicionais que resultam das deformações da
estrutura (M2Ed).

N
M01 M01
Momentos de 1ª ordem: são os efeitos
das cargas aplicadas e das imperfeições
Momentos geométricas da estrutura.
de 2ª ordem
Provocam deformação transversal por
flexão do pilar (e2).
M2 = N·e2 Momentos
e2
de 1ª ordem
Momentos de 2ª ordem: são os efeitos
do esforço axial na excentricidade
M02 causada, em cada secção, pelos
momentos de 1ª ordem.
M02 N
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B. CRITÉRIOS DE DISPENSA DA CONSIDERAÇÃO DOS EFEITOS DE 2ª ORDEM


Apenas as colunas esbeltas são suficientemente deformáveis para que os efeitos
de 2ª ordem sejam relevantes.
Os efeitos de 2ª ordem podem ser desprezados se
corresponderem a menos de 10% dos efeitos de 1ª
ordem.
i. Para elementos isolados
Os efeitos de 2ª ordem podem ser desprezados se a
esbelteza λ < λlim.
λ = ℓ0 / i
onde é ℓ0 o comprimento de encurvadura,
e i = √(I/A) é o raio de giração da secção transversal:

λlim = 20 A B C / √ν M01

A = 1 / (1 + 0.2 ϕef) ≈ 0.7


B = √ (1 + 2 ω) ≈ 1.1 ϕef = ϕ(∞,t0) M0Eqp / M0Ed
Momentos de
C = 1.7 - rm ≈ 0.7 com rm = M01/M02 1ª ordem ω = Asfyd / Acfcd
ν = NEd / Acfcd
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M02
8
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ϕef = ϕ(∞,t0) M0Eqp / M0Ed


ϕ(∞,t0) é o coeficiente de fluência final.
o efeito da fluência pode ser desprezado se ϕ(∞,t0) ≤ 2.0; λ ≤ 75 e M0Ed/NEd ≥ h

M0Eqp é o momento de primeira ordem para a comb. quase permanente de acções.


M0Ed é o momento de primeira ordem para a comb. usada no dimensionamento aos
Estados Limites Últimos.

C = 1.7 - rm ≈ 0.7 com rm = M01/M02


M01=- M02 M01=0
onde M01 e M02 são os momento de
M01=M02
primeira ordem nas extremidades do C
elemento, devendo ser: 2.7

M02 1.7 M02


|M02| ≥ |M01|
0.7 M02
rm =1.0 no caso de elementos não -1.0 0 1.0 M01/M02
contraventados.
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ii. Para edifícios


Em edifícios, os efeitos globais de 2ª ordem
FV,Ed ≤ k1 ⋅
ns

∑ Ecd Ic
podem ser ignorados se: ns + 1.6 L2
FV,Ed é a carga vertical total nos elementos de
contraventamento e nos elementos contraventados
ns é o número de pisos
Ecd= Ecm/(γcE=1.2) é o valor de cálculo do módulo
de elasticidade do betão
Ic é o momento de inércia da secção de betão não L
fendilhada dos elementos de contraventamento. ns=3
L é a altura do edifício acima da secção de Ic
encastramento dos elementos de contraventamento.
k1 = 0.31 se os elementos de contraventamento se
encontram fendilhados em
E. L. Último, e 0.62 no caso contrário.
Esta regra não é válida se o sistema de contraventamento tem
deformações por corte ou rotações significativas na base. Em tais
situações, ver o Anexo H da EN1992.1.1. Na figura considerou-se que a secção de encastramento
corresponde ao nível do piso térreo, por as paredes de contenção constituírem uma restrição significativa
à deformação da parede de contraventamento, no entanto, esta hipótese é apenas uma aproximação pois
existe,
Válter Lúcio de
Maiofacto,
2006 flexibilidade no troço de parede correspondente ao piso enterrado. 10
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C. COMPRIMENTO DE ENCURVADURA
N M N
N N N
M

ℓ0 = ℓ0 =
ℓ0 = ℓ 0.7 ℓ 0.5 ℓ

ℓ0 =
2ℓ ℓ0 = ℓ

M M M M
N N N N N

ELEMENTOS CONTRAVENTADOS
ℓ0 ≤ ℓ
ELEMENTOS NÂO
CONTRAVENTADOS
ℓ0 ≥ ℓ
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COMPRIMENTO DE ENCURVADURA ELEMENTOS


ÍNCORPORADOS EM PÓRTICOS
N ⎛ k1 ⎞ ⎛ k2 ⎞
M ELEMENTOS l 0 = 0. 5 l ⋅ ⎜ 1 + ⎟ ⋅ ⎜1+ ⎟
CONTRAVENTADOS ⎝ 0.45 + k1 ⎠ ⎝ 0.45 + k 2 ⎠
1 k1 e k2 são as flexibilidades relativas dos encastramentos parciais
das extremidades do pilar. k = (θ / M) · (EI / ℓ)
θ é a rotação dos
ℓ0 elementos que se ⎛θ⎞ 1 3
⎜ ⎟ =
≤ ℓ opõem à rotação da ⎝ M ⎠ 2 4EIV1 + 3EIV 2
extremidade do pilar l V1 l V2
para um momento M. b
EIb
ℓ b
2 EI / ℓ é a rigidez de flexão do pilar, ou
dos pilares, que concorre(m) no nó. 2
No caso geral de dois pilares: V1 V2
M N EIV1 EIV2
(EI/ℓ) = (EI/ℓ)a + (EI/ℓ)b
a
EIa EIb EIa ℓa
+ k 1 = 0 .1
la lb
k2 = 1
4EI V 1 3EI V 2
+ k 3 = 10
l
Válter Lúcio Maio 2006V 1
l V2 ℓV1 ℓV2 12
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N

M N
ELEMENTOS NÃO CONTRAVENTADOS
2

⎧ k ⋅k
l 0 = l ⋅ max ⎨ 1 + 10 ⋅ 1 2 ;
ℓ0 ≥ ⎩ k1 + k 2
2ℓ ⎛ k ⎞ ⎛ k ⎞⎫
⎜ 1 + 1 ⎟ ⋅ ⎜ 1 + 2 ⎟⎬
M ⎝ 1 + k1 ⎠ ⎝ 1 + k 2 ⎠ ⎭
N
1
ℓ0 ≥ ℓ
M
N

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3. MÉTODO DE ANÁLISE DOS EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM


A EN1992.1.1 apresenta três métodos alternativos para a análise dos efeitos de
segunda ordem em estruturas e elementos isolados:
• “Método geral” que corresponde a efectuar uma análise não linear
considerando a não linearidade geométrica e a não linearidade do
comportamento dos materiais;
• “Método baseado na rigidez nominal” que consiste na análise da estrutura
considerando na rigidez dos seus elementos a fendilhação, a não
linearidade do comportamento do betão e do aço e a fluência do betão, e,
eventualmente, a interacção entre o terreno e a estrutura. Os momentos
resultantes desta análise são posteriormente majorados para ter em conta
os efeitos de segunda ordem.
• “Método baseado na curvatura nominal” que consiste na determinação de
um deslocamento, baseado no comprimento efectivo e na curvatura
máxima do elemento. Com esse deslocamento determina-se o efeito de 2ª
ordem. É este método que vamos utilizar.

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MÉTODO BASEADO NA CURVATURA NOMINAL


O momento de cálculo tem o valor:
MEd = M0Ed+ M2
M0Ed é o momento de 1ª ordem, incluindo os efeitos das acções e das imperfeições
geométricas, e
M2 é o momento de 2ª ordem
Se os momentos de 1ª ordem são diferentes nas extremidades 1 e 2,
respectivamente, M01 e M02, então determina-se um momento equivalente
M0e = 0.6 M02 + 0.4 M01 ≥ 0.4 M02 M01
A escolha das extremidades 1 e 2 deve ser tal que |M02| ≥ |M01|

O momento nominal de 2ª ordem é dado por: Momentos de


M2 = NEd· e2 1ª ordem

NEd é o valor de cálculo do esforço normal, e M02


e2 = (1/r) ℓ02 / c é o deslocamento
1/r é a curvatura
ℓ0 é o comprimento de encurvadura (ou efectivo), e c = π2 (≈10)
c é um coeficiente dependente da (Se M0Ed é constante deve
Válterdistribuição
Lúcio Maio 2006 da curvatura considerar-se 8 ≤ c ≤ 10) 15
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e2 = (1/r) ℓ02 / c
Estimativa da curvatura máxima:
máxima
1/r = Kr · Kϕ · 1/r0
-2.0
Kr é um factor de correcção que depende νν
do esforço normal. -1.8
νu = 1 + ω
Kϕ tem em conta a fluência do betão, e
-1.5 CASO 4 - secção
1/r0 = 2 εyd / (0.9d) toda comprimida

Onde d é a altura útil e εyd = fyd / Es -1.3

ν -1.0
Kr = (νu - ν) / (νu - νbal) ≤ 1.0 CASO 3
-0.8 ε s ≤ ε yd
com ν = NEd / (Ac fcd) ; νbal = 0.45 εs = εyd
ε s = ε yd
νu = 1 + ω com ω = As,totalfyd / (Ac fcd) ;
-0.5

0 .0
0 .1

0 .2
0 .3
0 .4

0 .5
0 .6
0 .7

0 .8

0 .9

1 .0
νbal ≈ 0.45 corresponde a εs = εyd .

ω =

ω =

ω =
-0.3 CASO 2
ε s > ε yd
Desta forma é possível estimar εs: 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
00
εs ≈ Kr εyd μ
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Kϕ = 1 + β ϕef ≥ 1.0

onde ϕef = ϕ(∞,t0) M0Eqp / M0Ed


o efeito da fluência pode ser desprezado se ϕ(∞,t0) ≤ 2.0; λ ≤ 75 e M0Ed/NEd ≥ h

e β = 0.35 + fck/ 200 – λ /150 sendo λ a esbelteza

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4. SEQUÊNCIA DO CÁLCULO DE UM PILAR DE UM EDIFÍCIO

1. EFEITOS GLOBAIS DE 2ª ORDEM


A. Elementos isolados contraventados
B. Elementos isolados não contraventados
2. AS IMPERFEIÇÕES GEOMÉTRICAS
3. OS EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM
A. Dispensa da consideração dos efeitos de 2ª ordem
B. Análise usando o Método baseado na curvatura nominal
a. Elementos contraventados
b. Elementos não contraventados

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1. EFEITOS GLOBAIS DE 2ª ORDEM Se: FV,Ed ≤ k1 ⋅


ns

∑ Ecd Ic
ns + 1.6 L2
A. não se consideram os efeitos globais de 2ª ordem,
i.e., a estrutura é suficientemente rígida para os
deslocamentos horizontais serem desprezáveis.
e2
Em consequência, os elementos isolados
consideram-se como contraventados, e:
a) ℓ0 ≤ ℓ;

ℓ0≤ ℓ
M01 M01
Não consideração dos
efeitos globais de 2ª ordem
Momentos Momentos
de 2ª ordem de 2ª ordem

b) os efeitos da deformação são Momentos M2 = N·e2


M2 = N·e2
maiores no vão do pilar que de 1ª ordem
nas extremidades;

M02 M02
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B. Caso contrário, consideram os efeitos globais de


2ª ordem, i.e., a estrutura é flexível e os e2
deslocamentos horizontais são significativos.
Em consequência, os elementos isolados
consideram-se como não contraventados, e:

a) ℓ0 ≥ ℓ;

Consideração dos
ℓ0 ≥ ℓ
M01 efeitos globais de 2ª ordem

b) os efeitos da deformação são


maiores nas extremidades do
Momentos pilar que no vão;
Momentos de 1ª ordem
de 2ª ordem

M2 = N·e2
M02
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2. IMPERFEIÇÕES GEOMÉTRICAS

Cálculo de ℓ0 Cálculo de ei = θi ℓ0 / 2
Em paredes e pilares isolados em estruturas
M0,Ed = MEd,acções + NEd ei contraventadas: ei ≈ ℓ0 / 400

3. EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM

A. Dispensa da consideração dos efeitos de 2ª ordem nos elementos

Se λ < λlim não é necessário considerar os efeitos de 2ª ordem


neste elemento
λ = ℓ0 / i λlim ≈ 20·0.7·1.1·0.7 / √ν ≈ 11 / √ν
• Não sendo necessário considerar os efeitos de 2ª ordem:

{
O dimensionamento é efectuado com o máximo
momento de 1ª ordem das extremidades ⇒ M02,Ed
NEd
• Sendo necessário considerar os efeitos de 2ª ordem, estes podem ser estimados
como se segue:
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B. Análise usando o Método baseado na curvatura nominal

1/r0 = 2 εyd / (0.9d) Kr = (νu - ν) / (νu - νbal) ≤ 1.0


Kϕ = 1 + β ϕef ≥ 1.0

curvatura máxima:
máxima 1/r = Kr · Kϕ · 1/r0

deslocamento:
deslocamento e2 = (1/r) ℓ02 / c

momento nominal de 2ª ordem:


ordem M2 = NEd· e2

pilar esbelto pilar robusto


λ > λmin λ < λmin
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a. Elementos contraventados b. Elementos não contraventados


momento equivalente:
equivalente
M0e = 0.6 M02 + 0.4 M01 ≥ 0.4 M02
Esforços de cálculo:
cálculo
com |M02| ≥ |M01|

{
efeitos de 2ª ordem

{
Esforços de cálculo:
cálculo
Efeitos de 2ª ordem→ MEd = M0e+ M2 nas extremidades→ M02,Ed = M02+ M2
NEd NEd

{
Momentos de 1ª ordem com |M02| ≥ |M01|
nas extremidades→ M02,Ed
NEd
M01 M01 M01

M0e M2 = N·e2

M2 = N·e2 M0e

M02 M02 M2 = N·e2 M02


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ESTRUTURA
EFEITOS
GLOBAIS DE 2ª ORDEM DEFORMÁVEL

FV,Ed ≤ k1 ⋅
ns


Ecd Ic Elementos não
n s + 1. 6 L2 NÃO contraventados

{
ℓ ≤ ℓ0
M02,Ed = M02+ M2
M2 = NEd· e2 NEd
SIM
CÁLCULO DE ℓ0
ESTRUTURA POUCO
DEFORMÁVEL Pilar esbelto
É necessário considerar
Elementos
contraventados λ < λlim os efeitos de 2ª ordem
NÃO
ℓ ≥ ℓ0
SIM

CÁLCULO DE ℓ0 Pilar robusto


Não é necessário considerar
os efeitos de 2ª ordem
{ M02,Ed
NEd

λ < λlim
NÃO
SIM
{ MEd = M0e+ M2
NEd

{
Pilar esbelto
É necessário considerar M2 = NEd· e2 M02,Ed
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os efeitos de 2ª ordem NEd
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