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EDIFICAÇÕES COLETIVAS
SUMÁRIO
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1 CONCEITO E DEFINIÇÕES
Apresentação
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A LDB − Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394 foi promulgada em 20 de dezembro de 1996. Desde então,
ela vem abrangendo os mais diversos tipos de educação: educação infantil (agora sendo obrigatória
para crianças a partir de quatro anos); ensino fundamental; ensino médio (estendendo-se para os
jovens até os 17 anos). Fonte: Portal da Câmara dos Deputados. Disponível em:
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-
publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 20 maio 2020.
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Porém, atualmente, muitas famílias, das mais distintas camadas sociais, necessitam do
serviço da creche, ou, no caso, das escolas particulares, conhecidas como berçários,
nurseries etc. As mães precisam voltar a atuar no mercado de trabalho após a licença
maternidade e, por essa razão, as creches complementam essa ausência.
O produto final resultará nas seguintes peças gráficas: propostas de implantação com
definição de acessos, circulações horizontal e vertical e proposta paisagística
(indicação de espécies vegetais, massas arbóreas, caminhos e circulações permeáveis e
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Uma ideia não significa, necessariamente, uma solução final para um projeto de
arquitetura – está mais ligada ao conceito do que ao partido arquitetônico
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propriamente dito. As ideias que temos formam o conceito. O conceito pode dar
origem a vários partidos arquitetônicos. O conceito é justamente a ideia, ou o conjunto
de ideias, que reflete nossa intenção em relação a um projeto. Se não temos intenção
nenhuma, ficamos livres para propor qualquer coisa. Quando fazemos “qualquer
coisa”, a chance de desenvolvermos algo que realmente resolva bem a situação e
atenda as necessidades é muito baixa.
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Longa Permanência;
Curta Permanência;
Circulação.
c) Fraldário;
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d) Lactário;
e) Solário.
b) Sala multiuso;
Espaços Administrativos
Espaços de Serviços
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O mundo antigo desconhecia a existência (específica) da criança. Existiam apenas adultos de tamanhos
diferentes (LIMA, 1980, p. 100).
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formação de cada cidadão para vida em sociedade. Rousseau parte do princípio de que
é preciso partir dos instintos naturais da criança para desenvolvê-los.
O ciclo completo dessa nova educação comporta quatro períodos, mas iremos detalhar
apenas o período que nos interessa para o desenvolvimento do projeto da creche.
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Nesta parte, será tratado do terreno onde será implantado o objeto projetual – Creche
Escola. A seleção de um terreno para a construção de qualquer edificação é fruto de
um levantamento de dados para identificar o local “ideal” para a implantação da obra
projetual.
De acordo com a NBR 9050, norma que trata sobre acessibilidade e Desenho Universal,
em todos os projetos de arquitetura, sejam eles, residenciais, institucionais ou
comerciais, é importante atender as premissas principais acerca da arquitetura
inclusiva. Quanto maior o número de pessoas que têm acesso a essas edificações, mais
se atenderá as questões de Desenho Universal. A arquitetura inclusiva é a arquitetura
que planeja e respeita a diversidade humana, gerando acessibilidade para todos. É
aquela que evita quaisquer barreiras ao acesso e à permanência de pessoas com
necessidades especiais, proporcionando conforto e evitando constrangimentos,
valorizando, assim, o convívio com a diferença. As escolas são espaços públicos que
devem respeitar a diversidade. Os ambientes devem ser pensados para que todas as
crianças possam acessá-los, reforçando o caráter inclusivo do projeto pedagógico da
escola. Conforme a coordenadora da Comissão de Acessibilidade do CAU/SP, Silva
Cambiaghi, a edificação tem de atender a todos, independentemente de suas
características físicas ou sensoriais.
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Conclusão
Neste bloco, foi possível observar questões pertinentes à arquitetura escolar. A relação
entre o desenvolvimento do projeto arquitetônico e da educação infantil é um tema
que tem ganhado grande destaque. A relação entre o campo da arquitetura junto à
sociologia e filosofia, por exemplo, é notória. Para se desenvolver bons projetos é
importante a relação arquiteto-usuário-espaço, conhecer os métodos pedagógicos e
apresentar novos modelos de integração no espaço, observando a demanda da atual
sociedade, e explorar multidisciplinarmente, uma vez que as crianças pertencem a um
grupo com necessidades e situações psíquicas diferente dos adultos, e o processo de
assimilação e transformação ocorre constantemente, conforme Pereira(2018):
(PEREIRA, 2018).
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BRASIL. Ministério da Educação. Apoio a novas unidades tem reajuste por valor de
aluno. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/32747>. Acesso
em: 20 maio 2020.
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Apresentação
Neste bloco, a ideia é abordar as Metodologias de Projetos Arquitetônicos no que diz
respeito à elaboração do processo projetual de institutos educacionais – creches.
Apresentaremos alguns estudos de caso de creches, escolas primárias e jardins de
infância, cases nacionais e internacionais. O objetivo de realizar essa análise mais
profunda dos estudos de caso selecionados é tornar o aluno/arquiteto mais preparado
ao realizar o projeto, ao mesmo tempo que adquire um pensamento crítico com
relação às questões relacionadas à plástica, volumetria, forma, estética etc. e questões
funcionais do projeto arquitetônico. O aluno irá incorporar ao estudo acadêmico um
amplo repertório para a realização do projeto arquitetônico.
É imprescindível entender quais foram as soluções técnicas propostas pelos arquitetos
dos estudos de caso selecionados. Através do estudo de caso, levantamos quais serão
os conceitos empregados e quais os partidos seguidos para a elaboração do projeto.
Por exemplo, podemos dizer que partido horizontal é aquele em que predominam
as circulações horizontais, e partido vertical é aquele em que predominam as
circulações verticais.
Iniciamos, então, uma observação a algumas creches projetadas por arquitetos
brasileiros e estrangeiros. Selecionamos três estudos de caso − dois internacionais e
um nacional − que serão analisados neste bloco.
O primeiro estudo de caso aborda questões relacionadas à forma, volumetria.
O segundo estudo de caso tem como tema central a natureza.
O terceiro estudo de caso aborda a teoria pedagógica montessoriana, que será
explicada no Bloco 3, em que abordaremos as teorias pedagógicas como premissa de
projeto da arquitetura escolar.
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Cada setor do desenho da construção permite entender quais são as áreas existentes e
como foram distribuídas. O setor (1) se refere ao espaço central da edificação, é uma
sala de múltiplo uso, das atividades livres, local de socialização das crianças. As áreas
retangulares marcadas com (2) representam as áreas molhadas do projeto, ou seja, os
sanitários. Os demais espaços representam as salas de aula, divididas por faixas etárias
distintas. O espaço de dormir marcado com (3) está totalmente relacionado com os
demais espaços através da ligação da porta.
Há localização da iluminação natural, proveniente das janelas, que são importantes a
ambientes como salas de aulas, espaços de uso múltiplo, também a espaços de
atividades técnicas, como refeitório, copa. A circulação também está facilitada, uma
vez que é possível entrar e sair dos ambientes sem dificuldades, e os módulos são
conectados.
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As setas indicam as aberturas às áreas externas do projeto, que fazem uma relação
com o espaço exterior.
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Figura 2.4 − A foto mostra a ideia modular central da volumetria, irradiando do centro
as demais funções.
Fonte: Projeto CEBRA, Creche na Dinamarca. Disponível em:
<https://cebraarchitecture.dk/project/lucinahaven/ >. Acesso em: 17 mar. 2020.
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projetou-se fazendo o uso da natureza que rodeia a edificação, vide Figura 2.7. Assim,
as crianças podem estar em contato com o meio natural o dia todo, brincando
estimuladas para que possam desenvolver tanto sua sensibilidade como sua
criatividade através da natureza.
O terreno está rodeado por campos de arroz onde sopra o vento. Essa é uma das áreas
com maior quantidade de energia eólica no Japão e esse projeto se baseia no conceito
do “vento”. A ventilação e iluminação natural são garantidas pela abertura das janelas
altas do lado das salas de aula e sala de jogos, bem como pelas janelas da circulação. A
edificação térrea é de madeira e as salas de aula podem se abrir para o exterior
através de grandes aberturas.
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Conclusão
Retomamos que o Conceito Arquitetônico é proveniente de uma ideia, um desejo de
um resultado específico para qualquer construção. Já o Partido possui relação com a
arquitetura já desenvolvida por outros arquitetos, usando de suas soluções para obter
tais resultados esperados. Estudá-los é uma metodologia para a evolução projetual, e
engrandecimento pessoal. É de extrema importância que se referenciem as ideias
observadas, a fim de enaltecer a todos os que possam estar envolvidos direta ou
indiretamente.
Sugere-se que, para sua melhor compreensão do espaço, você pesquise uma planta
arquitetônica simples e realize o diagrama analítico, para assimilar como outros
ambientes foram projetados.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BAKER. G. H. Le Corbusier: uma análise da forma. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
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3 AS TEORIAS PEDAGÓGICAS
Apresentação
Neste bloco, serão abordadas as teorias pedagógicas e suas formas de avaliação.
Abordaremos a influência dos métodos de ensino na arquitetura escolar. Os métodos
pedagógicos são modelos teóricos que dão suporte à criação de currículos escolares e
orientam os planos de aula. Eles abrangem desde a forma de como o conteúdo escolar
é passado até como os professores devem se relacionar com os alunos. Existem
dezenas de linhas pedagógicas utilizadas no ensino escolar. Para estudarmos com
maior profundidade neste bloco, selecionamos as cinco teorias pedagógicas mais
comuns adotadas no ensino escolar brasileiro, destacando que a teoria de ensino
tradicional seria a mais difundida no país. São elas:
Escola Construtivista, de Jean Piaget;
Escola Freiriana, do educador Paulo Freire;
Escola Montessoriana, de Maria Montessori;
Escola Waldorf, de origem alemã; e
Escola Tradicional.
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O que é Antroposofia. “É uma ciência espiritual moderna e prática, desenvolvida pelo filósofo austríaco
Rudolf Steiner (1861-1925), que propõe uma forma livre e responsável de pensar, de perceber a
realidade e de atuar, observando e respeitando o ser humano e a realidade na qual está inserido. Esta
ciência pode permear o dia a dia como atitude, como visão de mundo e como possibilidade ampliada de
trabalho em diversas áreas da vida humana: saúde, educação, agricultura, artes, convívio social, entre
outras”. Fonte: Instituto Rudolf Steiner. Disponível em:
<http://institutorudolfsteiner.org.br/antroposofia/ >. Acesso em: 20 maio 2020.
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Conclusão
Na atual sociedade em que vivemos, é urgente uma remodelação dos métodos de
ensino, consequentemente do ambiente escolar em que ocorre. Todavia, esse estudo
mais aprofundado faz parte da área da educação. No caso do projeto arquitetônico,
precisamos conhecer os métodos a fim de sabermos qual a linha pedagógica que a
escola irá adotar. A escola deve ser entendida como um ambiente social, deve permitir
uma interação harmoniosa entre alunos e docentes, é o local onde o estudante
desenvolve as suas habilidades e adquire conhecimento. Um ambiente que favoreça a
sua aprendizagem da melhor maneira possível irá refletir no melhor desempenho dos
professores. De acordo com Mellati (2004), “o papel do meio físico, da estrutura onde
se dá o ensino e onde o aluno passa grande parte do seu tempo, fez surgir o tema que
se chama de Arquitetura Escolar”. As mudanças ocorridas no espaço físico escolar
estão intimamente ligadas às novas formas de se pensar a educação, ainda mais nos
tempos atuais. Por isso, os arquitetos estudam as teorias pedagógicas e se atualizam a
fim de projetarem ambientes que proporcionem um sistema de aprendizagem
interativo e atrativo, para que o estabelecimento de ensino possa cumprir função de
socialização, influenciando positivamente em questões comportamentais, como por
exemplo, a boa convivência em grupo dentro da sala de aula.
Pode-se concluir que não existe um método mais eficaz do que o outro, o importante
é acompanhar o desenvolvimento individual de cada criança, seu ritmo e como ela se
adapta à cada linha pedagógica. É muito importante o papel da arquitetura escolar no
o processo educacional como um todo: o bem-estar do aluno e sua relação com o
ambiente escolar vêm sendo intensamente discutidos entre educadores e os
responsáveis pela criação desses espaços: os arquitetos.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASTRO, A. D. Piaget e a Didática: ensaios. São Paulo: Saraiva, 1974. p. 95-112.
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Apresentação
Compreendemos que à arquitetura não compete apenas a construção de um
determinado edifício, e sim, de maneira global, a construção sobre a cidade, do espaço
como um todo e o bem-estar das pessoas. Entendemos que é necessário estudar
outros arquitetos, por meio dos estudos de caso, compreender seus desenhos, seus
conceitos e partidos, para que possamos evoluir também como profissionais da área.
Porém, o que normalmente não notamos são as condicionantes envolvidas no
processo de desenvolvimento. Há itens de extrema importância que devem ser
examinados para que o trabalho realizado obtenha sucesso e bom desempenho.
Vamos conhecê-los!
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4.1.2 Anteprojeto
Nessa fase, após o conceito já definido, o arquiteto passa a detalhar o projeto de
forma técnica e organizada, seguindo os parâmetros da Norma de Desenho Técnico de
representação em Projeto Arquitetônico – NBR 6492/1994. É necessário verificar a
escala adequada, o peso gráfico, linhas etc.
É importante verificar as normas de acessibilidade e desenho universal, as medidas de
ergonomia, a legislação e tudo mais que orienta o projeto de arquitetura.
Nessa etapa, o arquiteto apresenta a planta, elevações, cortes, detalhes relevantes e
memorial descritivo. Após a aprovação do projeto pelo cliente, ele deve ser enviado
para os órgãos reguladores como a prefeitura, CETESB, Vigilância Sanitária, Corpo de
bombeiros, entre outros órgãos competentes.
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Sala de atividades
Espaço destinado a atividades diversas, organizado de forma estimulante, confortável,
aconchegante, segura, adequado à proposta pedagógica da instituição e que permita o
desenvolvimento da criança, dando-lhe suporte para a realização de explorações e
brincadeiras.
Veja imagem a seguir, retirada do Manual do FDE, com mais recomendações técnicas
na elaboração do projeto das salas de atividades:
Tabela 4.1 – Sugestões para os aspectos construtivos
Sala multiuso
De acordo com o Manual Proinfância – FNDE (BRASIL, 2009):
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Fraldário
Local para higienização das crianças, troca e guarda de fraldas e demais materiais de
higiene, pré-lavagem de fraldas de pano e eliminação de fezes. Veja imagem a seguir
com mais recomendações técnicas, de acordo com o Manual Proinfância – FNDE
(BRASIL, 2009):
Fonte: Tabela retirada do Manual Proinfância – FNDE (BRASIL, 2009). Disponível em:
<https://idoc.pub/documents/cartilha-creche-tipo-b-8x4eprj513l3>. Acesso em: 20 maio 2020
Lactário
De acordo com o Manual Proinfância – FNDE (BRASIL, 2009),
[...] o lactário deve ser o local destinado à higienização, ao preparo e à
distribuição das mamadeiras, prevendo técnicas de higiene alimentar, de
forma que se ofereça às crianças uma dieta saudável, sem risco de
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Solário
O solário é um espaço livre e descoberto, destinado ao banho de sol das
crianças. Deve possuir dimensões compatíveis com o número de crianças
atendidas, recomendando-se 1,50 m² por criança, orientação solar
adequada e estar contíguo à sala de atividades, de uso exclusivo para essa
faixa etária. Seu acesso deverá permitir o trânsito de carrinhos de bebê,
evitando-se desníveis que possam dificultar essa circulação (BRASIL, 2009).
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SAIBA MAIS
Para adquirir conhecimento sobre disposição de mobiliário nos ambientes escolares,
ideias de projeto, inovações e soluções de espaços, é recomendado acessar o site da
FDE. Trata-se do conteúdo que diz respeito às regras para se construir edifícios
escolares públicos no Brasil.
http://www.fde.sp.gov.br/
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Terreno escolhido
Local: Município de São Paulo
Endereço: Av. São Remo x Rua Baltazar Rabelo, Butantã, São Paulo − Favela São Remo.
Área próxima à UBS – Unidade Básica de Saúde
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Fonte: GeoSampa.
Área do terreno:
Metragem aproximada do terreno = 1.150,00 m2
(50,0 m laterais x 23,0 frente e fundo)
Fonte: GeoSampa.
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Fonte: Geosampa.
Legislação:
ZEIS 2 − são demarcadas em glebas e terrenos desocupados, não utilizados ou
subutilizados, que devem servir para a produção de Habitação de Interesse Social
(HIS), Habitação para o Mercado Popular (HMP) e usos não residenciais.
Conclusão
Foi possível notar que com o auxílio do programa de necessidades, pode-se
compreender como deve ser desenvolvido um projeto arquitetônico e como dispor o
espaço a favor dos desejos e imposições solicitadas. É possível criar estudos e
desenhos a partir das informações e assim obter uma construção satisfatória.
Entretanto, é ideal não esquecer que há regras públicas a serem levadas em
consideração, uma vez que estas estejam sempre ligadas aos demais integrantes do
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espaço, como vizinhos e pessoas que pela região permeiam. Uma vez empregados os
itens discutidos, uma boa construção arquitetônica será projetada de modo global.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. ABNT. NBR 6492/1994.
Representação gráfica do desenho arquitetônico. Disponível em: <
https://docente.ifrn.edu.br/albertojunior/disciplinas/nbr-6492-representacao-de-
projetos-de-arquitetura >. Acesso em: 1 jul. 2020.
NEUFERT, E.; FRANCO, B. Arte de projetar em arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili,
2013.
SÃO PAULO. Prefeitura de São Paulo. Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. Lei nº
16.402, 22 mar. 2016. Disponível em: <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/GEST%C3%83O2-smdu-zoneamento_ilustrado.pdf>. Acesso
em: 11 abr. 2020.
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SÃO PAULO. Prefeitura de São Paulo. Geosampa. Mapa Digital da Cidade de São Paulo.
Disponível em: < http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx>.
Acesso em: 1 jul. 2020.
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Obras de qualidade não são, necessariamente, luxuosas e caras, mas aquelas que
atendam as expectativas do cliente e as necessidades do usuário. A edificação e suas
instalações devem oferecer condições ideais de salubridade, para que não se
comprometa a saúde de seus usuários, item que será discutido no Bloco 6.
Por ora, neste bloco, serão apresentados alguns dos sistemas estruturais mais
utilizados e adequados na execução de edificações escolares. Os principais elementos
estruturais podem ser divididos em três categorias:
• elementos estruturais de fundação: fundações diretas ou rasas, e profundas;
• elementos estruturais básicos: lajes, vigas, pilares;
• elementos estruturais complementares: escadas, caixas d’água e muros de arrimo.
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A viga simplesmente apoiada pode ser com apoio fixo e um apoio móvel,
conforme imagem a seguir:
A viga contínua é a viga sobre mais de dois apoios, conforme mostra a imagem
a seguir.
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Há um outro tipo de vigota, vigota treliçada, em que são usados vergalhões soldados
entre si formando uma treliça. Essa laje pode vencer vãos de até 12 m entre apoios. A
execução das lajes pré-moldadas é muito rápida.
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madeira para escoramento. Como desvantagem, o custo é, em média, 30% mais caro
que os demais sistemas pré-fabricados.
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peça estrutural, sendo que peso e comprimento são os principais fatores a serem
considerados nessa etapa para garantir segurança.
O empilhamento deve ser feito com calços para impedir que as peças de concreto se
danifiquem.
É importante definir a logística do transporte, com os melhores acessos e trajetos,
além dos equipamentos corretos para descarga na obra, como guindastes para
estruturas mais pesadas. Por fim, é preciso definir os dispositivos de içamento para
montagem da estrutura no local.
Conclusão
Neste bloco, foi possível observar questões pertinentes ao projeto do sistema
estrutural de uma edificação.
O sistema estrutural é composto por lajes, vigas, pilares e fundação. Existe uma série
de sistemas estruturais, como foi visto no bloco. O ideal é ter um bom planejamento
junto ao engenheiro calculista para realizar o projeto estrutural com maior segurança e
eficácia. Um item muito importante é a escolha do material e do tipo de estrutura a
ser empregado no projeto, a fim de que seja adequado nas questões de segurança,
estabilidade e estética. O cálculo das cargas estruturais é extremamente importante a
fim de garantir o projeto adequado, trazendo segurança à edificação.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BONAFÉ, G. Como são feitas as estruturas pré-fabricadas de concreto. Disponível em:
< https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/como-sao-feitas-as-estruturas-
prefabricadas-de-concreto_15878_10_0 >. Acesso em: 1 jul. 2020.
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Figura 6.1 − Modelo de rampa acessível, com guarda-corpo duplo e inclinação máxima
permitida recomendada (i=8,33% no máximo).
Rampa acessível
De acordo com NBR 9050, as rampas com declividades iguais ou inferiores a 5%
(1,20 m) não necessitam de ações corretivas de forma a garantir sua acessibilidade.
Áreas com até essa inclinação são consideradas acessíveis. Se as inclinações forem
superiores a 5%, a sua transposição requer a adoção de medidas que viabilizem o seu
acesso para pessoas com mobilidade reduzida, as pessoas em cadeiras de rodas. A
inclinação das rampas é calculada através da fórmula:
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As rampas com inclinação entre 6,25% e 8,33%, quando extensas, devem incorporar
áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso. Fonte: NBR 9050 – Norma
de acessibilidade.
Para calcular a largura das rampas, deve-se estabelecer o fluxo de pessoas. A largura
livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o
mínimo admissível de 1,20 m. Toda rampa deve possuir corrimão de duas alturas em
cada lado, conforme demonstrado na Figura 6.1.
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Patamares da Rampa
Os patamares das rampas devem ter dimensão mínima de 1,20 m. Entre os
segmentos de rampa, devem ser previstos patamares intermediários com
dimensão mínima de 1,20 m, conforme figura a seguir. Os patamares
situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da
rampa. (NBR 9050, 2015)
Piso Tátil
De acordo com a NBR 9050, o piso tátil é caracterizado por textura e cor contrastantes
em relação ao piso, destinado a constituir alerta ou linha-guia, servindo de orientação
às pessoas com deficiência visual.
De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU)3, a sinalização tátil e
visual de alerta no piso deve ser utilizada para: informar à pessoa com deficiência
visual sobre a existência de desníveis, orientar o posicionamento adequado da pessoa
com deficiência visual para o uso de equipamentos, como elevadores, equipamentos
de autoatendimento ou serviços; informar as mudanças de direção ou opções de
percursos; indicar o início e o término de degraus, escadas e rampas; indicar a
existência de patamares nas escadas e rampas; indicar as travessias de pedestres nas
ruas.
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Artigo sobre Acessibilidade e Desenho universal. Disponível em: <https://www.causp.gov.br/wp-
content/uploads/2016/03/Boletim-2_GTAcessibilidade.pdf >. Acesso em: 20 maio 2020.
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Figura 6.4 − Sinalização tátil de alerta e relevos táteis de alerta instalados no piso.
Fonte: NBR 9050 – Norma de acessibilidade.
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Neste tópico, iremos apresentar e discutir algumas estratégias bioclimáticas, que têm
por objetivo lidar com as questões relacionadas ao conforto térmico, conforto acústico
do ambiente escolar, conforto ambiental da edificação.
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Figura 6.7 − Quanto mais luz natural, melhor a aprendizagem de acordo com o estudo
HEAD.
Fonte: disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/903742/construindo-escolas-melhores-6-
maneiras-de-ajudar-nossas-criancas-a-aprenderem >. Acesso em: 1 maio 2020.
Figura 6.8 − Janelas em telhado e claraboias são geralmente menos afetadas por
obstruções externas do que janelas na fachada.
Fonte: disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/903742/construindo-escolas-melhores-6-
maneiras-de-ajudar-nossas-criancas-a-aprenderem >. Acesso em: 1 maio 2020.
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natural adequada por vãos (janelas), é muito importante para o projeto de sala de aula
saudável.
Figura 6.9 − A ventilação nas escolas pode ser fornecida mecanicamente usando
ventiladores e / ou por correntes de ar naturais através de janelas e portas abertas.
Fonte: disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/903742/construindo-escolas-melhores-6-
maneiras-de-ajudar-nossas-criancas-a-aprenderem >. Acesso em: 1 maio 2020.
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Não só o profissional como todos os presentes em sala podem ter a saúde auditiva
prejudicada pela excessiva exposição ao ruído por períodos prolongados.
Todo tipo de parede já possui algum grau de isolamento do som. Para elevar
a eficiência desse isolamento, é preciso estudar a melhor alternativa de acordo com a
estrutura determinada no projeto. O arquiteto deve especificar materiais como
drywall ou forros e revestimentos que tenham desempenho comprovado com laudos e
certificados com materiais acústicos. Eles são as opções mais utilizadas na criação de
isolamento para reduzir a reverberação e garantir inteligibilidade acústica para impedir
que o barulho reverbere em outras salas de aula e outros ambientes onde a
comunicação é imprescindível. Existem forros removíveis, placas acústicas coladas
diretamente no teto, painéis nas paredes, entre outras soluções, como espuma
acústica, lã de vidro ou lã de rocha para proporcionar uma boa absorção do ruído.
As janelas antirruídos evitam que os ruídos de avenidas ou do ginásio de esportes
atrapalhem o andamento das salas. Em função do nível de ruído, as janelas podem ser
feitas de vidros duplos ou triplos e caixilhos mais espessos feitos de PVC ou alumínio.
As portas acústicas das salas devem barrar os sons de conversação dos corredores e
pátios, assim como as paredes. As portas de madeira maciça oferecem bons resultados
no isolamento acústico.
Enfim, o tratamento acústico em escolas é muito importante, ajuda bastante no
processo de aprendizagem, os alunos poderão ouvir a voz do professor de forma mais
clara. Para o professor, os ganhos também afetam a saúde positivamente.
Conclusão
A escola é elemento fundamental para o desenvolvimento das crianças, sendo uma
extensão da casa e divide com os pais a formação dos pequenos, desde a socialização
até o aprendizado do conteúdo programático.
Quando os pais escolhem a escola ideal para os filhos, se atentam a várias questões,
como o método de ensino adotado, as instalações oferecidas, como laboratórios,
quadras, auditórios e o quadro de professores. Esse conjunto de características pesa,
na escolha dos pais, porém se a escola não oferecer qualidade de aprendizado aos
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. ABNT. NBR 9050. Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 11 set. 2015. Disponível em:
<http://abridef.org.br/conteudoExtra/abridef-arquivo-2016_07_05_09_49_50-
361.pdf>. Acesso em: 1 jul. 2020.
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