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AULA 2
CONTEXTUALIZANDO
2
No referencial, é colocado o sistema de coordenadas do corpo se
deslocando, ou da distância entre esses corpos.
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Figura 2 – Referencial com sistema cartesiano para o lançamento de três
projéteis com velocidades iniciais diferentes.
Crédito: Yu_Peri/Shutterstock.
4
Geralmente são atribuídas as coordenadas “x” para a direção horizontal,
“y” para a coordenada na direção vertical e “z” para a coordenada que está
entrando no quadro. Nos sistemas ditos dextrogiros, a direção positiva do eixo
“z” é obtida por meio da regra da mão direita. Apontando o dedo indicador na
direção “x”, ao mesmo tempo em que aponta o dedo médio na direção “y”, o
sentido positivo do “z” é obtido pela direção que o polegar aponta. No caso da
Figura 3, o eixo “z” positivo estaria saindo do papel. Os valores de “z” negativos
seriam no sentido da entrada no papel.
É comum representar um ponto qualquer do espaço por (x,y,z). A Figura
4 apresenta uma trajetória desenvolvida por um corpo. Com base no referencial
e no sistema de coordenadas, pode-se obter tanto o espaço percorrido quanto
o deslocamento da partícula.
O espaço percorrido corresponde à soma de toda a trajetória feita pelo
corpo. Se toamos o exemplo da figura 4, até o ponto A5 a partícula descreveu
um movimento retilíneo; com base nos eixos coordenados, pode ser medido o
seu espaço percorrido por meio do Teorema de Pitágoras. Assim, até a posição
A5 o espaço percorrido da partícula é dado por 5√2 unidades de comprimento.
No caso do deslocamento, o que importa seria o ponto inicial e o ponto
final da trajetória. Assim, o ponto inicial da trajetória é P1(0,0) e o ponto final da
trajetória é P5(5,5). O deslocamento será dado por P5-P1 = (5,5) – (0,0) = (5,5).
Como trata-se de um problema bidimensional, a linha reta que une esses dois
pontos corresponde ao deslocamento. Nesse caso, o módulo do deslocamento
vale o mesmo que o valor do espaço percorrido, ou seja, 5√2.
Crédito: Yu_Peri/shutterstock.
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Por exemplo: com base na trajetória da Figura 1, considerando um
sistema de coordenadas cartesianos na posição de saída do avião, explique o
que seria o espaço percorrido por ele e o seu deslocamento. Solução: se for
inserido um sistema de coordenadas cartesianas no ponto de saída do avião, o
espaço percorrido seria todo o caminho que ele fez durante a viagem, enquanto
que o deslocamento se refere à linha reta que une o início da viajem com a
posição atual do avião. As manobras que ele realizou durante o percurso não
são contabilizadas, mas apenas a distância entre o ponto inicial e final da
trajetória.
6
minutos, continuando a viagem até as 14:30, quando finalmente chega a São
Paulo. Com base nessas informações, qual foi a velocidade média que o
motorista percorreu durante este trajeto?
Solução: Utilizando a equação da velocidade média, o deslocamento do
motorista depende apenas dos pontos inicial e final da trajetória. Assim,
considerando que em Curitiba o ponto inicial é zero, a posição final é em 410 km.
Assim: ∆𝑥𝑥 = 423,7 km.
O tempo total do trajeto deve contar também o tempo em que ele ficou
parado. Ele iniciou a viagem às 8:00 e chegou às 14:30. Logo, o tempo que ele
levou para chegar foi de 6 horas e 30 minutos. Perceba que 6 horas e 30 minutos
1
não equivale a 6,3 horas! Por fração, temos que o total em horas foi de 6 + 2 =
12 1 13
+2= h = 6,5 h.
2 2
∆𝑥𝑥 410
𝑉𝑉𝑚𝑚 = = = 63,1 km/h
∆𝑡𝑡 6,5
7
𝑥𝑥(100) = 0 + 1 ∙ 100 = 100m
Exemplo: Um gato corre na calçada a velocidade de 0,7m/s constante e
faz um movimento retilíneo e uniforme. Se ele consegue manter esta velocidade
constante por 10s, qual será o deslocamento total do animal?
Solução: O deslocamento do gato é dado por ∆𝑥𝑥 = 𝑥𝑥(𝑡𝑡) − 𝑥𝑥0
Com isso, passando o valor de 𝑥𝑥0 da equação de MRU para a esquerda
da igualdade
𝑥𝑥(𝑡𝑡) − 𝑥𝑥0 = +𝑣𝑣𝑚𝑚 ∙ 𝑡𝑡
∆𝑥𝑥 = +0,7 ∙ 10 = 7 m
Perceba que não é preciso dar a informação da posição inicial do gato
para determinar o seu deslocamento em linha reta.
Consideramos que 𝑣𝑣𝑓𝑓 é a velocidade final, 𝑣𝑣𝑖𝑖 a velocidade inicial e 𝑡𝑡𝑓𝑓 − 𝑡𝑡𝑖𝑖 o
o intervalo de tempo entre o tempo final e inicial da medida da velocidade. No
sistema internacional, a aceleração tem dimensão de m/s2.
Vejamos um exemplo. Um carro parte do repouso e alcança uma
velocidade de 30 m/s em um intervalo de tempo de 15s. Considerando que a
velocidade foi aumentada uniformemente, qual foi a aceleração constante
utilizada? Solução: Se o carro parte do repouso, sua velocidade inicial é zero. O
intervalo de tempo de 15s corresponde ao ∆𝑡𝑡 usado no movimento acelerado.
Assim, a aceleração é dada por:
30 − 0
𝑎𝑎 = = 2 m/s2
15
8
No caso de um MRUV, a função horária da posição do corpo é dada por:
𝑎𝑎 ∙ 𝑡𝑡 2
𝑥𝑥(𝑡𝑡) = 𝑥𝑥𝑖𝑖 + 𝑣𝑣𝑖𝑖 ∙ 𝑡𝑡 +
2
Temos que 𝑥𝑥𝑖𝑖 é a posição inicial do móvel, 𝑣𝑣𝑖𝑖 a velocidade inicial do móvel,
𝑎𝑎 é a aceleração e 𝑡𝑡 o tempo.
Por exemplo: considerando o carro do exemplo anterior, qual foi o
deslocamento durante os 15 segundos? Solução: O carro parte do repouso,
então a velocidade inicial 𝑣𝑣𝑖𝑖 é nula. O deslocamento do carro é dado por ∆𝑥𝑥 =
𝑥𝑥(𝑡𝑡) − 𝑥𝑥𝑖𝑖 . Assim, substituindo valores na função horária temos:
2 ∙ 152
𝑥𝑥(15) − 𝑥𝑥𝑖𝑖 = 0 ∙ 15 +
2
2 ∙ 152
∆𝑥𝑥 = + = 225 m
2
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A aplicação de uma força sobre um corpo é o motivo de ele apresentar
um deslocamento. Nesse caso, o estudo da dinâmica do corpo pode prever o
sentido do movimento, e um resultado de muitas forças aplicadas sobre ele gera
um deslocamento resultante, que pode ser tratado pela cinemática do corpo.
As forças que atuam em um corpo podem ser forças de contato, que se
referem a uma interação entre um agente que está aplicando a força para uma
agente que está recebendo esta força, como também há as forças de superfície,
bastante utilizadas em mecânica de fluidos, que correspondem a forças
distribuídas na superfície ou volume de controle. Por fim, há forças de ação a
distância, quando os campos de força provenientes de determinada substância
interagem a longa distância com os agentes que recebem essa força, sem que
haja necessariamente uma interação.
Issac Newton, no seu livro Principia, descreveu as suas leis da mecânica
clássica e da gravitação universal, tomando por base algumas ideias
desenvolvidas por Galileu Galilei. Apesar do conceito de força já existir, a
definição de força “F” como uma variação da quantidade de movimento de um
corpo implicou grandes avanços da mecânica clássica. Vejamos a equação:
𝐹𝐹⃗ = 𝑚𝑚𝑎𝑎⃗
𝐹𝐹⃗ = �0⃗
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O corpo pode estar parado ou em um movimento retilíneo e uniforme,
com velocidade constante. No caso em que se tem uma resultante das forças 𝐹𝐹⃗
como um vetor constante,
𝐹𝐹⃗ = 𝑚𝑚𝑎𝑎⃗,
A força de 50N está para a direita, enquanto que a força de atrito tenta
resistir a esse movimento da caixa com uma magnitude de 20N, que está para a
esquerda. Tratando esse problema unidimensionalmente, as forças atuando
nesse corpo estão na horizontal.
Assim, considerando o sentido positivo de aplicação da força para a
direita, o somatório das forças vetorialmente é:
Σ𝐹𝐹⃗ = +50 − 20 = 30 N
30
= 𝑎𝑎⃗ = 0,6 m/s2
50
𝑣𝑣 2 = 𝑣𝑣𝑖𝑖2 + 2𝑎𝑎Δ𝑥𝑥
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Compara-se diretamente a mudança quadrática nas velocidades em
termos do deslocamento gerado pelo corpo. Essa equação não depende
explicitamente do tempo.
2.2 Energia
𝑊𝑊 = 𝐹𝐹 ∙ ∆𝑥𝑥 ∙ cos(𝜃𝜃).
1
𝐸𝐸𝑐𝑐 = 𝑚𝑚𝑣𝑣 2
2
12
Como a energia cinética é uma característica do movimento de um corpo,
se por algum motivo existe a variação da energia cinética, pode-se provar que
essa variação é igual ao trabalho realizado por ele. Assim, tem-se o teorema da
energia cinética:
1 1
𝑊𝑊 = ∆𝐸𝐸𝑐𝑐 = 𝑚𝑚𝑣𝑣𝐹𝐹2 − 𝑚𝑚𝑣𝑣𝑖𝑖2
2 2
1 1
𝑊𝑊 = 900 ∙ 302 − 900 ∙ 102 = 360kJ
2 2
13
𝐸𝐸𝑝𝑝 = 𝑚𝑚𝑚𝑚ℎ
∆𝐸𝐸𝑚𝑚 = 0
∆𝐸𝐸𝑚𝑚 = 𝑊𝑊𝐹𝐹𝐹𝐹
∆𝐸𝐸𝑚𝑚 = 0
14
𝐸𝐸𝑚𝑚2 − 𝐸𝐸𝑚𝑚1 = 0
𝐸𝐸𝑚𝑚2 = 𝐸𝐸𝑚𝑚1
𝐸𝐸𝑐𝑐2 + 𝐸𝐸𝑝𝑝2 = 𝐸𝐸𝑐𝑐1 + 𝐸𝐸𝑝𝑝1
𝐸𝐸𝑐𝑐2 + 0 = 0 + 𝐸𝐸𝑝𝑝1
1
𝑚𝑚𝑣𝑣𝐹𝐹2 = +𝑚𝑚𝑚𝑚ℎ
2
𝑣𝑣𝐹𝐹2 = 2𝑔𝑔ℎ
𝑣𝑣𝐹𝐹2 = 2.9,8.50
𝑣𝑣𝑓𝑓 = 31,30 m/s
15
TEMA 3 – DINÂMICA: GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
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A terceira lei de Kepler é conhecida como a lei dos períodos: o quadrado
do período “T” de translação de um planeta em torno do Sol é proporcional ao
raio médio elevado ao cubo da orbita deste planeta.
Assim, temos:
𝑇𝑇 2 ∝ 𝑟𝑟𝑚𝑚3
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Figura 7 – Idealização da força atrativa entre astros aplicada a lei da gravitação
universal de Newton
Em formulação matemática:
𝑀𝑀1 ∙ 𝑀𝑀2
𝐹𝐹 = 𝐺𝐺
𝑅𝑅 2
−11
𝑚𝑚2
𝐺𝐺 = 6,67. 10 𝑁𝑁. 2
𝑘𝑘𝑘𝑘
𝐹𝐹 = 𝑚𝑚. 𝑔𝑔
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Como um arranha-céu não cai por efeitos de ventos e deslocamentos de
terra? Qual a necessidade de uso de treliças para montar pontes e estruturas?
O que evita que um eixo mecânico sob rotação não entorte devido aos esforços?
A resposta para todas essas perguntas está no ramo da física conhecido como
estática. Nela são tratados o equilíbrio dos corpos e limites de força para que
estruturas não caiam, nem rotacionem. No caso de estática, o equilíbrio dos
corpos é mantido se a soma de forças for nula, e se o somatório de torques
também o for, para evitar momentos de giro.
Σ𝐹𝐹⃗ = �0⃗
�⃗ = �0⃗
Σ𝑇𝑇
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Quando a somatória dos torques é nula, o corpo pode estar se
movendo com velocidade angular “𝝎𝝎= constante” ou parado, “𝝎𝝎= 0”.
O torque sobre um corpo relaciona um braço de giro, e é responsável pela
rotação do corpo. Se temos um equilíbrio dinâmico, a velocidade angular do
corpo rígido é constante e ele está rotacionando sobre o eixo com velocidade
angular constante. No caso de um equilíbrio estático, o corpo rígido não tende a
girar. Resumindo, as condições de equilíbrio são:
• Equilíbrio estático
o “v”= 0 e 𝜔𝜔 = 0
• Equilíbrio dinâmico
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TEMA 5 – FLUIDOS EM REPOUSO
𝑀𝑀 𝑘𝑘𝑘𝑘
𝑑𝑑 = � �
𝑉𝑉 𝑚𝑚3
𝑑𝑑𝑑𝑑
𝜇𝜇 =
𝑑𝑑𝑑𝑑
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5.2 Pressão
Quando uma força é aplicada sobre uma superfície, ela tende a ser
distribuída sobre a área da superfície. No caso mais comum, considera-se que
ela se distribui uniformemente sobre a superfície. Esse conceito de pressão é
muito importante na análise de corpos rígidos e na mecânica de sólidos, e
também para a fluídica e mecânica de fluidos. Define-se então a pressão ”p”
como sendo a força “F” distribuída sobre uma área “A” da superfície de um meio
material:
𝐹𝐹 𝑁𝑁
𝑝𝑝 = � �
𝐴𝐴 𝑚𝑚2
5.3 Fluidos
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Figura 8 – Pressão sobre um fluido
𝐹𝐹 𝑚𝑚 ∙ 𝑔𝑔 𝜇𝜇 ∙ 𝑉𝑉 ∙ 𝑔𝑔 𝜇𝜇 ∙ (𝐴𝐴 ∙ ℎ) ∙ 𝑔𝑔
𝑝𝑝𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 = = = = = 𝜇𝜇 ∙ ℎ ∙ 𝑔𝑔
𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴
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1 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 = 1,05. 105 Pa
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5.6 Empuxo
• 𝑃𝑃𝑎𝑎𝑎𝑎 = 𝑃𝑃 − 𝐸𝐸
• 𝑃𝑃𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 > 𝐸𝐸 − afunda
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• 𝑃𝑃𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 = 𝐸𝐸 − flutua imerso
• 𝑃𝑃𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 < 𝐸𝐸 − volta a superfície
𝐸𝐸 = 𝜇𝜇𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 ∙ 𝑉𝑉𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑 ∙ 𝑔𝑔
Que corresponde a:
𝜇𝜇𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑉𝑉𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑𝑑
=
𝜇𝜇𝑙𝑙í𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 𝑉𝑉𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜
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FINALIZANDO
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