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Sustentabilidade)
● Contextualização/Dados:
Estima-se que a cidade de São Paulo tenha cerca de 300 a 500 rios
concretados sob a selva de pedra. Trata-se de 3 mil quilômetros de cursos d’água
abaixo de edifícios, residências, ruas e avenidas de acordo com a iniciativa “Rios e
Ruas”. Muitos bairros têm seus nomes como referência a esses rios e córregos,
como Água Funda, Água Rasa, Vila Nova Cachoeirinha, Rio Pequeno e entre outros.
O surgimento e o rápido crescimento da capital paulista se devem à sua
localização, cercada desses cursos d’água. Em 1554, a mancha urbana
estabeleceu-se em torno da bacia hidrográfica do rio Tamanduateí. Já em 1894, por
conta das descargas de resíduos nessas águas, iniciou-se uma discussão sobre a
retificação do curso desse rio, concretizada em 1916. E a partir dos anos 1920, os
projetos de canalização e retificação dos rios ganharam destaque, como o rio
Pinheiros que se iniciou em 1928 e durou até meados dos anos 1950. Outro
exemplo é o rio Tietê: no início do século XX servia para as pessoas como um
ambiente de diversão por meio de diversas atividades como nado, pesca ou passeio
de barco. A partir da década de 1970, tornou-se um esgoto a céu aberto.
Além disso, o crescimento da população, da economia e do mercado
imobiliário fez com que a cidade “caminhasse” em direção aos rios. Em entrevista
para a revista Superinteressante, Luiz Campos Junior, cocriador da iniciativa Rios e
Ruas, opinou que o momento coincidiu com o aumento na quantidade de
automóveis nas ruas, que requisitavam a melhoria do acesso às partes mais
periféricas da cidade. Dessa forma, a expansão fez com que tudo ao redor dela,
incluindo cidades vizinhas, fossem engolidas.
Tais fatos estão interligados diretamente a um dos principais problemas
urbanos: as enchentes. Entretanto, a chuva é considerada responsável, o que se
trata de uma falácia. Essas inundações se dão por conta da cheia dos rios quando
se atinge a cota máxima do canal. Segundo José Bueno e Luiz de Campos Jr., do
Rios e Ruas, um rio canalizado resolve um problema local, mas mais abaixo ele vai
atingir um volume muito maior. Isso causa as enchentes.
“Há uma correlação direta entre o local de inundação e onde os rios correm.
Construímos em lugares que não deveríamos ter construído”, disse o urbanista em
uma entrevista para o Jornal Nexo.
● Enfoque:
● Fontes:
● Perguntas:
Sites e Reportagens:
● https://saopaulosao.com.br/conteudos/outros/89-rios-que-foram-enterrados-
com-a-urbanizacao-da-cidade.html
● https://revistagalileu.globo.com/Caminhos-para-o-
futuro/Energia/noticia/2015/07/os-rios-invisiveis-de-sao-paulo-e-do-resto-do-
mundo.html
● https://namu.com.br/portal/sustentabilidade/cidades/os-rios-invisiveis-de-sao-
paulo/
● https://portal.aprendiz.uol.com.br/2015/01/14/rios-invisiveis-de-sao-paulo-cria-
mapa-colaborativo-sobre-cursos-dagua-concretados/