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O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO INSTITUCIONAL FRENTE ÀS DIFICULDADES

DE APRENDIZAGEM: EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS DURANTE O PROCESSO


DE ESTÁGIO EM ESCOLAS PÚBLICAS

Joseane dos Santos (Uneal)


Patrícia Maria Pereira (Uneal)
Roberta Costa Gama(Uneal)
Ângela Maria Marques (Uneal)

INTRODUÇÃO
A atuação Psicopedagógica na unidade de ensino tem uma abordagem de prevenção
no que se refere a criar habilidades e competências para sanar os problemas existentes nesse
contexto. Mediante a essa finalidade e em virtude do grande número de alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem e de outros desafios presentes nesse cenário, os
quais envolvem os familiares e a escola como um todo, a atuação do psicopedagogo tem
avançado nas unidades de ensino e no meio social contemporâneo.
A escolha dessa temática se deu durante as aulas trabalhadas no decorrer da pós-
graduação, se tornando mais pertinente no período de desenvolvimento do estágio
supervisionado, o qual nos possibilitou ter um contato direto com o campo de atuação desse
profissional e a carência presente nas instituições de ensino na falta do mesmo, considerando
que a demanda de indivíduos que precisam do suporte psicopedagógico é gigantesca no
contexto escolar.
Esse artigo tem como objetivo ressaltar a importância do papel desempenhado pelo
psicopedagogo no âmbito escolar, buscando trazer uma reflexão sobre a relevância deste na
oferta de uma educação de qualidade, levando em consideração que o processo de
aprendizagem acontece de forma distinta, no qual se faz necessário o desenvolvimento de um
trabalho diferenciado com cada indivíduo que apresenta dificuldade no decorrer do mesmo.
Para desenvolver e atingir o objetivo proposto nesse trabalho foi realizado uma
pesquisa bibliográfica e de campo, dentre as de campo disponíveis, optamos pela pesquisa
qualitativa, tendo a observação e a entrevista semiestruturada como instrumento para a coleta
de dados. Esta foi realizada em três instituições da rede pública de ensino, com um discente
de cada escola que apresentava problemas de aprendizagem e seus respectivos pais. Como
referencial teórico dessa pesquisa, utilizamos os autores: Malagolli e Carraro (2013), Martins
(2013), Paín (1985),Ramos (2014), Rogers (2010), Serra (2012), dentre outros.
Sendo assim, a formação psicopedagógica surgiu com o intuito de compreender e
buscar meios para sanar os problemas de aprendizagem existentes no contexto escolar, de
modo que foi configurada para contribuir com o pensar, refletir e refazer da prática docente
desenvolvida na escola e como esta pode ser trabalhada visando possibilitar ao educando as
condições necessárias para que o mesmo possa desenvolver suas habilidades e potencialidades
da melhor forma possível.

BREVE HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA

A trajetória da psicopedagogia , no decorrer da historicidade humana, perpassou por


inúmeras transformações que marcaram o desenvolvimento dessa área até os dias atuais;
tendo como base as contribuições de estudos e fatos ocorridos na Europa e na Argentina,
conforme explícita Martins (2013, p. 33) ao salientar os elementos essenciais dessa trajetória
histórica da psicopedagogia, “tendo eles a origem na Europa, a reformulação da proposta
psicopedagógica na Argentina e, por fim, a apropriação e rearticulação no Brasil das
contribuições das práxis e teorias da psicopedagogia argentina”.
A Argentina foi a maior influenciadora na Psicopedagogia brasileira, notadamente a
partir dos anos 60, momentos em que vários países latinos contavam com governos ditatoriais
e vivenciam a lógica do medo e do silencio em seus territórios. Por essa razão, a
psicopedagogia chegou até nós de forma clandestina, por intermédio de seus exilados
políticos.
Uma das condições para o surgimento da psicopedagogia brasileira se deu com base
no grande avanço de casos relacionados ao fracasso escolar, o que colaborava para o
retrocesso educacional do país. Surgindo com uma perspectiva de melhorar a qualidade da
aprendizagem adquirida pelos educandos em seu processo de desenvolvimento escolar e,
consequentemente no desenvolvimento humano.
Sob a ótica do conhecimento do que é de fato a psicopedagogia, Martins (2013, p. 26)
ressalta:

A psicopedagogia não é uma área de intersecção entre a Pedagogia e


Psicologia como muitas pessoas afirmam, pois tem contribuições oriundas
de diversas áreas como a Psicologia, Pedagogia, Psicanálise, Linguística,
Neurologia, Filosofia, Ciências Sociais, Epistemologia, dentre outras, que
buscam elucidar questões acerca da compreensão de seu objeto de estudo,
que é a aprendizagem e as dificuldades de seu processo.

Neste sentido, a psicopedagogia foi criada a partir das dificuldades e problemas de


aprendizagem que persistem em fazer parte no dia a dia das escolas, havendo a necessidade de
ter um profissional capaz de fazer diagnósticos e direcionar soluções para tais inquietações de
forma minuciosa, levando em consideração a unidade de cada caso apresentado. Assim, a
psicopedagogia busca conhecer os diferentes modos de aprender para desvendar os bloqueios
que impedem o desenvolvimento da aprendizagem.
Deste modo, esse campo de estudo traz consigo diversas contribuições que dão
sustentação a busca por soluções da não aprendizagem dos indivíduos e todos os mecanismos
que conduzem o processo de aquisição de conhecimento que é particular de cada ser, mas que
necessita de estímulos externos para se concretizar. Este campo de ensino surgiu como
enfatiza Araújo (2014, p. 17) “mediante as definições e aportes teóricos de grandes autores e
especialistas, aos poucos a área da Psicopedagogia foi criando seu próprio objeto de estudo,
ou seja, o indivíduo como agente principal do ensino-aprendizagem”.
A Psicopedagogia Institucional tem um vasto campo, sendo que dentro da escola pode
contribuir, fundamentalmente, para reorganizar o trabalho dos seus membros a fim de
melhorar as condições de aprendizagens aos sujeitos educandos. Buscando prevenir possíveis
dificuldades que no futuro possam prejudicar o processo de ensino e aprendizagem.
Especificamente a atuação psicopedagógica em âmbito institucional se caracteriza por meio
de ações de cunho preventivo, redimensionando os processos de aprendizagem, redefinindo os
papéis dos que pertencem ao grupo para que possam adquirir novos conhecimentos.
A efetivação da ação psicopedagógica dentro do ambiente escolar para lidar com
problemas já estabelecidos necessita de três pontos chaves: o primeiro diz respeito ao
diagnóstico, o segundo é a avaliação e o terceiro trata-se da intervenção. Sobre o diagnóstico é
preciso salientar a importância de saber ouvir as queixas, observar os movimentos nas
entrelinhas do dia a dia escolar, estar atento ao que os alunos e professores demonstram,
colocar em prática os instrumentos que formalizam o diagnóstico é essencial para ir ao
próximo passo de rompimento com as dificuldades apresentadas. A finalização do trabalho do
psicopedagogo se dá quando os objetivos são alcançados durante a ação interventiva e
reafirmados durante a avaliação, de modo que a dificuldade tenha sido superada por meio do
sujeito, e este, consiga caminhar em seu processo individualmente, porém em meio ao
coletivo.
Assim, o caminho traçado pela psicopedagogia é longo, porém essencial diante do
momento histórico vivenciado pela sociedade, onde, a cada dia, os ambientes escolares
traduzem o desequilíbrio que o espaço externo provoca nos indivíduos. Tendo a necessidade
de ter o psicopedagogo como um profissional que pode complementar a equipe educacional.
Sabendo, porém, que o mesmo necessita do trabalho em conjunto para que as suas ideias
ganhem vida.

PERCEPÇÕES DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO ÂMBITO


EDUCACIONAL

Os estudos que desconstroem os estigmas relacionados à dificuldade de aprendizagem


escolar vêm intensificando-se ao longo do tempo, trazendo à tona inúmeros fatores
responsáveis por esse fenômeno, acarretando grandes avanços na busca por ações e estratégias
que auxiliem na valorização e na importância de uma aprendizagem que seja significativa nos
aspectos social e escolar do indivíduo. Em concordância a isso, para compreender a não
aprendizagem escolar é preciso ressaltar um breve estudo sobre a aprendizagem e todas as
suas implicações, de modo a enfatizar a sua relevância para o crescimento do ser humano.
A aprendizagem significativa necessita de uma mediação, onde o estímulo pelo
próprio aprendizado seja o fator principal, e todas as informações aprendidas jamais serão
esquecidas, pois foram adquiridas de forma concreta. Portanto, “a aprendizagem significante
combina o lógico e o intuitivo, o intelecto e os sentimentos, o conceito e a experiência, a ideia
e o significado. Quando aprendemos dessa maneira, somos integrais, utilizando todas as
nossas capacidades masculinas e femininas” (ROGERS, 2010).
Em conformidade aos variados aspectos que constroem a aprendizagem em nível de
um conhecimento real e contínuo, é contundente exaltar o pensamento de Ramos (2014,
p.46):

Sabemos, contudo, que o conhecimento possibilita novas formas de


interação com o ambiente, proporcionando uma adaptação cada vez mais
completa e eficiente, tornando gratificante para o organismo, que se sente
mais apto para lidar com situações novas. Nesse processo adaptativo, a
criança vai utilizar estruturas mentais já existentes e se estas estruturas
mostram-se ineficientes, serão modificadas a fim de chegar a uma forma
adequada para lidar com a situação.

Nesse sentido, a criança que possui algum entrave em sua aprendizagem precisa ter
um ambiente com clareza, que atenda ás suas demandas em todos os aspectos educacionais,
psicológicos e sociais, ocasionando mudanças em seu processo de adquirir o conhecimento
para o seu desenvolvimento ao longo da vida.
Sobre a questão da dificuldade de aprendizagem escolar, pode-se afirmar a existência
de várias causas, como ambiente familiar desorganizado, a sua saúde nos aspectos
psicológicos e físicos, e o espaço escolar que concretiza o aprendizado desejado do indivíduo.
E por isso, depende do trabalho do professor junto com a família, para conhecer as suas
especificidades e características, apontando os problemas que impedem o aprendizado do
aluno.
Segundo Malagolli e Carraro (2013, p.287):

Partindo da realidade constatada sobre a diversidade existente em contexto


escolar, na qual todos os alunos são diferentes, em suas capacidades, suas
motivações, interesses, ritmos evolutivos, estilos de aprendizagem, situações
ambientais, entre outros, e entendendo que todas as dificuldades de
aprendizagem são em si mesmas pertencentes a um contexto e relativas, por
sua complexidade, é necessário colocar o foco no próprio processo de
interação do ensino com a aprendizagem.

É preciso salientar que os problemas ligados à aprendizagem estão em um campo com


um alto nível de complicação, com a existência de fatores implícitos nas linhas gerais
identificadas pelas instituições escolares, e que precisam ser analisadas por profissionais
especializados, para obter um resultando favorável ao melhoramento das condições de
aprendizagens dos sujeitos presentes.
Trabalhar com dificuldades de aprendizagens no ambiente escolar atual é um grande
desafio, porém, algo inevitável para mudar o cenário da sociedade. A escola como local de
aprendizado significativo traz configurações heterogêneas sobre os sujeitos que a constitui,
transformando o processo de aprendizagem em uma unidade diversa, capaz de constituir-se
por várias singularidades que o torna cada dia mais complexo.
No que se refere aos graves problemas de aprendizagens, Paín (1985, p. 12) relata:

[...] o problema de aprendizagem mais grave não é o daquele sujeito que não
cumpre a norma estatística, mas, daquele que constitui a oligotimia social,
que produz sujeito cuja atividade cognitiva pobre, mecânica e passiva, se
desenvolve muito aquém daquilo que lhe é estruturalmente possível. A
função da ignorância é aqui analisada na situação individual patológica, mas,
por meio desta análise, é possível recuperar articulações que nos coloca no
caminho de uma interpretação mais ampla do problema do desconhecimento,
o que nos permitirá encarar transformações mais efetivas no campo da
programação psicopedagógica e estabelecer as condições de sua viabilidade.

Nesse sentindo, a autora revela as consequências de se ter um sistema educacional


falho, que é pobre de conhecimento, incapaz de motivar a aprendizagem a todas as classes
sociais, fazendo os educandos serem indiferentes a conteúdos fundamentais em qualquer
escala do conhecimento, seja ele qual for.
Assim, a solução de qualquer problema ligado à aprendizagem necessita de um ciclo
que se inicia pelo diagnóstico, em seguida da avaliação do que é necessário para eliminar tais
problemas, e por fim, a intervenção para adentrar no processo de abolição das dificuldades
enfrentadas e início de uma forma nova de aprender, podendo ser modificada a partir da
aquisição ou não do conhecimento previsto.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: EXPERIÊNCIAS DE ESTÁGIO


Buscando compreender a relevância do papel do psicopedagogo no âmbito
educacional é de extrema importância conhecer o contexto de atuação do mesmo, no entanto,
a maioria das instituições de ensino mesmo apresentando uma grande carência de suporte
psicopedagógico, não contam com o apoio deste em seu espaço educacional.
Nossos estágios foram realizados em três instituições de ensino da rede pública
municipal, duas delas localizada em Arapiraca e a outra no município de Feira Grande – AL,
tendo a duração de cinquenta horas, distribuídas da seguinte forma: vinte horas de observação
dentro da sala de aula e posteriormente mais trinta horas de observação com a criança fora da
sala de aula e a realização de no mínimo dez sessões de intervenção psicopedagógica. Tendo
como foco utilizar um aluno de cada instituição priorizando os discentes que apresentassem
problemas de aprendizagem, em especial com o desenvolvimento da leitura e da escrita.
Ressalta-se que durante os relatos que serão transcritos abaixo usaremos os nomes
fictícios para os educandos que participaram para que esse momento pudesse ser consolidado.

Experiências psicopedagógicas durante o estágio

1º caso: Miguel
Miguel tem 08 anos, é filho único, matriculado no 3º ano do ensino fundamental no
turno matutino, em uma turma com 28 alunos, este tem apresentado dificuldade no
desenvolvimento de seu processo de aprendizagem. É um aluno que se encontra no nível pré-
silábico II e tem um histórico escolar bem complicado para alguém com essa idade.
É conhecido por todos da escola como um menino indisciplinado e muito agressivo
com os colegas de sala e até mesmo com seus professores. Quando estes o contrariam de
alguma forma, seu comportamento é considerado tão inoportuno que sua professora do 1º ano
teve problemas de saúde devido ao mesmo e de alguns colegas, sendo necessário trocá-lo de
sala para evitar que a docente pedisse transferência da escola, porque esta já não estava
aguentando mais buscar meios para ajudá-lo sem resultados consideráveis.
O aluno não parava na sala de aula, só queria estar nos corredores e quando a porta era
fechada este pulava a janela. Como a docente já tinha feito tudo que podia para evitar essa
situação, mas até então sem êxito, deixava-lhe sair e como todos já o conheciam não mexiam
com ele, até o momento que era levado para a direção da unidade de ensino para conversar, o
que não mudava muita coisa, visto que este voltava para a sala e fazia tudo novamente.
A família de Miguel era, aparentemente, estruturada, este morava com os genitores,
que já o diferia da maioria dos demais alunos que residem com os avós, tios, madrasta,
padrasto. O genitor tem um trabalho fixo no ramo alimentício e a genitora é revendedora de
cosméticos.
Durante uma conversa com a genitora, esta chegou a revelar que teve uma gravidez
complicada, porque o genitor de Miguel fazia uso abusivo de bebidas alcoólicas o que gerava
muitas brigas entre eles. Fato que continuou acontecendo até o menino completar 03 anos.
Sendo assim, ela passou períodos de muitas angústias e tristezas, sentimentos esses que esta
acha que, de certa forma, influenciaram o comportamento do filho. Na sala de aula este não
tem amigos para realizar as tarefas em grupo nem para brincar, todos os colegas de sala têm
medo ou não gostam dele, já que Miguel quer sempre liderar as atividades e se vale da
agressividade nessas ocasiões.
No período destinado à observação da sala de aula foi notável que Miguel demonstrou
interesse em aprender, mas ainda não sabe ler, apresentando dificuldade de memorização,
reconhece e sabe escrever poucas letras e números, chega a juntar algumas sílabas, no entanto
precisa do auxílio da professora para atingir essa finalidade. Quanto à caligrafia, transcreve da
lousa com letras organizadas, tarefa que não fazia com muita frequência nos anos anteriores.
Diante desse contexto, Miguel já foi encaminhado algumas vezes para ser
acompanhado pelo o Centro de Educação Especializada (CAE) para possibilitar que mediante
a ajuda de profissionais especializados o aluno pudesse apresentar melhora em suas atitudes,
comportamento e no processo de aprendizagem. Segundo Santos (2000) “a participação de
outros profissionais também é muito importante no desenvolvimento de todo este trabalho de
minimizar um pouco as dificuldades de aprendizagem da criança”. No entanto, a genitora do
aluno só o levou pouquíssimas vezes para que fosse atendido no estabelecimento e recebesse
a ajuda que precisava, alegando que não achava vantajoso levar o filho apenas para fazer
desenhos e nada mais.
De acordo com Serra (2012, p.17):
Quando um aluno apresenta dificuldades para aprender, segundo a
Psicopedagogia, uma das primeiras tarefas do educador é o resgate da
autoestima do educando, pois ninguém consegue aprender se não conseguir
investir no ato de aprender, e ninguém consegue investir na própria
aprendizagem se não tiver o desejo de aprender e acreditar nas suas
possibilidades. Então, cabe ao professor oferecer aos seus alunos
oportunidades de acerto, experiências positivas que os conduzam ao desejo
de continuar aprendendo para continuar acertando.

Sendo assim, tendo como base o diagnóstico realizado mediante os dados extraídos na
observação do aluno, foi possível constatar algumas dificuldades presentes no campo da
leitura, escrita e interpretação de pequenos textos, fazendo-se necessário a elaboração de um
projeto que contasse com o apoio e intervenção psicopedagógica numa perspectiva
diferenciada baseada na ludicidade, visando desenvolver o processo de aprendizagem com
maior aproveitamento na alfabetização e no letramento.
O projeto aplicado com o aluno foi construindo com atividades simples, pensadas
diretamente para atender as necessidades do mesmo, tais como: jogos, música, bingo,
contação de história, alfabeto móvel de diferentes formas e jogos matemáticos. De modo que
estes proporcionem subsídios para alavancar o desenvolvimento cognitivo no processo de
aprendizagem do educando. Tendo como objetivo desenvolver o processo de leitura, escrita e
o letramento matemático. Possibilitando maior contato do aluno com as palavras através de
atividades diversificadas, levando em consideração o nível silábico alfabético do mesmo.
Atividades realizadas
1 – Alfabeto móvel – proporcionar que o educando através do manusear das letras crie
algumas hipóteses sobre a forma como estas devem ser escritas e identificando o som das
mesmas, movendo, acrescentando ou retirando letras para a formação de palavras, levando-o
consequentemente a leitura.
*Resultados obtidos: durante o desenvolvimento da atividade o aluno demonstrou ter
familiaridade com as letras trabalhadas, as quais foram lhe apresentadas em sua variedade em
diferentes momentos. O aluno queria sempre ter autonomia na organização da atividade,
mantendo-a na ordem correta. No entanto, esquecia umas, trocava o som de outras, e às vezes
parecia inseguro nesses momentos, chegando a perguntar se estavam corretas naquele lugar.
Isso aconteceu no primeiro momento, no qual as letras em sua variedade foram apresentadas
ao educando, visto que esse tem dificuldade de memorização, e foi pedido para que o mesmo
as organizasse na ordem que ele achava que era correta.
2 – Transformando operações matemáticas em desenho– É uma atividade que trabalha
questões matemáticas como adição, subtração, multiplicação, divisão e de direção, atenção,
paciência, observação, coordenação motora e viso-motora. Essa técnica consiste em entregar a
criança uma folha contendo operações matemáticas. Os resultados dessas questões, se
dispostos no lugar adequado, formarão um desenho.
* Resultados obtidos: para essa atividade foram utilizadas operações matemáticas de adição e
subtração, considerando o conhecimento do aluno. Visto que ele tem um desempenho melhor
com os números, demonstrou agilidade e desenvoltura na resolução das operações
apresentadas.
3– Mata – sílaba: desenvolver a concentração, linguagem oral e escrita, percepção da relação
fonema/grafema, a construção de hipóteses sobre a formação das palavras. Identificar e
trabalhar as sílabas que estão faltando nas palavras apresentadas.
*Resultados obtidos: foi apresentado para o educando fichas contendo palavras escritas com
algumas sílabas faltando, de modo que este teria que tentar identificar as letras presentes na
ficha e consequentemente juntá-las para descobrir o som que elas formavam; e mediante a
isso, descobrir a sílaba que faltava e finalmente que palavra iria formar. Como o educando já
conhece a maioria das letras do alfabeto, a atividade não apresentou um alto nível de
complexidade, visto que foi pensada e realizada com palavras simples. O aluno teve um bom
desempenho, apresentando algumas dificuldades no som de determinadas sílabas e a
associação destes aos grafemas corretos devido a ser parecido com o fonema de outras.
2º Caso: João
O aluno escolhido para ser observado durante o período de estágio tem 13 anos, se
encontra matriculado no 6º ano dos anos finais do ensino fundamental no turno matutino, em
uma sala de aula contendo 40 educandos. Durante a observação do aluno dentro da sala de
aula foi possível notar que ele está imerso em uma turma que apresenta diversos fatores que
contribuem para dificultar o processo de ensino aprendizagem, tais como: superlotação,
diferentes níveis de aprendizagens e indisciplina. Os alunos da sala em sua maioria
conversavam muito, necessitando que a professora chamasse a atenção frequentemente. Em
consequência a isso era notório que o aluno observado parecia nervoso e impaciente em
algumas atividades que demandavam falar e ler em voz alta, pois não sentia segurança para
realizar tais situações. No entanto, com o auxílio da docente conseguiu obter melhoras no
decorrer das aulas.
No que se refere à análise da escrita do aluno, foi possível observar que ele erra
algumas palavras, mesmo as vendo corretamente no livro. Mas consegue escrever todas as
atividades, porém não responde corretamente algumas questões das mesmas.
Em conversa com a mãe do aluno, a mesma relatou que decidiu buscar ajuda médica e
terapêutica, devido ao elevado grau de timidez e ansiedade do educando para desenvolver
algumas tarefas no âmbito social, onde o resultados do diagnóstico se deu com base em uma
avaliação realizada por uma Psicóloga e um Psiquiatra,que atestou a conduta da criança como
patológica em nível de depressão e fobia social, necessitando de uso de medicação, terapias e
atividades psicopedagógicas para recuperar e sanar as dificuldades de cunho psicológica,
social e aprendizagem escolar. 
Nesse sentidoChaves e Correa (2018, p. 06),“a ansiedade é um sentimento vago e
desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de
antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho”.Assim, a ansiedade quando
controlada faz parte do ser humano, no entanto, como no caso do aluno supracitado, já é
considerada patológica, ou seja, é uma doença que precisa ser tratada.
Levando em consideração os variados aspectos que caracterizam a ansiedade, é
necessário que a escola crie uma ação preventiva contra os problemas que afetam o sistema
emocional dos educandos, sendo que nenhuma atividade é possível de ser realizada se o
psicológico não estiver equilibrado. Assim, é essencial que os professores juntamente com a
coordenação pedagógica montem projetos e ações para ajudar essas crianças com
dificuldades.
Nesse sentido, abaixo estão algumas das atividades realizadas com João, tomando o
princípio da avaliação que parte do caráter processual, formativo, participativo, contínuo,
cumulativo e diagnóstico. Sendo observado o desempenho da criança nas atividades
realizadas, pontuando as potencialidades da mesma para uma aprendizagem prazerosa. Além
de evidenciar o interesse, motivação, comunicação, expressividade, interação e afetividade da
criança.
1 - Caixa Surpresa de Leitura - Esta atividade foi para avaliar o nível de leitura do aluno.
*Resultados obtidos- Foi colocada sob a mesa uma caixa contendo alguns livros e textos
impressos respeitando o gosto demonstrado pelo adolescente durante a observação. O mesmo
escolheu um texto impresso, caracterizado como fábula, que tinha como tema “o cavalo e o
lobo”. Ele realizou uma leitura prévia em silêncio, e em seguida foi pedido que lesse em voz
alta. Então, foi perceptível que o mesmo tinha muita dificuldade na pontuação (não respeitava
as vírgulas e pontos), na acentuação gráfica das palavras, na pronúncia de sílabas complexas e
dificuldade de altear a voz. Na questão da interpretação textual, o aluno não conseguiu
compreender a fábula por completo. Somente a partir dos questionamentos e da releitura é que
ele conseguiu falar sobre o contexto todo da história. Desta forma, foi notório que o aluno
necessita de um apoio psicopedagógico para melhorar a sua aprendizagem na leitura,
interpretação textual e timidez. Para melhorar a leitura deste texto, a estagiária fez uma leitura
acompanhada com o aluno, mostrando-lhe algumas regras básicas para realizar uma boa
leitura, onde ele fez um desenho para finalizar sobre a história. E, o mesmo, demonstrou
interesse em aprender.
2 - Os quadrinhos –O objetivo desta atividade é favorecer a produção textual de forma
dinâmica e prazerosa, além de melhorar a escrita e leitura.
*Resultados Obtidos -Após ler uma das histórias em quadrinhos da turma da Mônica,o aluno
realizou uma leitura silenciosa e depois em voz alta. Em seguida, desenvolveu sua própria
história sobre um menino que estava andando a cavalo, quando avistou um ônibus escolar e
ficou com medo do cavalo se espantar, mas ele conseguiu parar o cavalo e tudo ficou bem no
final. No final da atividade, a estagiária perguntou por que ele tinha feita esta história, e o
aluno respondeu que era porque ele gostava muito de andar e cuidar de cavalos.
3 - Relembrando a Minha História–O objetivo desta atividade é aperfeiçoar a linguagem
escrita, oral e artística, estimulando o fazer sozinho.
*Resultados Obtidos - Foi proposto nesta atividade que o aluno desenvolvesse um desenho de
um dia marcante da sua história, e descrevesse em frase ou texto o que ele sentiu neste dia.
Partindo disso, o aluno fez um desenho contendo um menino em cima de um cavalo andando
por uma estrada que possuía cerca. E abaixo do desenho o aluno colocou “passeio de cavalo
dia domingo”. A estagiária perguntou o motivo dele ter feito este desenho, e ele respondeu
que fez o desenho porque ama andar a cavalo e nesse dia ajudou a vaquejar o gado que vinha
da feira. A partir desta atividade foi possível observar que o aluno mora na zona rural e tem
contato com muitos animais, demonstrando gosto por andar de cavalo. No que se refere ao
desenho, o aluno fez um desenho muito bonito, demonstrando ter facilidade em desenhar e
gostando dessa prática.
3º Caso:Ana
O terceiro caso foi desenvolvido com Ana que tem 09 anos de idade, matriculada no 4º
ano dos anos iniciais do ensino fundamental, em uma turma superlotada e com inúmeros
problemas. A discente apresenta várias dificuldades no processo de aprendizagem,
principalmente, no que se refere a leitura e escrita, o que compromete o seu desenvolvimento
nas outras áreas.
Durante a observação e intervenção psicopedagógica ficou evidente que Ana não
conseguia realizar as atividades propostas pela professora em sala e nas atividades de
intervenção, em virtude de muitos problemas, como por exemplo, dificuldades em enxergar
pois mesmo usando óculos não consegue transcrever corretamente o que está no quadro,
dificultando também a sua compreensão em outros métodos didáticos. Além disso a mesma
também apresentou certa dificuldade em se concentrar e ter atenção nas atividades realizadas.
Nesse sentindo, a não aprendizagem da aluna tem vários vieses, o que colabora para
que os entraves se tornem mais grave a cada dia, tendo em vista que ela não passou por
nenhuma avaliação de cunho psicológica, psiquiátrica ou psicopedagógica antes, o que
corrobora ainda mais no retrocesso de sua aquisição de aprendizagem.
Partindo da observação e da realização de entrevistas com a mãe e com a professora da
criança, foram aplicadas algumas atividades psicopedagógicas, partindo dos gostos e
realidades evidenciados pela educanda, como por exemplo, o uso de fábulas para despertar o
gosto e a atenção pela leitura e escrita de forma prazerosa, e assim, tentar amenizar os fatores
que a prejudica.
Assim, é importante salientar que o respeitodo conhecimento de mundo do aluno
possuigrande relevância, pois facilita que o professor possa desenvolver atividades
significativasdurante o processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, Malagolli e
Carraro(2013, p.290) enfatizam que:

Quando o ato de aprender se apresenta como problemático, é preciso uma


avaliação muito mais abrangente e minuciosa. O professor não pode se
esquecer de que o aluno é um ser social com cultura, linguagem e valores
específicos aos quais ele deve estar sempre atento, inclusive para evitar que
seus próprios valores não o impeçam de auxiliar a criança em seu processo
de aprender. A criança é um todo e, quando apresenta dificuldades de
aprendizagem, precisa ser avaliada em seus vários aspectos.

Ouvir os relatos e respeitar os saberes prévios dos alunos é primordial para que ocorra
uma troca mútua de conhecimento, sendo uma experiência prazerosa onde as descobertas
contribuam de maneira positiva para que as metas sejam alcançadas e os bons frutos façam
parte da sua vida.Despertando assim, a imaginação, criatividade, ludicidade e a motricidade,
ampliando seus domínios cognitivos e motores, para uma criação integral de suas habilidades.
É nessa perspectiva de criação espontânea das crianças para a sua vida, que a escola
pode contribuir em suas aprendizagens científicas e sociais, por meio de momentos de lazer
estimulando os seus gostos pelo aprendizado de forma prazerosa e que farão partes de sua
vida os tornam adultos críticos e reflexivos.
O principal objetivo de intervenção nesse caso que apresenta dificuldade relacionada
ao processo de aprendizagem foi demonstrar para a educanda que a leitura também é um
instrumento para a aprendizagem, que permite à exploração de mundos diferentes: reais ou
imaginários, que a aproxima de outras pessoas e de suas ideias, que a converte em
exploradora de um universo que é construído com a imaginação.
O início do projeto deu-se através de uma conversa informal sobre as histórias infantis
e a observação, para que a partir do conhecimento de mundo da aluna, pudéssemos iniciar as
intervenções. A aluna falou sobre as histórias que já conhecia e diante disso citou alguns
temas de contos e escolheu duas fábulas: A Bela e a Fera, a Lebre e a Tartaruga, onde o gosto
dela por historinhas ficou evidente.
Atividades de intervenção realizadas
1-Produçao textual através da análise de imagem- Essa atividade tem o intuito de fortalecer
a atenção e concentração, colaborando com a produção escrita e oral.
*Resultados obtidos – Inicialmente, foi realizada uma produção textual, onde levamos
atividade impressa, com um pequeno texto, contendo imagens, no qual a aluna precisava
analisar a gravura e a partir da análise dar início à produção escrita. E ao ser perguntada o
que tinha escrito, a mesma relatou que a mãe estava fazendo um bolo e o filho aprendendo.
2- A fábula a Bela e a Fera- Essa atividade tem o objetivo de estimular o gosto pela leitura e
escrita prazerosas.
*Resultados obtidos – Após fazer a leitura pedimos que ela nos contasse oralmente, e
notamos que a mesma enquanto faz o relato da história, sente-se parte dela e faz relatos
atentando-se para os detalhes das vestimentas, como o cabelo da Bela, entre outros aspectos.
Às vezes sai um pouco da fábula e leva o relato para ela mesma. Pedimos para aluna
reescrever as partes que ela mais gostou, além de analisar a imagem e escrever o que estava
acontecendo na cena, e a instigamos para analisar sua compreensão. Ao ser perguntada sobre
a sua compreensão sobre a fábula ela respondeu: “A Bela ganhou a rosa, Bela estava com
saudades do pai dela, a Fera a deixou ir visitar o Pai. A Fera ficou doente e a Bela cuidou”.
3- A fábula a Lebre e a Tartaruga- Essa atividade tem o objetivo de estimular a
aprendizagem da leitura e escrita de maneira significativa.
*Resultados obtidos -Neste momento fizemos a leitura da Fábula “A Lebre e a Tartaruga”,
instigamos a aluna, pedimos a sua opinião sobre a fábula qual parte mais chamou sua atenção.
Foi um momento bastante proveitoso, notando o desenvolvimento da aluna, onde ela já estava
mais à vontade para falar e demonstrar seu gosto pela leitura mesmo com todas as
dificuldades. Ela nos confidenciou que gostaria muito de participar do momento da leitura que
ocorre todos os dias na sala de aula, onde a professora escolhe um aluno para fazer a leitura de
alguma história a critério do aluno.
Foi notório durante o período de intervenção um grande avanço na aprendizagem no
que se refere à leitura e à escrita, haja vista que a aluna identifica algumas letras que formam
o próprio nome, fazia a escrita de algumas palavras conhecidas, tais como; casa, bola, dado,
dedo entre outras. Passou a fazer com maior frequência tentativa de escrita, e a cada palavra
que conseguia traçar sem auxílio era perceptível o orgulho da mesma, além da busca e
cobrança diária para que a professora passasse mais atividades e colocava que esta ou aquela
atividade agora era "fácil" e que queria "atividade mais difícil".
Foi trabalhado a importância social dos gêneros textuais, desenvolvendo e estimulando
o hábito da leitura, elogiando e estimulando a tentativa de leitura e escrita espontânea e a
busca por adquirir novos conhecimentos e ampliar os já existentes. Percebemos que a aluna
progrediu significativamente, e ficou claro que ela precisava de um atendimento diferenciado
e individualizado para que conseguisse ter um avanço ainda maior.

CONCLUSÕES
Diante das informações obtidas através das pesquisas realizadas, é notório a essencial
importância do Psicopedagogo no âmbito educacional, pois consegue englobar fatores que
estão diariamente no cotidiano escolar. Ou seja, esse profissional alcançacom mais
determinação o educando, o professor, a família e todos os membros da instituição de ensino,
o que favorece a compreensão dos impasses que podem colaborar para a não aprendizagem.
O sentimento que prevalece em nós perante o término do estágio e da realização desse
artigo, é o de um aprendizado diversificado e abrangente que a área da Psicopedagogia nos
proporcionou. Levantando inúmeras questões que colaboram para a superação das
dificuldades de aprendizagem, enfatizando sua competência prática e teórica dentro do
contexto educacional, social e psicológico.
Dessa maneira, esperamos que mediante o auxílio, apoio e atenção prestados aos
alunos observados, os mesmos apresentem avanços no desenvolvimento de seu processo de
leitura e escrita, assim como a utilização dos números, de modo que venham a desempenhar
da melhor forma possível suas competências, habilidades e socializações e, possam
acompanhar o nível dos demais alunos da sala de aula da qual fazem parte.
É preciso salientar ainda, que o aumento das pesquisas na área da Psicopedagogia é
fundamental para tentar amenizar os problemas relacionados com a aprendizagem. De modo
que o acompanhamento da criança com entraves na aquisição da aprendizagem, deve ser
priorizado desde os primeiros anos de ensino para que os resultados sejam positivos. Além do
que, ao se ter o Psicopedagogo dentro do ambiente educacional podem ser realizados projetos
e ações para prevenir possíveis dificuldades no futuro.
REFERÊNCIAS
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enfrentamento das dificuldades de aprendizagens? São Bernardo do Campo, 2014. Disponível
em < https: // www.tede.metodista.br>

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dificuldades e caminhos a serem descobertos. Alfenas – MG, 2018. Disponivel em
<https://www.unifal-mg.edu.br>

MALAGOLLI, Gabriela Maffei e CARRARO, Patrícia. Psicopedagogia e Pedagogia


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MARTINS, Katiane Braga da Silva. A constituição da psicopedagogia na cidade de


Uberlândia – MG, 2013. Disponível em <https://www.repositorio.ufu.br>

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RAMOS, Sandra Lima de Vasconcelos. Jogos e brinquedos na escola: Orientações


psicopedagógica. Catanduva – SP. Editora Respel, 2014.

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Massangana. Recife, 2010.

Serra, Dayse Carla Gênero Teorias e práticas da psicopedagogia institucional. - 1.ed., rev.
-Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012. Disponível em <https://docplayer.com.br/10924579-
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