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A restauração do templo
De certa forma, a visão descrita nos versículos acima resumem de forma clara toda a
Casa de Deus, tanto da Igreja de Cristo como também em relação ao povo de Israel, de
modo que a restauração desta Casa tenha como modelo o sacrifício de Cristo na cruz do
Calvário (o altar dos holocaustos), na qual ficou revelada a proposta de Deus feita em si
próprio desde antes da fundação do mundo para a salvação da humanidade e para a
escolha de um povo que creia na sua Palavra, na forma e nas figuras desta mesma
Palavra, na sua lei e no cumprimento desta mesma lei, na revelação dos profetas e no
cumprimento das mesmas profecias, nas suas entradas e suas saídas.
A entrada é por Cristo e suas saídas são pelo Amor de Deus e sua Misericórdia, na sua
forma da Graça de Deus proposta em seu Filho Jesus Cristo, nos estatutos da fé
(completo e perfeito), vez que por nenhum outro estatuto poderíamos guardar a sua
forma, e pelo contorno em redor do monte, em cujo cume está o nosso Senhor Jesus
Cristo como cabeça e Rei de seu povo, irradiando o seu Amor em torno de si próprio, a
começar pelo trono de Deus onde está à destra da Majestade, dos céus, para alcançar
seus filhos na terra e alimentá-los com esse mesmo Amor, próprio da sua Santidade e
constrangedor pela sua Magnitude.
Nos versículos acima o Senhor conclama o seu povo a envergonhar-se de uma forma de
agir, certamente a mesma dos fariseus hipócritas, que desejavam demonstrar amor e
respeito à lei e não reconheceram e creram naquele que veio para cumprir toda a lei, os
quais também queriam demonstrar que eram cumpridores da lei só pela pregação do
mandamento, do qual eram apenas ouvintes, mas não eram cumpridores (Tiago 1:22-23),
tornando-se semelhantes ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural, ou seja,
a si mesmo, e, ao sair da frente do espelho, logo se esquece de como era (v. 24),
significando que não viviam o que pregavam.
Quem meditar superficialmente nestes versículos escritos por Tiago poderá até entender
ele está falando especificamente sobre a lei mosaica, quando na verdade o servo de
Deus está fazendo uso da alegoria da lei como um paralelo à liberdade da fé em Cristo
Jesus, como o objetivo final do cumprimento da lei de Deus.
Ele usa da alegoria da lei porque já naquela época havia o perigo do cristianismo vir a se
tornar mais uma seita judaizante, não fossem os cuidados e o zelo dos apóstolos na
aplicação dos fundamentos dados pelo Senhor, cujo perigo fora afastado definitivamente
pela epístola de Paulo aos Romanos, a qual joga por terra toda e qualquer tendência
legalista e judaizante.
4. Na verdade, é muito fácil vestir uma capa de “cristão” e sair acusando os pecados
alheios (o de adultério parece ser o que mais chama a atenção, o de roubo, nem
tanto), e ao mesmo tempo se fazer esquecido de qual é o seu comportamento na
hora de fechar um negócio comercial (se está agindo com justiça ou com astúcia),
se tem por costume honrar mais o homem do que glorificar o nome de Deus
(principalmente quando o homem é rico e poderoso), se fora do templo ou da
presença do seu pastor ou de algum irmão seu testemunho cristão não se altera e
tantas outras situações nas quais nem sequer é preciso ser um cristão para
identificar que se trata de uma pessoa que prega apenas a letra fria que mata,
sem a vida do Espírito Santo nelas.
5. Finalmente Tiago completa dizendo que o nosso julgamento será pela lei da
liberdade que a Graça de Deus nos proporciona através da fé, porque o juízo será
sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa
sobre o juízo, o que significa dizer em outras palavras: que o juízo será sem
misericórdia sobre aquele que não exercitou o amor de Deus que a ele foi dado
para exercer misericórdia sobre todos os que precisam da misericórdia de Deus
através de nossas vidas. Sobre isso, o nosso irmão Sérgio Lopes canta um hino
de louvor ao Senhor onde ele diz que o sofrimento alheio é a oportunidade que
nos dá o Senhor para demonstrar o Seu Amor que em nós deve residir.
Portanto, no tempo que se chama Hoje, tempo da Graça de Deus, vivemos e somos
cristãos pela fé, mas o selo de comprovação de que a semente da fé fora plantada em
terreno que dá fruto, e fruto que permanece, é testificado e autenticado pelo Amor de
Deus no coração de cada um que diz que tem fé, mas que só é verdadeira se ao seu lado
estiver arraigado o Amor de Deus.
prostrar-se diante do Senhor, pedindo misericórdia, porque a forma de agir nos tempos
atuais é como se tudo estivesse bem em nosso meio, mas quem for sincero com o nosso
Deus e Pai reconhecerá que estamos bastante afastados da verdade do Evangelho, como
um arremedo religioso que em nada se assemelha ao Poder do Reino de Deus, o qual se
manifesta através do seu Amor e pela sua Palavra, como instrumentos da unção do
Espírito Santo, como expressão da glória de Deus.
É hora de sacudir o pó e a poeira do que se deixou de fazer e lembrar que Cristo espera
sempre de nós que haja uma entrega para que nós mesmos vejamos o que Ele deseja
fazer com as nossas vidas, e de que forma Ele irá nos usar, de modo que toda a obra,
toda a honra, toda a glória, seja só dEle, até porque a sua glória Ele não dá a ninguém.
Que a Graça do Senhor Jesus Cristo, e o Amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
sejam com vós todos. Amém!
Marival Novaes
04 de março de 2005