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1. Introdução
A evolução das redes ópticas ocorreu de forma mais acentuada a partir dos anos
90 e acompanhou a demanda de novos serviços e a onda de novas tecnologias
surgidas nessa década. A área de telecomunicações sofreu uma verdadeira
revolução industrial nos últimos 20 anos. A rede de telecomunicações utilizada
na década de 80 era o PDH (Hierarquia Digital Plesiócrona) com taxas de
transmissão de até 140 Mbps. Nos anos 90 foi a vez do SDH (Hierarquia Digital
Síncrona) que revolucionou o modo de transmissão de dados, bem como
possibilitou que a
rede pudesse ser
gerenciada como
nunca antes – aqui
entrou o conceito de
redes DCN. Com o
SDH as taxas já
podiam atingir até
10Gbps (STM-64).
Ainda no final da década de 90 a redes WDM entram no mercado possibilitando
transmitir vários sinais em uma só fibra óptica no domínio da frequência e as
taxas de transmissão já podiam alcançar centenas de Gbps. Após o ano 2000
as redes se tornaram mais inteligentes. Surge o PTN (Packet Transport
Network), uma tecnologia que possui a capacidade de rotear as informações e
otimizar as redes de forma revolucionária. Em meio a essas explosões de novas
tecnologias surge, ainda, uma inovação no mercado chamada PON (Passive
Optical Network), uma rede óptica totalmente passiva, em que o sinal passa pela
rede sem a necessidade de energia elétrica. A seguir serão descritas todas
essas redes e como elas são aplicadas nos serviços de telecomunicações atuais.
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2. PDH
As redes PDH surgiram nos anos 80 e ainda hoje existem muitos equipamentos
PDH instalados e funcionando na planta. A sigla PDH significa Hierarquia Digital
Plesiócrona (“Plesiochronous Digital Hierarchy, em inglês), onde a palavra
“Plesiócrona” significa “quase” síncrona.
O PDH inicia com uma taxa de transmissão de 2Mbps. Quatro sinais de 2Mbps
chega no multiplexador
2/8 (4 canais de 2Mbps
serão multiplexados e
vão gerar um canal de
8Mbps). Os quatro
canais não chegam ao mesmo tempo no multiplexador. Por isso, quando o bit do
primeiro tributário, por exemplo, chega ao equipamento ele fica em um buffer
aguardando os bits dos outros 3 canais chegarem (daí o nome “quase” síncrono).
Assim que todos os bits chegam ao mux, ocorre a multiplexação bit a bit. O bit
do tributário 1 é jogado na saída, depois o bit do tributário 2, depois do 3 e
finalmente do 4. O processo se repete até que a transmissão termine. Os bits
são então transportados até o destino onde ocorre a demultiplexação bit a bit e
a informação é recuperada.
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O PDH também comporta taxas de transmissão de tributários de 8, 34 e
140Mbps. Todos os multiplexadores funcionando da mesma forma. Os sinais
são multiplexados em taxas cada vez mais altas. Para se obter o sinal original
todo o processo deve ser feito de forma inversa. Assim, para se obter um sinal
de 2Mbps que foi multiplexado em um mux 2/8 e depois em um mux 8/34 e
finalmente em um mux 34/140, temos que demultiplexar esse 140 Mbps em 34
Mbps, depois em 8 Mbps e finalmente em 2Mbps. A figura abaixo demonstra
essa lógica. O problema do PDH é que para se obter um sinal multiplexado, é
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3. SDH
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Cada quadro do STM do SDH dura 125 s. Isto é, um quadro STM-1 dura 125
s e quando ele é multiplexado byte a byte gerando um quadro 4 vezes maior –
um STM-4, o quadro resultante também vai ter 125 s. O mesmo ocorre com o
STM-16 e o STM-64.
STM- 64 – 10 Gbps
A estrutura do SDH normalmente é em anel como abaixo. Mas também pode ser
configurado ponto a ponto. As redes SDH possuem configurações de proteção
que não existiam no PDH e o controle da rede é muito mais eficiente, pois os
bytes de overhead são transportados com todas as informações necessárias à
gerência de rede – Rede DCN.
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4. Redes PTN
Para suprir essa demanda a tecnologia PTN (Packet Transport Network) foi
criada. O PTN é uma tecnologia baseada em MPLS, porém adequada à
realidade das redes de transporte
– MPLS – TP (Transport Profile).
A rede PTN é então baseada em
redes MPLS-TP (Transport
Profile). O desafio dessas redes é
acomodar o legado das redes de
transporte convencionais e
desenvolver novas
funcionalidades. Para configurar os circuitos na rede PTN é necessário atribuir
valores a todos os parâmetros do circuito. Pode-se configurar o QoS (Qualidade
de Serviço), taxas de transmissão mínima e máxima etc. As taxas de
transmissão no PTN são tipicamente: – 2Mbps/100Mbps/1Gbps/10Gbps.
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5. Redes DWDM
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
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No TDM, a cada usuário é designado um time-slot. Dessa maneira o tempo de
transmissão é dividido por todos os usuários.
Vantagens do DWDM:
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Transponder
Existem diversos fatores que degradam o sinal de propagação que podem ser
inerentes do material usado na fabricação da fibra óptica ou causados por
alguma característica do meio ou até mesmo pelo tipo de sinal que está sendo
transmitido. No DWDM como as taxas de transmissão são muito maiores que
nos sistemas convencionais, a luz se comporta de uma forma diferenciada
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causando além dos problemas já conhecidos, efeitos que degradam o sinal e
comprometem a qualidade de transmissão.
Atenuação
Dispersão
Espalhamento
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Espalhamento Brillouin Estimulado
Por volta da primeira década deste século, grandes avanços nas tecnologias
fotônicas permitiram o uso de DSPs e ADCs – que conseguem processar sinais
em altíssima velocidade e mitigar diversos problemas do DWDM (ex. dispersão
cromática). Até então, as redes DWDM modulavam o sinal somente em
amplitude (ASK) no
1 0 1 0 1 0 1
método OOK (ON-OFF
KEYING). Porém
quando, as taxas de
transmissão começaram a chegar em dezenas de Gbps, os lasers já não eram
tão eficientes (desligar e ligar o laser nessas taxas se tornou um problema).
Essas redes são chamadas de redes coerentes (pois
não utilizam ondas coerentes para demodular o sinal).
A mudança do esquema de modulação propiciou a
transmissão em taxas muito maiores. Modulações do
tipo DPSK, PDM-QPSK, PDM – 16QAM passaram a
ser mais eficiente (transmitindo muito mais bits por
símbolo). Toda modulação em que a portadora tem a
fase modificada deve ter necessariamente a detecção/demodulação coerente.
Hoje, as redes DWDM/OTN contam com features que não eram possíveis no
início de sua aplicação, como FLEXGRID. SUPERCHANNELS etc.
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Redes PON
Surgiram então as redes FTTx que descrevem como a rede óptica é instalada
para atender o usuário final. As redes FTTx podem ser classificadas de acordo
com a aplicação:
As redes PON (Passive Optical Network) ou redes ópticas passivas, são redes
baseadas na FTTx que foram criadas para atender a demanda de dados exigida
pelo mercado. A principal característica dessas redes é a não utilização de
energia elétrica percorrendo seu meio físico. Por isso, leva o nome de rede óptica
passiva. A topologia foi desenhada para o atendimento a vários usuários, por
isso é uma topologia ponto-multiponto. Como mostrado abaixo:
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A central da operadora envia através de um OLT (Optical Line Terminal) o sinal
que é transmitido para os assinantes. Na recepção os clientes recebem o sinal
através de um aparelho chamado ONU (Optical Network Unit) que é responsável
pela conversão de sinais ópticos para sinais elétricos. Para que o sinal chegue
nas pontas a rede utiliza um divisor de sinal chamado splitter. Os splitters são
elementos passivos, pequenos e de baixo custo.
Uma evolução das redes PON é o GPON (Gigabit Passive Optical Network). As
velocidades de transferência no GPON são assimétricas, ou seja, diferentes nos
sentidos de downstream e upstream. No sentido de downstream a velocidade de
transferência é de 2,5Gbps e o comprimento de onda é de 1490nm, já no sentido
de upstream a velocidade de transferência é de 1,25Gbps e comprimento e onda
é de 1310nm.
Na prática temos um equipamento OLT que possui várias placas com portas
PON. Cada porta PON, normalmente, comporta até 128 assinantes (ONUs).
CONCLUSÃO
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