Direito Empresarial

Leonardo T. de Moraes
Advogado, graduado em direito, com ênfase em direito empresarial

Pós Graduado e especialista em Direito Empresarial

e em Fusões e Aquisições

Mestre em Direito Político e Econômico

Professor nos cursos de Educação Executiva,

Graduação e MBA em Gestão Tributária

Membro da Associação dos Advogados de São Paulo

Vice-Presidente da Comissão de Direito Empresarial da 33ª

Subseção da OAB/SP

Sócio do Theon de Moraes Advocacia Empresarial

 CONTATO

Prof. Leonardo T. de Moraes

E-mail: leonardo@tmassociados.com.br

Página: www.theondemoraes.com.br
• Direito, Inovação e
Empreendedorismo: Um
Panorama Geral;
• Os Riscos da Atividade
empresarial, as formas de
atividade empresarial e os
deveres dos administradores.

Prof. Leonardo Theon de Moraes

1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Introdução

• Presenciamos um ecossistema empreendedor que tem crescido e se

desenvolvido rapidamente em nossa economia.

• Necessidade e função do mundo jurídico em acompanhar esse

desenvolvimento.

• A inovação como um importante fator de atuação e evolução no

empreendedorismo e no direito.
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Empreendedorismo e sua importância

 Conceito de empreendedorismo:

• um dos primeiros autores a utilizar o termo “empreendedorismo” foi o

economista Jean Baptiste Say.

• em essência é aquele indivíduo que possui ideias e iniciativas inovadoras e

que busca meios eficazes para aplica-las.

• frente ao entendimento do conceito de empreendedorismo compreendemos

que sua essência esta diretamente conectada ao conceito de inovação.
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Empreendedorismo e sua importância

• Inovação e empreendedorismo como grandes aliados na evolução na

sociedade.
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Inovação e as ondas de Kondratieff

• Joseph Alois Schumpeter, um dos maiores estudiosos da inovação

descreve o chamado processo de destruição criadora, no qual o
surgimento de novas tecnologias é descrito a partir de ondas.

• As ondas são demonstradas em diferentes comprimentos e as mais

notórias são as chamadas de Kondratieff.
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Inovação e as ondas de Kondratieff

 Ondas de Kondratieff:

• 1ª era da revolução industrial, incluindo o prolongado processo de

absorção;
• 2ª era da máquina a vapor e do aço;
• 3ª era da eletricidade, da química e dos motores
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Inovação e as ondas de Kondratieff

 Shumpeter descreve quatro momentos inerentes a cada onda de inovação:

• O Boom;
• A recessão;
• A depressão; e a
• Recuperação.

• Uso da teoria Schumpeteriana para compreendermos o surgimento de

novos negócios.

• Atualmente, podemos considerar que estamos vivenciando a 5ª onda – a

onda das redes digitais, softwares e novas mídias.
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Inovação e as ondas de Kondratieff

• Idalberto Chiavenato, atualizou e elaborou nova linha do tempo até o

momento atual (5ª onda).

• Observa-se: (próximo quadro)

1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Inovação e as ondas de Kondratieff

1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Direito, inovação e um ecossistema empreendedor

• Atuação do Estado no desenvolvimento de um ecossistema de

empreendedorismo.

• Necessidade do direito de se aproximar de novas tecnologias com o

intuito de promover dispositivos capazes de promoverem segurança
jurídica.

• Frente a extrema rapidez do desenvolvimento da tecnologia, não há

possibilidade de se normatizar dispositivo específico que acompanhe
fielmente esse desenvolvimento.
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Direito, inovação e um ecossistema empreendedor

• Segundo os autores Alan e Tarcísio na obra Startups e Inovação- Direito

no empreendedorismo:

“Na esteira desse pensamento, os legisladores e operadores

do direito, que contribuem com a discussão legal no
contexto virtual, têm, primordialmente, priorizado a
elaboração de dispositivos legais principiológicos, ou seja,
textos que rejam a essência e os objetivos das tecnologias.
Assim, ainda que se desenvolvam novos equipamentos,
estes poderão ser protegidos e regidos legalmente pelos
mesmos princípios em vigor.”
1. Direito, Inovação e Empreendedorismo: Um Panorama Geral

Direito, inovação e um ecossistema empreendedor

• o Direito influencia diretamente na qualidade de um ecossistema

empreendedor, sendo assim, é preciso que se observe para que tal
atuação seja positiva e não atue de maneira que trave qualquer nova
operação.
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Introdução
• Conceito de “empresa” : atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou serviços

 Características da atividade empresarial:

• Profissionalismo: atuação do empresário com habitualidade em

nome próprio e com o domínio de informações sobre o produto ou
o serviço que está fornecendo no mercado.
• Atividade de produção, circulação de bens ou prestação de
serviços;
• Fim lucrativo;
• Organização de fatores como o capital, a matéria-prima, a mão de
obra e a tecnologia empregada.
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Atividades Empresariais

• A atividade empresarial pode ser exercida por empresário individual

ou ainda pela sociedade empresarial.

• Conceito de empresário individual de acordo com o artigo 966, do

código civil.
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Riscos das atividades empresariais

• Riscos inerentes a atuação em atividades empresárias:

 Desconsideração da Personalidade Jurídica:

• Artigo 50 do código civil;
• Dificuldade na incidência deste instituto em razão da Lei 13.874/2019.

 Risco Trabalhista:
• A legislação trabalhista opera com o conceito de “Grupo Econômico”.
• Preenchido os requisitos, serão responsáveis solidários pelos débitos
trabalhistas, todas as empresas do grupo que dirige controla ou
administra a empregadora
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Riscos das atividades empresariais

 Risco Consumerista
• Artigo 28 do CDC, observar requisitos.

 Risco Tributário
• Artigo 135, III do CTN.

• Responsabilidade Subjetiva.

• Observa-se jurisprudência:
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Riscos das atividades empresariais

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO DECLARADO

PELO CONTRIBUINTE. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. DISPENSA. RESPONSABILIDADE DO
SÓCIO. TRIBUTO NÃO PAGO PELA SOCIEDADE. [...] 2. É igualmente pacífica
a jurisprudência do STJ no sentido de que a simples falta de pagamento do
tributo não configura, por si só, nem em tese, circunstância que acarreta a
responsabilidade subsidiária do sócio, prevista no art. 135 do CTN. É
indispensável, para tanto, que tenha agido com excesso de poderes ou
infração à lei, ao contrato social ou ao estatuto da empresa (EREsp
374.139/RS, 1ª Seção, DJ de 28.02.2005). 3. Recurso especial parcialmente
conhecido e, nessa parte, parcialmente provido. Acórdão sujeito ao
regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08. (REsp 1101728/SP,
Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
11/03/2009, DJe 23/03/2009)
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

As formas de atividade empresarial

• Empresário como sujeito da atividade empresarial, e titular de direitos e

obrigações.

• Atividade empresarial pode ser realizada por:

• Empresário individual, que irá exercer sua atividade como pessoa física e
assume os riscos da atividade empresarial.

• Empresa individual de responsabilidade limitada, onde o empresário irá

exercer a atividade individualmente, no entanto, com a constituição de
personalidade jurídica.
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

As formas de atividade empresarial

 Sociedades empresárias: em regra, atuação de duas ou mais pessoas,

que irão em conjunto combinar seus esforços e recursos para obter o
fim desejado. Tem-se ainda a Sociedade Limitada de um único sócio.

• Artigo 981 do código civil: Celebram contrato de sociedade as pessoas

que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços,
para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos
resultados.

• São espécies de Sociedade empresária: As sociedade não

personificadas e as Sociedade Personificadas.
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Deveres dos Administradores

• Sociedade pode ser administrada por um administrador sócio ou

não sócio.

• Nomeado no contrato social ou em documento separado, item de

extrema importância.

• Deveres aplicados a todos os administradores, gerentes de uma

sociedade de pessoas ou de capitais:
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Deveres dos Administradores

 Deveres Fiduciários:
• DEVER: Obrigação que se impõem ao indivíduo de fazer ou deixar de fazer
algo;
• FIDUCÍA: Confiança ou fidelidade no exato cumprimento de um dever.

 Dever de Diligência, art. 153 da LSA:

• cuidado e diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na
administração dos seus próprios negócios.
• Artigo 1.011 do código civil
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Deveres dos Administradores

• Na busca pela eficiência econômica e financeira, consequentemente

pela maximização dos lucros, o planejamento tributário torna-se um
DEVER.

 Dever de respeitar a Finalidade das Atribuições, art. 154 da LSA:

• O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe
conferem para lograr os fins no interesse da companhia, satisfeitas as
exigências do bem público e da função social da empresa.

• §2º, art. 2 da LSA

2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Deveres dos Administradores

 Dever de lealdade
• É dever do administrador servir com lealdade à companhia e manter
reserva sobre seus negócios. Artigo 155 da Lei 6.404/76.

• Sendo vedado:
(i) usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem prejuízo
para a companhia, as oportunidades comerciais de que tenha
conhecimento em razão do exercício de seu cargo;
(ii) omitir-se no exercício ou proteção de direitos da companhia
ou, visando à obtenção de vantagens, para si ou para outrem, deixar de
aproveitar oportunidades de negócio de interesse da companhia; (iii)
adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe necessário à
companhia, ou que esta tencione adquirir
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Deveres dos Administradores

 Dever de informar os atos de sua administração
• Decorre do direito de fiscalização dos sócios.

• Exigência em sociedades de ações abertas.

 Dever de sigilo
• sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para
conhecimento do mercado.

• Informação obtida em razão do cargo e capaz de influir de modo

ponderável na cotação dos valores imobiliários.
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Deveres dos Administradores

• Sendo vedado ao administrador valer-se da informação para obter,
para si ou para outrem, vantagem mediante compra ou venda de
valores imobiliários.

• A utilização de notícias sigilosas é chamada de insider trading.

 Dever de probidade na gestão financeira

• Esse dever decorre do “cuidado e diligência que todo homem ativo e
propor costuma empregar na administração de seus próprios
negócios”
2. Os Riscos da Atividade empresária, as formas de atividade
empresarial e os deveres dos administradores

Deveres dos Administradores

• realização de operações em consenso com a maioria

• Consequências em caso de desacordo.

• Neste cenário, as atribuições dos administradores, visa evitar a busca

do lucro a qualquer preço, no entanto, a sociedade irá, em primeiro
lugar, procurar maximizar suas oportunidade de lucro, pois se trata de
um fim para companhia e um dever para os administradores.
Obrigado!