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“Prevê o §3º do art. 146 dois casos de exclusão da antijuricidade. Não há crime
quando se trata de intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do
paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de
vida. O tratamento médico arbitrário é um caso de estado de necessidade em
que se viola a liberdade individual para salvar-se a vida do paciente. É
perfeitamente admissível a inclusão na hipótese de transfusão de sangue e
cirurgia contra a vontade do paciente ou de seu representante legal, ainda que
por motivos religiosos, quando há iminente perigo de vida.” (Júlio Fabrini
Mirabete. Manual de Direito Penal. Parte Especial. Arts. 121 a 234 do CP, pp. 183)
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O Exercício da Medicina e suas Implicações Legais, Ed. Gráfica Bárbara Bela, Brasília, 2000. pp. 99.
realizou a transfusão de sangue contra a vontade do seu paciente, quando esta era necessária
para manutenção de sua vida:
4. Conclusão
(ii) que a Cláusula acima seja sempre informada ao paciente, quando da entrada deste no
hospital, e sempre quando a recusa for discutida entre médico e o paciente ou
representantes;
(iii) que, não concordando o paciente com esta cláusula, que busque na justiça o direito
de não receber a transfusão, sendo informado que só através de decisão judicial nesse
sentido o Hospital deixará de realizar a transfusão, quando necessária para a proteção
da vida do paciente.