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FLASH
ÍNDICE

1. Introdução
2. Alimentação
3. Equilíbrio de branco (WB)
4. O modo manual (M)
4.1. Lei do inverso do quadrado da distância
4.2. Modo manual com prioridade de distância
5. O modo automático (TTL - Through the lens)
5.1. O modo TTL-BL (Nikon)
5.2. Compensação de exposição
6. Zoom do flash
7. Flash à distância
8. Velocidade de sincronismo
8.1. Sincronismo em alta velocidade
8.2. Sincronismo em baixa velocidade
9. Fotometria com o flash
9.1. Flash como luz principal
9.2. Flash como luz de preenchimento
9.3. Outros ajustes
10. Demais funções
10.1. Bokeh
10.2. Luz de modelagem
10.3. Disparo em primeira ou segunda cortina
10.4. Flash estroboscópico (multi ou RPT)
10.5. Light Painting
1. INTRODUÇÃO
O flash é um poderoso aliado na construção de uma iluminação interessante em uma
fotografia. Antigamente, o seu uso era restrito apenas a situações com nenhuma
iluminação ou iluminação insuficiente. Mas, com a variedade de recursos que temos
hoje, podemos usá-lo não somente para este fim, mas também como objeto de
decoração de uma foto, de criatividade e de inovação.

Neste módulo vamos


abordar as principais
questões que o uso do
flash implica, e falaremos
de também dos possíveis
ajustes a serem feitos para
se chegar a iluminação
desejada. Vamos lá!

Vinicius Matos
2. ALIMENTAÇÃO

A primeira coisa a se ter em mente é a alimentação do seu equipamento. Esta pode


ser feita por pilhas alcalinas, recarregáveis ou por bateria externa:
* Pilhas alcalinas: têm boa duração e boa velocidade de recarga de uma foto a outra;
* Pilhas recarregáveis: não duram tanto por carga mas tem longa vida útil. Aquecem
mais que as pilhas alcalinas;
* Bateria externa: tem maior custo, duram mais por carga e são de rápida recuperação
de uma foto a outra.

3. EQUILÍBRIO DE BRANCO (WB)

Como qualquer fonte de luz, o flash tem sua temperatura de cor específica, e para que
tenhamos uma cor equilibrada (caso esta seja a intenção), é necessário atentar para
alguns ajustes.

A temperatura de cor do flash varia entre 5000k e 5500k. Para uma iluminação feita
tendo flash como luz principal, é importante que o WB seja feito baseado na luz do
flash (desde que a cor do ambiente não interfira na foto se rebatermos o flash). Às
vezes temos duas cores diferentes de iluminação: o flash e a luz ambiente (neste caso
o flash à esquerda da modelo e a luz ambiente à direta). Para corrigir isso existem
gelatinas de diferentes cores que colocamos à frente do flash para alcançarmos o
equilíbrio de cores.
4. O MODO MANUAL (M)
No modo manual, podemos ajustar de maneira precisa a intensidade do flash. Assim é
possível controlar a exposição e a distância de cobertura do flash. Ao configurar, saiba
que 1/1 corresponde à potência máxima do flash, e 1/64 ou 1/128 à potência mínima.

Uma vez selecionada a intensidade, o flash irá emitir sempre a mesma quantidade de
luz. Este modo é indicado quando a distância entre o flash e o motivo não se alteram.
Uma foto pode ser feita usando apenas luz ambiente (contínua), apenas luz do flash
(instantânea), ou ambas.

Fatores que influenciam apenas a intensidade do flash:


1 - Carga do flash; 2 - Distância; 3 - Zoom do flash.

Fator que influencia apenas a intensidade da luz ambiente: Velocidade.

Fatores que influenciam ambos (flash e luz ambiente):


1 – ISO 2 - Diafragma (f)

4.1. Lei do inverso do quadrado da distância (aplica-se apenas a fontes


pontuais):

A cada vez que eu dobro a distância do meu objeto, a quantidade de luz que incide
sobre ele reduz para um quarto do total. Ou, se eu reduzo pela metade a distância do
meu objeto, a quantidade de luz que incide sobre ele quadruplica.

4.2. Modo manual com prioridade de distância (Nikon):

Neste modo, introduzimos o valor da distância onde queremos iluminar, e o flash


controlará automaticamente a intensidade da luz emitida. Combinada com o
diafragma, a distância focal e o ISO ajustados, é possível obter fotografias com
iluminação correta que tenham a mesma exposição mesmo alterando o valor desses
parâmetros.

5. O MODO AUTOMÁTICO (TTL – THROUGH THE LENS)


Aqui o flash controla automaticamente a quantidade de luz que irá emitir na foto
baseado nas configurações e leitura da câmera. O flash dispara um pré-flash somente
para realizar a leitura da luz, e, baseado nas configurações de ISO, diafragma, e na
distância do motivo, emite o pulso que de fato iluminará a foto.

É de fácil uso e indicado em situações dinâmicas, ou seja, quando a distância entre o


motivo e o flash se alteram constantemente (eventos sociais, por exemplo). Como
basea-se no fotômetro da câmera, é passível de erros cometidos por este na leitura de
ambientes ou objetos muito claros ou muito escuros, uma vez que sua leitura basea-se
na luz refletida.

5.1. O modo TTL-BL (Nikon)

O nível de intensidade do flash ajusta-se automaticamente para obter uma exposição


bem equilibrada entre o tema principal e o fundo.
Este modo é especialmente útil quando se dispara em cenas que possuam espelhos,
paredes brancas ou outras superfícies reflexivas.
5.2. Compensação de exposição

Dependendo da situação, podemos ajustar o flash para disparar com uma potência
acima ou abaixo do que ele normalmente dispararia (+1.0 EV, -1.3 EV, etc.). A
compensação permite-lhe modificar a exposição do flash quando aparece na fotografia
um motivo que possui um nível de reflexão elevado ou baixo, ou então quando deseje
fotografar com suas preferências criativas.

Os flashes são capazes de variar até 3 pontos de compensação para mais ou para
menos.

Ainda neste modo, é possível realizar uma leitura localizada de uma cena, através da
função FEL (Canon) e FV-Lock (Nikon).

6. ZOOM DO FLASH
Os flashes são capazes de aumentar ou diminuir o ângulo de iluminação através da
sua configuração de zoom. Quanto maior o número, mais concentrado será seu pulso
de luz.
7. FLASH À DISTÂNCIA
Existem alguns meios de fazer o flash disparar à distância. Vamos aos principais:
* Via cabo de sincronismo (PC connector): poucas câmeras hoje têm este recurso.
Custo baixo, dificilmente falha. Indicado para estúdio;
* Via transmissão ótica (infra-vermelho): a vantagem é que a maior parte das câmeras
dispõem desse meio de transmissão. Além disso, todos os principais flashes da Canon
e Nikon estão preparados para receber esse tipo de comando. Pode ser feito a partir
do flash embutido ou por dois ou mais flashes externos. A desvantagem é que o flash
remoto deve "enxergar" o flash principal de alguma forma para disparar;
* Via rádio-frequência: prático e bastante funcional por não necessitar que um flash
esteja "visível" a outro, por não usar a luz para se comunicar. Necessita a aquisição de
um aparelho específico (radio flash).

8. VELOCIDADE DE SINCRONISMO
Máxima velocidade com a qual o flash e o obturador da
câmera conseguem trabalhar juntos para uma exposição
completa da cena.

A maior parte das câmeras vêm com uma velocidade


máxima de sincronismo de 1/250s. Isso significa que acima
deste tempo não há momento em que o obturador fica
completamente aberto para permitir a entrada de luz do
flash. Portanto, para que o flash possa ser usado em
velocidades tão altas, ele deverá fazer vários disparos e ir
preenchendo com luz em diversos momentos dessa curta
exposição.
Embora as câmeras e flashes permitam ser configuradas com tempos tão curtos, em
tais situações a potência do flash cai gradativamente quanto menos for o tempo de
exposição (uma vez que o flash deverá fazer vários disparos em uma mínima fração
de segundo).

Assim, quando dizemos que uma câmera sincroniza até 1/200, quer dizer que 1/200 é
a velocidade máxima em que seu obturador, ao menos por um instante, fica
completamente aberto na exposição. Nesse instante ela disparará o flash. Essa
“velocidade limite” varia de acordo com a marca e modelo da câmera.
8.1. Sincronismo em alta velocidade:

Permite utilizar o flash com qualquer velocidade. Esta função é útil quando se deseja
utilizar um diafragma aberto para provocar uma pequena profundidade de campo
nítido sem preocupar-se com a velocidade de sincronismo. Exemplo: Retrato com
flash e efeito de pequena profundidade de campo em um dia ensolarado.

8.2. O Sincronismo em baixa velocidade:

Permite utilizar o flash com velocidade baixas. Esta função é útil quando se deseja
capturar bem a luz ambiente ou para provocar sensação de movimento. Exemplo:
Captura de luz ambiente num local fechado e uso de flash para destacar o primeiro
plano.

Para utilizar o sincronismo em baixa velocidade, basta ajustar a velocidade do


obturador abaixo da velocidade de sincronismo.
Quanto mais baixa a velocidade, maior será a entrada de luz ambiente e maior será o
movimento na cena. Lembre-se que diminuir a velocidade não irá influenciar na
captura da luz do flash, somente da luz ambiente.

9. FOTOMETRIA COM O FLASH


9.1. Flash como Luz principal:

O flash é encarregado de iluminar o motivo


principal, mas é feita a captura de luz
ambiente para que o fundo apareça. Nesse
caso a luz do flash é a principal e a luz do
ambiente é secundária.

É importante buscar um equilíbrio da luz do


ambiente com a iluminação do flash. Por
exemplo, o equilíbrio da luz do por do sol com
uma exposição correta com o flash. Outro
exemplo é a mistura da luz de um ambiente
fechado com a luz do flash. Quando o
equilíbrio não é usado fundos podem aparecer
escuros.

9.2. Flash como luz de preenchimento:


Deve ser feita a captura da luz ambiente com
a fotometria da câmera e o flash será utilizado
para preencher as sombras com luz. Nesse
caso a luz ambiente é a principal e a luz do
flash é secundária.
9.3. Outros ajustes

É possível capturar a luz ambiente utilizando a velocidade do obturador, o ISO e a


abertura do diafragma. Porém devemos ter consciência das consequências da
alteração de cada um desses recursos:

- Velocidades muito baixas podem deixar as fotos com movimento ou tremidas;


- ISO muito alto pode provocar ruído;
- Diafragma muito aberto pode diminuir muito a profundidade de campo.

Devemos então pensar na melhor combinação entre velocidade, diafragma e ISO


para conseguirmos capturar a luz do fundo de acordo com a situação imposta, afim de
não comprometer muito o movimento, a profundidade de campo e o ruído.

10. DEMAIS FUNÇÕES


Os flashes atuais nos permitem realizar alguns efeitos que podem tornar nossas
fotografias interessantes.

10.1. Bokeh

Bokeh é um termo japonês que significa “desfoque” (“blur”, em inglês). Refere-se ao


efeito de desfoque, provocado pela falta de profundidade de campo quando
geralmente usamos lentes com uma abertura grande, focando o sujeito em primeiro
plano e desfocando o fundo.

O flash é usado para realçar o primeiro plano e a luz do fundo é capturada com a
ajuda do diafragma aberto, ISO alto e baixas velocidades. Um melhor resultado é
conseguido com objetivas com grandes aberturas, como f/1.4.
10.2. Luz de modelagem

O flash dispara repetidamente com um nível baixo de intensidade. Isto é muito útil para
comprovar a iluminação e as sombras projetadas sobre o tema antes de tirar
realmente a fotografia. Basta apertar o botão de previsão da profundidade de campo.

10.3. Disparo em primeira ou segunda cortina

O disparo do flash pode ocorrer quando a primeira cortina do obturador chegar ao seu
percurso final, ou no momento anterior ao fechamento da segunda cortina, ou seja, o
flash pode congelar o início ou o final de um movimento, respectivamente.

O sincronismo na segunda cortina é especialmente útil quando se deseja criar efeitos


de movimento na imagem.

10.4. Flash estroboscópico (multi ou RPT)

O flash dispara várias vezes durante a exposição. A cada disparo o flash irá congelar o
motivo. Neste modo, é possível configurar quantos disparos serão dados e a
frequência, ou seja, a quantidade de disparos por segundo (Hertz).

Alguns parâmetros devem ser definidos:

• Tempo do evento: tempo de exposição


para captura do movimento. É definido
pela velocidade da câmera.
• Potência do flash: A que distância o
flash iluminará.
• Número de disparos: quantas vezes a
cena será congelada.
• Frequência de disparos: quantos
disparos por segundo.

Frequência (Hertz) = Nº de disparos


tempo
10.5. Light Painting

É uma técnica fotográfica onde a longa exposição registra o movimento de uma


origem luminosa, permitindo assim a composição espacial de desenhos com os
“pincéis de luz”.
O flash muitas vezes é usado no light painting para iluminar e marcar o motivo em
algum momento da exposição.

JD WEIHER
11. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
 

   
 
 

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