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RESUMO
Trataremos de algumas das formas como a temática indígena foi abordada no início do
século XX brasileiro, nos detendo especialmente em dois ensaios: O colono preto como
fator de civilização brasileira (1918) de Manuel Querino e Retrato do Brasil: ensaio sobre a
tristeza brasileira (1928). Neste recorte, houve um intenso debate da multiplicidade étnica
através, principalmente, de uma tensão entre as teses racistas e racialistas (que hierar-
quizavam povos, culturas e sociedades) e das perspectivas culturais (que explicavam as
diferenças entre os povos através das diversidades de suas culturas). Acreditamos que,
apesar de se tratar de um espaço onde o racialismo europeu era entendido como uma
perspectiva científica de certo prestígio, houve certa importância das explicações cultu-
rais entre parte expressiva da intelectualidade brasileira, já que foi preciso desmistificar
ideias que queriam imputar um lugar de inferioridade aos latino-americanos e, portanto,
aos brasileiros. Para discorrer acerca das possibilidades destas tensões, acreditamos
ser importante salientar a obra destes dois intelectuais que possuíam entre si grandes
diferenças espaciais, étnicas, sociais, econômicas e cultuais.
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História do Brasil: uma compreensão antropológica, social, filosófica e política
INTRODUÇÃO
“Vivemos tempos turbulentos”: esta tem sido uma frase rotineira em nossa atualidade
pandêmica. O isolamento social, a falta de perspectivas futuras, o medo, são situações e
sentimentos que têm nos feito questionar sobre o valor da vida acima das coisas, e infe-
lizmente o inverso também. Essa situação é uma realidade ainda mais frequente para os
povos originários no Brasil. Alvos de depreciações contínuas, os povos indígenas vivem
esses “tempos turbulentos” em uma realidade de longa duração desde as primeiras inva-
sões. Mesmo assim, é fundamental apontar que também presenciamos resistências à estas
construções de estereótipos.
Desde a redemocratização do país, conseguimos perceber a ascensão das vozes dos
povos originários: não que elas não estivessem em atividade antes de 1988, mas não estavam
sendo ouvidas pelas camadas mais distantes de suas realidades. Assim, retomando o que
Djamila Ribeiro (2019) tem defendido, destacamos as vozes desses povos originários pelas
perspectivas de seus lugares de fala, como resistências às violências físicas e simbólicas
que sofreram, e infelizmente ainda sofrem. Também ressaltamos que para falarmos de um
lugar de fala, precisamos delimitar o lugar de escuta, e é este lugar o ponto chave de nosso
texto, destacando também nosso papel como autores.
Partimos então de uma proposta de circularidade de ideias em diferentes espaços
(rompendo a noção de margem e centro), e como elas eram apresentadas no início do sé-
culo XX no Brasil. Dentro de uma camada letrada, a produção de ensaios se mostrou como
um importante meio cujo qual essas ideias eram divulgadas e debatidas. Por isso, aborda-
remos a tematização dos grupos étnicos no interior de uma determinada escrita da história
em dois ensaios da primeira metade do século XX, respectivamente, O colono preto como
fator de civilização brasileira (1918) de Manuel Querino e Retrato do Brasil: ensaio sobre
a tristeza brasileira (1928) de Paulo Prado. Este esforço procura compreender se, durante
a tematização do indígena nestes ensaios, há uma perspectiva eurocêntrica, racialista (se-
gundo os princípios equivocados da época), se há uma percepção culturalista, uma tensão
a qual transita entre estas abordagens ou, ainda, outras possibilidades.
É preciso destacar de sobremaneira que a abordagem de ambos os autores em suas
obras parte, na maioria das vezes, de uma generalização frequente no período, que ain-
da se encontra em nossa atualidade: a nomenclatura “indígena” ou “índio”. Desta forma,
é necessário delimitar que essa generalização é intensamente problemática, já que não
especifica de quais povos os autores falam, invisibilizando-os em uma denominação impal-
pável e, equivocadamente, universal. Essa difusão nos acomete de inúmeros problemas,
destacando tanto o apagamento desses povos, quanto também da criação de uma “mitologia
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História do Brasil: uma compreensão antropológica, social, filosófica e política
de identidade indígena única”1. No entanto, ao mesmo tempo que essa abordagem ocorre
através de ambos os intelectuais trabalhados neste texto (Querino e Prado), os autores fa-
zem também algumas abordagens de valorização – considerando os devidos limites destes
autores - das culturas originárias no Brasil. Podemos perceber que a generalização, que
continua frequente em muitos trabalhos, pesquisas, falas e ideias em nossa contempora-
neidade, faz parte de um racismo estrutural, afinal “o racismo é uma ideologia, desde que
se considere que toda ideologia só pode subsistir se estiver ancorada em práticas sociais
concretas” (ALMEIDA, 2018, p. 52).
Antes de tudo, é importante mencionar a diferença de volume entre os dois materiais:
o ensaio de Prado possui duzentas e dezessete páginas (217), enquanto de Querino, possui
vinte e nove (29). Ainda mais, Prado possuía amplo envolvimento no interior do mercado
editorial, do qual também foi financiador, investindo intensamente na divulgação de seu livro.
Seu ensaio, ao fim, foi debatido incansavelmente em diversas publicações em periódicos
do início do século XX, onde podemos encontrar, em alguns deles, não só a sugestão para
a sua leitura como também a publicidade indicando a venda do livro.
No caso de Querino, intelectual negro de origem pobre, ainda que possamos encontrar
a indicação de seus livros como referencial para o estudo da cultura, história e artes afro-
-brasileiras em alguns poucos periódicos de sua época, sua presença era tímida. Em uma
comunidade intelectual composta em sua maioria por homens brancos e filhos da elite
econômica do sudeste do país, e ainda em um momento de debates que se intensificavam
em torno das questões racialistas, infelizmente suas contribuições foram silenciadas, e este
silêncio ecoa em nossa atualidade. Neste sentido, em uma edição do periódico “O Malho”,
de dezembro de 1924, podemos encontrar o seguinte esclarecimento sobre a disponibili-
dade do livro de Querino A Bahia de Outrora (1916), a pedido de um dos leitores: “Lineses
(S. Paulo) – Conforme o prometido averiguamos o que deseja: o livro ‘Bahia de Outrora’ de
Manoel Quirino não existe no Rio, porém, pode dirigir-se ao editor Romualdo dos Santos -
Livraria Catilina, Bahia” (O MALHO, 1924, sem página).
Em contrapartida, Prado (1869-1943), que era filho da elite cafeicultora paulista, foi
letrado central no movimento modernista, tanto no seu financiamento como na participação
intelectual como editor e escritor. Filho de Antônio da Silva Prado e Maria Catarina da Costa
Pinto e Silva, sobrinho de um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras,
Eduardo Prado (1860-1901), Paulo Prado herdou de sua família a atividade de produtor de
café e a presidência da maior empresa de exportação de café do país em sua época, a Casa
Prado, Chaves & Cia. Prado teve participação fundamental junto com sua esposa, Marinette
Prado, na Semana de Arte Moderna de 1922, e foi mecenas do grupo modernista paulista:
1 Para leitura detida, consultar o texto de Helena Azevedo Paulo de Almeida, “A mitologia de uma “identidade indígena” única e a sua
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transmutação em “caboclo”: uma perspectiva em longa duração” (no prelo).
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consegue transmitir (GUMBRECHT, 2010).
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tornar parte do corpo nacional através do violento ideal civilizacional eurocêntrico.
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História do Brasil: uma compreensão antropológica, social, filosófica e política
(…) o nosso problema é, pois, diferente do norte-americano, que é complexo
pelo conflito racial que aqui não existe e pelas dificuldades econômicas e
políticas, sem solução nos Estados Unidos, a não ser pelo extermínio de um
dos adversarios (PRADO, 1928, p. 106).
Este entendimento diz respeito ao que foi sendo configurado como o mito da “democra-
cia racial”, de uma suposta existência harmoniosa entre as diversidades étnicas, reconhe-
cidas no Brasil. Saliento que, mesmo no interior desta historicidade, há muitas perspectivas
que não soam preconceituosas somente para nossa contemporaneidade, mas para muitos
intelectuais das diversas mídias da época, por exemplo, aqueles compreendidos hoje como
Imprensa Negra. Como mencionado, Prado entende que os excessos de uma vida individual
focada na perpetuação das “paixões” e a falta justamente de uma existência institucional
moderadora teria sustentado uma sociedade exacerbadamente direcionada a saciar os
desejos sexuais.
Prado julga equivocadamente que a moralidade das etnias indígenas se voltava à exa-
cerbação sexual, e por isso, acredita que este suposto comportamento exacerbado estimulou
os colonos à luxúria. Ainda mais, para o autor:
É importante dizer que este é mais um estereótipo construído desde o período colonial,
a partir das primeiras invasões. Por meio de uma ideia ambivalente entre civilidade e selva-
geria, construiu-se em uma perspectiva de longa duração através da aproximação da nudez,
logo, da luxúria, da degenerescência, emfim, de uma violenta ideia de “selvageria”. Nesta
percepção, a luxúria só existe a partir da nudez, que faz com que o olhar do colonizador:(…)
mergulhado em seu código cultural, recorra aos simulacros que já tem internalizados e aplica
a construção racional, convocando-se, por estar, por ‘ser’ vestido, à oposição. A essa altura,
ele tematiza o olhar e vai preenchendo, por hipóteses, todo o percurso de significação da
nudez, estabelecendo, assim, uma convergência de significação entre nudez e vergonha
(LIMBERTINI, 2012, p. 108).
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4 A saber, Moritiz Wagner desenvolveu a teoria evolutiva de que o isolamento geográfico propicia a especialização.
Manuel Querino (1851-1923) foi um importante intelectual negro baiano: foi profes-
sor, desenhista, pintor, jornalista, etnógrafo e historiador. Nascido em Salvador, foi ativo
na causa abolicionista e republicana. Ficou órfão aos quatro anos de idade, quando então
foi apadrinhado por Manuel Correia Garcia, político, poeta e professor da Escola Normal
de Salvador, além de fundador do primeiro Instituto Histórico da Bahia, em 1856. Serviu
na Guerra do Paraguai na “escrita do batalhão” e foi capitão da Guarda nacional na Bahia.
Formou-se em Desenho Geométrico no Liceu de Artes e Ofícios e na Academia de Belas
Artes, onde também trabalhou. Também foi correspondente do Instituto Histórico do Ceará
e da Sociedade Acadêmica de História Internacional de Paris. Escreveu livros didáticos
sobre desenho geométrico, sobre história, sobre as artes na Bahia, sobre etnografia da
população baiana afro-brasileira e sua cultura alimentar através de perspectivas antropoló-
gicas (LEAL, 2009).
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História do Brasil: uma compreensão antropológica, social, filosófica e política
Seu curto ensaio, O colono preto como fator de civilização brasileira (1918), assim como
o ensaio de Prado, é perpassado por uma escrita da história com elementos lógico-formais
e estéticos. Deste modo, concatena o uso de uma escrita voltada para aspectos metódicos
e teóricos, através de debate bibliográfico, citações de fontes e crítica documental, estrutu-
rando uma narrativa argumentativa onde, ao mesmo tempo, descreve a materialidade de
determinadas situações, apontando os corpos dos sujeitos envolvidos, indicando o sensorial
e o afetivo. A partir disto, seu texto tematiza a escravidão e suas resistências, mas também
trata da elaborada participação dos sujeitos africanos e afrodescendentes na constituição
do que hoje chamamos de Brasil. Naquele período, o autor já defendia que o projeto de
progresso e civilização do Estado-Nação moderno apenas seria possível devido às ações
e elementos culturais da população negra.
Os indígenas são tematizados neste ensaio como sujeitos que resistiram à violência
colonizadora dos europeus, assim como aqueles das etnias africanas. No entanto, a ação
Jesuíta para tentar subjugar as etnias indígenas é entendida como não violenta. Nota-se
também, sobre a presença Jesuítica, a defesa de um projeto salvacionista em relação aos
indígenas, o qual defendia que aqueles povos teriam sido privados de uma “vida adequada”
que agora, através da salvação da religião cristã e da civilidade, poderiam usufruir. Essas
mudanças violêntas inseridas no cotidiano ameríndio foram sendo construídas gradativa-
mente, sendo naturalizadas ao longo do tempo (e ainda são) como melhorias. Por isso, é
importante dizer que as pesquisas dentro das humanidades ainda carecem de uma biblio-
grafia decolonial, com intuito de denunciar essas violências simbólicas que, no decorrer do
tempo, se tornaram físicas.5 Neste ensaio de Querino, há uma percepção do indígena como
aquele que veio da selva (silvícola), como errante, como se houvesse uma menor elaboração
em suas estruturas sociais:
5 Temos, com isso, o exemplo de um indígena que, acusado de homossexualidade, foi executado com um disparo na boca de um
canhão, no início do século XVII. Esse evento cruel foi registrado em Continuação da História das Coisas Mais Memoráveis Acon-
tecidas no Maranhão nos anos de 1613 e 1614, pelo frade francês Yves Devreux. Leia mais sobre a invisibilidade dos indígenas
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LGBTQI+ no texto “Tybyra e a invisibilidade LGBTQIA+ indígena”, de Helena Azevedo Paulo de Almeida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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História do Brasil: uma compreensão antropológica, social, filosófica e política
Ambos, Prado e Querino, salientam a pulsão por liberdade como importante caracterís-
tica indígena, sendo este um importantíssimo elemento para uma organização social sadia.
Prado percebe este impulso como essencial para se rebelar contra as autoridades tiranas,
mas acredita que seus excessos poderiam levar a alguma desordem.
Em nenhum momento, Querino menciona perspectivas racialistas, ou melhor, o autor
não entende que as capacidades étnicas dos sujeitos limitam suas capacidades de ação.
Para ele, há um embate violento por meio dos interesses socioeconômicos dos colonizadores
europeus e, a partir daí, ocorria a reação das etnias agredidas. Querino compreende que
existem diferenças culturais entre os sujeitos, e isto por si só é um diferencial no período,
pois salienta a consciência por parte do autor de uma rica pluralidade e multiplicidade cultu-
ral. Já Prado, ainda que pareça inseguro quanto a veracidade ou não de alguns argumentos
racialistas, em geral, entende que o elemento cultural explica as diferenças entre os mais
diversos grupos sociais, e não impossibilidades atávicas ao elemento étnico.
No interior destas possibilidades, é possível perceber a complexidade desta tempora-
lidade, onde perspectivas e projetos em torno do ideal de progresso e de civilização (dois
conceitos centrais na experiência moderna) se encontram em disputa. No entanto, é impor-
tante salientar que estes dois ideais, em geral, silenciam determinadas vozes, nos fazendo
sempre indagar se o subalterno pode realmente falar (SPIVAK, 2010). Este foi o caso de
Manuel Querino, intelectual negro de origem modesta, e que foi constantemente questio-
nado em suas argumentações contra propostas racialistas, em voga no período. Há aí uma
dessemelhança evidente: a discriminação social e cultural que limita as possibilidades de
representação e participação dos múltiplos sujeitos.
REFERÊNCIAS
1. AGUIAR, Isabel Cristina Domingues. Prado e a semana de Arte Moderna: ensaios e corres-
pondências. 2014. Tese (Doutorado em Letras) - Faculdade de Ciências e Letras de Assis,
Universidade Estadual Paulista, Assis, 2014.
2. ALMEIDA, Silvio. O que é Racismo Estrutural? Belo Horizonte: Editora Letramento, 2018.
3. BASTOS, Elide Rugai. “A sociologia nos anos 30. Uma revisão crítica da articulação: raça e
cultura”. In: D’INCAO, Maria Angela (org.). História e ideal. Ensaios sobre Caio Prado Júnior.
São Paulo: Unesp; Brasiliense, 1989.
7. COSTA, Jean Carlo de Carvalho. Nação, estado e raça em Manoel Bomfim: a impertinência
bomfiniana em torno da identidade nacional. Cronos (Natal), v. 9, p. 417-438, 2008. Disponível
em: <http://www.periodicos.ufrn.br/ojs/index.php/cronos/article/viewFile/1786/pdf_37>. Acessos
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8. CUNHA, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Claro
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9. De Tudo. O Malho, Rio de Janeiro, 20 de dez., 1924, n.º 1.162, p. 6. Disponível em:<http://
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10. GAGLIARDI, José Mauro. O Indígena e a República. São Paulo: Editora HUCITEC, 1989.
11. GIL, Gilson. Gilberto Freyre versus Paulo Prado: a questão da identidade nacional brasileira.
Ci. & Tróp. v. 22, n. 2, p. 211-220, jul./dez. 1994.
12. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de presença; o que o sentido não consegue transmitir.
Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-RIO, 2010.
13. LEAL, Maria das Graças de Andrade. Manuel Querino: entre letras e lutas; Bahia:1851-1923.
São Paulo: Annablume, 2009.
15. PAULO DE ALMEIDA, Helena Azevedo. Tybyra e a Invisibilidade LGBTQI+ indígena. In: HH
Magazine – humanidades em rede, 24 de fevereiro de 2021. Disponível em: <https://hhmaga-
zine.com.br/tybyra-e-a-invisibilidade-lgbtqia-indigena/>. Acesso em 25/03/2021.
16. PRADO, Paulo. Retrato do Brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira. São Paulo: Oficinas Grá-
ficas Duprat-Mayença (reunidas), 1928.
17. QUERINO, Manuel. O colono preto como fator da civilização brasileira. Jundiaí: Cadernos do
mundo inteiro, 2017.
18. RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo, Editora Jandaíra. Edição do Kindle, 2019.
19. SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no
Brasil. 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
20. SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
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História do Brasil: uma compreensão antropológica, social, filosófica e política