Fisiologia do Ciclo Menstrual

O QUE É? dura 21 a 35 dias. Os extremos da vida

 No ciclo menstrual normal:
-A produção cíclica ordenada do hormônio e
proliferação paralela do revestimento uterino
prepara para a implantação do embrião.
reprodutiva (após menarca e perimenopausa)
são caracterizados mais altas de ciclos
anovulatórios ou ciclos irregulares.
VARIAÇÕES HORMONAIS

-Os distúrbios do ciclo menstrual e da

fisiologia menstrual podem levar a vários
estados patológicos, incluindo infertilidade,
aborto recorrente e malignidade.
CICLO MESNTRUAL NORMAL

O ciclo menstrual normal é dividido em 2

segmentos:

 Ciclo ovariano: divido em fase folicular

e fase lútea
 Ciclo uterino: é dividido em fases
folicular e fase secretora
Ciclo Ovariano

 Fase folicular: a retroalimentação

hormona promove o desenvolvimento
ordenado de um único folículo
dominante, que deve estar maduro na
metade do ciclo e preparado para a
ovulação.
Média de duração: varia de 10 a 14 dias, a
variabilidade essa duração é responsável pela
maioria das alterações na duração total do ciclo
 Fase lútea: o período da ovulação até o
início da menstruação dura em média 14
dias
Média de duração: o ciclo menstrual normal
duro de 21 a 35 dias, com media de 2 a 6 dias
de fluxo e de 20 ml a 60 ml de perda
sanguínea. Mas estudos apontam que o ciclo
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Há alterações ovarianas, uterinas e hormonais.
São elas:
1. Ao começo de cada ciclo menstrual
mensal, os níveis de esteroides gonodais
são baixos e vem diminuindo desde o
final da fase lútea do ciclo anterior
2. Com a involução do corpo lúteo, os
níveis de FSH começam a se elevar, e
um coorte folicular em crescimento é
recrutada.
Cada um desses folículos secreta níveis
crescentes de estrogênio enquanto se
desenvolve na fase folicular. O aumento de
estrogênio, por sua vez é o estimulo para a
proliferação endometrial
 3. Elevação dos níveis de estrogênio secreção da gonatrofina e um novo
provem de uma retroalimentação crescimento folicular.
negativa sobre a secreção de FSH
Esses hormônios permanecem elevados
hipofisário, que começa a declinar
durante o tempo de vida do corpo lúteo e,
próximo a metade da fase folicular.
então, diminuem com a sua involução,
Além disso, os folículos em crescimento preparando o caminho para um novo ciclo.
produzem inibina-B, que suprime a secreção
de FSH da hipófise. De maneira oposta, o LH
inicialmente diminui em resposta a níveis de ÚTERO
estradiol elevados, mas, em um movimento,
 Mudanças cíclicas do endométrio
mas tardio na fase folicular, o nível de LH é
dramaticamente aumentado (resposta bifásica). Figura 7.10

4. Ao final da fase folicular (pouco antes As mudanças acontecem de maneira ordenada

da ovulação), receptores de LH/FSH-
induzidos estão presentes na superfície
de células da granulosa e, com a
estimulação do LH, modulam a secreção
de progesterona.
5. Após um grau suficiente de estimulação
estrogênica, o aumento repentino de LH
hipofisário é disparado, o que
desencadeara a ovulação, que ocorre de
24 a 36h mais tarde.
A ovulação anuncia a transição para a fase
lútea secretora
6. O nível de estrogênio é reduzido durante
a fase lútea inicial, pouco antes da
ovulação até o meio da fase lútea,
quando começa a se elevar outra vez
como resultado da secreção do corpo
lúteo.
De modo semelhante a inibina-A é secretada
pelo corpo lúteo
em reposta a produção hormonal cíclica pelos
ovários.
O processo histológico do endométrio pode
ser visto em duas partes:
 Glândulas endometriais
 Estroma circulante
Os dois terços superficiais do endométrio
correspondem a zona que prolifera e é
descartada a cada ciclo se não ocorrer
gravidez. Essa porção do endométrio que passa
pelo ciclo é conhecida como decídua
funcionalis ou decida funcional, a qual é
composta de uma zona intermediaria situada
profundamente (stratum spogiosum) e uma
zona compacta superficial (stratum
compactum). A decídua Basalis ou decídua
basal é a região mais profunda do endométrio.
Ela não sofre proliferação mensal significativa,
mas em vez disso é a fonte de regeneração
endometrial após a menstruação.

7. Os níveis de progesterona se elevam  Fase proliferativa

após a ovulação e podem ser usados
O primeiro dia do sangramento vaginal é
como um sinal presumido do que a
chamado de dia 1 do ciclo menstrual. Após
ovulação ocorreu.
as menstruações, a decídua basal é composta
8. A progesterona, estrogênio e a inibina-
A agem centralmente para suprir a
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por brotos glandulares e estroma denso escasso
na sua localização adjacente ao miométrio.
Caracterizada: pelo crescimento mitótico
progressivo da decídua funcional no preparo
para a implantação do embrião em resposta a
elevação dos níveis circulantes de estrogênio.
No inicio da fase: No início da fase
proliferativa o endométrio é fino (1 a 2 mm) , a
mudança durante esse período é a evolução das
glândulas endometriais ( retas, curtas e
estreitas em estrutura longa ou tortuosa)
Ponto de vista histológico: as glândulas em
proliferação apresentam múltiplas células
mitóticas e mudança na sua organização
(padrão colunar baixo – início do período
proliferativo / padrão pseudoestratificado-
antes da ovulação) por todo esse período o
estroma é uma camada compacta densa e
estruturas vasculares não são vistas com
frequência.
 Fase secretora
Em um ciclo típico de 28 dias, a ovulação
ocorre no dia 14. Dentro de 48 a 72 h após a
ovulação, o inicio da secreção de progesterona
produz uma mudança no aspecto histológico
do endométrio ao passar para a fase secretora ,
assim denominada pela presença evidente de
produtos eosinófilicos ricos em proteínas e
secretados na luz glandular .Em contraposição
a fase proliferativa , a fase secretora do ciclo
menstrual é caracterizado pelos efeitos
celulares da progesterona além do efeito.
os efeitos da progesterona são antagonistas
aqueles do estrogênio e há diminuição
progressiva da concentração de receptores de
estrogênio nas células endometriais. Como
resultado durante a segunda metade do ciclo, a
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síntese do DNA induzida pelo estrogênio e a
mitose celular são bloqueados.
Durante a fase secretora, as glândulas
endometriais foram vacúolos característicos
contendo glicogênio, positivos para a
coloração pelo ácido periódico de schiff
No início esses vacúolos aparecem
subnuclearmente então progridem em direção a
luz glandular. Os núcleos podem ser vistos na
porção medial das células e por fim sofrem
secreção apocrina para a luz glandular, em
geral até o dia 19 ou 20 cm do ciclo. No sexto
ou no sétimo dia pós-ovulação, é comum a
atividade secretora das glândulas ser máxima e
o endométrio estar plenamente preparado pra a
implantação do blastocisto.
O estroma da fase secretora permanece sem
modificações histológicas até
aproximadamente o decimo sétimo dia pós-
ovulatório, quando há o aumento
progressivo do edema.
ocorre o edema estromal máximo na fase
secretora tardia, as artérias espiraladas tornam-
se claramente visíveis e então se alongam de
maneira progressiva se espiralando durante o
restante da fase secretora. Por volta do dia 24,
um padrão de coloração eosinófilo, conhecido
como cuffing é visível é no estroma
perivascular. A eosinofilia progride, então para
formar as ilhas no estroma seguidas de áreas
de confluência. Esse padrão de coloração do
estroma edematoso é denominado
pseudodecidualização e razão da sua
semelhança com o padrão que ocorre a
gravidez. Aproximadamente 2 dias antes da
menstruação, há um aumento dramático no
número de linfócitos polimorfonucleares que
migram a partir do sistema vascular. Essa
infiltração leucocitária anuncia colapso do
estroma endometrial e o início do ciclo nascimento restam apenas 1 a 2 milhões de
menstrual. oócitos no ovário. Na puberdade apenas
300.000 estão disponibilizados a ovulação.
 Menstruação
Apenas 400 a 500 serão liberados durante a
Na ausência da implantação, a secreção ovulação. Na menopausa o ovário será
glandular cessa, e ocorre o colapso irregular composto de tecido estromal denso, restando
da decídua funcional. A descamação apenas raros ovócitos interespaçados.
resultante dessa camada do endométrio é
 As mulheres não apresentam capacidade
chamada de mesntruação. A destruição do
de produção de oócitos após o
corpo lúteo com consequente queda da
nascimento
produção de estrogênio e progesterona é a
causa presumida da descamação. Os oócitos entram em estado de repouso da
fase diplotena da meiose no feto e persistem
Com a retirada dos hormônios sexuais, há
nessa fase até a ovulação muito DNA das
um profundo espasmo vascular das artérias
proteínas do RNA mensageiro é sintetizado até
espiraladas que, por fim, leva a isquemia
esse estágio necessários ao desenvolvimento
endometrial. De maneira simultânea a o
de embrião pré-implantação é sintetizada até
rompimento de lisossomo e a liberação de
esse estágio.
enzimas proteolíticas, que depois promovem a
destruição tecidual local. No estágio de diplóteno uma camada única de
oito a dez células da granulosa envolve a
Essa camada do endométrio é então
ovogonia
descamada, deixado a decídua basal como a
fonte subsequente do crescimento endometrial.

As prostaglandinas são produzidas ao longo

do ciclo menstrual e estão em sua concentração
máxima durante a menstruação.

A prostaglandina F2a (PGF2a) é um

vasoconstritor potente, causando
vasoespasmos arteriolar e isquemia
endometrial adicionais. O PGF produz
contrações miometriais que diminuem o fluxo
sanguíneo da parede uterina local e podem
servir para expelir fisicamente o tecido
endometrial descartado no útero.
DESENVOLVIMENTO FOLICULAR OVARIANO .

O número de oócitos alcança seu máximo de 6

a 7 milhões no feto na vigésima semana de
gestação. Atinge o pico máximo na no quinto
mês de gestação ocorre a atrésia das
oogônias por atrésia folicular. Ao
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