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Gestão de Tecnologia e

Inovação para Engenharia


Material Teórico
Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Paulo Renato Pakes

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Elementos Introdutórios à
Gestão da Tecnologia e Inovação

• Introdução;
• Atividade Inovativa;
• As Fontes de Informação e de Cooperação para Inovação;
• Sistemas de Inovação.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Introdução sobre o conceito e tipos de inovação;
• Apresentação do conceito de atividade inovativa;
• Apresentação da Classificação de Fontes de Informação para Inovação;
• Apresentação do Conceito de Sistema de Inovação e dados sobre o Sistema Nacional de
Inovação brasileiro.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

Introdução
Segundo Schumpeter (1988), o desenvolvimento econômico é governado pela
inovação, por meio de um processo dinâmico em que as novas tecnologias suprem
as antigas, um processo determinado por ele como “destruição criadora”.

Dessa forma, o desenvolvimento econômico decorre da introdução de inovações


pelos empresários, ou seja, novas formas de combinar os meios de produção dispo-
níveis. Essas novas combinações são concebidas de modo amplo, podendo tratar-
-se tanto da criação de novos produtos quanto da introdução de novos métodos de
produção, da abertura de um novo Mercado, da conquista de uma nova fonte de
matérias-primas ou, ainda, da criação de uma nova forma de Organização de uma
Indústria – por exemplo, a criação (ou a quebra) de um monopólio.

Nessa visão, as inovações tecnológicas representam a mola propulsora do fenô-


meno do crescimento econômico no Sistema Capitalista, de maneira que as inova-
ções são introduzidas na Economia pelas firmas na busca permanente por lucros
extraordinários. É um processo inerente à concorrência entre firmas e o sucesso
delas depende da eficácia com a qual realizam essa busca, com o Mercado selecio-
nando positivamente às inovações (FINEGOLD, 2006).

Do ponto de vista conceitual, é necessário diferenciar Tecnologias e Técnicas.


A Tecnologia pode ser definida como conhecimento sobre técnicas, enquanto as
técnicas envolvem aplicações desse conhecimento em produtos, processos e méto-
dos organizacionais.

Outra distinção importante é feita entre invenção e inovação. A invenção se refe-


re à criação de um processo, técnica ou produto inédito. Ela pode ser divulgada por
meio de Artigos Técnicos e Científicos, registrada em forma de patente, visualizada
e simulada por meio de protótipos e planta piloto sem, contudo, ter uma aplicação
comercial de sucesso. Já a inovação ocorre com a efetiva aplicação prática de uma
invenção (TIGRE, 2014).

Uma inovação só produz impactos abrangentes quando se difunde amplamente


entre Empresas, Setores e Regiões, desencadeando novos empreendimentos, qua-
lificações, Mercados e práticas produtivas (TIGRE, 2014).

Diversos pesquisadores argumentam que inovações de produto e processo são


centrais para a habilidade das Empresas em criar vantagem competitiva e crescer eco-
nomicamente (JONES; TANG, 2000; NELSON; WINTER, 1982; D ­ AMANPOUR;
ARAVIND, 2006), tendo em vista que elas estimulam o crescimento e a produtividade­

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não somente das Empresas que as desenvolvem, mas também outras Empresas que
as adotam e utilizam. Dessa forma, seus impactos se estendem ao Setor Econômico,
de lá para a competitividade nacional e internacional e, por fim, na balança comercial
(HAGE; MEEUS, 2006).

Para Tidd et al. (2005) e para Francis e Bessant (2005) existem 4 categorias de
inovação, sendo elas:
• Inovação de produto: mudanças nos produtos que uma Empresa oferece;
• Inovação de processo: mudanças na forma em que os produtos são criados
e entregues;
• Inovação de posição: mudanças no contexto em que os produtos são introduzidos;
• Inovação de paradigma: mudanças nos modelos mentais subjacentes que
orientam o que a Empresa faz.
Explor

Sobre tipos de inovação, assista ao vídeo disponível em: https://youtu.be/jueaPN_3Kt8

Já a Lei 10.973/2004 (BRASIL, 2004) – Lei da Inovação – concebe inovação


como a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo ou so-
cial que resulte em novos produtos, processos ou serviços.

Segundo a Lei, a inovação – assim como a invenção – envolve a concepção


ou a realização de uma ideia nova. Mas, para uma novidade se configurar como
inovação, ela tem que ser absorvida pelo ambiente produtivo ou social, ou seja,
concretizada sob a forma de um novo processo, serviço ou produto disponível para
a Sociedade.

O termo criação, também definido na Lei, abrange as invenções e todas as for-


mas de propriedade intelectual passíveis de proteção no Brasil (patentes, modelos
de utilidade, desenhos industriais, programas de computador, topografia de circui-
tos integrados, novas cultivares ou cultivares essencialmente derivadas), bem como
qualquer outro desenvolvimento tecnológico que possa surgir de um novo produto,
processo ou aperfeiçoamento incremental. A inovação, por sua vez, requer que a
criação seja implementada e disponibilizada na sociedade de forma bem-sucedida
(BRASIL, 2004).

O Quadro 1 apresenta uma análise comparativa entre os conceitos de inova-


ção propostos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(2005) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011).

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UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

Quadro 1 – Tipos de inovação


OCDE (2005) PINTEC (2013)
É a geração de um bem ou serviço novo, expressi-
vamente melhorado, que se refere a suas proprie-
dades ou usos antevistos. Dentro desse conceito,
incluem-se melhoramentos significativos em
especificações técnicas, componentes, softwares
incorporados, facilidade de uso ou outras carac-
Inovação terísticas funcionais. As inovações de produto po-
de produto dem utilizar novos conhecimentos ou Tecnologias; Inovação de produto ou processo: implementação de um
podem basear-se em novos usos ou combinações produto (bem ou serviço) novo ou significativamente
para conhecimentos ou Tecnologias existentes. melhorado, ou um processo novo ou significativamente
As inovações de produto incluem a introdução de melhorado. A inovação se refere a produto e/ou processo
novos bens e serviços, e benfeitorias significativas novo (ou substancialmente aprimorado) para a Empre-
nas características funcionais ou de uso dos bens e sa, não sendo, necessariamente, novo para o Mercado/
serviços existentes. Setor de atuação, podendo ter sido desenvolvida pela
É a geração de um novo método de produção Empresa ou por outra Empresa/Instituição. A inovação
ou distribuição ou substancialmente melhorado. pode resultar de novos desenvolvimentos tecnológicos,
Abrange as mudanças significativas em técnicas, de novas combinações de Tecnologias existentes ou da
equipamentos e softwares. As inovações de pro- utilização de outros conhecimentos adquiridos pela Em-
cesso visam a reduzir custos de produção ou de presa (PINTEC, 2013).
Inovação distribuição, melhorar a qualidade, produzir ou
de processo distribuir produtos novos ou significativamente
melhorados. As inovações de processo incluem
métodos novos ou expressivamente melhorados
para a criação e a provisão de serviços, podem en-
volver mudanças substanciais nos equipamentos e
nos softwares utilizados.
É a geração de um novo método organizacional nos
métodos de negócios da Empresa, na organização do
local de trabalho e nas relações externas. Inovações or-
Implementação de novas Técnicas de Gestão ou de
ganizacionais tem foco na melhoria do desempenho da
significativas mudanças na organização do traba-
Empresa por meio da redução de custos administrativos,
lho e nas relações externas da Empresa, com vis-
custos de transação, provocando a satisfação no local de
tas a melhorar o uso do conhecimento, a eficiência
Inovação trabalho e, em decorrência, aumentar a produtividade
dos fluxos de trabalho ou a qualidade dos bens ou
organizacional do trabalho, reduzindo os custos de utilização dos re-
serviços. Deve ser resultado de decisões estraté-
cursos. Os aspectos característicos da inovação organi-
gicas tomadas pela direção e constituir novidade
zacional, em comparação a outras mudanças organiza-
organizativa para a Empresa. Não são incluídas:
cionais, é a geração de um método organizacional que
fusões e aquisições, mesmo sendo a primeira vez.
não tenha sido usado anteriormente na Empresa e que
seja o resultado de decisões estratégicas tomadas pela
alta administração.
É a geração de um novo método de marketing com mu-
danças significativas na concepção ou design do pro-
duto, na embalagem, no posicionamento do produto,
Implementação de novas estratégias ou concei-
na sua promoção ou na fixação de preços. Inovações de
tos de marketing que diferem significativamente
marketing são aplicadas para melhor atender as neces-
dos usados previamente pela Empresa. Supõe
sidades dos consumidores, acender novos mercados, ou
mudanças significativas no desenho ou embala-
reposicionar o produto de uma Empresa no Mercado
gem do produto, nos seus canais de venda, em
Inovação com o objetivo de aumentar as vendas. A característica
sua promoção ou na fixação de preços, sem mo-
de marketing distintiva de uma inovação de marketing confrontada
dificar as características funcionais ou de uso do
com outras mudanças nos instrumentos de marketing
produto. Visam a abrir novos mercados ou repo-
de uma Empresa é a implementação de um método de
sicionar o produto no Mercado. Não são incluídas:
marketing que não tenha sido utilizado previamente
as mudanças regulares ou similares nos métodos
pela Empresa. Isso deve fazer parte de um novo con-
de marketing.
ceito ou estratégia de marketing que representa um
distanciamento substancial dos métodos de marketing
existentes na Empresa.

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Explor
Uma inovação pode ser classificada em mais de uma categoria. O Netflix, por exemplo, pode
tanto ser considerado inovação de processo (novo método de distribuição e, nesse caso, a
entrega de conteúdo para entretenimento de forma digital) quanto também inovação de
marketing (novo método de preços, diferente das locadoras de vídeo, que cobravam por lo-
cação, enquanto o Netflix cobra por mensalidade).

Podemos, ainda, classificar a inovação de acordo com sua amplitude de mudan-


ças tecnológicas.

As mudanças tecnológicas são usualmente diferenciadas pelo seu grau de ino-


vação e pela extensão das mudanças em relação ao que havia antes. O Quadro 2
apresenta a taxonomia das mudanças tecnológicas.

Quadro 2
Tipo de mudança Características
Incremental Melhoramentos e modificações cotidianas
Radical Saltos descontínuos na Tecnologia de produtos e processos.
Mudanças abrangentes afetando mais de um Setor e dando origem a novas
Novo sistema tecnológico
atividades econômicas.
Mudanças que afetam toda a Economia envolvendo mudanças técnicas e organizacionais,
Novo paradigma técnico-econômico alterando produtos e processos criando novas indústrias e estabelecendo trajetórias de
inovações por várias décadas.
Fonte: Tigre, 2014

O nível mais elementar e gradual de mudanças tecnológicas é representado pelas


inovações incrementais. Elas abrangem melhorias feitas no design ou na qualidade
dos produtos, aperfeiçoamentos em layout e processos, novos arranjos logísticos
e organizacionais e novas práticas de compra e venda. As inovações incrementais
ocorrem de forma contínua em qualquer Indústria, embora possa variar conforme
o Setor ou país em função da pressão da demanda, fatores socioculturais, oportu-
nidades e trajetórias tecnológicas. Elas não derivam necessariamente de atividades
de P&D, sendo mais comumente resultado do processo de aprendizado interno e
da experiência acumulada (TIGRE, 2014).

A mudança tecnológica é considerada radical quando rompe as trajetórias exis-


tentes, inaugurando uma nova rota tecnológica. A inovação radical, geralmente,
é fruto de atividades de P&D e tem caráter descontínuo no tempo e nos Setores.
A descontinuidade pode ser caracterizada pelo clássico exemplo de Schumpeter:
“Muitas carroças enfileiradas não formam um trem”, ou seja, a inovação radical
rompe os limites da inovação incremental, dando origem a novas trajetórias tecno-
lógicas (TIGRE, 2014).

O estágio seguinte nesta sequência evolutiva é o das mudanças no Sistema Tec-


nológico, no qual um Setor ou grupo de Setores é transformado pela emergência
de um novo campo tecnológico.

Tais inovações são acompanhadas de mudanças organizacionais tanto no in-


terior da firma quanto em sua relação com o Mercado. Os materiais sintéticos

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UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

de origem petroquímica, como plásticos e elastômetros desenvolvidos a partir da


segunda metade do século XX, são um bom exemplo, pois deram origem a novos
materiais de uso generalizado na Indústria.

A Internet também constitui uma mudança no Sistema Tecnológico, pois vem


revolucionando as formas de interação e criando novas áreas de atividade econômica.

As mudanças no paradigma tecno-econômico, por sua vez, envolvem inovações


não apenas na Tecnologia como também no tecido social e econômico no qual
estão inseridas.

Tais revoluções não ocorrem com frequência, mas sua influência é pervasiva
e duradoura. Um paradigma não é apenas técnico, pois necessita de mudanças
organizacionais e institucionais para se consolidar. Uma mudança de paradigma
abrange vários clusters de inovações radicais e incrementais afetando quase todos
os ramos da Economia.

Os ciclos longos de desenvolvimento são atribuídos a câmbios sucessivos de


paradigma tecnológico como, por exemplo, a máquina a vapor, a eletricidade e as
Tecnologias da Informação. Tais inovações constituíram, em diferentes épocas, os
fatores-chaves que estavam na raiz das transformações tecnológicas e econômicas
mundiais. Para constituir um fator chave de um novo paradigma, uma nova Tecno-
logia deve apresentar as seguintes condições (TIGRE, 2014):
• Custos baixos com tendências declinantes: somente grandes reduções de
custos podem motivar mudanças de comportamento nos agentes econômicos;
• Oferta aparentemente ilimitada: os fatores-chave não podem ser escassos,
pois precisam estar disponíveis de forma abundante e sustentável em longo
prazo. A insustentabilidade econômica e ambiental dos combustíveis físseis
minou o paradigma das inovações intensivas em energia. Já a microeletrônica,
a biotecnologia e a nanotecnologia praticamente não dependem de materiais e
de energia, pois são revoluções em miniatura;
• Potencial de difusão em muitos setores e processos: um fator-chave não
pode ter uso restrito a poucos Setores específicos, mas sim universalmente apli-
cável. A microeletrônica e a nanotecnologia apresentam tal característica, abrin-
do oportunidades de inovação em praticamente todos os setores de atividades.

Na subseção seguinte, apresenta-se o conceito de atividade inovativa, com vis-


tas a elucidar as formas pelas quais uma Empresa que deseja inovar pode chegar
a seu objetivo.

Atividade Inovativa
A inovação pode ser compreendida como parte de uma dinâmica, envolvendo
uma série de atividades inovativas. Mais do que os resultados em si, torna-se de
grande relevância retratar o processo de busca conduzido pelas Empresas e que se

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manifesta nos seus esforços inovativos, pois eles se constituem nos elementos cen-
trais da dinâmica evolutiva presente nos Mercados, em que as Empresas procuram
se tornar mais competitivas.

As opções disponíveis para uma Empresa que deseja inovar, isto é, mudar seus
ativos tecnológicos, capacidades e desempenho de produção são de três tipos: es-
tratégicas, de P&D e de não P&D (OCDE, 2005).

Cabe elucidar que Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) pode ser considerado todo trabalho
Explor

criativo, empreendido de forma sistemática, com o objetivo de aumentar o acervo de co-


nhecimentos e o uso desses conhecimentos para desenvolver novas aplicações, tais como
produtos ou processos novos ou substancialmente aprimorados. O desenho, a construção e o
teste de protótipos e de instalações-piloto constituem muitas vezes a fase mais importante
das atividades de P&D. Inclui também o desenvolvimento de software, desde que este envol-
va um avanço tecnológico ou científico (PINTEC, 2013).

• Estratégicas: como condição prévia necessária à atividade de inovação, as


Empresas têm de tomar — explicitamente ou não — decisões sobre os tipos
de mercados que servem ou tentam criar, e os tipos de inovações que neles
tentarão introduzir;
• de P&D, no caso de:
» A Empresa engajar-se em pesquisa básica para ampliar seu conhecimento
dos processos fundamentais relacionados com o que produz;
» A Empresa engajar-se em pesquisa estratégica (no sentido de pesquisa de
relevância para a indústria, mas sem aplicações específicas) para ampliar a
gama de projetos aplicados que tem à sua disposição, e pesquisa aplicada
para produzir invenções específicas ou modificações de técnicas existentes;
» A Empresa desenvolver conceitos de produtos para julgar se são factíveis
e viáveis; como no caso de: (i) desenho do protótipo; (ii) desenvolvimento e
ensaios; e (iii) pesquisas adicionais para modificação do desenho ou de suas
funções técnicas;
• De não P&D: a Empresa pode engajar-se em muitas outras atividades que não
têm nenhuma relação direta com P&D e que não são definidas como P&D,
mas que, ainda assim, desempenham um papel importante na inovação e no
desempenho corporativos, como por exemplo:
» A Empresa identificar novos conceitos e Tecnologias de produção: (i) por
meio de sua área de marketing e relações com os usuários; (ii) por meio da
identificação de oportunidades de comercialização decorrentes de pesquisa
básica, própria ou de terceiros, ou de pesquisa estratégica, (iii) por meio de
suas capacidades de projeto e engenharia, (iv) monitorando os concorrentes,
e (v) valendo-se de consultores;
» A Empresa desenvolver unidades pilotos e, depois, instalações de produção
em larga escala;

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UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

»» A Empresa adquirir informações técnicas, pagando taxas ou royalties por


invenções patenteadas (que, geralmente, requerem trabalho de Pesquisa e
Engenharia para serem adaptadas e modificadas), ou adquirir know-how
e competências por meio de vários tipos de consultorias de engenharia
e projeto;
»» A Empresa desenvolver competências humanas importantes para a produ-
ção (por meio de treinamento interno) ou adquiridas (por contratação);
»» A Empresa pode também aprender “fazendo” (aprendizado tácito e informal);
»» A Empresa investir em equipamentos de processo ou insumos intermediários
que incorporem o trabalho inovador de outros. Isso pode compreender com-
ponentes, máquinas ou toda uma fábrica;
»» A Empresa reorganizar Sistemas de Gerenciamento e o Sistema Geral de
Produção e seus métodos, incluindo novos tipos de administração de esto-
ques e controle de qualidade e a melhoria contínua de qualidade.

No Manual de Oslo (OCDE, 2005), as atividades de inovação são definidas como


etapas científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais que con-
duzem, ou visam a conduzir à implementação de inovações.

O Quadro 3 apresenta uma análise comparativa entre as classificações de ativi-


dades inovativas propostas por OCDE (2005) e IBGE (2011).

Quadro 3
Oito grupos, segundo
Sete grupos, segundo Pintec/IBGE (2013)
Manual de Oslo (FINEP, 2005)
“Atividade interna de P&D: compreende o trabalho criativo, empreendido
de forma sistemática, com o objetivo de aumentar o acervo de conhecimen-
tos e o uso destes conhecimentos para desenvolver novas aplicações, tais
como produtos ou processos novos ou tecnologicamente novos. O desenho, a
“Pesquisa e Desenvolvimento (P&D): enten- construção e o teste de protótipos e de instalações piloto constituem, muitas
dida como o trabalho criativo desenvolvido em vezes, a fase mais importante das atividades de P&D. Inclui, também, o de-
uma base sistemática a fim de aumentar o es- senvolvimento de software, desde que este envolva um avanço tecnológico
toque de conhecimento existente.” ou científico.”
“Aquisição externa de P&D: compreende as atividades descritas acima,
realizadas por outra organização (Empresas ou Instituições Tecnológicas) e
adquiridas pela Empresa.”
“Aquisição de outros conhecimentos externos: compreende os acordos de
“Aquisição de Tecnologia intangível: aquisi-
transferência de Tecnologia originados da compra de licença de direitos de
ção de Tecnologia na forma de patentes, licen-
exploração de patentes e uso de marcas, aquisição de know-how e outros
ças, know-how e serviços de conteúdo tecnoló-
tipos de conhecimentos técnico-científicos de terceiros, para que a Empresa
gico em geral.”
desenvolva ou implemente inovações.”
“Aquisição de tecnologia tangível: aquisição “Aquisição de máquinas e equipamentos: compreende a aquisição de
de máquinas e equipamentos de cunho tecno- máquinas e equipamentos, hardware, especificamente comprados para a
lógico conectados às inovações de produto e implementação de produtos ou processos novos ou tecnologicamente aper-
processo introduzidas pela Empresa.” feiçoados.”
“Início da produção: compreende as modi- “Treinamento: compreende o treinamento orientado ao desenvolvimento
ficações (retrabalho) de produto e processo, de produtos/processos tecnologicamente novos ou significativamente aper-
treinamento de pessoal nas novas técnicas e feiçoados às atividades inovativas da Empresa, podendo incluir aquisição de
lote experimental.” serviços tecnológicos especializados externos.”

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Oito grupos, segundo
Sete grupos, segundo Pintec/IBGE (2013)
Manual de Oslo (FINEP, 2005)
“Introdução das inovações tecnológicas no mercado: compreende as ati-
“Marketing de novos produtos: atividades em vidades de comercialização, diretamente ligadas ao lançamento de produto
conexão com o lançamento do novo produto a tecnologicamente novo ou aperfeiçoado, podendo incluir: pesquisa de Mer-
diferentes mercados, comercialização pioneira.” cado, teste de Mercado e publicidade para o lançamento. Exclui a construção
de Redes de Distribuição de mercado para as inovações.”
“Aquisição de software: compreende a aqui-
sição de software (de desenho, de Engenharia,
de processamento e transmissão de dados,
voz, gráficos, vídeos, para automatização de
processos etc.), especificamente comprados
para a implementação de produtos ou proces-
sos novos ou tecnologicamente aperfeiçoados. “Projeto industrial e outras preparações técnicas para a produção e a
Não inclui aqueles registrados em atividades distribuição: refere-se aos procedimentos e preparações técnicas para efe-
internas em P&D.” tivar a implementação de inovações de produto ou processo. Inclui plantas
e desenhos orientados para definir procedimentos, especificações técnicas
“Design: atividades relativas à definição de
e características operacionais necessárias à implementação de inovações de
procedimentos, especificações técnicas e as-
processo ou de produto. Inclui mudanças nos procedimentos de produção e
pectos operacionais necessários à produção do
controle de qualidade, métodos e padrões de trabalho e software requeridos
novo produto ou implementação do novo pro-
para a implementação de produtos ou processos tecnologicamente novos
cesso. O design artístico também é considerado
ou aperfeiçoados, assim como as atividades de Tecnologia Industrial básica
uma atividade inovativa quando diretamente
(metrologia, normalização e avaliação de conformidade), os ensaios e testes
relacionado ao novo produto ou processo (ou
(não incluídos em P&D) para registro final do produto e para o início efetivo
seja, design meramente estético não é conside-
da produção.”
rado atividade inovativa).”
“Engenharia Industrial: aquisição ou mudan-
ça nos equipamentos, ferramentas, procedi-
mentos de controle de qualidade, métodos e
padrões visando à manufatura do novo produ-
to ou aplicação do novo processo.”
Fonte: Adaptado de Parolin, 2008

A Figura 1 apresenta a evolução das taxas de inovação e de P&D interno nas


Empresas brasileiras entre o período de 2000 e 2011:

45
40
38,1
35 35,6
33,9 33,4 Inovadoras
31,5 32,1 31,7
30 Inovadoras em
26,9 26,9 processo
25 25,2
22,9 Inovadoras em
20 20,3 19,5 produto
17,6 17,3 Empresas com
15
P&D interno
10 10,3
5,9 5,5
5 5
4,2
0
2000 2003 2005 2008 2011
Figura 1 – Taxas de inovação e de incidência de P&D interno
Fonte: IBGE, 2013

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UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

Como visto na Figura 1, o nível de Empresas com P&D interno no Brasil aumen-
tou entre o período de 2008 e 2011, entretanto, ainda constitui o segundo nível
mais baixo auferido pela PINTEC no período analisado.

No que se refere ao gasto com P&D externo nas Indústrias (no qual se inclui a
relação com ICTs), este aumentou somente 0,4% na composição de gastos em ati-
vidades inovativas entre os períodos de 2008 e 2011.

Segundo Sbragia et al. (2006), a falta de investimentos em atividades inovativas


dentro das Empresas brasileiras fez com que elas não fossem dotadas de produtos
competitivos no Mercado internacional.

As Fontes de Informação
e de Cooperação para Inovação
O processo de inovação pode ser favorecido por diversas fontes de informação –
como fontes internas (dentro da Empresa), fontes externas (de Mercado, Educacio-
nais e de Instituições de Pesquisa) e outras informações – e pode ser prejudicada
por fatores econômicos, referentes à Empresa ou não, conforme visto no quadro 4
(OCDE, 2005).

Quadro 4 – Fontes de informação para a inovação


Fontes internas (dentro
Fontes externas Instituições Informações
da Empresa ou do
(de Mercado/comerciais) Educacionais/Pesquisa geralmente disponíveis
grupo Empresarial)
• P&D dentro da • Concorrentes; • Instituições de ensino • Divulgações de
Empresa; • Aquisição de Tecnologia superior; patentes;
• Marketing; incorporada; • Institutos • Conferências, reuniões
• Produção; • Aquisição de Tecnologia não governamentais de e jornais profissionais;
• Outras fontes internas. incorporada; pesquisa; • Feiras e mostras.
• Clientes ou fregueses; • Institutos privados de
• Empresas de consultoria; pesquisa.
• Fornecedores de equipamentos,
materiais, componentes e software.
Fonte: OCDE, 2005

A maioria das Empresas tem larga gama de fontes potenciais de informações


técnicas e suas importâncias variam de acordo com as capacidades tecnológicas e
estratégias empresariais.

As fontes de mudança podem ser internas ou externas. Internamente, é provável


que o interesse se concentre no papel — ou papéis — do departamento de P&D
e no envolvimento de todas as partes da Empresa, particularmente da Área de
Marketing, nas decisões de inovar e nas atividades de inovação. Externamente, as
fontes remetem às instituições públicas de pesquisa como fontes de informações
técnicas e sobre os fluxos de Tecnologia entre as Empresas e entre as Indústrias.
Inserem-se aqui também as fontes internacionais de Tecnologia (IBGE, 2013).

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Com o objetivo de levantar informações que visem à construção de indicado-
res nacionais e regionais das atividades de inovação nas Empresas, Indústrias, de
eletricidade e gás e de serviços selecionados, compatíveis com as recomendações
internacionais em termos conceituais e metodológicos, o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) promove a PINTEC (Pesquisa de Inovação) com intuito
de analisar a inovação nas Empresas situadas no território brasileiro.

Segundo os dados PINTEC 2013 (Figura 2), entre as principais fontes de infor-
mação para inovação constam as Redes de Informações informatizadas (como a
web, por exemplo), fornecedores, clientes e outras áreas da Empresa.

Figura 2 – Importância atribuída às fontes de informação para inovação, pelas Empresas que implementaram
inovação de produtos ou processo, por Setores de atividades – Brasil – período de 2009-2011
Fonte: PINTEC, 2013

Sistemas de Inovação
Um Sistema de Inovação é o conjunto de organizações que envolve Empresas
e várias Organizações de suporte, tais como Universidades, Institutos de Pesquisa,
Centros de Formação e Treinamento, Escolas Técnicas, Empresas de Consultoria,
Organizações de Metrologia, Patentárias etc. Logo, as Empresas são parte do Sis-
tema de Inovação, que pode ser examinado pela perspectiva nacional, regional e/
ou setorial (FIGUEIREDO, 2011).

Quadro 5 – Definições de Sistema de Inovação


Rede de Instituições do Setor Público e Privado, cujas atividades e interações dão início à importação, à
Freeman (1987) modificação e à difusão de novas tecnologias.
Elementos e relações que interagem na produção, na difusão e na utilização de novos conhecimentos
Lundvall (1992) economicamente úteis e estão enraizados ou localizados dentro de fronteiras de um estado nação.
Nelson e
Conjunto de Instituições cujas interações determinam o desempenho inovador das Empresas nacionais.
Rosenberg (1993)

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UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

Rede de Instituições Públicas e Privadas que interagem para promover o desenvolvimento


científico e tecnológico de um país, incluindo como agentes Universidades, Escolas Técnicas, Ins-
Nelson (1993) titutos de pesquisa, Agências Governamentais de Fomento, Indústrias, Associações Empresariais
e Agências Reguladoras, num esforço de geração, importação, modificação, adaptação e difusão
de inovações.
Sistema de interação de Empresas Públicas e Privadas (grande ou pequeno), universidades e agências
governamentais voltadas para a produção de Ciência e Tecnologia dentro das fronteiras nacionais. A
Niosi et al. (1993) interação entre essas Unidades pode ser de caráter técnico, comercial, jurídico, social e financeiro,
na medida em que o objetivo da interação é o desenvolvimento, a proteção, os financiamentos ou a
regulamentação da nova Ciência e Tecnologia.
Conjunto de Instituições distintas, o qual, conjunta e individualmente, contribuem para o desenvol-
Melcalfe (1998) vimento e a difusão de novas Tecnologias e que constitui a estrutura de Governo, a qual forma e
implementa políticas para influenciar o processo de inovação.

Conforme o Quadro 5, verifica-se que o elemento central relacionado a siste-


mas de inovação se traduz no fato de o desempenho em atividades de inovação
depender não somente do desempenho de Empresas e Organizações de Ensino e
Pesquisa, mas também de como elas interagem entre si e com os outros atores, e
como as instituições afetam o desenvolvimento desses sistemas.

Por fim, Edquist (2004) considera que Sistemas de Inovação são os determi-
nantes do processo de inovação, ou seja, todos os fatores econômicos, sociais,
políticos, organizacionais, institucionais e outros fatores que influenciam o desen-
volvimento, difusão e uso das inovações.

Um Sistema de Inovação pode assumir diferentes graus de maturidade. Quanto mais houver
Explor

interações entre os elementos do Sistema de Inovação de maneira a auxiliar as Empresas a


inovarem, mais maduro será. Quanto menos interações e menos inovações ocorrerem, assu-
mirá graus de imaturidade.

Logo, as Empresas são parte do Sistema de Inovação, que pode ser examinado
pela perspectiva nacional, regional, local e/ou setorial (FIGUEIREDO, 2011).

Portanto, embora o desenvolvimento de capacidade tecnológica industrial ocor-


ra primariamente dentro de Empresas (BELL; PAVITT, 1995), as demais Orga-
nizações do Sistema de Inovação (Universidades e seus diversos Departamentos,
Institutos Públicos e Privados de Pesquisa, Centros de Formação e Treinamento e
Consultorias, entre outros) podem contribuir para o processo inovador em nível
de Empresas. Por isso, é ponto comum em documentos de política tecnológica no
Brasil a recomendação de fortalecimento dos vínculos entre Empresas e as demais
organizações que compõem os sistemas local, estadual e/ou nacional de inovação
(FIGUEIREDO, 2011).

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De maneira mais específica, essas Organizações de apoio são aqui definidas
como um conjunto de arranjos institucionais, organizados com o objetivo básico
de facilitar a disseminação de Tecnologia e outros conhecimentos relacionados,
de fontes relevantes para as Empresas e outras Organizações, para auxiliá-las no
desenvolvimento de suas capacidades tecnológicas e na adoção, produção e comer-
cialização de inovações.

Esses arranjos institucionais cobrem uma diversidade de mecanismos e proces-


sos que servem de apoio para a provisão de serviços, tais como Contratos de Pes-
quisa, Assistência Técnica, Certificação, Consultoria e Treinamento, entre outras
instituições prestadoras de serviços tecnológicos (FIGUEIREDO, 2011).

Em geral, tais arranjos são criados e/ou mantidos por meio da provisão de recur-
sos (financeiros) públicos que permitem que a oferta de serviços, antes mencionada,
ocorra a um preço abaixo do Mercado. Essa perspectiva sobre a infraestrutura
tecnológica transcende a abordagem convencional de infraestrutura física  – ba-
seada somente no capital físico e humano, mas envolve, também, elementos ins-
titucionais e organizacionais que apoiam as atividades inovadoras das Empresas
(FIGUEIREDO, 2011).

Figura 3 – Importância atribuída aos parceiros das relações de cooperação,


pelas Empresas que implementaram inovações de produto ou processo
Fonte: PINTEC, 2013

Conforme a Figura 3, observa-se que a Universidade ainda não é significante


como parceiro para relação de cooperação para inovação, exceto para o Setor de
Eletricidade e Gás.

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UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

Ademais, 41,52% das Empresas que implementaram inovação no período de


2009-2011 consideram escassas as oportunidades para cooperação com outras
companhias/instituições. Outras dificuldades em relação ao processo de inovação
se relacionam à:
• Falta de serviços técnicos adequados;
• Centralização da atividade inovativa em outra Empresa do Grupo;
• Riscos econômicos excessivos;
• Altos custos para inovar;
• Falta de fontes de financiamento adequadas;
• Rigidez organizacional;
• Falta de pessoal qualificado;
• Falta de informação sobre Tecnologias;
• Falta de informação sobre os Mercados;
• Oportunidades escassas de cooperações com outras Empresas/Instituições;
• Dificuldade de atender aos padrões, regras e regulações;
• Fraca resposta dos consumidores aos novos produtos.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Interdisciplinaridade em Ciência, Tecnologia e Inovação
PHILIPPI JR., A.; S. NETO, A. J. Interdisciplinaridade em Ciência, Tecnologia e
Inovação. São Paulo: Manole, 2010.
Gestão da inovação e do conhecimento
POSSOLI, G. E. Gestão da inovação e do conhecimento. InterSaberes: São Paulo,
2012. 172p.
Inovação em produtos e serviços
PAIXÃO, M. V. Inovação em produtos e serviços. InterSaberes: São Paulo, 2014.
184 p.

Vídeos
O que é inovação: tipos e grau – Prof. Mario Salerno
https://youtu.be/jueaPN_3Kt8

21
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UNIDADE Elementos Introdutórios à Gestão da Tecnologia e Inovação

Referências
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vação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras pro-
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