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ARCADISMO

Conhecido também pelo nome de Classicismo ou Setecentismo (1700). O termo


arcadismo formou-se a partir de Arcádia, nome de uma região habitada por pastores que
apreciavam a música e a poesia.
O arcadismo sempre valorizou a simplicidade proporcionada pela vida no campo.
Suas principais características são:
• Inutilia truncat (cortar e suprimir as inutilidades), que visava cortar os exageros, o
rebuscamento e a extravagância.
• Carpe diem, consiste no principio de viver o presente, “gozar o dia”;
• Fugere urbem e locus amoenus refletem o desejo que os poetas experimentam de
viver com simplicidade, integrados à natureza. É o bucolismo, tipo de poesia pastoril.
• Aurea mediocritas propõe uma vida simples, comum, sem heroísmo nem fatos
extraordinários.

Momento Histórico

No século XVIII, o eixo político, econômico e cultural no Brasil deslocou-se do


Nordeste para o Sudeste, isto é, do plantio de cana-de-açúcar para a mineração. Pelos
portos do Rio escoavam-se as riquezas brasileiras, mediante o pagamento de altos
impostos que o governo português cobrava da Colônia.
A atuação política, questionando os tributos cobrados pelo governo português e
pregando a independência do Brasil, lê vou este grupo a participar da Inconfidência Mineira.
Com a publicação de Obras, em 1768, Cláudio Manuel da Costa, tornou-se o primeiro
árcade brasileiro.

Cláudio Manuel da Costa – O inconfidente nasceu em Minas Gerais, em 1729. Após seus
primeiros estudos com os jesuítas no Brasil, foi para Coimbra estudar Direito (1749). Foi um
poeta talentoso que seguia rigorosamente a linha neoclássica. Estabeleceu-se em Vila Rica,
onde fez carreira como advogado. Quando os inconfidentes foram delatados, Claudio
Manuel foi preso e encontraram-no enforcado na cela da prisão onde aguardava o
julgamento.

Tomás Antonio Gonzaga – Nasceu na cidade de Porto, em Portugal, em 1744. Viveu no


Brasil parte de sua infância. De volta a Portugal, tornou-se Bacharel em direito por Coimbra,
volta para o Brasil com os cargos de ouvidor e juiz. Aos quarenta anos de idade, apaixonou-
se por uma adolescente de 17 anos – Maria Doroteia Joaquina de Seixas – conhecida em
seus poemas por Marília. Por participar da Inconfidência Mineira foi preso, em 1789, e
deportado para Moçambique, onde reconstituiu a vida e lá faleceu em 1810.

José Basílio da Gama – nasceu em Minas Gerais, em 1741 e morreu em Lisboa, em 1795.
Adotou o pseudônimo árcade de termindo Sipílio. Sua mais conhecida obra literária é o
poema “ O Uraguai”, escrito em versos brancos, sem estrofação, mas cuja divisão segue a
de um poema épico.

Santa Rita Durão – Frei José de Santa Rita Durão (1722 – 1784) nasceu em Minas Gerais,
estudou com os jesuítas no Rio de Janeiro e foi completar os estudos em Portugal.
Questões políticas o levaram a exilar-se na Itália durante mais de vinte anos. Com a queda
do Marquês de Pombal, retornou a Portugal, onde ficou até o fim de sua vida. Dedicou-se a
poesia épica e escreveu a obra Caramuru.

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