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INTRODUÇÃO

Gestão dos resíduos tem se tornado um grande desafio para as cidades. Partindo
desta ideia, a reciclagem e a reutilização e destinação adequada de materiais são ações
que podem minimizar os problemas enfrentados, assim como incentivar mudanças de
atitude e conscientização da comunidade. As escolas públicas possuem papel
fundamental para o progresso da sociedade, não só pela reprodução da educação
transformadora, mas pela execução dos preceitos ensinados. A escola é o lócus de ações
que educam e se replicam. Não há lugar no espaço educativo para atitudes que
impactam negativamente o meio ambiente. A questão do manejo dos Resíduos Sólidos
(RS) gerados nas escolas é preocupante. Os resíduos gerados nas escolas púbicas,
principalmente, dentro dos laboratórios não recebem destinação adequada e representam
um desafio para a comunidade escolar uma vez que muitos desses matérias podem
representar riscos aos alunos e professores.

RESÍDUOS

Os resíduos de serviços de saúde são geralmente considerados apenas aqueles


provenientes de hospitais, clínicas médicas e outros grandes geradores. Tanto que os
resíduos de serviços de saúde são muitas vezes chamados de "lixo hospitalar".
Entretanto, resíduos de natureza semelhante são produzidos por geradores bastante
variados, incluindo farmácias, clínicas odontológicas e veterinárias, assistência
domiciliar, necrotérios, instituições de cuidado para idosos, hemocentros, laboratórios
clínicos e de pesquisa, instituições de ensino na área da saúde, entre outros.

DESCARTE DE RESÍDUOS
Os laboratórios que utilizam materiais, de forma geral, produzem resíduos que
devem ser descontaminados para que sejam descartados. Os resíduos biológicos
infectantes são uma fonte de contaminação capazes de causar doenças e comprometer o
meio ambiente e a saúde pública. Os resíduos químicos representam um dos mais
nocivos à natureza e à saúde pública quando não tratados de forma adequada, já que se
enquadram como substâncias corrosivas ou tóxicas capazes de causar complicações
patológicas. Além disso, quando se trata de meio ambiente, esses vestígios oferecem
risco de contaminação do ar, solo e lençóis freáticos. Em muitos casos, de maneira
permanente.
DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO

A resolução N° 306 de 07 de dezembro de 2004 e N° 358 de abril de 2005 da


ANVISA E CONAMA respectivamente, preconiza que o tratamento e disposição final
de resíduos de saúde deva obedecer a seguinte classificação:

 Grupo A – classificado como resíduos com a possível presença de agentes


biológicos e risco de infecção, por apresentar características de maior virulência
ou concentração.
 Grupo B - resíduos contendo substâncias químicas e possuem características
como inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
 Grupo C - resíduos contendo radio-nuclídeos em quantidades superiores aos
limites de eliminação e que a reutilização seja imprópria.
 Grupo D - resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico
à saúde a ao meio ambiente. São equiparados aos resíduos domiciliares.
 Grupo E - materiais perfurocortantes, escarificantes e outros similares

PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O DESCARTE


• Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos.
• Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e apropriados à natureza do
produto radioativo em questão.
• Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e outros objetos afiados,
contaminados por radiação, em recipientes específicos, com sinalização de
radioatividade.
• Os containers devem ser identificados com: Isótopo presente, tipo de produto
químico e concentração, volume do conteúdo, laboratório de origem, técnico
responsável pelo descarte e a data do descarte.
• Os rejeitos não devem ser armazenados no laboratório, mas sim em um local
previamente adaptado para isto, aguardando o recolhimento.
DESCARTE DE RESIDUOS QUÍMICOS

Os resíduos químicos são aqueles oriundos de diversas atividades como,


industriais, farmacêuticas e educacionais e definido como todo material que pode
apresentar risco a saúde pública e ao meio ambiente, dependendo de suas características
de inflamabilidade, corrosividade. reatividade e toxicidade. Esse tipo de resíduo não
pode ser descartado como lixo convencional, pois pode oferecer riscos à saúde e ao
meio ambiente. Portanto, o descarte de resíduos químicos deve receber um tratamento
adequado.
Muitos resíduos químicos são resultantes de misturas como como solventes, sais
e ácidos. Em áreas próximas a hospitais ou até mesmo indústrias, a água pode conter
substâncias inadequadas para ingestão. Desta forma, o descarte deve ser de acordo com
a classificação do produto químico, por exemplo:

 Líquidos perigosos devem ser colocados em suas embalagens originais. Caso


haja a impossibilidade disso, é recomendada a utilização de galões de plástico
rígido, com tampa de rosca e vedada. 
 Resíduos químicos sólidos deverão ser colocados para descarte em recipiente de
material rígido, como, por exemplo, as caixas para perfurocortante. Essa caixa
será devidamente lacrada e etiquetada, sendo identificada como resíduo químico.
Ela ficará armazenada em local adequado até que seja feita a retirada.
 Os medicamentos vencidos são um dos maiores problemas de saúde pública em
relação aos resíduos químicos, oferecendo grandes riscos caso o descarte não
seja feito adequadamente. Estes resíduos devem ser completamente segregados
dos demais e passar por acondicionamento. Os galões de descarte devem estar
muito bem conservados.

Assim, nas atividades de gerenciamento de resíduos, a NBR 10.004 é uma


ferramenta imprescindível, sendo aplicada por instituições e órgãos fiscalizadores. A
partir da classificação estipulada pela norma, o gerador de um resíduo pode facilmente
identificar o potencial de risco do mesmo, bem como identificar as melhores
alternativas para destinação final e/ou reciclagem (Kraemer, 2005).

No entanto, os resíduos podem pertencer a 3 (três) classes distintas, a saber:

a) Classe I – perigosos. O resíduo perigoso representa risco para o meio ambiente,


para a segurança pública e para a saúde dos cidadãos. Os resíduos perigosos são
aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo
tratamento e disposição especiais em função de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade
(Pinheiro, 2006).
A Environmental Protection Agency – EPA (Agência de Proteção Ambiental),
os define como os resíduos com propriedades que os tornam perigosos ou
potencialmente danosos à saúde humana ou ao meio ambiente. Assim, qualquer
coisa inflamável, corrosiva, instável (que possa reagir violentamente quando
aquecida, comprimida ou em contato com a água) ou venenosa é classificada
como perigosa (Layton, 2006).

Uma substância é chamada de perigosa quando constitui um risco para o


ambiente, especialmente para os seres vivos. Assim resíduos perigosos são
substâncias que foram descartadas ou designadas como resíduos e que, em
essência, representam um risco (Rocha et. al, 2004).

b) Classe II – não-inertes. Aqueles resíduos que não oferecem periculosidade são


considerados não inertes por não possuírem atividade, tendo como
características, a solubilidade em água, a combustibilidade ou a
biodegrabilidade.

c) Classe III – inertes. Os resíduos inertes são aqueles que, ao serem submetidos
aos testes de solubilização conforme preceitua a NBR-10.007 da ABNT, não
tendo nenhum de 19 seus constituintes solubilizados em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água. Exemplo: rocha. Isto significa
que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos
destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se
decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão
nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias
retirados de escavações (Oleplan, 2007).

COLETA DE RESÍDUOS

O transporte interno atendendo roteiro previamente estabelecido em horários não


coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos ou medicamentos, períodos de
visita ou de maior fluxo de pessoas ou atividades

Deve ser feito separadamente de acordo com grupo de resíduos e me recipientes


específicos a cada grupo de resíduos

Os recipientes para transporte interno devem ser providos e rodas e constituídos


de material rígido, lavável, impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo
do equipamento, canto e bordas arredondados, e serem identificados com o símbolo
correspondente ao símbolo do resíduo neles contidos, de acordo com o regulamento
técnico.
PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O DESCARTE
• Não misturar rejeitos radioativos líquidos com sólidos.
• Preveja o uso de recipientes especiais, etiquetados e apropriados à natureza do produto
radioativo em questão.
• Coletar materiais como agulhas, ponteiras de pipetas e outros objetos afiados,
contaminados por radiação, em recipientes específicos, com sinalização de
radioatividade.
• Os containers devem ser identificados com: Isótopo presente, tipo de produto químico
e concentração, volume do conteúdo, laboratório de origem, técnico responsável pelo
descarte e a data do descarte.
• Os rejeitos não devem ser armazenados no laboratório, mas sim em um local
previamente adaptado para isto, aguardando o recolhimento.

OUTRAS OBSERVAÇÕES

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