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CURSO EAD DE ATUALIZAÇÃO: DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO E


IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
(PMAS)
FICHA TÉCNICA

Secretária de Estado de Desenvolvimento Social


Elizabeth Jucá e Mello Jacometti

Subsecretária de Assistência Social


Mariana de Resende Franco

2
Supervisão
Rosilene de Fátima Teixeira de Oliveira

Elaboração
Jucineia Soares Gonçalves

Colaboração
Jéssica de Oliveira Lima

Revisão final
Rosilene de Fátima Teixeira de Oliveira
Mariana de Resende Franco

Design Gráfico
Pedro Henrique Ferreira da Rocha
SUMÁRIO

1) CONCEPÇÕES DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E PLANO .............................4


1.1) Estrutura dos Planos de Assistência Social .................................................... 5
2) DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL ..................................................................... 7
2.1) Função de vigilância ...................................................................................... 8
2.2) Público da Política de Assistência Social .....................................................12
3
2.3) Indicadores sociais e os sistemas informacionais do Suas: ferramentas
para produção do diagnóstico socioterritorial .................................................... 13
2.4) Indicação metodológica ............................................................................... 15
3) DIRETRIZES E PRIORIDADES DELIBERADAS: FUNDAMENTOS PARA
ELABORAÇÃO DO PMAS.........................................................................................16
3.1) Planos Decenais e Pactos de Aprimoramento .............................................. 18
3.2) Planos de ação e de serviços....................................................................... 24
3.3) Processos Conferenciais ............................................................................ 24
4) COBERTURA DA REDE PRESTADORA ............................................................... 28
5) OBJETIVOS, METAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS ................................................ 32
6) REFERÊNCIAS ................................................................................................... 36
MÓDULO II: DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO
PMAS – PARTE I
1) CONCEPÇÕES DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E PLANO
No módulo I, vimos que os planos são produtos do processo de
planejamento, definidos pela NOB/SUAS (2012) como instrumentos de
planejamento estratégico que organizam, regulam e norteiam a execução da
política de Assistência Social nas três esferas de governo. 4

Os processos de planejamento consistem em formas de lidar com


problemas, principalmente os mais complexos, pois é no exercício de planejar que
se aprende sobre as demandas e necessidades. “Planeja-se para organizar a ação
de coletivos, para estimar os recursos necessários, para projetar futuro e para
desenvolver ações que permitam que esse futuro seja possível” (GOMES; TORRES,
2020, p. 3). Trata-se de reconhecer a relevância dos problemas e desenvolver
estratégias e acordos para superá-los.

A “estratégia” não é uma consequência do planejamento, mas o seu ponto


de partida, pois auxilia na organização e alocação dos recursos de maneira mais
precisa, com base nas competências e deficiências internas da área, também é
capaz de indicar a necessidade de mudanças antecipando-se possíveis
contingências que podem impactar negativamente a realidade das famílias,
territórios e a manutenção das ofertas socioassistenciais (GOUVEA; MARCHIORI;
MORESCO, 2014).

Dito isso, podemos definir planejamento estratégico, como uma


construção participativa, que visa a superação de problemas comuns, complexos
ou não, tendo como ponto de partida a criação de estratégias que impulsionam as
intenções para o futuro, com base no diagnóstico da situação atual.

Por sua vez o plano é o instrumento que direciona a tomada de decisão e


orienta as mudanças nas políticas, resume o conjunto de deliberações e
propostas que deverão ser executadas. É um meio pelo qual são publicizadas as
intenções da gestão e promovida a transparência (BRASIL, 2015).
1.1) Estrutura dos Planos de Assistência Social

Marcos normativos

NOB/SUAS (2012), art. 18, §2º:


A estrutura do plano é composta por, dentre outros:
I. diagnóstico socioterritorial;
II. objetivos gerais e específicos;
III. diretrizes e prioridades deliberadas; 5
IV. ações e estratégias correspondentes para sua implementação;
V. metas estabelecidas;
VI. resultados e impactos esperados;
VII. recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários;
VIII. mecanismos e fontes de financiamento;
IX. cobertura da rede prestadora de serviços;
X. indicadores de monitoramento e avaliação;
XI. espaço temporal de execução.

Com base no que dispõe o art. 18, da NOB/SUAS, abordaremos a estrutura


do Plano de Assistência Social, incluindo os fundamentos histórico-normativos
que referendam a sua elaboração, da seguinte forma:

Módulo II Módulo III

• diagnóstico socioterritorial; • recursos materiais, humanos e


• cobertura da rede prestadora de financeiros disponíveis e necessários;
serviços; • mecanismos e fontes de
• diretrizes e prioridades deliberadas; financiamento;
• objetivos; • resultados e impactos esperados;
• metas estabelecidas; • espaço temporal de execução;
• ações estratégicas. • indicadores de monitoramento e
avaliação.

Antes de adentrarmos nos elementos que compõem o plano vamos tratar


de alguns aspectos introdutórios que devem constar no documento, lembrando
que a ordem que iremos utilizar não precisa ser seguida, desde que todos os itens
constem no PMAS, pois são informações que irão garantir a sua identificação e
continuidade, lembrando que além de ser condição para recebimento de repasses
do Suas, uma nova gestão terá que executá-lo por mais um ano, portanto, quanto
mais dados constarem mais fácil será a transição.
Passo a passo PMAS

Exemplo de aspectos iniciais para compor o Plano:

CAPA
IDENTIFICAÇÃO
Município: Estado:
Porte populacional: Período de execução: 2022 a 2025 6
DADOS DA PREFEITURA MUNICIPAL
Nome do(a) Prefeito(a):
Documento de Identidade: CPF:
Mandato do(a) Prefeito(a): Início ____/_____/_____ Término ____/___/_____
Endereço da Prefeitura:
CEP: Telefone: ( ) E-mail: Site:
DADOS DO ÓRGÃO GESTOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Nº Lei do SUAS: Data da publicação:
Nome do Órgão Gestor:
Descrever a estrutura do órgão gestor
Responsável Gestor(a) Ato de Nomeação do(a) Gestor(a): Data da
nomeação:___/___/____
Endereço: Bairro: Cep:
Telefone: ( ) E-mail: Site/mídias sociais:
DADOS DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Nº da Lei que institui o Fundo: Data da publicação: ____/____/_____
Nº do Decreto que regulamenta o Fundo: Data da publicação: ____ / ____ / ___
Nº do CNPJ do FMAS
Nome do gestor do FMAS: Lotação:
Nome do ordenador de despesas do FMAS:
DADOS DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Nº da Lei de Criação: Data da publicação: _______/______/______
Endereço do CMAS: Bairro: Cep:
Telefone:( ) E-mail/outras mídias:
Nome do(a) presidente(a): Nome do secretario(a) executivo(a):
Nº total de membros:
Nome Governamental Não governamental Representatividade Titularidade
EQUIPE RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PMAS:
Nome Função/cargo Unidade da rede municipal em que atua:
2) DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL

Marcos normativos

NOB/Suas (2012)

Art. 20. A realização de diagnóstico socioterritorial, a cada quadriênio, compõe a


elaboração dos Planos de Assistência Social em cada esfera de governo. 7
Parágrafo único. O diagnóstico tem por base o conhecimento da realidade a partir da
leitura dos territórios, microterritórios ou outros recortes socioterritoriais que
possibilitem identificar as dinâmicas sociais, econômicas, políticas e culturais que os
caracterizam, reconhecendo as suas demandas e potencialidades.

Art. 21. A realização de diagnóstico socioterritorial requer:

I - processo contínuo de investigação das situações de risco e vulnerabilidade social


presentes nos territórios, acompanhado da interpretação e análise da realidade
socioterritorial e das demandas sociais que estão em constante mutação,
estabelecendo relações e avaliações de resultados e de impacto das ações
planejadas;

II - identificação da rede socioassistencial disponível no território, bem como de


outras políticas públicas, com a finalidade de planejar a articulação das ações em
resposta às demandas identificadas e a implantação de serviços e equipamentos
necessários;

III - reconhecimento da oferta e da demanda por serviços socioassistenciais e


definição de territórios prioritários para a atuação da política de assistência social.

IV - utilização de dados territorializados disponíveis nos sistemas oficiais de


informações.

Parágrafo único. Consideram-se sistemas oficiais de informações aqueles utilizados


no âmbito do SUAS, ainda que oriundos de outros órgãos da administração pública.

O diagnóstico Socioterritorial é um processo contínuo e vivo que consiste


na realização de leituras complexas, dos territórios, que permitem olhar para os
números e decifrar o que eles mostram e o que eles escondem, ou que aquilo que
não está vísivel à primeira vista (MINAS GERAIS, 2017).

A produção do diagnóstico é a primeira etapa da elaboração do PMAS pois


possibilita o conhecimento e as transformações da realidade na qual se planeja
intervir, ou seja, é uma ação processual. Por isso, o diagnóstico socioterritorial
não deve ser feito apenas para compor o plano, porque a eficiência, efetividade e
eficácia da execução do plano também estão condicionadas a sua atualização. As
mutações da realidade são fenômenos primordiais para a definição de objetivos e
prioridades.

Você sabia? 8
“A acessibilidade às informações sobre as cidades tem se tornado cada vez mais necessária
e essencial para o processo de gestão das políticas públicas. Sem informações da realidade
não se elaboram diagnósticos efetivos, não se criam parâmetros avaliativos, não se
constroem indicadores, não se traz à tona a complexidade das condições de vida dos
moradores” (KOGA, 2002, p. 23).

O diagnóstico deve ser capaz de reconhecer as dinâmicas sociais,


econômicas, políticas e culturais dos territórios, identificar especificidades
locais, dados geográficos, demográficos, potencialidades, vulnerabilidades,
riscos sociais, e relacionais, ou seja, compreende “informações na forma de
números e estatísticas, como também (...) histórias de vida dos lugares, de suas
famílias (...). Trata-se de duas formas de ler a realidade que são complementares
(BRASIL, 2013, p.71).

2.1) Função de vigilância


A elaboração do PMAS está pautado na função de vigilância
socioassistencial, aliás, todo o funcionamento do SUAS em acordo com as
diretrizes da política de Assistência Social ancora-se na consolidação de suas
funções. Portanto, é imprescindível a organização e formalização da área de
vigilância socioassistencial na sua estrutura de gestão.
Vigilância
Socioassistencial

Funções do Suas
Proteção Social

Defesa de direitos
9

O escopo de atuação do Suas também é determinado pelas seguranças


socioassitenciais que afiança aos seus usuários, por meio dos serviços,
benefícios e programas. As seguranças do Suas incluem aspectos que impactam
as famílias e indivíduos que podem ser tanto materiais - como ausência ou
precaridade de renda, provisões temporárias, “abrigo” e serviços públicos - como
relacionais (de acolhida, convivência e autonomia).

Acolhida

Convívio e
convivência familiar e Renda
comunitária

Seguranças do Suas

Desenvolvimento da
Apoio e auxílio
Autonomia

O Suas faz uso da função de vigilância para monitorar, avaliar e equalizar o


alcance das seguranças socioassistenciais a partir das ofertas de proteção social
e da promoção da garantia de direitos sociais - por meio do exercício da
comunicação intersetorial - como também para determinar as inseguranças
sociais que impactam o seu público e territórios. Ou seja, desenvolve a vigilância a
partir de dois eixos:

▪ Vigilância de riscos e vulnerabilidades: tem como foco a identificação


dessas situações nos territórios, especificando sempre que possível as
situações de vulnerabilidade e os grupos, famílias ou indivíduos
afetados por tais fatores.
10
▪ Vigilância dos padrões dos serviços: produz e sistematiza
informações referentes às ofertas socioassistenciais, quanto ao tipo,
volume, padrões, para adequá-las às demandas do público e territórios.

Considerando esses eixos é fundamental traduzir no PMAS três conceitos


básicos que perpassam a concepção de vigilância no SUAS e que formam a base
do diagnóstico socioterritorial:

vulnerabilidade

território

risco

Diagnóstico socioterritorial

Uma das formas de captar informações para compor o diagnóstico


socioassistencial sobre as necessidades de ofertas e vulnerabilidades e riscos
que impactam as dinâmicas de famílias e territórios é por meio da apropriação da
concepção da Vigilância Socioassistencial, não apenas como um setor, mas como
uma função do Suas.
A partir desse entendimento, é possível alcançar um sentido democrático
de escuta e criar proximidade com a realidade vivenciada pela população, já que a
maior parte dos processos de trabalho que os profissionais realizam envolvem a
função de vigilância.

Dessa forma, os indicadores devem ultrapassar a lógica racional da


gestão para incidir também na lógica vivencial e relacional de indivíduos, grupos e
territórios. Para isso é necessário agregar as informações qualitativas das ações
11
desenvolvidas equipes de proteção social básica e especial, e até mesmo de
outras políticas como saúde e educação, aos dados quantitativos existentes em
diversas fontes e sistemas (BRASIL, 2013).

Nesse processo não se deve buscar evidenciar somente vulnerabilidades


e riscos, mas também a presença de proteção social e potencialidades tanto no
âmbito do SUAS, quanto nas práticas dos demais setores, movimentos sociais e
voluntários existentes no município.

Na prática
Dicas para construção do diagnóstico socioterritorial:

1. Sempre duvide de seu conhecimento sobre o território e evite informações vazias e


sem fundamentação;

2. Faça perguntas para serem respondidas a partir de diversas fontes e instrumentos;

3. Aposte na variação de fontes oficiais e sistemas;

4. Faça pesquisa documental, podem ser documentos que contenham: diretrizes


deliberadas nas conferências municipais, prioridades e metas do pacto de
aprimoramento, metas do plano decenal, plano diretor, registros de séries
históricas de insumos e aquisições, dentre outros;

5. Analise e compare coletivamente benefícios socioassistenciais concedidos e ainda


não implementados, articulações intersetoriais, ganhos e retrocessos do Suas no
município, dentre outros;

6. Releia e avalie a necessidade de adequar normativas e faça a previsão dos


possíveis gastos que irão resultar dessas mudanças;
Na prática
Dicas para construção do diagnóstico socioterritorial:

7. Avalie a necessidade de utilização de reuniões técnicas, grupos focais com os


segmentos representativos da sociedade civil, com as famílias, equipes técnicas
(inclusive das demais políticas públicas);

8. Solicite o compilado de informações de registro das demandas dos usuários para 12


extração de dados qualitativos, resguardado o sigilo dos dados pessoais.

2.2) Público da Política de Assistência Social


Um ponto que merece atenção, na produção do diagnóstico
socioterritorial é a focalização nas necessidades materiais, como fatores
determinantes da desigualdade social. A PNAS (2004) estabelece que o público
usuário da política de Assistência Social é constituído por cidadãos e grupos que
se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tanto materiais, quanto
relacionais, tais como:

▪ famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de


afetividade, pertencimento e sociabilidade;
▪ ciclos de vida;
▪ identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual;
desvantagem pessoal resultante de deficiências;
▪ exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas;
▪ uso de substâncias psicoativas;
▪ diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e
indivíduos;
▪ inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e
informal;
▪ estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem
representar risco pessoal e social.
As vulnerabilidades, violações e riscos provenientes, de relações frágeis
e, ou ausência de redes de apoio que resultam na exclusão, isolamento,
segregação e intitucionalização de indivíduos são aspectos difíceis de serem
identificados à primeira vista, pois como nos aponta Torres (2013, p. 12), há uma
predominância histórica e até mesmo cultural, do mercado, como resposta para
tudo. “Sendo assim, espalha-se a compreensão de que tudo pode ser comprado,
bens materiais e imateriais, inclusive os direitos (...) e a desproteção é então
considerada tão só pelo aspecto que envolve a renda.” 13

Conhecer os processos que afetam as relações entre os indivíduos e


geram subordinações, humilhações, sofrimentos e limitam o seu pleno
desenvolvimento e a vida com autonomia é fundamental para imprimir no PMAS
ações estratégicas que sejam eficazes para o enfrentamento às diversas
expressões das vulnerabilidades e riscos sociais que se manifestam no interior
das famílias e em seus territórios (BRASIL, 2013).

Você sabia?
A concepção de risco social “(...) relaciona-se com a probabilidade de um evento acontecer
no percurso de vida de um indivíduo e/ou grupo, podendo, portanto atingir qualquer cidadão
(ã). Contudo, as situações de vulnerabilidades sociais podem culminar em riscos pessoais e
sociais, devido às dificuldades de reunir condições para preveni-los ou enfrentá-los, assim,
as sequelas podem ser mais ampliadas para uns do que para outros” (SPOSATI, 2001, apud
BRASIL, 2011, p. 14).

2.3) Indicadores sociais e os sistemas informacionais do Suas:


ferramentas para produção do diagnóstico socioterritorial
A partir dos indicadores, sistemas e bancos de dados do Suas é possível
identificar diversas informações sobre os territórios, rede socioassistencial do
município e público, como ciclos de vida, renda, situação dos domicílios,
acessibilidade, situação de trabalho emprego e renda, acesso a serviços,
programas e benefícios, presença de povos e comunidades tradicionais
específicos, condições de saúde, educação, saneamento básico, dentre outras.
Abaixo destacamos os principais sistemas, indicadores e bancos de dados do
Suas que irão auxiliá-los na produção do diagnóstico socioterritorial.

- CECAD extrator de dados do Cadastro Único

- Ferramentas do Portal da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI): Matriz de


Informação Social (MI Social), Relatório de informações (RI), Tabulador do Cadastro Único
(TabCAD), Mapa de oportunidades (MOP), dentre outras.

- Relatório Mensal de Atendimentos (RMA);

- Sistema de informações do Programa Acessuas (Sisacessuas) 14


- Sistema de informações da gestão do Programa Bolsa Família (Sigpbf)

- Sistema de Informações do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SISC);

- Sistema de condicionalidades (Sicon);

- CadSuas;

- Censo Suas;

- Índices de desenvolvimento do CRAS (Idcras), CREAS (Idcreas), Conselhos (Idconselho);

- Aplicativo do Programa BPC na Escola

O Cadastro Único é o mais importante instrumento de identificação e


caracterização socioeconômica utilizado pelo Suas e por isso contém a maior
parte das informações sobre famílias, grupos e territórios. Foi criado para a
formulação e planejamento de políticas públicas para as famílias de baixa renda e
tornou-se ferramenta essencial para promover a oferta integrada de ações, bens
e serviços, para esse público (PERFIL, 2013).

A maioria dos sistemas do SUAS utilizam a base de dados do CadÚnico,


para identificação e registro do público, como é o caso do SISC, Prontuário
Eletrônico Simplificado e o Sicon. Todos esses dados podem ser consultados,
tabulados e extraídos diretamente por meio da ferramenta CECAD, que possibilita
ainda, a realização de uma série de cruzamentos de suas variáveis para gerar
novas informações.
Atenção!
Várias outras fontes de informação e indicadores para a elaboração do diagnóstico
socioterritorial podem ser encontradas no “Caderno de Orientações Técnicas: Sentidos e
caminhos da vigilância socioassistencial em Minas Gerais”, acessível por meio do Link:
http://200.198.9.104/component/gmg/page/3451-cadernos-de-orientacao-minas-gerais

15
2.4) Indicação metodológica
Para finalizar este tópico sugerimos, a utilização de metodologia
participativa para elaboração do diagnóstico socioterritorial porque facilita a
obtenção de informações mais detalhadas das necessidades de cada território,
fomenta o protagonismo por meio do exercício da cidadania, consolida o plano
como uma corresponsabilidade de diversos atores sociais e torna assertiva a
definição dos objetivos, ações e metas. Recomendamos a leitura complementar
do “Caderno de Orientações Técnicas: Sentidos e caminhos da vigilância
socioassistencial em Minas Gerais” que orienta sobre a metodologia do mapa
falado.
Passo a passo PMAS

Exemplo de itens relevantes para compor a descrição do diagnóstico socioterritorial


realizado, no PMAS:

▪ Caracterização da gestão do Suas municipal,


▪ Informações do município: dados populacionais, infraestrutura urbana
aspectos econômicos e do mercado de trabalho; 16
▪ Políticas setoriais: segurança alimentar, saúde, educação, formas de inclusão
no mundo do trabalho: economia solidária, qualificação profissional, trabalho,
emprego e renda, etc.
▪ Situações de vulnerabilidade e risco social

Etapas do diagnóstico descritas no plano Fontes


IBGE, DATASUS, MTE, DADOS
Descrição breve da realidade do município
MUNICIPAIS, etc.
IBGE, CADÚnico, RMA, SISC, registros
Identificar o público das ofertas do Suas
administrativos.
Análise dos serviços, programas e
Vigilância, órgão gestor municipal.
benefícios
Identificação e breve análise das políticas
Registros internos do município
setoriais
Análise da cobertura (oferta x demanda) Dados e análises o diagnóstico.
Análise e descrição das ofertas realizadas Pesquisas, consulta ao CMAS, CNEAS,
por entidades socioassistenciais registros administrativos.

3) DIRETRIZES E PRIORIDADES DELIBERADAS: FUNDAMENTOS PARA


ELABORAÇÃO DO PMAS
No SUAS, o planejamento é contínuo resultando na produção de planos e
pactos que possuem como objetivo, contemplar as diretrizes que irão nortear e
aprimorar a gestão e execução da política de Assistência Social nas três esferas
de governo.

Os Planos de Assistência Social são orientados pelos diagnóstico


socioterritoriais e deliberações das Conferências de Assistência Social,
indicadores, metas e pactos realizados entre os entes. Articulam-se em uma
lógica processual e temporal em consonância com as prioridades municipais,
estaduais e federais, visando alcançar a universalidade e conformidade da
proteção social em todo território nacional.
Conferências de
Assistência Social

Plano decenal

Pactos de
aprimoramento

PMAS

17
Plano de ação e
Plano de serviços

Existe uma lógica sequencial na construção dos planos, no SUAS, na qual


aqueles de maior temporalidade e/ou abrangência são refletidos, naqueles que
irão vigorar por menor tempo. Essa conexão assegura continuidade à persecução
das metas, objetivos e demais pactuações realizadas nacionalmente com o
incremento periódico das especificidades e prioridades dos territórios, onde o
SUAS acontece, também impede que os planejamentos se tornem estanques ou
desatualizados, pois alimentam e são retroalimentados por planos e pactos locais,
regionais e nacionais com temporalidades diferentes.

Didaticamente é possível depreender que o Plano Decenal de Assistência


Social deve refletir no Pacto de Aprimoramento do SUAS e nos Planos de
Assistência Social, que por sua vez, devem contemplar as prioridades e metas
previstas nestes instrumentos, refletindo-as nos planos de ação e serviços.

Para facilitar o entendimento desse processo a figura abaixo reúne


também os conteúdos já aprendidos no módulo I:
18

Fonte: http://blog.mds.gov.br/redesuas/wp-content/uploads/2016/10/PLANO-DECENAL-CIT_11-05-2016-APRES.pdf

3.1) Planos Decenais e Pactos de Aprimoramento

Conceituando…
O Plano Decenal é “uma construção ética e política compreendido como um pacto
democrático com metodologia publicamente convencionada e decisões coletivas. (...) Um
espaço democrático para pactuação de prioridades a serem alcançadas do presente para o
futuro e um documento-referência catalizador de esforços e iniciativas na concretização de
novos resultados na política de assistência social” (TAPAJOS, 2007).

A criação do Plano Decenal foi tema da V Conferência de Assistência


Social, realizada em 2005, intitulada “SUAS-Plano 10: Estratégias e Metas para a
Implementação da Política Nacional de Assistência Social”. A ideia central era
construir um plano capaz de consolidar os direitos socioassistenciais em todo o
território nacional.
Em 2007, a VI Conferência teve como tema "Compromissos e
Responsabilidades para Assegurar Proteção Social", o foco das discussões
naquela ocasião era como avaliar o SUAS a partir das metas deliberadas em 2005
e a incorporação de novas metas e estratégias para compor o documento que
seria apresentado pelo órgão gestor federal ao Conselho Nacional de Assistência
Social (CNAS). Esse processo incluiu intensos debates e pesquisas e teve como
resultado o primeiro Plano decenal que vigorou no período de 2005 a 2015. O plano
era composto por metas qualitativas com previsão de serem avaliadas 19

bienalmente, nas conferências.

De acordo com Tapajós, 2007 , o SUAS-Plano 10 definiu meta e


desenvolveu a capacidade de planejar (em todos os tempos) num campo
demarcado pela imprevisibilidade e pela intervenção após o agravamento das
situações.

Concluída a vigência do I Plano Nacional da Assistência Social,


pode-se afirmar que o principal objetivo que sintetiza o conjunto de
metas previstas foi, sem dúvida, alcançado: a criação e
implantação do Sistema público de proteção social, de natureza
não contributiva, em um país de dimensões continentais, diverso e
desigual, organizando benefícios e serviços, como provisões
públicas, em todos os municípios brasileiros (BRASIL, 2016, p. 8)
A partir das deliberações conferenciais de 2015 que tiveram como tema
“Consolidar o SUAS de vez, rumo a 2026”, o CNAS aprovou o II Plano Decenal
“Proteção Social para todos/as os/as brasileiros/as”.

Marcos normativos

Resolução CNAS n 07/2016:

Art. 1º - Aprovar o II Plano Decenal da Assistência Social (2016/2026), na forma prevista no


anexo desta resolução.

Art. 2º - O CNAS:

I - divulgará amplamente o II Plano Decenal da Assistência Social (2016/2026) nos diversos


meios de comunicação e o enviará à Presidência da República, ao Congresso Nacional e
demais entes federados para conhecimento, observância e providência cabíveis;
Marcos normativos

Resolução CNAS n 07/2016:

II – elaborará plano de monitoramento e de avaliação contínuo do II Plano Decenal da


Assistência Social (2016/2026).

Art. 3º O CNAS recomenda as seguintes ações referentes ao II Plano Decenal da


Assistência Social (2016/2026): 20
I – que o II Plano Decenal da Assistência Social (2016/2026) seja avaliado no processo
conferencial a cada dois anos;

II – que o II Plano Decenal da Assistência Social (2016/2026) seja parâmetro orientador


para o estabelecimento do Pacto de Aprimoramento do SUAS e dos Planos de Assistência
Social municipais, estaduais e do Distrito Federal;

III – que o II Plano Decenal da Assistência Social (2016/2026) seja reproduzido em formato
acessível.
A nova fase iniciada com o segundo Plano Decenal foi marcada pela
necessidade de universalizar o Suas e ao mesmo tempo garantir a unidade do seu
processo de gestão. Essa foi a direção dos debates durante as conferências de
2015, sendo traduzida nas diretrizes e objetivos estratégicos elencados para o
avanço da política na próxima década, marcando a instituição definitiva da cultura
do planejamento na Assistência Social e início de um novo desafio de construção
de planejamento de longo prazo. São diretrizes do II Plano Decenal Nacional da
Assistência Social:

▪ Plena universalização do SUAS, tornando-o completamente acessível,


com respeito à diversidade e à heterogeneidade dos indivíduos, famílias
e territórios;
▪ Contínuo aperfeiçoamento institucional do SUAS, respeitando a
diversidade e heterogeneidade dos indivíduos, das famílias e dos
territórios;
▪ Plena integração dos dispositivos de segurança de renda na gestão do
SUAS em âmbitos federal, estadual, do distrito federal e municipal;
▪ Plena gestão democrática e participativa e estruturação de política de
comunicação em âmbito federal, estadual, do distrito federal e
municipal;
▪ Plena integralidade da proteção socioassistencial.

O Plano Decenal 2016/2026 também forneceu subsídios para o Pacto de


Aprimoramento do SUAS.

Marcos normativos
21
NOB/Suas (2012)

Art. 23. O Pacto de Aprimoramento do SUAS firmado entre a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios é o instrumento pelo qual se materializam as metas e
as prioridades nacionais no âmbito do SUAS, e se constitui em mecanismo de indução
do aprimoramento da gestão, dos serviços, programas, projetos e benefícios
socioassistenciais.

§1º A periodicidade de elaboração do Pacto será quadrienal, com o acompanhamento


e a revisão anual das prioridades e metas estabelecidas.

§2º A pactuação das prioridades e metas se dará no último ano de vigência do PPA de
cada ente federativo.

§3º A União deverá pactuar na CIT, no último ano de vigência do PPA de cada ente
federativo, a cada 4 (quatro anos), as prioridades e metas nacionais para Estados,
Distrito Federal e Municípios.

§4º Os Estados deverão pactuar nas CIBs, no último ano de vigência do PPA dos
Municípios, a cada 4 (quatro) anos, as prioridades e metas regionais e estaduais para
os municípios, que devem guardar consonância com as prioridades e metas nacionais.

§5º A revisão das prioridades e metas ocorrerá anualmente, sob proposição do


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS, pactuadas na CIT, a
partir de alterações de indicadores identificados nos sistemas nacionais de
estatística, Censo SUAS, Rede SUAS e outros sistemas do MDS.

§6º O Pacto e o Plano de Assistência Social devem guardar correlação entre si.

§7º A União e os Estados acompanharão a realização das prioridades e das metas


contidas no Pacto.

A NOB/SUAS (2005), estabelecia responsabilidades, incentivos e


requisitos para adesão e habilitação dos municípios no SUAS a partir de níveis de
gestão: inicial, básica e plena. A gestão inicial destinava-se aos municípios que
atendiam a requisitos mínimos, como a existência e funcionamento do conselho,
plano e fundo de Assistência Social. No nível básico, os municípios deviam
assumir, de forma autônoma, a gestão da proteção social básica e no nível pleno,
a gestão total das ofertas socioassistenciais das proteções sociais básica e
especial.

A partir da publicação da NOBSUAS (2012) o modelo de adesão ao SUAS foi


substituído por processos de pactuação de responsabilidades e metas entre os
entes federados, denominados como Pactos de Aprimoramento.

Esse mecanismo de indução ao aprimoramento do Suas, consiste no 22


desmembramento do plano decenal, em metas que devem ser mensuradas de
quatro em quatro anos e repactuadas pelos entes. O monitoramento das
pactuações deveria ser realizado todos os anos para direcionar a
operacionalização dos planos de Assistência Social que devem ser construídos
em consonância com o pacto (BRASIL, 2016).

O Relatório de Informações Sociais (RI) do Pacto de Aprimoramento do


SUAS – Gestão Municipal, consiste no sistema de informações previsto na
NOB/SUAS (2012), para o alcance das prioridades e metas do Pacto
Aprimoramento do SUAS.

Você sabia?
“O RI é a ferramenta informatizada por meio da qual se dará o planejamento para alcance das
metas de aprimoramento do SUAS e tem por objetivo orientar o planejamento municipal
para o alcance das prioridades e metas do Pacto de Aprimoramento do SUAS. No entanto,
nem todas as metas puderam ser calculadas devido a alguns fatores, como ausência de
dados ou imprecisão conceitual” (MDS, 2015, p. 2).

As últimas metas pactuadas pela Comissão intergestores tripartite (CIT),


para os municípios, encerraram-se em 2017. Acreditamos que essa lacuna de
novas pactuações, podem ser preenchidas pelos municípios pela metas que ainda
não conseguiram atingir, até que um novo pacto seja deliberado. Mesmo porque,
como vimos, os pactos são desdobramentos do Plano decenal, ainda vigente.
Atenção!
Importante destacar que o Plano Decenal deverá se desdobrar nos Planos de Assistência
Social e no Pacto de Aprimoramento do SUAS (...) ou seja, a partir dos Planos Estaduais, do
Distrito Federal e Municipais de Assistência Social e do Pacto de Aprimoramento do SUAS,
o Plano Decenal será desmembrado em metas mensuráveis que, quadrienalmente, serão
repactuadas pelos entes. O monitoramento das metas pactuadas ocorrerá anualmente (...)
e deverão orientar o planejamento da política no território. Além disso, as metas dos 23
Planos de Assistência Social e do Pacto de Aprimoramento do SUAS devem estar
contempladas nas peças orçamentárias dos entes federados (Plano Plurianual – PPA e Lei
de Diretrizes Orçamentárias – LDO) de modo que a execução das metas esteja vinculada à
efetivação dos gastos, previstos pelo orçamento anual (BRASIL, 2016, p.49)

Conforme art. 24, da NOB-SUAS (2012), o Pacto de Aprimoramento do


SUAS compreende:

I. definição de indicadores;
II. definição de níveis de gestão;
III. fixação de prioridades e metas de aprimoramento da gestão, dos
serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS;
IV. planejamento para o alcance de metas de aprimoramento da gestão,
dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais do
SUAS;
V. apoio entre a União, os Estados, o Distrito Federal e o Municípios, para o
alcance das metas pactuadas; e
VI. adoção de mecanismos de acompanhamento e avaliação.

Baseando-se nestes dispositivos a Comissão Intergestores Tripartite


(CIT) deliberou e o CNAS aprovou por meio da Resolução nº 18/2013 as prioridades
e metas específicas para a gestão municipal para o quadriênio de 2014/2017. Para
facilitar a leitura e identificação das metas ainda não alcançadas pelo seu
município, incluiremos a resolução nº 18/2013 na biblioteca que está disponível na
plataforma do curso.
3.2) Planos de ação e de serviços
Estes instrumento não são voltados para a elaboração do plano, mas para
a sua operacionalização e por isso serão estudados no módulo IV, quando
abordarmos a implementação do PMAS. Para o momento basta compreender que
fazem parte da lógica processual e temporal dos planos no SUAS, sendo
elementos essenciais para o aprimoramento da gestão e dos serviços e benefícios
socioassistenciais nos territórios.
24
Plano de ação

Pactos de
aprimoramento PMAS Plano Decenal

Plano de
serviços

A figura acima demonstra a relação dos planos e do pacto com o PMAS. As


setas vermelhas indicam aqueles que são fontes alimentadoras do plano,
enquanto que as amarelas referem-se aqueles que são elaborados para traduzir e
concretizar o plano, ou seja, dão cumprimento aos objetivos e deliberações.

3.3) Processos Conferenciais

Marcos normativos
NOB/SUAS, 2012:

Art. 116. As conferências de assistência social são instâncias que têm por atribuições a
avaliação da política de assistência social e a definição de diretrizes para o aprimoramento
do SUAS, ocorrendo no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 117. A convocação das conferências de assistência social pelos conselhos de


assistência social se dará ordinariamente a cada 4 (quatro) anos.

§ 1º Poderão ser convocadas Conferências de Assistência Social extraordinárias a cada 02


(dois) anos, conforme deliberação da maioria dos membros dos respectivos conselhos.

§ 2º Ao convocar a conferência, caberá ao conselho de assistência social:

I – elaborar as normas de seu funcionamento;

II – constituir comissão organizadora;


Marcos normativos
NOB/SUAS, 2012:

§ 1º Poderão ser convocadas Conferências de Assistência Social extraordinárias a


cada 02 (dois) anos, conforme deliberação da maioria dos membros dos respectivos
conselhos.
25
§ 2º Ao convocar a conferência, caberá ao conselho de assistência social:

I – elaborar as normas de seu funcionamento;

II – constituir comissão organizadora;

III – encaminhar as deliberações da conferência aos órgãos competentes após sua


realização;

IV – desenvolver metodologia de acompanhamento e monitoramento das deliberações


das conferências de assistência social;

V – adotar estratégias e mecanismos que favoreçam a mais ampla inserção dos


usuários, por meio de linguagem acessível e do uso de metodologias e dinâmicas que
permitam a sua participação e manifestação.

Art. 118. Para a realização das conferências, os órgãos gestores de assistência social
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deverão prever dotação
orçamentária e realizar a execução financeira, garantindo os recursos e a
infraestrutura necessários.

§ 1º A participação dos delegados governamentais e não governamentais nas


conferências estaduais e nacional deve ser assegurada de forma equânime, incluindo
o deslocamento, a estadia e a alimentação.

§ 2º Podem ser realizadas etapas preparatórias às conferências, mediante a


convocação de pré-conferências, reuniões ampliadas do conselho ou audiências
públicas, entre outras estratégias de ampliação da participação popular.

Vimos que as deliberações devem ser traduzidas no PMAS e que as


conferências municipais representam espaços democráticos oportunos para
apresentação e discussão do plano.

Considerando a aprovação o conteúdo do II Plano Decenal (2016-2026) e a


conjuntura atual, o CNAS convocou a 12ª Conferência Nacional de Assistência
Social que será realizada entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2021, com o tema
"Assistência Social: Direito do povo e Dever do Estado, com financiamento
público, para enfrentar as desigualdades e garantir proteção social".

Marcada pela incerteza, grandes desafios tecnológicos e de inclusão


digital, as conferências de 2021 trarão importantes diretrizes para o
desdobramento da política de Assistência Social, nos próximos anos, temas
importantes a serem contemplados nos PMAS.

Em um país onde a tecnologia tem se tornado obrigatoriedade, a partir da 26


utilização de aplicativos até mesmo no acesso aos serviços públicos essenciais,
como é o caso do Meu INSS e tantos outros, não existe momento mais oportuno
para discutir democracia, desigualdade, inclusão social e deliberar diretrizes para
adaptar a política à nova realidade.

O cotidiano mudou e as adaptações tornaram-se urgentes diante do


contínuo aumento das inseguranças sociais e do surgimento de novas
desproteções sociais. Neste cenário, processos democráticos, como as
conferências, são essenciais e mesmo não tendo o formato de grandes encontros
devem deixar a sua marca, para representar e dar visibilidade às desigualdades e
exclusões sociais que se constituírem como obstáculos à participação. É uma
forma de dar voz aqueles que vem sendo impactados, principalmente, pela
exclusão digital.

Você sabia?
“Exclusão digital pode ser vista por diferentes ângulos, tanto pelo fato de não ter um
computador, ou por não saber utilizá-lo (saber ler) ou ainda por falta de um conhecimento
mínimo para manipular a tecnologia com a qual convive-se no dia-a-dia. De forma mais
abrangente, podem ser consideradas como excluídas digitalmente as pessoas que têm
dificuldade até mesmo em utilizar as funções do telefone celular (...) sendo conceituada
como um estado no qual um indivíduo é privado da utilização das tecnologias de
informação, seja pela insuficiência de meios de acesso, seja pela carência de
conhecimento” (ALMEIDA, 2005).
A resolução CNAS/MC nº 30, de 12 de março de 2021, estabelece as
normas gerais para a realização das conferências nas três esferas de governo
requerendo que:

▪ as conferências municipais de assistência social sejam realizadas no


período de 3 de maio a 31 de agosto de 2021; e
▪ as conferências estaduais de assistência social e do Distrito Federal
sejam realizadas no período de 1 de setembro a 31 de outubro de 2021.
27
▪ seja garantida a acessibilidade dos participantes nos termos do Informe
nº 01/2016 do CNAS da 11ª Conferência Nacional de Assistência Social -
acessibilidade nas conferências.

Visando favorecer os debates e relembrar as diretrizes e metas do plano


decenal 2016/2026 foram organizados 5 Eixos:

EIXO 1
A proteção social não-contributiva e o princípio da equidade como paradigma para a gestão
dos direitos socioassistenciais no enfrentamento das desigualdades.

EIXO 2
Financiamento e orçamento como instrumento para uma gestão de compromissos e
corresponsabilidades dos entes federativos para a garantia dos direitos socioassistenciais.

EIXO 3
Controle social: o lugar da sociedade civil no SUAS e a importância da participação dos
usuários.

EIXO 4
Gestão e acesso às seguranças socioassistenciais e a articulação entre serviços, benefícios
e transferência de renda como garantias de direitos socioassistenciais e proteção social.

EIXO 5
Atuação do SUAS em Situações de Calamidade Pública e Emergências.
Atenção!
Para mais informações e apoio para o desenvolvimento das conferências municipais,
disponibilizamos dois informes do CNAS na biblioteca da plataforma. Você também pode
assistir a live e os vídeos divulgados no canal da Sedese no youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCRcVCXjuMvK50exift6diww. O CEAS/MG também
publicou as resoluções nº 723 e 727/2021 que dispõem sobre os processos conferenciais no
âmbito do estado. Estão disponíveis na biblioteca da plataforma juntamente com o "Manual 28
de orientações organizativas para as Conferências municipais de assistência social, 2021".

Passo a passo PMAS

As diretrizes e prioridades deliberadas devem considerar tanto o cenário externo, quanto


interno do município, portanto, devem ser adaptadas às diferentes necessidades e
prioridades locais. Muitas delas possui um caráter mais universal, por representarem a
busca contínua pelo aprimoramento e consolidação da política de Assistência Social.
Exemplos:
▪ Princípios Organizativos do Suas;
▪ Diretrizes estruturantes do Suas;
▪ Metas do Plano decenal 2022-2026;
▪ Prioridades e metas dos Planos Nacionais e estaduais;
▪ Metas do pacto de aprimoramento ainda não alcançadas pelo município;
▪ Deliberações das conferências;
▪ Plano diretor do município;
▪ Planos que estejam em consonância com as prioridades do público do Suas;
▪ dentre outras.

4) COBERTURA DA REDE PRESTADORA


Neste item do plano deve-se evidenciar as informações do diagnóstico
socioterritorial sobre a rede socioassistencial e intersetorial, ou seja, destacar os
equipamentos e ofertas do Suas e das demais políticas públicas existentes no
território. Estes dados são relevantes para a análise da cobertura já existente no
município e da necessidade de ampliação, além de possibilitar uma dimensão da
totalidade das ofertas de serviços disponíveis nos territórios (BRASIL, 2015).

O Plano deve prever estratégias de integração do conjunto de


serviços socioassistenciais do território. A intersetorialidade, ou
seja, a atuação conjunta, de forma articulada e integrada das
políticas sociais, visa dar conta dos direitos sociais, das
seguranças e proteções sociais e potencializar a atuação das
políticas públicas (BRASIL, 2015, p. 83).

A descrição dos serviços, programas e benefícios socioassistenciais deve


ser feita por nível de proteção, tendo por base a matriz padronizada para fichas de
serviços socioassistenciais Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais,
aprovada pela Resolução CNAS nº 109/2009 que prevê detalhamento das ofertas.
29
Passo a passo PMAS

Importante que sejam fornecidos todos os dados solicitados nesta ficha para cada um
dos serviços socioassistenciais, inclusive aqueles ofertados indiretamente pela rede
socioassistencial.

NOME DO SERVIÇO: Termos utilizados para denominar o serviço de modo a evidenciar


sua principal função e os seus usuários. 30
DESCRIÇÃO: Conteúdo da oferta substantiva do serviço.
USUÁRIOS: Relação e detalhamento dos destinatários a quem se destinam as
atenções. As situações identificadas em cada serviço constam de uma lista de
vulnerabilidades e riscos contida nesse documento.
OBJETIVOS: Propósitos do serviço e os resultados que dele se esperam.
PROVISÕES: As ofertas do trabalho institucional, organizadas em quatro dimensões:
ambiente físico, recursos materiais, recursos humanos e trabalho social essencial ao
serviço. Organizadas conforme cada serviço, as provisões garantem determinadas
aquisições aos cidadãos.
AQUISIÇÕES DOS USUÁRIOS: Trata dos compromissos a serem cumpridos pelos
gestores em todos os níveis, para que os serviços prestados no âmbito do SUAS
produzam seguranças sociais aos seus usuários, conforme suas necessidades e a
situação de vulnerabilidade e risco em que se encontram. Podem resultar em medidas
da resolutividade e efetividade dos serviços, a serem aferidas pelos níveis de
participação e satisfação dos usuários e pelas mudanças efetivas e duradouras em
sua condição de vida, na perspectiva do fortalecimento de sua autonomia e cidadania.
As aquisições específicas de cada serviço estão organizadas segundo as seguranças
sociais que devem garantir.
CONDIÇÕES E FORMAS DE ACESSO: Procedência dos(as) usuários(as) e formas de
encaminhamento.
UNIDADE: Equipamento recomendado para a realização do serviço socioassistencial.
PERÍODO DE FUNCIONAMENTO: Horários e dias da semana abertos ao funcionamento
para o público.
ABRANGÊNCIA: Referência territorializada da procedência dos usuários e do alcance
do serviço.
ARTICULAÇÃO EM REDE: Sinaliza a completude da atenção hierarquizada em serviços
de vigilância social, defesa de direitos e proteção básica e especial de assistência
social e dos serviços de outras políticas públicas e de organizações privadas. Indica a
conexão de cada serviço com outros serviços, programas, projetos e organizações
dos Poderes Executivo e Judiciário e organizações não governamentais.

IMPACTO SOCIAL ESPERADO: Trata dos resultados e dos impactos esperados de cada
serviço e do conjunto dos serviços conectados em rede socioassistencial. Projeta
expectativas que vão além das aquisições dos sujeitos que utilizam os serviços e
avançam na direção de mudanças positivas em relação a indicadores de
vulnerabilidades e de riscos sociais.
REGULAMENTAÇÕES: Remissão a leis, decretos, normas técnicas e planos nacionais
que regulam benefícios e serviços socioassistenciais e atenções a segmentos
específicos que demandam a proteção social de assistência social.
Para as ofertas da rede socioassistencial também deve ser informado o CRAS
de Referência, se é oferta Pública ou Privada, prédio próprio ou alugado, recursos
humanos, serviços desenvolvidos, capacidade.
Passo a passo PMAS

IMPACTO SOCIAL ESPERADO: Trata dos resultados e dos impactos esperados de cada
serviço e do conjunto dos serviços conectados em rede socioassistencial. Projeta
expectativas que vão além das aquisições dos sujeitos que utilizam os serviços e avançam
na direção de mudanças positivas em relação a indicadores de vulnerabilidades e de
riscos sociais.
REGULAMENTAÇÕES: Remissão a leis, decretos, normas técnicas e planos nacionais que
regulam benefícios e serviços socioassistenciais e atenções a segmentos específicos que 31
demandam a proteção social de assistência social.

Para as ofertas da rede socioassistencial também devem ser informados os seguintes


dados: a) CRAS de Referência; b) se é oferta Pública ou Privada, prédio próprio ou
alugado; c) recursos humanos; d) serviços desenvolvidos e e) capacidade.

Esta catalogação das ofertas socioassistenciais e intersetoriais servirá


para subsidiar o planejamento da execução do plano; o monitoramento e
avaliação; o assessoramento às entidades que possuem vínculo com o Suas, bem
como para regularização daquelas que ainda estão pendentes; aos usuários
externos como consultores, supervisores e também as gestões posteriores.

Além disso, favorece a eficiência, a busca pela integralidade do


atendimento aos usuários e a superação da setorização, por favorecer uma
visualização clara dos serviços públicos presentes nos territórios e a necessidade
de integração, atuação e comunicação intersetorial, pois não é muito raro que
existam ofertas sendo realizadas por setores diferentes, com o mesmo objetivo e
público, ou que encaminhamentos não estejam sendo atendidos, o que resulta em
desproteção e gastos desnecessários.
Você sabia?
Segundo Teixeira (2013), a noção de intersetorialidade emergiu como uma nova concepção
de gestão contrária à setorização propondo a integração, a articulação dos saberes e a
formação de redes para o atendimento às demandas dos cidadãos, dessa forma, a
perspectiva da integralidade constitui a base da intersetorialidade. (BRONZO, 2009)

É uma estratégia de gestão integrada para a abordagem dos problemas sociais, que
respeita a autonomia de cada um dos envolvidos no processo e deve ser entendida “como
32
uma articulação de saberes e experiências com vistas ao planejamento, para a realização e
avaliação de políticas, com o objetivo de alcançar resultados sinérgicos em situações
complexas.” (INOJOSA, 2011, p. 105).

5) OBJETIVOS, METAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS

Marcos normativos
A NOB/SUAS dispõe que:

Art. 22. Os Planos de Assistência Social, além do que estabelece o §2º do art. 18 desta
Norma, devem observar:

I - deliberações das conferências de assistência social para a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios;

II - metas nacionais pactuadas, que expressam o compromisso para o aprimoramento


do SUAS para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

III - metas estaduais pactuadas que expressam o compromisso para o aprimoramento


do SUAS para Estados e Municípios;

IV - ações articuladas e intersetoriais;

V - ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS.

Parágrafo único. O apoio técnico e financeiro compreende, entre outras ações:

I - capacitação;

II - elaboração de normas e instrumentos;

III - publicação de materiais informativos e de orientações técnicas;

IV - assessoramento e acompanhamento;

V - incentivos financeiros.
Os objetivos do PMAS devem expressar as transformações que se deseja
para o futuro e por isso devem demonstrar as intenções dos gestores, levantadas
a partir das necessidades e prioridades identificadas no diagnóstico
socioterritorial. Objetivo do plano é o resultado do consenso social entre os
diferentes atores sociais envolvidos na sua elaboração (BRASIL, 2015).

33
Passo a passo PMAS

O objetivo geral deve ser capaz de sintetizar todos os demais objetivos elencados como
específicos representando o conjunto de prioridades que foram definidas coletivamente.

Exemplo:
Regular, executar e aprimorar a Política de Assistência Social, visando a qualificação da
gestão e do trabalho no Suas, para a oferta de serviços, programas, e benefícios
socioassistencias às famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e
social.

Os objetivos específicos devem ser expressos de maneira que possam ser


mensurados e alcançados no período de vigência do plano, ou em tempo não
muito superior. Devem ainda, ser relevantes e possuir temporalidade, para que
possam ser monitorados e avaliados.

São as metas que tornam os objetivos mensuráveis, pois representam a


sua quantificação. Podem ser construídas, por exemplo, a partir do número de
famílias atendidas e territórios que já estavam sendo atendidos, bem como
considerar a ampliação necessária, de acordo com os recursos disponíveis e
aqueles que poderão ser mobilizados durante o quadriênio (BRASIL, 2008).

Para o alcance dos objetivos a NOB/SUAS estabelece, ainda que sejam


enunciadas no PMAS as ações estratégicas articuladas, intersetoriais e de apoio
técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS compreendendo:

▪ ações de capacitação;
▪ elaboração de normas e instrumentos;
▪ publicação de materiais informativos e de orientações técnicas;
▪ assessoramento e acompanhamento; e
▪ os incentivos financeiros.

Essas ações devem ser organizadas, no plano, em Proteção social básica


e especial, Gestão do SUAS, Vigilância Socioassistencial e Fortalecimento do
Controle Social e terem fonte de financiamento e as despesas correspondentes
contempladas no PPA e na LOAS.

34

Objetivos e metas

• Redes de serviços; • ações destinadas a


• Vulnerabilidades, riscos e efetivar o alcance dos
território; • Resultados mensurados para objetivos definidos
serem alcançados a partir de para cada nível de
• Planos, pactos e
critérios quantitativo e proteção/área.
deliberações
temporal
conferenciais

Diagnóstico e prioridades Ações estratégicas


deliberadas
Passo a passo PMAS

É possível explicitar os objetivos gerais da gestão e de cada uma das ofertas


socioassistenciais, os objetivos específicos e as ações estratégicas e metas
correspondentes também em forma de tabela, para facilitar o acompanhamento e o
monitoramento. Exemplo:

Gestão do Suas 35
Objetivo: Regulamentar o Suas no município por meio de lei específica
Objetivos Ações Indicadores de
Metas Prazo
específicos estratégicas monitoramento*
- Compor
comissão para
elaboração do
projeto de lei;
- Consultar o
- Etapas de
-elaboração do setor jurídico;
tramitação do projeto
projeto de Lei - Apresentar o
de lei concluídas;
do Suas; 04/202x projeto de lei ao
- Lei do Suas
-Encaminhar CMAS para
Instituir a publicada.
projeto de Lei avaliação e
lei do Suas
para a câmara contribuição;
Fonte: Protocolo na
municipal. 06/202x - Encaminhar o
câmara municipal,
projeto de lei para
diário oficial do
tramitação na
município.
Câmara
municipal;
- Acompanhar a
tramitação até a
publicação.

*No módulo III, vamos abordar os indicadores de monitoramento e os demais


elementos que o compõe. Não se esqueça de fazer os exercícios de fixação
deste módulo e ler a leitura complementar que está disponível na plataforma.

Bons estudos!

Equipe DGSUAS.
6) REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Lília Bilati de et al . O retrato da exclusão digital na sociedade
brasileira. São Paulo, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
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CapacitaSUAS, Caderno 3. Brasília: 2013.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Perfil das
Pessoas e Famílias no Cadastro Único do Governo Federal – 2013. Brasília, 2014.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Curso de
atualização de Planos de Assistência Social. Brasília, 2015.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Capacita Suas
Volume 2: Desafios da Gestão do SUAS nos Municípios e Estados. Brasília, 2008.
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Gestão do SUAS. Informe: RI do Pacto de Aprimoramento do Suas – Gestão
municipal. Brasília, 2015.
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Nacional de Assistência Social. Brasília, 2004.
BRONZO, Carla. Vulnerabilidade, empoderamento e metodologias centradas na
família: conexões e uma experiência para reflexão. Concepção e gestão da
proteção social não contributiva no Brasil. Brasília: UNESCO, 2009.
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