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Graduação de Psicologia
RA: 21902792
Brasília
2021
SUMÁRIO
1. Introdução…………………………………………………………………………… 2
2. Fundamentação Teórica……………………………………………………………. 3
3. Justificativa………………………………………………………………………….. 6
4. Objetivos…………………………………………………………………………….. 7
5. Método……………………………………………………………………………….. 7
5.1 - Participantes…………………………………………………………………….. 8
5.2 - Local.…………………………………………………………………………… 8
5.3 - Instrumento……………………………………………………………………... 9
5.6 - Tabelas…………………………………………………………………………. 11
6. Referência Bibliográfica…………………………………………………………... 12
7. Anexos…………………………………………………………………………….... 13
caracteriza por prejuízos em diversos níveis (grau 1: leve, grau 2: moderado e grau 3: severo)
quanto a comunicação e interação social, assim como a presença de interesses restritos e/ou
comportamentos repetitivos.
A maior parte dos estudos sobre autismo demonstram que a proporção de diagnósticos
entre o gênero masculino e feminino é de, em média, 2:1-3:1 (Cedano et al., 2020). Tal fato
para o gênero masculino, ao passo que não apresenta sensibilidade ao fenótipo feminino do
cognitivas.
responsáveis e/ou familiares são incumbidos de oferecer o suporte e auxílio nas relações e nas
preocupações advindas dessa fase como habitação, dinheiro, autonomia, profissão, assim
como a manutenção dos cuidados com a saúde física e mental (Costa & Marin, 2017).
profissionais e pacientes, que ao não terem conhecimento dos desafios incitados por essa
Como mulheres com autismo nível 1 percebem os desafios enfrentados na transição para
a vida adulta?
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Disorders 5 (DSM-V) traz o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para definir os
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 1 (leve) foi tratado até o CID-10 e o
e na curiosidade sobre o ambiente (Klin, 2006). Outras características comuns segundo Klin
(2006) são interesses específicos que ocupam completamente o foco da atenção, a tendência a
porém não se sentem acanhados na presença dos demais, apego rígido à convenções sociais e
De acordo com Eckerd (2020, citado por Cedano et al., 2020), os traços e sintomas do
se manifestar de formas diferentes. Em ambientes escolares, por exemplo, Dean et al. (2017,
citado por Cedano et al., 2020) revelam em seus estudos que garotas com TEA tendem a estar
mais próximas de situações sociais do que garotos também no espectro, e também utilizam-se
desta pesquisa demonstram que assim como garotas com o desenvolvimento típico, garotas
pequenos, porém ao contrário das garotas típicas, as garotas dentro do espectro afastavam-se
et al., 2020)
comportamento. As autoras trazem ainda que, embora os obstáculos sociais enfrentados por
mulheres com TEA sejam evidentes quando comparadas às mulheres típicas, seu
espectro, diferenças essas que não puderam ser observadas em garotos e garotas com TEA e
É possível notar a existência de uma motivação que permite que mulheres dentro do
espectro iniciem o contato social e estabeleçam relações com os demais, porém por
apresentarem, segundo Cedano et al. (2020), uma compreensão reduzida das interações
sociais e da comunicação, pode ser difícil para elas enfrentar e lidar de forma adequada
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(socialmente) frente às demandas complexas. Este pode ser um fator que contribui para altas
Desde a década de 50 são realizados estudos sobre o curso de vida de indivíduos autistas,
porém, segundo Howlin e Moss (2012, citado por Rosa, 2015), foi a partir da década de 70
que foram verificados dados mais esmiuçados. De acordo com os autores, indivíduos dentro
do espectro na idade adulta apresentam grandes prejuízos nas relações sociais, na saúde física
Durante toda a história de sua evolução, o ser humano utilizou ritos de passagem para
segundo Monteiro (2011), os ritos de passagem para a vida adulta foram sendo substituídos
por marcadores simbólicos como ter um emprego, se casar, votar, dirigir, etc. Estudos sobre a
sociedade contemporânea asseguram que essa transição tem deixado de ser entendida como
um período de passagem, dando lugar a sua compreensão como uma etapa da vida e, sendo
ainda se manifestam na vida desses indivíduos como obstáculos na busca pela sua
autistas necessitam de uma rotina com diversas tarefas onde os mesmos possam se sentir úteis
habilidades para cumprir tais tarefas, de acordo com o autor, frequentemente reforçam o
vezes se tornam incômodas ou perigosas para si ou para aqueles à sua volta. Isso acontece
devido a um padrão cognitivo extremamente rígido que faz com que esses indivíduos tenham
Quanto ao ingresso no ensino superior, segundo Olivati e Leite (2019) uma das questões
enfrentadas é a dificuldade para adaptar-se ao ritmo da exposição dos conteúdos que pode ser
inserção no mercado de trabalho, os estudos trazidos por Rosa (2015) indicam que é
necessário não apenas incluir esses indivíduos, mas implementar estratégias para adaptação e
3. JUSTIFICATIVA
nacionais sobre a escassez de estudos que investiguem o curso de vida de pessoas autistas de
ambos os gêneros, mas especialmente mulheres, no contexto brasileiro. De acordo com Rosa
(2015), atualmente existem políticas públicas direcionadas para indivíduos autistas com foco
em planos de transição para a vida adulta, porém tais políticas não têm sido observadas na
prática. Ao passo que estudos internacionais demonstram que a maior parte dos indivíduos
A autora traz ainda dados dos estudos de Farley et al. (2009, citado por Rosa, 2015),
onde metade dos 41 participantes estavam inseridos no mercado de trabalho na idade adulta,
e apenas 5 conseguiram entrar no ensino superior após o fim do ensino médio. É preciso
salientar que a maior parte dos participantes da pesquisa citada anteriormente possuíam
serviços complementares de renda, o que segundo Rosa (2015) demonstrou ser uma variável
que influenciou positivamente os prognósticos dos indivíduos. Outro aspecto trazido pelos
estudos de Olivati e Leite (2019) reitera que as barreiras de acessibilidades enfrentadas por
estudantes autistas, por vezes prejudicam sua trajetória acadêmica mais do que a falta de
Quanto ao recorte de mulheres autistas, Cedano et al. (2020) afirma que os estudos
realizados até então com mulheres em idade adulta e adolescência trazem dados de altos
níveis de ansiedade e angústia, assim como experiências com abuso e assédio. De acordo com
4. OBJETIVOS
A) Objetivo Geral
Compreender desafios encontrados por mulheres com TEA nos processos que derivam
B) Objetivos Específicos
2. Conhecer os principais desafios da transição para a vida adulta nos âmbitos social,
pessoal e profissional.
5. MÉTODO
O Método Qualitativo foi escolhido por dispor de ferramentas mais adequadas para
compreender as qualidades do fenômeno que será analisado. Segundo Godoy (1995), este
método permite que o fenômeno seja identificado a partir do contexto que está inserido e
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analisado sob uma perspectiva integrada. Isto é possível através da ida a campo pelo
Com o objetivo de investigar o fenômeno, o Estudo de Caso foi escolhido por examinar
profundamente uma unidade que pode ser um ambiente, sujeito ou situação específica
(Godoy, 1995). Uma vez que, segundo Godoy (1995), o Estudo de Caso nos permite
porém não há uma sequência fixa de perguntas, o que permite a fluidez do diálogo.
vida adulta será utilizado o Estudo de Casos Múltiplos, que nos possibilita compreender a
1995).
5.1 Participantes
Para a realização deste projeto serão selecionadas 3 mulheres, com idade acima de 19
anos, que possuam o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 1. A amostra
5.2 Local
A pesquisa será realizada de forma remota, por chamadas de vídeo e áudio através de
aplicativos como Whatsapp, Google Meet, Zoom e etc, a depender da disposição das
5.3 Instrumento
A). Conjuntamente será utilizado um notebook para realização do encontro (virtual) com as
seguida serão enviados os convites para as participantes através de suas redes sociais. A
amostra será selecionada a partir de critérios como ser do gênero feminino, possuir laudo
entrevistas ocorrerão através de chamadas de vídeo e áudio (em dia e horário combinados
após o assentimento das participantes será dado início às entrevistas. Estas serão gravadas e
Considerando o intuito deste projeto, será utilizada a Análise de Conteúdo para examinar
as informações coletadas através das entrevistas por seu foco em qualificar as experiências do
indivíduo, assim como suas percepções sobre aquilo que está sendo estudado (Pinheiro et al.,
2014). De acordo com Pinheiro et al. (2014), a Análise de Conteúdo engloba técnicas de
contexto a ser estudado, além de permitir que sejam realizadas inferências a partir das
informações coletadas.
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al., 2014) consiste em três fases: 1. Fase de pré-exploração do material; 2. Seleção das
A primeira fase, segundo Pinheiro et al. (2014), consiste no primeiro contato com os
segunda fase, o pesquisador irá selecionar unidades de análises (que podem ser palavras,
sentenças, parágrafos das entrevistas) orientado pelas questões que ele busca responder com
seu projeto (Pinheiro et al., 2014). Por último, na terceira fase são classificados e
Portanto, a Análise de Conteúdo será utilizada por possibilitar compreender quais são as
vivências de mulheres autistas durante o processo de transição para a vida adulta, analisando
possibilidades de intervenções.
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5.6 Tabelas
Cronograma
2022
Atividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
Submeter ao Comitê de Ética x
Revisão bibliográfica x
Convidar os participantes x
Construção das informações x
Transcrição das entrevistas x
Análise das informações x
Elaborar o relatório x
Entregar 1ª versão do relatório x
Revisar o texto x
Entrega do trabalho final x
Equipamentos e materiais
Descrição Quantidade
Notebook 1
Celular 1
Custo do Projeto/Orçamento
Total R$ 720,00
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6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
– Klin, A. (2006). Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. In: Rev. Bras.
Psiquiatr.;28 (Supl I):S3-11
– Jenderieck, C. (2014). Dificuldades encontradas pelos profissionais da saúde ao
realizar diagnóstico precoce de autismo. In: Psicol. Argum., Curitiba, v. 32, n. 77,
p. 153-158, abr./jun.
– Cedano, Y. M., Rivera-Caquías, N., Alvarez-Alvarez, M., & Vega-Carrero, M.
(2020). Trastorno del Espectro Autista en Féminas. Revista Caribeña de
Psicología, 4(3), 281-294.
– Montes, N. C. (2016). Jóvenes adultos con TEA: el comienzo de la vida adulta y sus
problemas.
– Costa, A. d. & Marin, A.H. (2017). Processo de inclusão do adulto com Síndrome
de Asperger no Ensino Superior. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n.49, p.258-285.
– Fernandes, C. S., Tomazelli, J., & Girianelli, V. R. (2020). Diagnóstico de autismo
no século XXI: evolução dos domínios nas categorizações nosológicas.
Psicologia USP, 31, e200027.
– Rosa, F.D. (2015). Autistas em idade adulta e seus familiares: Recursos disponíveis
e demandas da vida cotidiana. Tese (Doutorado) 192 f. São Carlos : UFSCar.
– Olivati, A. G. & Leite, L. P. (2019). Experiências Acadêmicas de Estudantes
Universitários com Transtorno do Espectro Autista: Uma Análise Interpretativa
dos Relatos. In: Rev. Bras. Ed. Esp., Bauru, v.25, n.4, p.729-746.
– Barbosa, H. F. (2019). A inclusão de pessoas com autismo no ensino superior:
percepções discentes sobre o ingresso à universidade. Anais VI CONEDU;
Campina Grande: Realize Editora.
– Costa, A. & Marin, A. H. (2017). Processo de inclusão do adulto com Síndrome de
Asperger no ensino superior. Barbarói, 49, 258-285.
– Monteiro, R. A. P. (2011). A Transição para a vida adulta no contemporâneo: um
estudo com jovens cariocas e quebequenses. Tese de doutorado, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.
– Yin, R. K. (2001). Estudo de caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel Grassi-
2.ed. -Porto Alegre ; Bookman.
– Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
– Tromans, S., Chester, V., Kiani, R., Alexander, R. & Brugha, T. (2018). The
prevalence of Autism spectrum disorders in adult psychiatric inpatients: a
systematic review. Clin Pract Epidemiol Ment Health 14:177
– Rasga, C., & Vicente, A. M. (2017). O que acontece quando as crianças com
autismo crescem? Um estudo exploratório. In: Boletim Epidemiológico
Observações;6(Supl 9):24-28.
– Godoy, A. S. (1995). Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de
Administração de Empresas, 35(3), 20-29.
– Ferreira, K.V. (2018). Narrativas sobre as experiências no cotidiano escolar de uma
estudante universitária diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Psicologia da Universidade do
Sul de Santa Catarina.
– Ries, I. L. & Lima, B. N. C. (ano) Mulheres neurodivergentes: conexões que
enunciam vulnerabilidade e a luta por reconhecimento.
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7. ANEXOS
Você está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa acima citado. O texto
abaixo apresenta todas as informações necessárias sobre o que estamos fazendo. A sua
colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer
O nome deste documento que você está lendo é Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE).
Antes de decidir se deseja participar (de livre e espontânea vontade) você deverá ler e
compreender todo o conteúdo. Ao final, caso decida participar, você será solicitado(a) a
Antes de assinar, faça perguntas sobre tudo o que não tiver entendido bem. A equipe deste
estudo responderá às suas perguntas a qualquer momento (antes, durante e após o estudo).
● Você está sendo convidado(a) a participar exatamente por ter acima de 18 anos e ser
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Procedimentos do estudo
aproximadamente 15 minutos.
estudo.
Riscos e benefícios
● Caso esse procedimento possa gerar algum tipo de constrangimento, você não precisa
realizá-lo.
● Com a participação nesta pesquisa você poderá contribuir para maior conhecimento
● A sua participação é voluntária. Você não terá nenhum prejuízo caso não queira
participar.
● Você poderá se retirar desta pesquisa a qualquer momento, bastando para isso entrar
humanos, não receberá nenhum tipo de compensação financeira pela sua participação
neste estudo.
Confidencialidade
● Os seus dados serão manuseados somente pelos pesquisadores e não será permitido o
serão destruídos.
científicas. Entretanto, ele mostrará apenas os resultados obtidos como um todo, sem
revelar seu nome, instituição a qual pertence ou qualquer informação que esteja
CEP/UniCEUB, que aprovou esta pesquisa, pelo telefone 3966.1511 ou pelo e-mail
Este Termo de Consentimento encontra-se impresso em duas vias, sendo que uma cópia será
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Telefones p/contato