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CEPMG - CT

SOCIOLOGIA
3ª SÉRIE – ENSINO
MÉDIO
Prof.ª: Chris

2º Semestre
NO PRIMEIRO SEMESTRE

Concepção Antropológica de Cultura e a Diversidade


Cultural.
Cultura e Consumo

Abordamos: Poder, Política e Estado.


A Democracia Moderna: Cidadania, Direitos e Deveres.
Participação e Representação (os problemas “da ação
coletiva”).
PARA O SEGUNDO
SEMESTRE

Trabalho, Sociedade e Capitalismo.


Relações de Trabalho.

VEREMOS
Identidade, Preconceito e Discriminação.
Estratificação e Desigualdade.
Participação e Representação (os problemas “da ação
coletiva”).
TRABALHO

Trabalho: como uma sociedade como a nossa entende o trabalho?

O trabalho permanece como tema central para


Entender como se constroem relações sociais.
TRABALHO E SOCIEDADE

A nossa sociedade é profundamente marcada pelo trabalho, de


variadas maneiras. Uma delas, impacta profundamente a nossa
subjetividade.

Quando alguém se apresenta, usa normalmente seu nome e sua


ocupação profissional: Eu sou [nome], sou [trabalho].

O trabalho constrói nossa identidade, para o mundo e para nós


mesmos.
TRABALHO E HISTÓRIA

Podemos perceber que o trabalho está presente por toda parte, e


é por meio dele que, muitas vezes, se conta a história da
humanidade:

Caçadores-Coletores »»» Escravidão Clássica »»» Servidão »»»


Comércio/Mercantilismo »»» Industrialismo »»» Informalização
TRABALHO PARA OS CLÁSSICOS
Para Marx, o trabalho é uma atividade humana fundamental: o
trabalho é a modificação da natureza para o uso humano.

Três elementos são fundamentais:

- Força de trabalho (potencial humano)


- Objeto de trabalho (o que será modificado)
- Meio de trabalho (instrumentos e espaço físico)

O trabalho gera lucro e é uma


atividade capaz de gerar valor.
MAIS-VALIA
O trabalho gera valor. Esse trabalho é realizado pelo trabalhador/a
no processo produtivo.
Mas, este valor que é empregado no produto não corresponde ao
que é remunerado ao trabalhador.

Com quem fica a diferença? Com o dono dos meios de produção.


É essa diferença que Marx chama de mais-valia.

Isso constitui a exploração do trabalho, de um lado, e de outro, a


alienação do trabalhador.
TRABALHO EM WEBER
A centralidade do trabalho não tem origem nele mesmo. Para
Weber, são valores da religião que constroem o chamado “espírito
do capitalismo”.

A religião calvinista apostava na ideia da positivação do trabalho e


da obtenção de seus frutos como sinal da graça divina. Isto se
juntaria a uma conduta ascética (negação do mundo, a preguiça e
a perda de tempo são pecados)

“Tempo é dinheiro!” (Não posso perder tempo!)


TRABALHO EM DURKHEIM
Divisão do trabalho: fenômeno de todas as sociedades, das mais
simples às complexas.

Para Durkheim, o trabalho é fonte de solidariedade: é o que


explica a harmonia entre os indivíduos.

Passamos da solidariedade mecânica (com pouca diferenciação),


para uma solidariedade orgânica (muito especializada),
na qual há uma interdependência entre os
indivíduos.
QUIZZ
1) Sobre a mais-valia, conceito de Karl Marx, é correto afirmar que:
a) Para Marx, o burguês (ou proprietário dos meios de produção)
partilha de forma igual e harmônica com seus empregados todos os
lucros gerados. Marx era um entusiasta da mais-valia e do
capitalismo.
b) A mais-valia parte do pressuposto de que o trabalho gera valor, e
ele é feito pelo trabalhador no processo de produção. No entanto,
o valor que é empregado no produto não corresponde
ao que é remunerado ao trabalhador. Na lógica
da mais-valia, o valor não pago é apropriado
pelos proprietários dos meios de produção.
RESPOSTA
1) Sobre a mais-valia, conceito de Karl Marx, é correto afirmar que:
a) Para Marx, o burguês (ou proprietário dos meios de produção)
partilha de forma igual e harmônica com seus empregados todos os
lucros gerados. Marx era um entusiasta da mais-valia e do
capitalismo.
b) A mais-valia parte do pressuposto de que o trabalho gera valor,
e ele é feito pelo trabalhador no processo de produção. No
entanto, o valor que é empregado no produto não corresponde
ao que é remunerado ao trabalhador. Na lógica
da mais-valia, o valor não pago é apropriado
pelos proprietários dos meios de produção.
A RACIONALIZAÇÃO
No final do séc. XIX, era possível captar uma pergunta:
Como aumentar a produtividade de uma sociedade que depende
cada vez mais dos produtos industrializados?

Com a organização racional do trabalho: controle da produção, do


tempo e padronização de modelos de produtos e do trabalho
realizado nas fábricas.

Estes primeiros modelos foram chamados de


Fordismo e Taylorismo.
MODELOS DE TRABALHO
TAYLORISMO FORDISMO
Separação do trabalho Produção e consumo
por tarefas e níveis em massa
hierárquicos
Racionalização da Extrema especialização
produção do trabalho
Controle do tempo Rígida padronização da
produção
Estabelecimento de Linha de montagem
níveis mínimos de
produtividade
ATIVIDADE- ENEM 2014
A introdução da organização científica taylorista do trabalho e
sua fusão com o fordismo acabaram por representar a forma
mais avançada da racionalização capitalista do processo de
trabalho ao longo de várias décadas do século XX. ANTUNES, R. Os
sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo,
2009 (adaptado).
O objetivo desse modelo de organização do trabalho é o
alcance da eficiência máxima no processo produtivo
industrial que, para tanto:
ATIVIDADE- ENEM 2014
a) adota estruturas de produção horizontalizadas, privilegiando
as terceirizações.
b) requer trabalhadores qualificados, polivalentes e aptos para
as oscilações da demanda.
c) procede à produção em pequena escala, mantendo os
estoques baixos e a demanda crescente.
d) decompõe a produção em tarefas fragmentadas e repetitivas,
complementares na construção do produto.
e) outorga aos trabalhadores a extensão
da jornada de trabalho para que eles
definam o ritmo de execução de suas tarefas.
RESPOSTA
d) decompõe a produção em tarefas fragmentadas e
repetitivas, complementares na construção do produto.
Para fixação do conteúdo: cena do filme “Tempos Modernos”,
de Charles Chaplin: Carlitos, o protagonista, trabalha em uma
fábrica, desempenhando atividades repetitivas e alienantes.
A PRODUÇÃO FLEXÍVEL
O modelo taylorista-fordista entra em crise a partir dos anos 1960:
há uma reconfiguração dos processos industriais.

A partir dos anos 1970, se cria um novo modelo de produção,


chamado Toyotismo.
PRODUÇÃO ENXUTA
TRABALHADOR
MULTIFUNCIONAL
PRODUÇÃO PELA DEMANDA
ESTOQUES MÍNIMOS
SISTEMA JUST-IN-TIME
TOYOTISMO
Apesar do sucesso inicial e da difusão do modelo toyotista pelo
mundo (no Brasil, especialmente nos anos 90), começam a haver
as primeiras críticas:

> Não houve promoção de autonomia do trabalhador


> Continuaram havendo mecanismos de controle rígidos

Richard Sennett chamou esse processo de corrosão do caráter:


objetivos de longo prazo, lealdade, comprometimento e confiança
perdem lugar no mundo do trabalho.
ATIVIDADE- ENEM 2013
Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho,
mas não adquire maior controle sobre o processo em si. A essa
altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho é
muitas vezes maior para os ausentes do escritório do que para
os presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e o
poder sobre o trabalhador, mais direto. SENNETT R. A corrosão do caráter,
consequências pessoais do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
Comparada à organização do trabalho característica do
taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada no
texto pressupõe que
ATIVIDADE- ENEM 2013
a) as tecnologias de informação sejam usadas para
democratizar as relações laborais.
b) as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa
para o espaço doméstico.
c) os procedimentos de terceirização sejam aprimorados pela
qualificação profissional.
d) as organizações sindicais sejam fortalecidas com a
valorização da especialização funcional.
e) os mecanismos de controle sejam
deslocados dos processos para os resultados
do trabalho.
RESPOSTA
e) os mecanismos de controle sejam deslocados dos
processos para os resultados do trabalho.

Atenção: O conteúdo que aborda os modelos produtivos


possui grande viés interdisciplinar. No caso da questão, o
enunciado apresentou um sociólogo contemporâneo
(Sennett), que oferece chaves explicativas para a resolução da
questão, interpretada à luz da Sociologia.
CENÁRIOS ATUAIS
A partir do final dos anos 1990, dois processos vão interferir nas
mudanças no mundo do trabalho: a liberalização da economia e o
incremento tecnológico.

Eles geram o chamado desemprego estrutural: a mão-de-obra


disponível não consegue ser absorvida pelo mercado.

Com isto, aumentaram dois índices: o desemprego e o


chamado trabalho informal (não regulado por
contratos de trabalho).
“UBERIZAÇÃO”
O sociólogo Ricardo Abramovay trata de uma nova forma de
trabalho que está presente hoje: a “uberização”.

ATENÇÃO! O tema estava em uma das redações do vestibular da


UFPR em 2019.

O que, seria, a “uberização” do trabalho? E a nova economia?

O autor fala de uma economia do compartilhar, a


Sharing economy: os aplicativos e plataformas
permitem compartilhamento e renda.
“UBERIZAÇÃO”

Para ele, as promessas de uma nova economia, baseada no


compartilhamento, nos aplicativos e plataformas e no trabalho
autônomo com maiores ganhos não se cumpriram.

O que houve foi uma precarização dos empregos, uma diminuição


dos ganhos reais e trabalhos cada vez mais precários e
dependentes da demanda.

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