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ANO LXXm IUL„ AGÔSTO E SETEMBRO DE 1953 Ns.

1, 2 e 3

MARÍTIMA

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BRASILEIRA

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SUMARIO =

DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA —

N. O. G.) — 1914 -1918 — Contra-almirante


(D.
César da Fonseca 1

IMPORTÂNCIA DA GUERRA AO TRÁFEGO MAR1-

TIMO NO ESTRATÉGICO — Capitão de


QUADRO
fragata Francisco de Souza Maia Júnior 39

PRIMEIRA VIAGEM DO COMANDANTE COOK Ã

VOLTA DO MUNDO A BORDO DO «ENDEA-

VOUR» — -1771) — Continuação — Tra-


(1769
dução de F. A. Machado da Silva . 67

DOCUMENTOS NAVAIS EXISTENTES NO INSTI-

TUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO


— Dr. Paulo Duval 89

VEM A SER LOGÍSTICA? — Tradução de A.


QUE
de Azevedo Lima 111

CAPITÃO DE FRAGATA JOSÉ CUSTÓDIO CAMPOS

DA PAZ — Redação 131

DE REVISTAS — A. de A. L. 133
REVISTA

AVIÕES E SUBMARINOS — C. F. 159

RESPIGA .183

NOTICIÁRIO 201

NECROLOGIA 229

ÍNDICE ALFABÉTICO DO 142? VOLUME (JANEIRO

A JUNHO DE 1953) 231

O MIMSTÉRIOdaMARINHA O
v:

NAVAL RIO Dt JANEIRO


IMP.
BIBLIOTECA DA MARINHA

Relação das Revistas estrangeiras recebidas pela


Biblioteca da Marinha

<— Boletin dei Centro Naval — Brujula — Revista


ARGENTINA

de Publicaciones Navales.

BÉLGICA — La Revue Maritime Belge.

CHILE >— Revista de Marina ¦— Memorial dei Ejercito de Chile

•— Revista de Caballeria.

COLÔMBIA — Revista de La Armada.

CUBA — Cultura Militar Naval.


y

EQUADOR — Revista Municipal.

ESTADOS UNIDOS •— Electrical Communication — U. S. Naval

¦— Foreign Affairs — Revista Aerea Latino Americana

¦— The of Politics •— of Research ¦—


Journal Journal
Naval Aviation News — Ali Hands — Safety Review.

FRANÇA — La Revue Maritime ~ La Houille Blanche —

Triton — Neptunia.

INGLATERRA — Endeavour — The Journal of the Royal

Artillery — The of the Institute of Metals.


Journal

ITÁLIA — Rivista Marittima — Boletino di Informazioni Marit-

tima.

PERÚ — Revista de Marina.

PARAGUAI — Boletim Naval.

PORTUGAL— Anais do Clube Militar Naval.

URUGUAI — Revista Marítima -— Revista Militar Naval.


y

VENEZUELA — Revista dei Ejercito, Marina Aeronautica —


y

Revista de Ias Armadas.


fuerzas
ANO LXXÜI JUL., AGÔSTO E SETEMBRO DE 1953 Ns. 1, 2 e 3

m
REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

Publicação do Ministério da Marinha

Sede: Biblioteca da Marinha — Edifício do Ministério da Marinha — Rio de Janeiro

SUMÁRIO

DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA —

N. O. G.) — 1914-1918 — Contra-almirante


(D.

César da Fonseca 1

IMPORTÂNCIA DA GUERRA AO TRÁFEGO MARI-

TIMO NO ESTRATÉGICO — Capitão de


QUADRO
fragata Francisco de Souza Maia Júnior 39

PRIMEIRA VIAGEM DO COMANDANTE COOK Ã

VOLTA DO MUNDO A BORDO DO «ENDEA-

VOUR» — -1771) — Continuação — Tra-


(1769
dução de F. A. Machado da Silva 67

DOCUMENTOS NAVAIS EXISTENTES NO INSTI-

TUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO


— Dr. Paulo Duval 89

VEM A SER LOGÍSTICA? — Tradução de A.


QUE
de Azevedo Lima 111

CAPITÃO DE FRAGATA JOSÉ CUSTÓDIO CAMPOS

DA PAZ — Redação 131

REVISTA DE REVISTAS — A. de A. 133

E — C. F. 159
AVIÕES SUBMARINOS

RESPIGA 183

NOTICIÁRIO 201

NECROLOGIA ...! 229

ÍNDICE ALFABÉTICO DO 142" VOLUME (JANEIRO

A JUNHO DE 1953) ' 231

Imfrensa Naval — Ministério da Marinha — Brasil, 1953


SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO GERAL DA MARINHA

(S.D.G.M.)

DIRETOR

Contra-almirante CÉSAR AUGUSTO MACHADO DA FONSECA

1» Secção — HISTÓRIA MARÍTIMA DO BRASIL

2.a Secção — BIBLIOTECA DA MARINHA

3.a Secção — ARQUIVO HISTÓRICO

4.a Secção — REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

REDATORES

Capitão de fragata ALEXANDRE DE AZEVEDO LIMA

Capitão de corveta CÉSAR FELICIANO XAVIER

Capitão-tenente GILBERTO HUET DE BACELLAR

Secretário, LUIZ AUGUSTO FERREIRA DE MOURA


Revista Maritima Brasileira

ANO LXXin IUL„ AGÔSTO E SETEMBRO DE 1953 Ns. 1. 2 e 3

DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES

DE GUERRA

"D.N.O.G."

1914 — 1918

CÉSAR DA FONSECA

Contra-Almirante, R. Fm.

1. ANTECEDENTES — Antes da declaração de o


guerra,

Brasil cultivava as bôas relações cora todos os do mundo,


povos

coerente com a sua política que na paz e na guerra jamais se

modificou. Política sadia de aproximação, paz e concórdia. A

agressão da Alemanha contra nações amigas, invadindo seus

territórios violentamente e de um modo inopinado e levando a

guerra pelos mares em fora, numa campanha submarina insidiosa,

atacando navios neutros que faziam o intercâmbio comercial

com nações neutras — leva o Brasil a tomar uma atitude mais

consentânea com o momento, diante dos atos de barbarie contra

a civilização, os quais já vinham perturbando a nossa vida, cau-

sando o desassossêgo e abalo de espírito.

Os Estados Unidos da América do Norte, compreendendo a

grave situação provocada pela Alemanha, sobrepondo o terror

e a violência aos princípios que regem o direito das gentes,

criando para todos os neutros uma situação de beligerância,

entram na guerra. E o Brasil o acompanha, mais tarde, pela

coerência de sua política de solidariedade, deante do menospreso

às regras do direito internacional com o ataque, metendo a pique,

Nota — A êste histórico foi dado uma forma e feitio, tanto quanta pos-
sível, à semelhança de um PLANO. Recompõe em seqüência

lógica e racional, os fatos principais, ocorridos na D.N.O.G.,

no cumprimento de sua Missão. — C.F.


2 REVISTA marítima brasileira

navios mercantes de quaisquer nações neutras submarinos


per
corsários, sem aviso nem consideração alguma
prévio, para com

as vidas humanas.

2. SITUAÇÃO GERAL — Em face de um grande número de

torpedeamentos de navios mercantes de neutros, em águas


países
neutras, sem aviso leva o Brasil entre outras nações, a
prévio,

enviar notas de protesto ao Governo Alemão, declarando que


não aceitaria o bloqueio de submarinos germânicos.

Êste ato do governo Brasileiro dá-se justamente no momento

em que a Alemanha resolve incrementar a campanha submarina,

em 1917.

A nossa posição, nêsse momento, já exigia sacrifícios, disci-

plina e vontade para a realização dos desígnios do do


povo, go-

vêrno, e da nação. Assim as atividades da nossa vida social e

política se movimentaram, em pleno exercício das exigências da

guerra.

3. SITUAÇÃO PARTICULAR — Com o torpedeamento a 6

de abrii de 1917 do vapor PARANÁ, a Companhia de


pertencente

Comércio e Navegação, deslocando 6.000 tons. com 40 homens

de tripulação e comandado Capiião de Longo Curso, José


pelo

da Silva Peixe, as coisas tomaram nós, rumos mais séries e


para

que se agravaram, mais tarde com o afundamento dos nossos

navios TIJUCA e LAPA.

Diante, pois, dessa primeira agressão ao Brasil, o Presidente

da República, após reunir o Ministério e conhecer o resultado do

inquérito procedido pelo nosso Cônsul, em Cherburg, resolveu

romper as relações diplomáticas e comerciais com a Alemanha.

Registrando-se novos atentados contra a nossa soberania, o

Presidente da República, Dr. Wenceslau Braz, dirige ao Congresso

Nacional uma mensagem, justamente no momento em que aca-

bava de ser torpedeado por um submarino alemão, o navio bra-

sileiro MACÁU, o quarto pôsto a pique, e aprisionado o seu co-

mandante.

Esta mensagem, fazendo ver a gravidade das circunstâncias

que envolveram a agressão, caracteriza o estado de guerra im-

posto pela Alemanha. E consequentemente, aceitar os fatos como

êles são e fazer represálias de franca beligerância. E entre estas,

a ocupação da canhoneira alemã EBER, ancorada em Salvador,


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 3

'ripa-
na Bahia, aprisionando a sua guarnição e a internação dos

lantes dos navios mercantes da mesma nacionalidade, com a

ocupação dos mesmos.

O Congresso Nacional, representado pelas duas Casas do Par-

lamento, no curto prazo de vinte quatro (24) horas, considerando

a situação de relações rotas com o Império Alemão; e conside-

rãndo, ainda, o desprêzo por parte dêste, das regras do direito

das gentes e normas indispensáveis à convivência internacional,

por ter empregado atos de guerra, reconhece e proclama o estado

de guerra, iniciado pela Alemanha contra o Brasil, autor^ndo

ao Presidente da República a adotar as providências constantes

da mensagem e tomar todas as medidas de defesa nacional e se-

gurança pública que julgar necessárias.

ASSIM O BRASIL ENTRA NA GUERRA mantendo ilesa a

honra e a dignidade da nação.

Uma das primeiras providências tomadas e de maior relêvo.

foi a constituição de uma Fôrco Naval, denominada DIVISÃO

NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA (D.N.O.G.) motivando a

1? ORDEM DO DIA do seu Comando, assim expressa

«COMANDO DA DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES

DE GUEKRA

Bordo do Cruzador Rio Grande do Sul, no porto do Rio de

Janeiro, em 9 de fevereiro de 1918.

Ordem do Dia, n" 1

Dou conhecimento à Divisão sob meu comando, do se-

guinte:

a) Nomeado por Decreto de 30 de janeiro de 1918 para o

cargo de Comandante da Divisão Naval em Operações de

Guerra, asumo hoje o seu Comando, b) Fazem parte desta

Divisão, os Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul; Contrator-

pedeiros Piaui, Rio Grande do Norte, Paraíba e Santa Catarina

e um Transporte, (a) Pedro de Frontin, Comandante da Di-

visão.»

O transporte, posteriormente, incorporado foi o TD Belmonte.

E /nais tarde o Rebocador Laurindo Pitta.

As características dos navios são as seguintes:


D. N O G

Contra-Almirante Pedro Max Frontin

Artilharia Torpedo
Uesloca-
NAVIOS mento Comandantes ObservagOes
memo Medio Pequeno
Tubos
Calibre Calibre

—==—=_ =
C Rio Grande do Sul 3.100 T 10 c - 120 mm | G c - 47 mm 2 - 45 mm C.C. Josd Machado de
j Cas- " j
tro e Silva £ ¦§

o 3
C Bahia 3.100 T 10 c-120 mm I 6 c - 47 mm - 45 mm
j III | 2 C.F. Tancredo
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Gomensoro ^ ®
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CT Piaui 650 T 2 c - 101 mm 4 c - 47 mm 2-45 mm C.C. Alfredo de Andrade ^
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Dodsworth p §
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CT Paraiba 650 T 2c- 101 mm 4 c - 47 mm 2-45 mm C.C.Manoel Jose Nogueira "3
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da Gama "3 .2
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CT Santa Catarina 650 T 2 c - 101 mm 4 c - 47 mm 2-45 mm C.C. Adalberto Guimaraes ~
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Bastos o
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CA Belmonte 3.280 T 4 c - 120 mm 4 c - 47 mm — C.C. Jose Felix da Cunha "
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j Menezes ¦§ §

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CT Rio G. do Norte I 650 T 2c- 101 mm 6 c - 57 mm — C.C. Benjamin Goularte £
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Rebocador Laurindo Pitta I 269 — I — C.T. Heitor Gongalves Per- "O
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Estado-Maior do Comandante da Fôrça.
1» Assistente — Roberto Guedes de Carvalho — 2» Assisten te — Jorge Dodsworth Martins.

Ajudante de Ordens — 1' Tenente José Espíndola.


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 5

Desde êsse momento, se aparelhavam os navios procurando

dar-lhes a eficiência desejada, a fim de cumprirem as missões que

lhes estavam reservadas. O Comandante da Força, Contra-Almí-

rante Pedro de Frontin, recebendo inúmeros pedidos de oficiais

para embarcar em navios de seu comando, resolveu distribuir

listas pelos navios, corpos e estabelecimentos, para receber as

suas assinaturas. Como o número fosse muito elevado, além do

que era necessário, foi preciso selecionar, mediante um certo

critério. Prepara-se assim a Divisão seguir com destino aos


para

mares europeus e reunir-se à Esquadra a ser indicada.

De início, o Comandante da Divisão Naval em Operações de

Guerra, devido a natureza excepcional da Comissão lhe foi


que

cometida, teve poderes especiais para agir de acordo com as ins-

truções expedidas a 14 de maio de 1918, como se segue:

Sr. Contra-Almirante, Comandante Naval em Operações de

Guerra.

«Atendendo à delicadeza da comissão que vos foi confiada,

ao afastamento em que durante ela ficareis das autoridades su-

periores a que estais subordinado e ainda à dificuldade de comu-

nicações a que ficais sujeito, o Governo resolveu que, além das

instruções que foram dadas pelo Estados-Maior da Armada

deveis observar ao que se segue: logo que a. Divisão sob vosso

Comando deixar o último porto nacional, caber-vos-ão as atri-

buições de Comandante em Chefe do tempo de guerra.

Ficais autorizado a punir, premiar, nomear, exonerar, trans-

ferir, substituir, promover e aplicar as disposições de Leis, De-

cretos, Avisos e Ordens em vigôr, como se fósse a autoridade

competente para fazê-lo, respeitados criteriosamente o espí-

rito e justiça das ditas Leis, Decretos, Avisos, etc. cujos prin-
cípios não devem ser alterados, mas apenas modificada a ma-

neira de ser daqueles atos, conforme a dificuldade ou circuns-

tâncias que se apresentarem por ocasião de sua execução.

Todas as decisões que dependem de Decretos serão toma-

das ad-referendum do Govêrno que deve ser informado das ditas

decisões logo que sejam tomadas.

Podeis exonerar Comandante e Oficiais, nomeados por De-

creto ou Portaria, trocar Comandos e nomear of:ciais, do modo

que julgardes mais conveniente ao bom êxito da vossa Comissão.

Podeis promover ad-referendum do Govêrno, por atos de

heróica e excepcional bravura os oficiais, sub-oficiais e praças

que dando provas de elevada coragem, dedicação e patriotismo,


realizaram feitos de alto valor.
6 REVISTA marítima brasileira

Ficais autorizado a fazer regressar ao Brasil todo e

qualquer servidor que se tornar inconveniente ao serviço na

Divisão de vosso Comando. Seria desnecessário recomendar à.

vista dos amplos poderes que vos dá o Govêrno, todo o critério

na execução das presentes instruções a fim de que vossos atos

sejam sempre baseadas na justiça e no direito tudo concorrendo

para o bom andamento do serviço Nacional».

Antes de serem expedidas essas instruções, a 11 de maio de

1918, suspende o C Bahia do Rio de Janeiro, com destino ao pôrto

de Salvador na Bahia onde chega a 14, aguardando os demais

navios da Divisão em preparativos no Arsenal de'Marinha do

Rio de Janeiro. Posteriormente, chegam naquele pôrto no decor-

rer no mês de Maio, todos os navios componentes da Força.

O Vice-Almirante, Engenheiro Naval, Cleto L. T. Japi-Assú,

Diretor da Companhia de Navegação Bahiana, visita os navios

da Divisão e põe à disposição do Comandante da mesma, os

serviços das oficinas e material da Emprêsa que proficientemente

dirigia. Êste gesto patriótico é bem apreciado e aceito, realizan-

do-se vários trabalhos, aprestando os navios, pondo-os em condi-

ções de se fazer ao mar e enfrentar a luta. Assim, a 20 de junho

de 1918, suspende a Divisão com destino à Recife, onde chega a

24 do mesmo mês.

Na travessia foram feitos diversos exercícios de tiro com

alvo móvel regulamentar. Em Recife, aguarda a Divisão a

chegada do TD Belmonte e Rebocador Laurindo Pitta, que se

achavam em reparos na Bahia. Chegam finalmente a Recife

reunindo-se à Divisão.

Para não haver demora, intensificaram-se os preparativos,

multiplicando os esforços para uma prontificação rápida.

Preparada a Força para partir o Comandante da Divisão,

expede a seguinte — ordem do dia:

Comando da Divisão Naval em Operações de Guerra.

Bordo do Cruzador Hio Grande do Sul, no pôrto de Recife,

em 24 de julho de 1918.

ORDEM DO DIA N» 6

«A história gloriosa da nossa Marinha de Guerra pode ser

continuada, pode ser interrompida, isto depende dos feitos glo-

riosos desta Divisão Naval. Vamos deixar o Brasil e que, em

nossa haja em todos os corações o forte desejo de vencer


partida
e a segura esperança da vitória».

(a) Pedro de Frontin, Comte. da Divisão.


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 7

Nesse mesmo dia suspende de Recife, da Divisão, com


parte

destino ao ponto de reunião, em Fernando de Noronha..

Divisão Naval em Operações de Guerra C RIO GRANDE

DO SUL (Capitania).

Fernando de Noronha, em 1" de agosto de 1918.

a) Divisão Naval em Operações de Guerra — Contra-Al-

mirante Pedro de Frontin.

b) Composição da Força:

— C RIO GRANDE DO SUL (Capitania)

— C BAHIA (BAÍA)

— CT PIAUHY (PIAUÍ)

— CT PARAHYBA (PARAÍBA)

— CT SANTA CATHARINA (SANTA CATARINA)

— CT RIO GRANDE DO NORTE

— BELMONTE

8) Rb. LAURINDO PITTA.

1. Situação Geral — A Campanha submarina por parte da

Alemanha, ameaçava tolher a liberdade dos mares. Sua ação

se fazia sentir em várias direções, agravando os acontecimentos

pelo desprezo de todas as regras de direito internacional, com a

agressão indiscriminada de navios de países neutros ou beli-

gerantes, estendendo seu raio de ação pelo mundo em fóra, prin-

cipalmente nos mares europeus.

2. Situação Particular — Na zona abrange a costa


que

ocidental da África e as Ilhas de Cabo Verde operavam subma-

rinos alemães afundando navios, a fim de negar ou perturbar a

liberdade das comunicações marítimas essenciais ao desenvol-

vimento da guerra e da vida das Nações Aliadas. Conseqüente-

mente uma ação decisiva anti-submarina se impunha.

3. Missão — Participar efetivamente da guerra cooperando

com as Marinhas das Nações Aliadas, no patrulhamento do

Atlântico, especialmente na área compreendida entre as costas

da África Ocidental e Ilhas de Cabo Verde.


8 REVISTA marítima brasileira

4. Tarefa Geral — Chegar a Free-Tow, Serra Leôa, com se-

gurança, a fim de cooperar com as Forças Aliadas, ficando su-

bordinada ao Almirantado Britânico.

5. A esta Fôrça, consequentemente, é atribuído:

a) localizar os submarinos e repelir seus ataques;

b) estabelecer as providências ou medidas necessárias

à operação, à segurança, à obtenção e à dessemi-

nação de informações inerentes à Fôrça;

c) cumprir os planos ou ordens referentes à conduta

geral das operações.

6. Os navios de acôrdo com as instruções se abastecerão,

obedecendo o Plano Geral do Comando Naval do Teatro de Ope-

rações, sob o controle do Comando da Divisão.

7. As comunicações se farão, obedecendo c respectivo Plano

do Comando Naval do Teatro de Operações. Dentro da Divisão, os

navios são divididos em dois grupos, para êsse fim. O Grupo-

terá a letra — C — seguido de


navios maiores, como indicativo

numerai, representando este a — Unidade — e o Grupo de CTs a

— êste a — Unidade.
letra D seguido de numerai, representando

Ponto de reunião (foram indicadas as coordenadas).

Posição ocupada Comandante da Fôrça, durante a ope-


pelo

ração — C «RIO GRANDE DO SUL».

ANEXOS:

a) Dispositivo de Cruzeiro

b) Plano de Proteção, aos navios maiores, quando pa-

rados.

Do exposto verifica-se que a Missão foi ampla, de modo que

a atuação da Fôrça se fêz, de acôrdo com as normas ou regras,

adotadas em uma campanha anti-submarina.

Na sua viagem Free—Town, a navegação obedeceu os


para

Planos de Zigs-Zags, a fim de evitar os impáctos de torpedos,

tendo sido mantido em todo o vigilância e precauções


percurso,

rigorosas, admtindo sempre a possibilidade ou mesmo probabili-

dade da de um submarino inimigo, na rota ou dentro da


presença

zona a atingir, nas do porto de destino.


proximidades
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Dispositivo de Cruzeiro Plano de proteção aos navios parados


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 9

No percurso dessa viagem, a Divisão se viu na contingência

de parar algumas vêzes, não só para o abastecimento dágua das

caldeiras dos dois cruzadores, devido ao funcionamento irregular

dos seus condensadores, como também pela necessidade de se

realizar reparos mais prementes.

O Rb Laurindo Pitta é que se desincumbiu da tarefa do for-

necimento da água e do material necessário aos concertos. E

par.a isso teve de executar manobras de atracação e desatra-

cação, em pleno oceano, qualquer que fosse a condição de tempo

e mar. E o fêz eficientemente pelo que o seu Comandante, c

Capitão de Corveta Heitor Perdigão, mereceu os melhores elogios,

por parte do Comandante da Divisão. A fim de proteger os navios

parados contra um ataque torpédico, empregou-se o plano de

proteção, antes anexado, em que os CTs evoluindo em torno

dos navios naquela situação, estavam prontos a repelir e operai

contra qualquer submarino inimigo que se aproximasse.

Uma vez concluídos os reparos e o abastecimento dágua, a

Divisão prosseguia a sua marcha, quando no 3o dia de viagem, a

cerca de 624,5 milhas de Fernando de Noronha, foi alertada com

um aviso do Comando Naval Inglês, de que na sua rota provável,

havia sido assinalado um submarino inimigo — Todas as provi-

dências e precauções foram tomadas.

Nesse momento, a Força navegava com vento calmo, mar

chão com fosforecências próprias da época, quando o CT Rio

Grande do Norte, do Comando do Capitão de Corveta José Felix

da Cunha Menezes, assinala um submarino, na superfície, dando

o respectivo alarme. O 2° Tenente Floriano Peixoto Cordeiro de

Farias, no serviço de vigilância, no quarto de 6 às 10 horas, junto

ao canhão de 120 mm, avante, vislumbra a esteira de um torpedo,

em direção ao navio.

Dando o alarme faz fogo sobre êle e observa o torpedo


que

passando ao largo e deixando atrás de si uma brilhante esteira

encaminha-se para o TD Belmonte, não alcançando o alvo, per-

de-se.

Todavia as guamições passaram por alguns momentos, de

grande expectativa, esperando, em instantes próximos, o impacto

do torpedo e a conseqüente explosão. Logo após, o Tenente Cor-


10 REVISTA marítima brasileira

deiro de Farias, os demais oficiais e a do navio,


guamição que
se achavam no local, prescrutando o horizonte, divisam à pequena
distância, a sombra escura do submarino que preparava para
imergir. Nessa ocasião, vários disparos de canhão foram feitos,

presumindo-se que o submarino tenha sido atingido. Uma vez

mergulhado o submarino, o CT segue na direção de sua provável


róta e atira várias bombas de Os demais navios
profundidade.

seguem outras direções também lançando bombas de profundi-

dade sobre os possíveis caminhos tomados pelo submarino. Não

houve certeza de sua destruição, por não ter aparecido na super-

fície do mar, nenhum vestígio que assim o indicasse. Todavia,

teve-se conhecimento, posteriormente, de que em uma relação dc

Almirantado Britânico, constava o desaparecimento de uma sub-

marino na róta da Divisão, pelo que o Almirante Frontin, aceitou

o fato como verdadeiro, o que, aliás, foi reconhecido pelo Coman-

dante da Esquadra do Atlântico, em Gibraltar, que nesse sentido

se manifestou, por ocasião da visita que lhe fez o Almirante

Frontin.

Em face do ocorrido, as precauções foram redobradas e a

vigilância tornou-se mais intensiva. Voltando a calma, a Di-

visão continua em sua marcha, até atingir o ponto de reunião

preestabelecido, a aproximação do porto de destino. Daí


para

em diante a Divisão passou a ser acompanhada por escoltas Bri-

tânicas. E assim a 9 de agosto de 1918, ou sejam, após oito dias

de viagem, aportava a Divisão, em Free-Town, Serra Leôa. Acêrca

dos antecedentes, referentes à aparição do submarino é oportuno

reproduzir o que consta a respeito, no livro de quarto do CT Rio

Grande do Norte.

Quarto das 6 às 10 h. pm. de 3 para 4 de agosto de 1918.

«Tempo bom, Céu limpo, Mar tranqüilo, aliás, chão. Vento

SE. Navio navegando em linha de frente, entre o C. Bahia a

o TD Belmonte, Caldeira de vante, acesa. Artilharia e torpedos

prontos para o fogo. Observações registradas no respectivo

Diário Náutico. Rumo da agulha 76" NE. Ordens cumpridas.

Sem mais novidades, passei o serviço ao 1'' Tenente Armando

Berford Guimarães. Assinado: Ernesto de Araújo, lç Tenente.

Quarto das 2 às 6h. (a.m.) de 3 para 4 de agosto de 1918.

Quarto incerto, navio navegando através do Belmonte

escuridão completa. Navio para combate. Vigilância ri-


pronto

gorosa. Escaler de prontidão, o segundo. Declaro em tempo que

no quarto de 6 às 10 horas da noite de 3 paia 4 de agosto, foi


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 11

avistado por BE um objeto flutuando com oscilação que parecia,


tratar-se de um submarino, desaparecendo pouco depois às

7h 17m tendo sido feito o sinal de submarino pressentido e to-

madas as providências adequadas, entrando-se novamente em

linlia ao sinal do Capitania às 7h,3pm. declaração que é feita

aqui por ter havido omissão na escrituração do quarto. Sem

mais novidade. Assinado: Ernesto de Araújo, 1" Tenente.

Com a chegada da Divisão à Fnee-Town, Serra Leôa, seu Co-

mandante apresentou-se ao Comando Naval Britânico, entrando

em entendimento com o mesmo sôbre o serviço ou tarefa a

executar.

A guerra ainda continuava sem tréguas, em uma luta cheia

de ações e reações, até que a 8 de agosto, teve-se conhecimento

de que o General alemão Lundendorft havia declarado que a

Alemanha estava perdida.

Apesar dessa situação as atividades das Forças Aliadas con-

tinuavam com a mesma intensidade, sem alterações nos aspectos

estratégicos, na conduta das operações.

A Divisão Naval permanece em Free-Town, Serra Leôa, cêrca

de 14 dias, refazendo-se da viagem de Fernando de Noronha a

êssa porto em que a sua gente soube suportar a sucessão de

momentos de incertezas, dúvidas e sacrifícios, com alto gráu de

perseverança e patriotismo.

Com o fim de se aproximar da área mais sensível da zona de

operações suspende a Divisão em 23 de agôsto de 1918, de Free-

Town, Serra Leôa para Dakar onde chega a 26 do mesmo mês.

Nessa travessia de 3 dias, as guarnições dos navios sofreram bas-

tante as conseqüências do máu tempo, com chuvas torrenciais,

ventos fortes, mar agitado, obrigando-as a permanecerem nas

cobertas, onde havia falta de espaço bastante para abrigar tanta

gente, e por conseguinte a vida de bordo, além de


perturbando

torná-la incômoda, pelo desconlorto. Todavia, mais uma etapa

vencida galhardamente. Isso, deu motivo à Circular que se segue:

COMANDO DA DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES

DE GUERRA

Bordo do C. Rio Grande do Sul no porto de Dakar, em 27

de agôsto de 1918.
V? REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

Circular n» 19

«A travessia de Serra Leôa a Dakar, que exige muito

cuidado, por ser êste trêcho da costa da África, cheio de bancos

torna-se difícil e muito penoso, por ter sido feito por esta Di-

visão com vento fresco, chuvas torrenciais, mar grosso e cerração

acrescendo a isto tudo, numa navegação em formatura com 03

navios completamente às escuras e com a máxima vigilância,

para os navios se defenderem de qualquer ataque de submarinos.

«O fato de todos os navios, sem acidente algum, sempre se

acharem à vista um dos outros, nas raras vezes em que a

cerração ou os aguaceiros o permitiam, mostra da parte do

pessoal dirigente a sua capacidade prática para vencer estas

dificuldades e de futuro, outras maiores. E isso é por mim re-

conhecido. O ânimo forte com que as guarnições do rebocador

e dos destroiers suportaram ao trabalho penoso e a fadiga exte-

nuante durante uma travessia assim feita, merece especial re-

ferência de minha parte. O espírito confiante das guarnições


dos grandes navios, diante das dificuldades materiais que se

apresentavam nas duas últimas travessias, foi por mim também

apreciado. E para que isso fique bem conhecido nos navios da

Divisão, determino que esta Circular seja lida perante as guar-


nições em formatura. Êste ato significa a confiança que êste

Comando tem nas guarnições dos navios, para vencer maiores

dificuldades, com a mesma capacidade e ânimo forte».

Pedro de Frontin, Contra-Almirante, Comandante da


(a)

Divisão.

E Ordem do Dia n° 12, de 2 de setembro de 1918, o


pela

Comte. do Rebocador Laurindo Pitta, Cap. Tenente Heitor Per-

digão, devido à sua conduta exemplar, proficiência, abnegação,

mereceu o elogio abaixo transcrito, o bem diz do seu valor


qual

e homem de espirito forte.


profissional

«É com satisfação muito elogio e muito felicito o Ca-


que
Heitor Perdigão, Comandante do Rebocador
pitão-Tenente
Laurindo Pitta sua capacidade técnica e prática
pela grande
bem desempenhar comissões arriscadas ou penosas, como
para
foram a dêste rebocador em P^ernando de Noronha a Serra

Leôa a Dakar». Assinado: Pedro de Frontin, Comandante da

Divisão.

Pronta a Divisão, em Dakar, cumprir qualquer missão,


para

a epidemia da atacando as de todos os


surge gripe, guarnições

Desconhecendo o Almirante o caráter da moléstia, chegou


navios.

a fazer sentir em uma Circular a sua estranheza, de não terem

dos navios, medidas e de fácil


os médicos proposto práticas
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 13

execução de modo a evitar a sua em forma epidê-


propagação,

mica, considerando que a moléstia era conhecida na região e

esperada na estação do ano, do momento. A gripe, porém,


surgiu de um modo anormal, com aspecto muito e de
grave

sérias conseqüências, espalhando-se todo o mundo.


por

Em conseqüência, a Divisão ficou impedida de os


prestar

primeiros auxílios importantes pedidos, na ocasião, Almi-


pelo

rantado Britânico, em serviços de guerra. Todavia, dentro das

possibilidades, os CTs Piauhy (Piauí) e Parahyba (Paraíba),

respectivamente sob os Comandos dos Capitães de Corveta

Alfredo de Andrade Dodsworth e Manoel José Nogueira da

Gama, patrulharam a área indicada na Zona, auxiliando a de-

fesa das ilhas de Cabo Verde e procurando submarinos inimigos

assinalados pelo Comando Naval do Teatro de Operações.

Quanto a êstes, não foram encontrados, apesar das buscas em

várias direções. Também se desincubiram da tarefa de levar

recursos para a população de São Vicente, a braços com a gripe,


"espanhola".
chamada de

Com a cessação da epidemia, o Comandante baixa a seguinte

Ordem do Dia:

Comando da Divisão Naval em Operações de Guerra. Bordo

do Cruzador Bahia, no pôrto de Dakar. em 18 de outubro de

1818.

Ordem do Dia, n' 18

Para conhecimento da Divisão sob meu Comando faço

público o seguinte:

«Vencida, a grande prova porque passou a Divisão Naval em

Operações de Guerra, proveniente do modo violento pelo qual


se manifestou em seus navios a epidemia de gripe, me afastou

da convivência e dos momentos felizes e perigosos porque tí-

nhamos de passar tão grande número de Oficiais, Suboficiais e

praças qne deixaram suas vidas, servindo a sua Pátria, men-

ciono aqui seus nomes.

Nesse elevado número de oficiais, suboficiais e praças muitos

haviam que pelas suas qualidades pessoais e militares, se haviam

vantajosamente impôsto ao meu apreço, a consideração de seus

superiores e a estima de seus camarads.

Êsses brasileiros foram as primeiras vidas que a nossa Di-

visão viu cair em serviço da Pátria. Daremos à sua memória

respeito igual ao que teríamos, se em combate êles ao nosso


revista marítima brasileira

lado caíssem mortos pelo inimigo. Só a guerra e o serviço da

Pátria os trouxe a essas paragens, onde a morte os abateu.

No Brasil o seu sacrifício assim foi justamente compreen-

dido e com igual sentir o Almirantado Inglês, alta autoridade a

que estamos subordinados, há poucos dias em telegrama dirigido

ao Comandante da Divisão, enviando seus sentimentos de pesar

pela grande perda que acabamos de sofrer, dizia: «O Almiran-

tado, com grande pesar, teve conhecimento que muitos bravos

marinheiros brasileiros já deram as suas vidas pela Cansa dos

Aliados, da Liberdade e da Justiça».

«Foi um transe muito doloroso, porque passamos, mas estou

certo que a lembrança de nossos bravos camaradas, sepultados

em Dakar longe de intimidar as guarnições desta Divisão ou

enfraquecer-lhes o moral elevado, que em tantas situações di-

fíceis que temos atravessado, sempre mantiveram, será um es-

tímulo mais fortemente ainda darem as suas energias à


para
causa defendemos e à nossa Pátria, tudo o que ela tiver o
que
direito de exigir de nós».

Assinado: Pedro de Frontin, Contra-Almirante, Comandante.

Primeiro-Tenente — Eugênio Muniz Freire

Capitão-Tenente, MD — Pedro Monteiro Gondim Júnior

Primeiro-Tenente, MD — Asdrubal Alves de Souza

Segundo-Tenente, EM — César Seabra Muniz

Segundo-Tenente, EM — Antonio Novaes de Abreu

EM — Oldemar Lemos
Segundo-Tenente,
EM — Raul de Mattos Costa
Segundo-Tenente,

Sub. Maq. Ext' — Joaquim Martins Pereira

Mec. 2* cl. •— Álvaro Luiz Fernandes

de fiél, 1" Sarg. — Oroíio Antonio Vianna


Aux.
— A. Cabo — Agripino Bispo da Silva
3 121
— A. Cabo — João Baptista de Araújo Ferreira
0 640

0 425 — A. Cabo — Aarão de Oliveira Santos Areão

1117 — A. Cabo — Pedro Ignacio da Costa

1010 — F. Cabo — Joaquim Marques Pires

7933 — s.E. Cabo — Marcolino José de Moura

1120 — A. 1» cl. — Albino Luiz do Carmo

7 848 — A. 1» cl. — Manoel Francisco de Oliveira

1139 — A. 1» cl. — Joaquim Antonio aos Santos

1187 -—¦ A . 1" cl. — Antonio Gomes Cerqueira

2 480 — A. I1 cl. — Adalião Izidro da Silva

2449 — TE 1' cl. — Antonio Sodré de Farva

1756 — TM l3 cl. — José Florêncio

1989 — S.E. 1» cl. — Pedro Dias

2 985 — S.E. 1' cl. •— Ramiro da Silva

6 545 — S.E. 1* cl. — Manoel José Barbosa


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES Dl? GUERRA 15

650 — F 1* cl. — Manoel Francisco Simão do Nasci-

mento

881 — F 1» cl. — Flavio Garcia de Lima

0 540 — F 1' cl. •— Mario dos Santos Bahia

968 — F 1» cl. — Raymundo Pereira de Assumpção

304 —• F 1» cl. — Ladislau Gueiroff

0 077 — F 1* cl. -— Florencio Bospo da Silva

0 987 — F 1» cl. — Raul Mendes Ferreira

921 — F Io cl. — Napoleão Gomes de Oliveira

3 488 — F 1» cl. —• Annibal Martins de Souza

0102 — F 1» cl. — José Maria da Cruz

052 — F 1» cl. — Antonio Telles Muniz

872 — F 1» cl. —Aureliano Corrêa do Espirito Santo

407 — F 1» cl. — Alcides Alves Muniz

4151 — F 1» cl. — Theodoro de Araújo

021 — F 1» cl. — José Olegário do Nascimento

072 — F 1» cl. — Juvenal de Araújo

743 — Ma 2» cl. — Heitor Moreira de Barros

741 — Ma 2* cl. — Osmar de Aarújo Simões

1300 — TM 2» cl. — Manoel Nazaré th Pedroza

1 928 — SE 2" cl. — Elias Anade

386 -— SE 2» cl. — Emydir Gomes da Cruz

763 — SE 2» cl. — Antonio Silveirio de Mello

509 — SE 2» cl. — Manoel Felix de Lima

4 415 — F 2" cl. — Cantidio Gonçalves de Freitas

0 913 — F 2* cl. — Durval Carlos de Jesus

741 — F 2» cl. — Manoel Geraldo Nascimento

662 — F 2» cl. — Manoel Justino Ferreira

3 440 — F 2* cl. — Erotides Corrêa da Motta

871 —- F 2® cl. — Júlio Marques da Silva

0 054 —¦ F 2» cl. — Arthur Gomes da Costa

504 — F 2» cl. — João de Deus

3 429 — F 2» cl. — Adhemar dos Santos

762 — SE 2® cl. — Hercilio Gomes Pereira

8 283 — SE 2° cl. •— Ormindo Manoel de Oliveira

182 — FE 2'» cl. — Manoel Pedro de Oliveira

2 147 — FE 2« cl. — João Dias de Amorim

211 — FE 2» cl. — Pedro Narciso Martins

456 — FE 2» cl. -— Waldemar de Mattos Mello

139 —- FE 2' cl. -— Ceciciliano Lopes Ferreira

182 — FE 3» cl. — Nilo Botto Dias

7 111 — F 3» cl. — José Pereira Ramos

7 718 — F 3» cl. — Francisco Poci

054 — F 3» cl. — Antonio Pinheiro Lobo

6 181 — F 3» cl. —• Zulmiro Pereira da Silva

6 224 — F 3» cl. •— Sebastião Manso de Araújo


16 REVISTA marítima brasileira

O 045 — P 3» cl. — Raymundo Cipriano dos Santos


242 —- F 3a cl. -— Cecílio Ernesto de Araújo

987 — SE Grumete — Argemiro dos Santos Silva


2 789 — SE Grumete — Evaristo Pereira

559 — SE Grumete — José Ferreira da Silva

Fog. Ext. 1» cl. — Joaquim Maria Monteiro

Fog. Ext. 1® cl. — JoaoAnastacio Alvarenga

Fog. Ext. Is cl. — Jose Leoncio de Azevedo

Fog. Ext. Is cl. — Joao Vieira dos Santos

Fog. Ext. 1* cl. — Joao Jose Pires

Fog. Ext. 1* cl. -— Jose Acacio de Oliveira

Fog. Ext. 1* cl. — Martins Carlos

Fog. Ext. 2* cl. — Jose Medinas

Fog. Ext. 2' cl. — Francisco Maria Gomes

Fog. Ext. 2* cl. — Frutuoso Ayres

Fog. Ext. 2»cl. — Antonio Pereira

Fog. Ext. 2» cl. — Randolpho da Silva Lessa

Fog. Ext. 2* cl. — Benedicto Vieira Machado

Fog. Ext. 2* cl. — Manoel Jesus de Lima

Fog. Ext. 2» cl. — Jose Heleodoro dos Santos

Fog. Ext. 2* cl. — Joao de Deus Domas

Fog. Ext. 2* cl. — Jose Otavio de Mourra

Fog. Ext. 2* cl. — Lourengo Atnino dos Santos

Fog. Ext. 2» cl. — Joao Batista do Nascimento

Fog. Ext. 2s cl. — Francelino Costa

Taifeiro — Edmundo de Azeredo Coutinho

Taifeiro — João Ferreira da Silva

Taifeiro — José Brochado de Oliveira

Taifeiro -— Alcino de Oliveira Leitão

Taifeiro — índio de Oliveira Faria

Barbeiro — José Paulino de Araújo.

Posteriormente, outros hospitalizados, vieram a falecer.

Esboçam-se os primeiros insucessos dos Exércitos Alemães.

Todavia, a guerra continua e a gripe tendo ocasionado sensível

perda de homens nas guarnições dos navios, produziu conse-

quentemente grandes claros, dificilmente de no momento serem

preenchidos .

Dão-se várias alterações em Comandos e imediatices, em

virtude de baixas por moléstias e retiradas para o Brasil de

oficiais combalidos pela gripe.

A 24 de outubro de 1918, o General Hindenburgo lança numa

proclamação ao Exército e Wilson exige capitulações. Declina


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 17

a epidemia, acabando sendo debelada. Surge, porém, o beriberi

e o impaludismo entre os marinheiros, baixando alguns aos hos-

pitais e outros levados ao túmulo. Modificada a alimentapço das

guarnições cessa o mal.

Restabelecidos os homens, reoganiza-se a Divisão e reinicia-se

o patrulhamento destinado aos navios brasileiros no teatro de

operações.

-Em face das condições em se encontravam o C Rio


que

Grande do Sul e o CA Belmonte, o Almirante Frontin resolve dei-

xá-los em Dakar, devendo mais tarde o primeiro juntar-se à Di-

visão em Gibraltar e o segundo regressar ao Rio de Janeiro.

Constituída do C Bahia (Capitania) e os 4 CTs suspende de

Dakar com destino a Gibraltar, onde chega a 10 de novembro

de 1918. No dia anterior, a 9 de novembro foi posto a pique,

próximo ao estreito do mesmo nome, por um submarino alemão

o E Britania, inglês.

No mesmo lugar, no mesmo dia e aproximadamente na

mesma hora deveria passar a Divisão, com o aludido encoura-

çado. Um atraso de 24 horas, na viagem, fêz com que a' Di-

visão penetrasse no estreito um dia depois. Diante dêsse tor-

pedeamento, os CTs da mesma procuraram localizar o subma-

rino, para atacá-lo com bombas de profundidade. Nessa dia 9,

os Exércitos dos Impérios Centrais eram bastante críticos, enca-

minhando-se para a derrota. No dia seguinte à chegada da Di-

visão em Gibraltar, dá-se a assinatura do Armistício, e consequen-

temente a cessação das hostilidades, sendo baixada a seguinte

Ordem do Dia:

Comando da Divisão Naval em Operações de Guerra —

Bordo do Cruzador Bahia no pôi lo de Gibraltar, em 11 de no-

vembro de 1918.

Ordem do Dia n» 23

Para conhecimento da Divisão sob o meu Comando faço

público o seguinte: «Todos os navios de guerra ancorados em

Gibraltar acabam de receber do Sr. Vice-Almirante Heathcoat

S. Grant, Comandante desta Base Naval, o seguinte radiograma:

«Armistice has been signed wiht Germany and hostilities to

be forewith suspended. Ali precautions against atcack from sub-


18 REVISTA marítima brasileira

marines are still to be mantained by men of war, botn in harbour


and at sea. Many submarines in the surface should be treated
as peacefuld unless hostil action in obvious.»

«Está, por conseguinte, assinado o Armistício. Todos sentem


o prenuncio de uma paz próxima, uma paz desejada todos
por
os povos, para com ela volte no
que mundo, a imperar o Di-
reito a Justiça e a Liberdade das Nações.»

O Brasil entrou na sem achar


guerra a diferença entra as
suas forças e os recursos militares do inimigo, entrou pava
manter intacto o principio de sua soberania e para colaborar,
como há muito a consciência de seu povo o pedia, na campanha
contra a política imperialista alemã.

«Na ocasião em o nosso houve


que pais por bem aceitar a
guerra, imposta pelos Impérios Centrais, muitos espíritos va-
cilavam em acreditar na vitória da bôa causa, tais eram as avan-
çadas germânicas. Partimos dos portos brasileiros cooperar
para
com os Aliados nos mares da Europa, sem medir para isso sacri-
fício algum.»

«Todos aqui sabem antes de o conseguirmos,


que passamos
por duras privações, sofrendo as conseqüências de uma terrí-
vel e mortífera epidemia, e nem todos os navios
quem compo-
nente desta Divisão a tempo chegar,
puderam tivemos de, até
a última hora em Dakar, reunir aqueles embora debilitados,
que
ainda podiam trabalhar durante a longa travessia, Dakar-Gi-
braltar.

Tive a satisfação de assinalar que em todos os momentos

difíceis porque vi passar esta Divisão, sempre encontrei de

parte dos meus camaradas, o desejo firme e permanente de


vencer.

Os marinheiros brasileiros depois destas duras provas de


'
valôr e fôrça de vontade, mostraram que são capazes de honrar
os seus antepassados e de escrever belas páginas na História da

nossa Pátria.»

Assinado: Pedro de Frontin, Contra-Almirante, Comandante


da Divisão.

Cessadas as hostilidades e aceitando o convite dos Go-

vernos da Inglaterra, França e Itália, uma visita


para a seus países
a Divisão suspende de Gibraltar, Portsmouth, Cherburg, Lisboa,

Gibraltar e Spezzia.

No percurso de Gibraltar a Spezzia enfrentou um forte tem-

poral, suportando-o bem os CTs. Atingiram o de destino


porto

para regressar ao Brasil. Neste o Comandante da Divisão


porto
baixa a seguinte Ordem do Dia:
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 19

Comando da Divisão Naval em Operações de Guerra.

Cruzador Bahia, no pôrto de Gibraltar, em 7 de abril de 1919.

Ordem do Dia n? 32

Para conhecimento da Divisão sob meu Comando, faço

público o seguinte:

«Acabou a Divisão a sua visita aos portos da Inglaterra,

França e Itália, para a qual foi distinguida com os convites

dos respectivos govérnos daquelas nações Aliadas. Nossa vi-

sita que foi feita em primeiro lugar a Inglaterra, depois a

França e por último a Itália, tivemos toda a satisfação de sentir

um acolhimento muito amistoso. As guarnições dos navios

desta Divisão que tomaram parte naquela visita, de certo

nunca esquecerão a cordialidade com que foram entretidos nos

divertimentos que lhes foram oferecidos na Inglaterra e as

provas de amizade que recebemos nos três visitamos.


países que
Deve ser para nós todos, uma satisfação termos che-
grande
gadoapesar de inúmeras dificuldades à nossa base de Gibraltar,
antes do Armistício, ao verificarmos os três das
que governos
três grandes Nações acabamos de visitar, bem compreen-
que
deram os esforços da nossa Divisão Naval, para cooperarmos
juntos para o mesmo fim. Está terminada a missão de nossa
Divisão Naval, vamos voltar ao Brasil e com a convicção de
termos bem servido à Pátria.

Assinado: Pedro de Frontin, Comandante da Divisão.

Após alguns dias de demora, a Divisão de Gibraltar,


parte
de regresso ao Rio, tocando em Fernando de Noronha, Recife e
Bahia. Em Recife, incorpora-se o C Rio Grande do Sul, aguar-
que
dava a passagem da Divisão. Chega ao Rio em de 1919.
junho
É baixada a seguinte Ordem do Dia:

Comando da Divisão Naval em Operações de Guerra.

Ordem do Dia n" 36

Para conhecimento da Divisão sob meu comando, faço pú-


blico o Aviso n" 3 029, transcrito na Ordem do Dia n'' 1-iO, do
25 de junho do corrente ano, do Estado-Maior da Armada.

«Elogio n» 3 029, Ministério dos Negócios da Marinha, 24


de junho de 1919.

Sr. Chefe do Estado-Maior da Armada.

Tendo regressado a esta Capital a Divisão Naval em Opera-

ções de Guerra após haver cumprido cabalmente as instruções


do Govêrno Brasileiro, de modo honroso durante o tempo de
sua incorporação às forças navais aliadas combateram o
que
inimigo comum, e como demonstração e aprêço valiosos
pelos
20 REVISTA marítima brasileira

serviços prestados por aquela divisão da esquadra nacional, cujos

tripulações mantiveram as suas virtudes militares e cívicas, em

nível sempre elevado, compatível com as aspirações da opinião

nacional e com o passado da nossa Marinha, manda o Sr. Vice-

Presidente da República em exercício que sejam elogiados o

Comandante da citada Divisão, Vice-Almírante Graduado Pedro

Max Fernando de Frontin e os Oficiais que serviram no seu

Estado-Maior, Capitães-Tenente Orlando Marcondes Machado,

Roberto Guedes de Carvalho, Jorge Dodsworth Martins, Pri-

meiro-Tenente Armando Berford Guimarães e José Espíndola,

Segundos-Tenente Amarilio Vieira Cortez, os Comandantes dos

Navios componentes da Divisão, Capitão de Fragata Tancredo

de Gomensoro, Capitães de Corveta Benjamim Goulart, José

Machado de Castro e Silva, Alfredo de Andrade Dodsworth,

Adalberto Guimarães Bastos, José Felix da Cunha Menezes,

Manoel Ignacio Bricio Guilhem, Capitães-Tenentes Alberto de

Lemos Bastos, Mario Emilio de Carvalho e Henrique de Barros

Alves Branco, 1® Tenente Nelson Simas de Souza e bem assim

nominalmente os oficiais, suboficiais, inferiores e praças da

mesma Divisão, devendo éste elogio constar também dos assen-

tamentos de todos aqueles que chegaram até os portos africanos.

Saúde e Fraternidade. Assinado: A. C. Gomes Pereira.

Assinado: Pedro de Frontin, Comandante da Divisão».

a dissolução desta Divisão é baixada a seguinte Ordem


Com

do Dia:

Comando da Divisão Naval em Operações de Guerra:

Ordem do Dia n' 38

Para conhecimento da Divisão sob meu Comando, faço pú-

blico o seguinte:

«De acordo com o Aviso n' 3 053 de 25 de junho, é dissol-

vida hoje a Divisão Naval em Operações de Guerra. Sendo

a última vez em me dirijo aos meus camaradas no


esta que

de Comandante da Divisão, tenho a satisfação de con-


caráter

com os Oficiais, Suboficiais e praças que serviram


gratular-me
meu comando, bom desempenho da comissão com
sob o pelo

a o da República nos honrou.


qual govêrno

As provas de aprêço entusiàsticamente manifestadas pelo

brasileiro ao chegarmos à Pátria, puseram em destaque


povo
o conceito favorável com fomos pela Nação in-
que julgados

teira. Já os brasileiros tinham motivos de orgulho da ma-

neira as Nações Aliadas receberam os nossos ma-


pela qual
rujos.

Minhas sôbre o valor da nossa gente, muitas


previsões
vezes mim expendidas foram verificadas em todas as oca-
por
siões em se apresentavam situações difíceis. As manifes-
que
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 21

tações de todas as classes do país ao nos acolher afetuosamente,

falam bem alto e ficarão eternamente gravadas em nossa me-

mória. Todos devem estar tranqüilos com as suas consciências

pelo grande esforço que fizeram para cumprir bem a missão

recebida.

Todo o militar, até o momento da guerra, está em dívida com

a sua Pátria. Ao saldarmos agora essa dívida continuamos

com o compromisso ainda maior, de reguardá-la dos perigos


conseqüentes dessa guerra mundial em que o inimigo vencido,

pretende lançar aos povos felizes e prósperos, a semente da dis-

córdia social e a desagregação das Nações.

Os marinheiros da Divisão Naval em Operações de Guerra,

sem exceção, em vista da confiança, fundada que neles de-

positam, tomaram o compromisso de honra de serem os pri-


meiros a sobreguardar a ordem e a integridade do nosso for-

moso Brasil.»

Assinado: Pedro de Frontin — Comandante da Divisão.

Os têrmos dessa Ordem do Dia, deixam transparecer o modo

pelo qual a Divisão foi recebida pelo povo da nossa metrópole,

entre festivas e entusiásticas aclamações.

Sem dúvida, ela elevou o nome do Brasil, entre as grandes

potências, pela soma de sacrifícios e serviços, no cumprimento do

dever, na defesa de um sublime causa.

Se não fosse os grandes contratempos e dificuldades, bem

conhecidos que tiveram de ser vencidos no decorrer da viagem,

agravados com a epidemia virulenta de gripe que atacou quase

a totalidade das guarnições de seus navios, por certo o cumpri-

mento de sua missão teria sido realizado, não somente nas águas

africanas como nas águas européias. Todavia, o seu chefe com

seu espírito vigoroso e o valôr de sua gente, permitiu a tempo

de operar no triângulo estratégico Free-Town, Dakar e São Vi-

cente, área operacional onde agiam submarinos inimigos, ata-

cando navios neutros e aliados e entre êles foram vítimas os

mercantes Acary do Lóide Brasileiro e Guahyba, da Comércio

e Navegação.

É oportuno transcrever o que disse o General Sir H.L. Smith

Dorien, Governador de Gibraltar:

«Ontem, o Comando do Almirante Grant recebeu mais um

acréscimo de força pela chegada da Marinha Brasileira. A


Alemanha entrava no auge de seu sucesso, quando o Brasil

entrou na guerra pela lado das Potências Aliadas, não sendo


22 REVISTA marítima brasileira

a sua falta de não ter aparecido mais cédo nas águas da

Europa. Podemos imaginar quais não seriam as sensações do

Almirante e de seus subordinados quando chegaram na véspera

do dia da asinatura do armistício, ficando assim privados da

oportunidade de nos ajudarem em destruir o inimigo do Me-

diterrâneo.»

Eis, em síntese a história da DNOG na 1? Grande Guerra

Mundial.

Comentários — Diante da situação do Brasil no continente

americano, política, estratégica e econômica, a sua neutralidade

só ser preservada, evitando graves ofensas aos direitos


poderia

e deveres dos povos, mediante uma forte preparação para a

guerra.

Esta, não seria no momento, pela carência de


porém, possível,

recursos e meios, e a maior dificuldade em obté-los, na terrível

emergência que avassalava o mundo.

Envolvendo-se os Estados Unidos no conflito, como beli-

era de supôr, como certo, a nossa entrada 110 conilito.


gerante,

As razões econômicas e estratégicas, acrescidas das dificuldades

criadas ao comércio internacional, agravadas com os ataques ino-

de navios corsários de superfície e submarinos alemães,


pinados

logicamente, levariam o Brasil a incorporar-se aos Aliados.

for, a cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos,


Seja como

Panamericanismo, teria de ser real, o que se justifi-


em face do

de fatos históricos do mais remoto tempo,


caria, em conseqência
-se do americano em
o levou a Rio Branco a aproximar povo
que
segundo o mesmo era «o dever da ge-
uma amizade sincera, que

o mesmo empenho e ardor com que a


ração atual cultivar com

cultivaram os nossos maiores."

Esposando-se essas idéias, o Brasil desde o instante da en-

trada dos Estados Unidos na guerra, dando a sua solidariedade

irrestrita, cabia-nos, a nossa Marinha para coope-


pois, preparar

com as Forças Aliadas ou melhor desde o rompimento da


rar

em face do seu caráter mundial. Se nessa ocasião os


guerra,

Bahia e Rio Grande do Sul< fossem submetidos a


Cruzadores

entre êles, a substituição completa dos tubos


grandes reparos,

a retubulação das caldeiras e instalação dos


ios condensadores e

de lança-bombas, certo, a Missão da D.N.O.G.


aparelhos por

cumprida rigorosamente, sem os grandes sa-


em 1917, teria sido
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 23

orifícios que a sua gente suportou. Sempre a imprevidência, que

leva a cuidar das coisas à última hora, de um modo imperfeito,

acarretando sempre insucessos. Todavia, podemos dizer numa

síntese rápida de entusiasmo, todos desde o Almirante ao

último grumete, conduziram-se com correção, valentia e espírito

de sacrifício, para bem cumprirem o Dever.

ANEXOS

D N O. G.

PESSOAL

Comandante da Divisão Naval em Operações de Guerra: Contra-Al-

mirante Pedro Max Fernando de Frontin.

1* Assistente: Capitão-Tenente Roberto Guedes de Carvalho

2* Assistente: Capitão-Tenente Jorge Dodsworth Martins

Ajudante-de-Ordens: 1' Tenente José Ribeiro Espíndola

Navio Capitania: C Rio Grande do Sul, Comandante, (Capitão de

Bandeira): Capitão de Corveta José Machado de Castro e Silva.

Imediato:

Capitão-Tenente Manuel Inácio Bricio Guilhon

OFICIAIS

Capitães-Tenentes:

Orlando Marcondes Machado

Durval de Oliveira Teixeira

Roberto Guedes de Carvalho (Passou a 1» Assistente)

Gustavo Goulart

Primeiros-Tenentes:

Theobaldo Gonçalves Pereira

Eugênio Muniz Freire

Antônio de Santa Cruz Abreu

Renato de Almeida Guillobel

Gastão de Morais Fontoura


24 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

Segundos-Tenentes:

Silvino José Pitanga de Almeida

Euclides de Souza Braga

Capitão-Tenente, Eng* Maquinsta:

Sylvio Pellico Fabrizzi

Primeiro-Tenente Eng» Maquinista:

Herculano Gonçalves dos Santos

Segundos-Tenentes Eng» Maquinista:

Athanagildo Guimarães

Benjamim Gonçalves da Costa

Roberto Barreto Bruce

Segundos-Tenentes, Eng* Maquinista:

Oscar Rodrigues Seixas

Lafayete dos Santos Pinto

Agnello José dos Santos

Casemiro Clemente de Carvalho

Armando de Carvalho Vargas

Mestre:

Manuel Jacintho de Oliveira

Contra-Mestres:

Augusto Fagundes de Lima

Lourenço Alves Ribeiro

Álvaro Moreira

Caldeireiro de 1* Classe:

Arthur Victaliano de Barros

Enfermeiro de 2° Classe

Antônio Coutinho

Fiel de 2» Classe:

João Antônio Corrêa da Silva

Escreventes de 2* Classe:

Manuel L. da Silva Medeiros (Divisão)


José Arruda de Oliveira

Carpinteiro de 2* Classe:

Patrocinio Anteclides Nogueira


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA

Armeiro:

Euclydes Machado da Silva

Mecânicos de 1* Classe:
Américo Alves dos Santos
José Francisco Bertholdo Júnior
Juvêncio de Souza Tornei
Vicente Buarino

Mecânicos de 2* Classe:
Antônio Machado de Mendonça
Juvenal Francisco de Assis
Antônio Torquilho
Jovelino Antônio Pinto
José dos Santos Maia Júnior

1« Sargento «SE»:
Raymundo Cajazeira

2' Sargento «SE»:


Paulo José Gonçalves

2' Sargento «F»:


Adriano da Costa Martins

2"Sargento «A»:
Coriolano de Oliveira
25 Oficiais
24 Suboficiais e Sargentos
293 Praças de todas as profissões
Somando ao todo 348 homens.

CRUZADOR «BAHIA»

Comandante: Capitão de Fragata Tancredo de Gomensoro


Imediato: Capitão-Tenente Alberto Lemos Basto

OFICIAIS

Capitães-Tenentes:

Mário Emilio de Carvalho


Clodoveu Celestino Gomes
Rodolpho Fróes da Fonseca
26 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

Primeiros-Tenentes:
Antônio Alves Câmara Júnior
Mário L. Ypiranga dos Guaranys
Agenor Corrêa de Castro
Wiggand Joppert

Segundos-Tenentes:
Arthur Monteiro Guimarães
Heitor Batista Coelho
Raul Reis Gonçalves de Souza
Nuno Barbosa de Oliveira e Silva
Otávio da Silveira Carneiro

Primeiro-Tenente (Md):
Dr. Asdrubal Alves de Souza
Primeiro-Tenente (Comissário):
Joaquim Rodrigues da Cruz
Capitão-Tenente, Eng» Maquinista:
Viriato Machado de Oliveira
Primeiros-Tenentes, Eng» Maquinista:

Rodrigo Ramos
Ladisláu da Conceição Dantas

Segundos-Tenentes, Eng" Maquinista:

Genésio Gonçalves dos Santos


Olympio Antunes
Arlindo Henrique Lima
Leandro José de Faria
Antônio Alves Viana Sá
Carlindo Vieira de Alcântara
Fernando Muniz Guimarães
Manuel da Silveira Carneiro
Mestre:
Pedro Damião de Brito
Contra-Mestre:
Antônio Vidal de Almeida

Enfermeiro de V Classe:
Manuel Gomes da Paixão
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 27

Caldeireiro de 1* Classe:

José JNicolâu Pereira

Escrevente de 2* Classe:

Celso Marinho

Fiel üe 2* Classe:

jayme Augusto Lopes da Silva

Armeiro ae 2' Classe:

Jose Aíonso Severino Drumond

Serralheiro ae Classe:

Antônio Tavares

Carpinteiro de 2* Classe:

Maurélio da Silva Lyra

Mecânicos de 1* Classe:

José Marinho Espíndola

Francisco de Paula Franco Júnior

Hipólito Pinto de Oliveira

Mecânicos de 2* Classe:

Pedro da Silva Aguiar

Armando de Paiva Porto

Jorge Marins

Fausto Fernandes de Brito

Alcides de Paiva Porto

Crispim Melo de Castro

Raul Lourenço da Silva

2' Sargento «F»:

Satyro Dantas de Oliveira

2' Sargento «A»:

Manuel Guilherme da Costa

2' Sargento «SE»:

Elpídio José Figueiredo

João Braz da Cunha

27 Oficiais

25 Suboficiais e Sargentos

302 Praças de todas as profissões

Somando ao todo 354 homens


28 revista marítima brasileira

CONTRATORPEDEIRO «PIAUÍ»

Comandante: Capitão de Corveta Alfredo de Andrade Dodsworth

Imediato: Capitão-Tenente Antônio Sabino Cantuária Guimarães

OFICIAIS

Primeiros-Tenentes:

Aníbal Corrêa de Matos

Manuel Roberto de Castilho


Gerson Macedo Soares

Segundos-Tenentes:

Jorge da Silva Leite

João Gonçalves Peixoto

Primeiro-Tenente, Eng» Maquinista:

José Ferreira Pacheco

Segundos-Tenentes, Eng» Maquinista:

Ary Parreiras

Raul de Matos Costa

Cristiano Gomes da Silva

Mecânicos de 1» Classe:

Alfredo de Oliveira

Aristides Rodrigues de Oliveira

Mecânicos de 2* Classe:

Henrique Boiron

Demétrio Sebastião de Oliveira

2' Sargento Auxiliar de Fiel:

João Vieira da Silva

11 Oficiais

6 Suboficiais

92 Praças de tôdas as profissões


Ao todo 109 homens

CONTRATORPEDEIRO «RIO GRANDE DO NORTE»

Comandante: Capitão de Corveta José Felix da Cunha Menezes

Imediato: Capitão-Tenente Joaquim de Mattos Azeredo

OFICIAIS

Primeiros-Tenentes:

Armando Berford Guimarães

Ernesto de Araújo

Fernando Cochrane
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 29

Segundos-Tenentes:

César Feliciano Xavier

Floriano Peixoto C. de Faria

Garcia d'Ávila P. C. e Albuquerque

Segundos-Tenentes, Eng' Maquinista:

Mathias Bittencourt de Carvalho

Carlos Oscar Guimarãs

Aniceto de Souza
- Haroldo Rozière

Contra-Mestre:

José Rodrigues

Fiel de 2' Classe

João Genuíno Leite

Mecânico de 1* Classe:

Francisco de Paula Franco Júnior

Mecânicos de 2' Classe:

Francisco de Paula Franco Júnior

Fernando de Freitas

Rufino Caetano dos Santos

Antonio Vieira da Silva

12 Oficiais

6 Suboficiais

92 Praças

Ao todo 110 homens

COXTRATOItPEDEIKO «PARAÍBA»

Comandante: Capitão de Corveta Manuel José Nogueira da Gama

Imediato: Capitão-Tenente Astrogildo de Morais Goulart

OFICIAIS

rrimeiro-Tenente:

Oscar Gomes Nora

Segundos-Tenentes:

Aldo de Sá Brito e Souza

Aydamo de Faria

Fernando Muniz Freire Júnior

Luiz Leal Netto dos Reis

Primeiro-Tenente, Eng' Maquinista:

Gastão da Silva Rios


30 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

Segundos-Tenentes, Eng» Maquinista:


Alexis Cardoso de Carvalho Rocha
Antônio de Magalhães Macedo
Jacintho do Prado Carvalho
Contra-Mestre:

Jcõo Rodrigues de Albuquerque


Mecânicos de 2* Classe:
Álvaro Alvim de Lima
Álvaro Luiz Fernandes
Lincoln Pinto de Sá
Tertuliano de Menezes Campos
2' Sargento, Auxiliar de Fiel:
Durval Fernandes Chaves
11 Oficiais
6 Suboficiais
85 praças de todas as profissões
Ao todo 102 homens

CONTRATORPEDEIRO «SANTA CATARINA»

Comandante: Capitão de Corveta Adalberto Guimarães Bastos


Imediato: Capitão-Tenente Luiz de Barros Falcão

OFICIAIS

Primeiro-Tenente:
Adalberto Contrim Coimbra
Godofredo Rangel
Segundos-Tenentes:
Antônio Appel Netto
Amarílio Vieira Cortez
Primeiro-Tenente, Eng» Maquinista:
Leocádio Joaquim da Costa
Segundos-Tenentes, Eng» Maquinista:
Henrique de Souza Cunha
Oldemar de Lemos
Nilo de Almeida Cavalcante
João da Gama Bentes
Contra-Mestre:
Leovegildo do Amaral Alves
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 31

Mecânicos de 2» Classe:
João Venezuela
Nilo Gomes da Silva
Manuel Marques dos Santos
Arthur Hugo Praum
1» Sargento, Auxiliar de Fiel:
Orófio Antônio Vianna
11 Oficiais
.6 Suboficiais
94 Praças de todas as profissões
Ao todo 111 homens.

CRUZADOR-AUXILIAR «BELMONTE»
Comandante: Capitão-Tenente, Benjamin Goulart
Imediato: Capitão-Tenente Melcíades Portella Ferreira Alves
OFICIAIS
Capitão-Tenente:
Henrique de Barros Alves Branco
Primeiro-Tenente:
Sylvio Wegullin de Abreu
Capitães-Tenentes, Médico:
Dr. Pedro Monteiro Gondim
Dr. José Alfredo Pirajá de Oliveira
Primeiro-Tenente:
Nelson Simas de Souza
Vários Suboficiais, Sargentos e inúmeras praças.

REBOCADOR «LAURÍNDO PITTA»


Comandante: Capitão-Tenente Heitor Gonçalves Perdigão
Imediato: Segundo-Tenente Raul Reis Gonçalves de Souza
OFICIAIS
Segundos-Tenen tes:
José Lemos Cunha
Aurélio Linhares
Arthur Monteiro Guimarães
Otávio Monteiro Machado e outros
Vários Suboficiais, Sargentos e duas dezenas de praças.
32 REVISTA marítima brasileira

RELAÇÃO NOMINAL DOS OFICIAIS E SUBOFICIAIS E NUMÉRICA


DE PRAÇAS QUE REGRESSARAM AO RIO, POR MOTIVO DE
MOLÉSTIA

a) De Dakar (Em 5 de outubro de 1918):

Capitão de Fragata:

Tancredo de Gomensoro

Capitão-Tenente:

Luiz de Barros Falcão

Primeiros-Tenentes:

Antonio Alves Camara

Manoel Roberto de Castilho

Segundo-Tenente:

Armando Pinheiro de Andrade:

Segundo-Tenente Eng' Maquinista:

Olímpio Antunes

Mestre:

Pedro João de Araújo

Caldeireiro de 1» Classe:

Belmiro de Souza Tornei

Fiel de 2» Classe:

Antonio da Silva

Armeiro de 2» classe:

José Afonso Silveira Drumond.

Praças: 55

Taifeiros: 8.

b) De Dakar (Em 15 de outubro de 1918):

Capitães-Tenentes:

Heitor Gonçalves Perdigão (Faleceu na Bahia)

Gustavo Goulart

Astrogildo de Moraes Goulart

Primeiro-Tenente:

Dante Pereira de Mattos

Primeiro-Tenente, Eng* Maquinista:

Sylvio Pellico Fabrizzi


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA

Segundos-Tenentes Eng» Maquinista:

Edgard dos Santos Roza

Fernando Muniz Guimarães

Antonio Magalhães Macedo

Oscar Rodrigues Seixas

Segundos-Tenentes, Maq. Ext.:

Severino Rodrigues Freitas

Manoel Gonçalves Campos

Segundo-Tenente, Com':

Cadmo Martini

Contra-Mestre:

Leovegildo do Amaral Neves

Caldeireiro de 1* Classe:

Arthur Victalino de Barros

Mecânicos de 2* Classe:

Tertuliano de Menezes Campos

Alcides de Paiva Porto

Armando de Paiva Porto

João Venezuela

Praças: 44

Taifeiros: 6.

c) De Gibraltar (Em 12 de dezembro de 1918):

Primeiro-Tenente:

Adalberto Cotrim Caminha

Segundo-Tenente, Eng* Maquinista:

Lafayete dos Santos Porto

Carpinteiro de 2* Classe:

Patrocinio Anteclides Nogueira

Enfermeiro de 2* Classe:

Patrocinio Anteclides Nogueira

Enfermeiro de 2» Classe:

Antonio Coutinho

Mcânicos de 2» Classe:

Eduardo Felippe Dias

Domingos Luiz dos Santos Jor.

Praças: 36

Taifeiros: 3.
*¦34 revista marítima brasileira

d) De Gibraltar (Em 8 de janeiro de 1919):

Segundo-Tenente, Eng' Maquinista:

Agnelo José dos Santos

Segundos-Tenentes, Ext.:

Antonio José Madeira

Jacintho do Prado Carvalho

Contra-Mestre:

Enydio Lins Fialho

e) De Gibraltar (Em 11 de janeiro de 1919):

Capitão-Tenente:

Orlando Marcondes Machado

f) Do Havre (Em 3 de março de 1919):

Capitão de Corveta:

José Manoel Nogueira da Gama

g) De Lisboa (Em 4 de abril de 1919):

Praças: 27

Taif eiros 1.

h) De Dakar (Em 31 de janeiro de 1919):

Mecânico de 1* Classe:

José Francisco Bartholi Jor.

i) De Dakar (Em 18 de abril de 1919):

Praça: 1.

De Dakar 18 de abril de 1919):


j) (Em

Praças: 2.

RELAÇÃO DOS OFICIAIS, SUBOFICIAIS E PRAÇAS

D.N.O.G. FALECIDOS EM VIRTUDE DE

DOENÇA

a) Oficiais:

Capitão-Tenente Md :

Dr. Pedro Monteiro Gondim Júnior

Capitão-Tenente:

Heitor Gonçalves Perdigão


DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 35

Primeiro-Tenente:
Eugênio Muniz Freire
Primeiro-Tenente Md.:
Dr. Asdrubal Alves dos Santos
Henrique da Silva Jacques.
Segundos-Tenente Eng» Maquinista:
César Seabra Muniz
Antônio Peduza Moraes de Abreu
Oldemar de Lemos
João Franco
Raul de Mattos Costa
b) Suboficiais:
Sub oficial Maquinista:
Joaquim Martins Pereira
Mecânico de 2* Classe:
Álvaro Luiz Fernando
Contra-Mestre:
Boaventura Desterro.
c. Praças 130
d) Taifeiros 12
e) Barbeiro 1

RELAÇÃO NOMINAL DE OFICIAIS E SUBOFICIAIS E NUMÉRICA


DE PRAÇAS QUE FORAM SUPRIR OS CLAROS DA D.N.O.G.

a) Oficiais do Corpo da Armada:


Capitães-Tenentes:
Melciades Portella Ferreira Alves
Rodolpho Froes da Fonseca
Alfredo Soares Dutra
Vital Monteiro de Azevedo
Virginius Britto de Lamare
Ramon Robertie de Lima
Jair de Albuquerque
Primeiros-Tenentes:
Anibal de Mendonça
Gerson de Macedo Soares
Mario Paulo da Cunha Rodrigues
Heitor Varady
36 revista marítima brasileira

b) Oficiais do Corpo de Saúde.

Capitão-Tenente Md.:

Dr. Antonio Lopes dos Santos

Primeiros-Tenentes Md.:

Dr. Erasmo José da Cunha Lima

Mario Pontes de Miranda

c) Oficiais do Corpo de Engenheiros Maquinistas.

Capitães-Tenentes:

Américo Vasques de Sant'Ana

Manoel José Fernandes

Primeiros-Tenentes:

Luiz Vilarinho da Silva

Alberto Américo Maranhão

Raul Guetierrez Simas

Felicissimo Vilamon Machado

Manoel Barbosa de Sant'Ana

Florentino Aguiar de Mattos

Segundo-Tenente (Ex.):

Ismael Sérgio de Menezes

Segundo-Tenente:

José da Rocha Pontes

d) Suboficiais:

Escrevente de 1* Classe:

Dorotheu Alfredo da Costa

Enfermeiro de 1* Classe:

Casemiro do Nascimento Ramos

Mecânicos de 1* Classe:

Antonio Fernandes de Azevedo

Felix Carley

Mestre:

Antonio Henrique

Caldeireiro de 2* Classe:

Iduino Alvarenga da Costa

Armeiro de 2' Classe:

Waldemar Jose Alexandre

e) Pragas 174

f) Taifeiros 33

g) Padeiro 1

h) Barbeiro 1

i) Civil 1.
DIVISÃO NAVAL EM OPERAÇÕES DE GUERRA 37

RELAÇÃO DOS OFICIAIS, SUBOFICIAIS, INFERIORES E PRAÇAS


QUE SEGUIRAM, POSTERIORMENTE A SAÍDA DA D.N.O.G. DO
RIO DE JANEIRO, A FIM DE COMPLETAR O EFETIVO DE
SEUS NAVIOS, COM A DESIGNAÇÃO DESTES

Para o C «BAHIA»:
Capitão-Tenente Md :
Dr. Antônio Lopes dos Santos
Primeiro-Tenente:
Godofredo Rangel
Escrevente de 1* Classe:
Dorotheo Alfredo da Costa
32 Praças de diversas especialidades
13 Taifeiros
Barbeiro
Para o C «RIO GRANDE DO SUL»:
Capitão-Tenente:
Alfredo Carlos Soares Dutra
Primeiros-Tenentes:
Annibal de Mendonça
Mario Paulo da Cunha Rodrigues
Primeiro-Tenente Md.:
Dr. Erasmo José da Cunha Lima
Primeiros-Tenentes, Eng» Maquinista:
Luiz Villarinho da Silva
Alberto Américo Maranhão
Raul Gutierrez de Simas
Felicíssimo Villanova Machado
Enfermeiro de 1* Classe:
Casemiro do Nascimento Ramos
Mecânico de 1* Classe:
Antônio Fernandes de Azevedo
49 Praças
Taifeiros
Para o CT «PIAUHY»:
Capitão-Tenente:
Jair de Albuquerque
Primeiro-Tenente:
Gerson de Macedo Soares
14 Praças
2 Taifeiros
38 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA

Para o CT «RIO GRANDE DO NORTE»:

17 Praças

Taifeiros

Para o CT «PARAÍBA»:

Capitão-Tenente Eng' Maquinista:

Américo Vespucio de Sant'Anna

Primeiro-Tenente Eng' Maquinista:

Manoel José Fernandes

10 Praças

6 Taifeiros

Para o CT «SANTA CATARINA»:

Primeiro-Tenente Eng' Maquinista:

Manoel Barbosa de Sant'Anna

Primeiro-Tenente Md.:

Dr. Mario Pontes de Miranda

17 Praças

Taifeiros

1 Civil

Para o C Aux. «BELMONTE»:

Capitães-Tenentes:

Milciades Portella Ferreira Alves

Rodolpho Fróes da Fonseca

Vital Monteiro de Azevedo

Virginius Brito de Lamare

Ramon Robertie de Lima

Primeiros-Tenentes:

José Espindola

Heitor Varady

Primeiro-Tenente Eng' Maquinista:

Florentino Aguiar de Mattos

Segundos-Tenentes Eng' Maquinista Ex :

José da Rocha Pinto

Ismael Sérgio de Menezes

Mestre:

Antonio Henrique

38 Praças

1 Padeiro

Taifeiros.

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