Comunicação
O que é comunicação?
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A comunicação organizacional pode ser muito custosa, não tanto
devido às despesas de apoio necessárias, mas principalmente em
função do tempo que ela absorve e das demoras que acarreta, por isso
deve ser bem planejada e sistematizada.
Cada organização deve criar uma rede por meio da qual fluem as informações que permitem o
seu funcionamento de forma integrada e eficaz.
Trata-se de pensar sobre a comunicação que naturalmente acontece nos pontos de cultura.
Quais são as dificuldades encontradas? Que tipo de barreiras comunicacionais encontramos
nas atividades da organização? Em seguida, pensar na elaboração de planos estratégicos de
comunicação
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comunicação para com seus colaboradores (comunicação interna) e público externo
(comunicação externa). Para obter sucesso organizacional, os gestores devem dirigir sua
atenção para as necessidades com o público interno, em primeiro lugar.
A comunicação interna
Partindo do pressuposto que as organizações são entidades vivas, já que são feitas por
pessoas, deve-se entender que ela precisa se manter num nível de equilíbrio das energias para
sua sobrevivência.
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– Porque os empregados são parceiros e quanto mais bem informados estiverem, mais
envolvidos com aquela empresa, sua missão e seu negocio, eles estarão. A comunicação
interna amplia a visão do empregado, dando – lhe um conhecimento sistêmico do processo.
Assim o funcionário, sabendo do seu trabalho o desempenhará com mais eficiência.
– Os ‘’melhores porta – vozes’’ da empresa que trabalha, pois sua opinião vale muito para
quem está de fora. Ele é o maior propagandista de sua organização.Funcionários descontentes,
mal informados, podem gerar prejuízos nas organizações porque podem expressar, com mais
autenticidade do que outros públicos, tanto para o lado negativo ou positivo, pois afinal de
contas são eles que esta vivendo lá dentro.
Por isso o processo de comunicação interna precisa ser valorizado e os canais que ele dispõe
como: jornais, boletins, murais etc. disponibilizados de forma eficaz e atrativa para que
realmente cumpram sua missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização.
Comunicar é mais que informar é atrair, envolver… E neste processo, todos os empregados
possuem seu valor e atuam de forma a tornar uma organização bem informada ou não. Enfim,
uma boa comunicação interna depende de todos nós!
A comunicação externa
• Relações públicas:
- Carta
- Releases (textos jornalísticos. Devem ter título, primeiro parágrafo que
resuma as principais informações, mais três ou quatro parágrafos que
expliquem melhor o que foi resumido na abertura do texto);
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- Notas (textos curtos, que devem dizer tudo em quatro ou cinco linhas);
- Entrevista (concedida a rádio e/ou jornal);
• Propaganda/publicidade
• Merchandising
Comunicação de marketing
Uma das condições básicas e necessárias para que uma organização construa
o valor de sua marca é desenvolver estratégias bem sucedidas de
comunicação de marketing.
O que é marketing?
No seu sentido mais amplo, o marketing se processa através de atividades sistemáticas de uma
organização humana voltadas à busca e realizações de trocas para com o seu meio ambiente,
visando objetivos específicos. Essa troca deve ser sistemática, intencional e voltada para uma
expectativa de resultados previsíveis, qualificáveis ou não.
As dificuldades em definir marketing provêm da sua relação direta com vendas, como
também porque seu conceito vem sofrendo modificações desde que foi determinado pela
primeira vez, como ocorreu na década de 60, quando seu conceito foi ampliado.
Com a evolução conceitual mercadológica a partir da década de 80, organizações sem fins
lucrativos (como ong’s, bibliotecas, hospitais, etc.) despertaram o interesse pelo marketing
com o objetivo de manter suas organizações dada a escassez de recursos públicos. Surgindo
daí o conceito de marketing social.
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O mercado da cultura, por sua vez, deu origem ao marketing cultural e se estruturou num
campo de atuação mista, pela mistura das técnicas de apoio recíproco de marketing
empresarial e marketing institucional.
As mudanças organizacionais
Quando uma empresa implanta uma nova tecnologia, a utilização dessa tecnologia estará
sujeita às influências do clima e da cultura organizacional e que devem ser analisados como
peças fundamentais no gerenciamento da organização.
Quando uma empresa resolve implantar um novo processo, esse novo processo estará sujeito
aos padrões internos já estabelecidos como corretos, ou seja, a cultura organizacional. Dentro
desta cultura organizacional se processam determinadas formas de comunicação e é dentro
deste contexto que entrarão novas idéias.
Assim, para que as novas formas de trabalho consigam os resultados esperados é importante a
análise das formas existentes de comunicação e é a falta de gerenciamento da comunicação
que pode gerar resultados inadequados nos outros planos estratégicos da organização.
Vale acrescentar que não é pelo fato de existir uma comunicação organizacional formalizada
que todos os problemas de uma organização serão resolvidos. A forma de como a
comunicação é utilizada pela empresa que está se automatizando/informatizando, pode
influenciar no processo de entrada de novas tecnologias, alterar padrões de produção e
identificar diferentes estratégias para a direção. (Baptista, 1999)
A comunicação, para ser utilizada de forma adequada pelas organizações, necessita do amplo
entendimento da cultura e clima organizacional e embora exista a comunicação
independentemente da importância que a empresa manifeste para ela, não será um veículo
facilitador nas diferentes questões organizacionais, se não for utilizada corretamente e como
uma forma de amenização dos diferentes impactos gerados pelas mudanças na empresa.
Considerando-se o Brasil, como um país que tenta sair de uma crise econômica, geralmente as
empresas valorizam os aspectos que mostram um ganho financeiro mais rápido. Carvalho
(1994) a propósito, afirma que a velocidade das implementações estão associadas, de fato, aos
altos e rápidos ganhos de produtividade. O alcance deste objetivo não leva em conta o
planejamento no processo de aquisição de novas tecnologias. Esse não planejamento, está
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relacionado com a pouca importância que a empresa dá para o processo de transferência de
novas tecnologias, ou seja, para o processo de comunicação das metas, idéias e mudanças
organizacionais.
Uma vez que a comunicação exerce um papel importante, principalmente nos períodos de
mudanças nas organizações, ela precisa ir além da flexibilização ou breve amenização dos
impactos, isto é, ela tem o papel de ir além do procedimento apenas informativo de mudanças
e decisões sobre quaisquer assuntos. À medida que os funcionários da organização
participarem do processo de mudança, estarão fazendo parte de um contexto, e fazendo parte,
terão a possibilidade de participar ativamente, como por exemplo através de sugestões.
Uma vez que o desenvolvimento tecnológico gera acentuadas mudanças nas organizações, o
impacto deste processo, é tão grande que somente as técnicas administrativas não dão conta
de uma explicação. O entendimento passa pelo processo de comunicação como forma
fundamental de transferir as novas tecnologias, portanto, a comunicação pode dar suporte às
empresas e realmente auxiliar no processo de implantação de novas tecnologias.
Diante disso, podemos considerar que uma comunicação é estratégica quando leva em conta o
estado atual do clima organizacional e o tipo de cultura da organização. Os resultados, tanto
do clima como da cultura organizacional estabelecem as estratégias à serem utilizadas.
A ouvidoria pode ter o papel comunicacional de integração. Para tanto, necessita de uma
adequada organização das informações coletadas a fim de viabilizar o desenvolvimento de
estratégias.
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comunicação e neste contexto se inserem as mudanças. Cabe a lideranças organizacionais
decodificar as formas de comunicação existentes e inserir os resultados dessa decodificação
nas estratégias dos processos de transição.
Neste aspecto, o processo comunicacional interno deve estar em sintonia com um sistema
social mais amplo. Amplo na concepção de empresa como um grupo e os subgrupos
existentes.
Esse gerenciamento deve levar em conta o sistema organizacional, Lipnack & Stamps (1994)
reforçam essa idéia quando dizem que é difícil "enxergar "uma organização fisicamente
distribuída. É preciso transformar esta dificuldade numa vantagem promovendo a
"consciência do sistema como um todo". Enfatize a forma pela qual todos os componentes do
sistema se inter-relacionam uns com os outros.
Para Ziemer (1996) as organizações sinérgicas são mais conscientes de seu papel e de seu
significado dentro do contexto maior, e são capazes de modificar e expandir a própria
identidade de maneira a incorporar mudanças macroestruturais. São empresas capazes de criar
"o novo", em vez de apenas reproduzir o predeterminado.
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sensação de formar um corpo social novo. O conceito firma-se com o surgimento de vários
jornais, após a revolução de 1789, na França, ao inserir noções de atualidade e de
unanimidade simultânea.
Tomando como base conceitos sociológicos, o termo designa um grupo de pessoas
envolvidas em uma dada questão, divididas em suas posições e que discutem o problema.
Porém, para França (2008), este conceito não se aplica à realidade mercadológica e
competitiva da atualidade. Para ele, público pode ser definido como,
O estabelecimento desses públicos, na visão do autor, deve ir além dos critérios usuais,
como de contiguidade e proximidade física (interno, externo, misto). A proposta defendida é
que sejam estabelecidos por: grau de dependência jurídica e situacional da organização de
seus públicos; grau de participação nos negócios da organização, na defesa de seus interesses
e na promoção institucional ou mercadológica; e no nível de interferência que determinados
públicos podem exercer sobre a organização e seus negócios.
Ao efetuar o mapeamento e cientes da missão, visão e valores das organizações, os
profissionais de comunicação têm ao seu dispor vários recursos da comunicação dirigida e de
massa para estabelecer o diálogo com os públicos de interesse. Isso não significa, contudo,
que essas ações comunicativas devam ser feitas de forma isolada. Neves (2000) defende que
tudo isso deve acontecer na perspectiva da comunicação integrada, o que significa ter a
mesma mensagem para todos os públicos, sendo que a segmentação ocorre na definição dos
programas e veículos, adequando-se às características dos receptores.
Kunsch (2003, p. 150) defende que convergir as atividades comunicativas, “com
base numa política global, claramente definida, e nos objetivos gerais da organização,
possibilitará ações estratégicas e táticas de comunicação mais pensadas e trabalhadas com
vistas na eficácia”.
Na visão da autora, o mix da comunicação organizacional, que deve ser trabalhado de
forma integrada, é composto pelas modalidades: comunicação institucional, comunicação
mercadológica, comunicação interna e comunicação administrativa.
A comunicação institucional diz respeito à construção da imagem corporativa. Para
Neves (1998, p. 42), imagem “é o conjunto de fatores objetivos e subjetivos que envolve o
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produto, o serviço ou a organização que os oferece”. Ou seja, esta construção inclui desde a
garantia de qualidade prometida pela marca até situações construídas no imaginário dos
clientes, com base em seus próprios valores. Para isso, é preciso conhecer e compartilhar a
missão, a visão, os valores, a filosofia e as políticas da organização, indo além de uma simples
divulgação institucional (KUNSCH, 2003).
A comunicação mercadológica vincula-se ao marketing de negócios. Focada no
mercado, tem como ferramentas a publicidade, a propaganda, a promoção de vendas, além das
pesquisas de mercado e do produto e/ou serviço que, por sua vez, geram informações que vão
subsidiar as demais atividades.
A comunicação administrativa é caracterizada pela troca de informações no âmbito
organizacional.
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A autora define cultura organizacional “como um conjunto de estruturas,
representações e significados, negociados constantemente pelos indivíduos e grupos, e por
meio dos quais eles interagem socialmente com base na interpretação que fazem da realidade
organizacional” (2009, p. 148).
Analisar as organizações sob a ótica da cultura permite encará-las como redes de interação
social que impactam ambientes interno e externo e que são impactadas por eles. Afinal, existe
relação estreita entre a cultura organizacional e a nacional.
Gestão da Imagem
A gestão da imagem é um dos aspectos mais relevantes para uma empresa, não só na sua
apresentação e divulgação, mas também por constituir um fator considerável para o seu
sucesso.
Comumente considera-se que a primeira percepção da imagem é aquela que assume um maior
peso na formação de impressões; no entanto, aposta-se numa abordagem visuo-estética
conducente a uma reflexão constante não apenas do que se vê, mas como se vê.
Captação de novos clientes: As ligações que estão sendo feitas na empresa estão captando
novos clientes, se os antigos clientes se mantêm, pois isso é essencial na sua empresa.
Manutenção de Clientes: Se os Clientes estão recebendo informações regularmente sobre as
novidades, produtos que sua empresa oferece.
Em Publico: Está bem apresentável em uma reunião externa, ser dinâmico.
Internet: A maior ferramenta de comunicação do século XXI. Como um site da empresa, os
contatos feitos através dele, ele precisa estar claro para todos que visualizam, funcionar bem,
pois não tem nada pior que um site que não funciona ou as informações que os clientes
procura.
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conjunto, gerando uma sinergia positiva em todos os setores, provocando uma satisfação no
contexto.
BIBLIOGRAFIA
ATIVIDADES DA AULA
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Quem trabalha ou já trabalhou em organizações empresariais (sejam elas de prestígio ou
não) sabe que, excetuadas as honrosas exceções, a democracia interna é uma ficção. O
profissional de comunicação, muitas vezes, tem se submetido a ingerências indevidas de
quem não é do ramo e que confunde comunicação com controle da informação e
responsabilidade social com marketing (no mau sentido). Infelizmente, para manter o
emprego, os colegas precisam fechar os olhos e a boca e os desmandos continuam sendo
preservados a quatro paredes, o que contribui para que essa hipocrisia se fortaleça.
Algumas pesquisas, muitas delas realizadas por entidades importantes, que poderiam dar
um retrato mais aproximado do que efetivamente acontece, acabam caindo na armadilha de
ouvir os chefes, os responsáveis pela comunicação das empresas, que, falando em nome das
suas organizações, pintam um quadro absolutamente cor-de-rosa. Eles estão mais
preocupados em "criar uma imagem positiva" (para eles mesmos!) do que em contar a
verdade, que acaba sendo revelada em papos informais, fora do ambiente da empresa. E essa
verdade é doída demais!
Uma dessas pesquisas, bem recente, sobre a comunicação interna nas organizações, traçou
um cenário auspicioso (todas as empresas são "as melhores para se trabalhar) , quando a
realidade é exatamente o inverso. Talvez fosse razoável (isso não ocorre aos que têm
organizado as pesquisas, talvez porque eles queiram mesmo obter resultados que agradem às
empresas!) fazer as mesmas perguntas aos funcionários (e não aos chefes!), porque, se eles
tiverem liberdade, contarão exatamente o que está acontecendo nas organizações brasileiras.
O quadro está mais prá cinza ou negro do que para cor-de-rosa, não há dúvida alguma.
Sem retoque, sem manipulação, a cara da Comunicação Empresarial não é tão bonita
como estão querendo pintar por aí.
Entidades , que têm compromisso com as empresas associadas, executivos que vendem o
seu trabalho e a sua consciência para as organizações, eventos com finalidades meramente
comerciais, não podem mesmo exercer uma postura crítica. O mercado de Comunicação
Empresarial se ressente desta independência e, por isso, continua pecando pela hipocrisia.
Tudo bem: se examinarmos com atenção, respaldados em uma perspectiva histórica,
veremos que a Comunicação Empresarial evoluiu bastante, sobretudo se comparada à que
vigorava há 20 anos, mas estamos longe do ideal. Poucas empresas e poucos profissionais
podem, sinceramente, festejar a Comunicação Empresarial que praticam: a maioria tem
queixas imensas e se sente constrangida com o trabalho que realiza porque, em geral, tem um
perfil bastante diverso do que se poderia esperar.
Cabe à Academia e aos profissionais independentes exercerem esta postura crítica . A
maioria das nossas entidades da área e dos profissionais está de mãos atadas. Eles dependem,
respectivamente, do pagamento das empresas associadas e do seu emprego. Dá para entender
os motivos pelos quais preferem jogar a sujeira pra debaixo do tapete e proclamar apenas os
sucessos (muitas vezes, mentirosos) das organizações. Quem tem o privilégio de estar fora
deste jogo, tem o dever de bocar a boa no trombone. Tem que denunciar os que vivem para
louvar o rei e não, para reconhecer os direitos dos súditos. Se não agirmos desta forma,
estaremos contribuindo muito pouco para o incremento da massa crítica na Comunicação
Empresarial e muito menos ainda para a consolidação da democracia. É preciso, de uma vez
por todas, tirarmos as máscaras que cobrem a Comunicação Empresarial brasileira. A gente
quer uma Comunicação Empresarial de cara limpa.
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ATIVIDADE DE AULA 02
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