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N-2762 JAN / 2005

SISTEMA DE RADIOCOMUNICAÇÃO
TRONCALIZADO

Especificação

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do


texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 31 CONTEC - Subcomissão Autora.

Telecomunicações
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 15 páginas


N-2762 JAN / 2005

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma sincroniza sistemas de comunicação especificados em normas


suplementares e fixa as condições mínimas necessárias para a especificação de um
sistema rádio comunicação troncalizado, denominado de sistema “trunking”,
aplicando-se para as unidades da PETROBRAS.

1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

Portaria no 176 INMETRO, 17/07/00 - Dispõe sobre a Certificação de Produtos


para Instalação em Atmosferas Explosivas;
Norma no 2 ANATEL, 1997 - Estabelece a Canalização e Condições de Uso
das Faixas 400-462 MHz e 465-467 MHz, 806-821 MHz e 851-866 MHz,
821-824 MHz e 866-869 MHz, 896-901 MHz e 935-940 MHz, Atribuídas ao
Serviço Móvel, Destinadas ao Serviço Limitado de Radiocomunicação, nas
Modalidades Móvel Privativo (SMP) e Móvel Especializado (SME), por
Sistemas Analógicos ou Digitais;
Resolução no 303 ANATEL, 10/07/2002 - Aprova o Regulamento sobre
Limitação da Exposição a Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos
na Faixa de Radiofreqüências entre 9 kHz e 300 GHz;
PETROBRAS N-381 - Execução de Desenhos e Outros Documentos
Técnicos em Geral;
PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia;
PETROBRAS N-2392 - Sistema de Intercomunicação, Chamada e Alarme
para Plataforma Marítima;
PETROBRAS N-2669 - Configuração de Rede de Telecomunicações;
PETROBRAS N-2811 - Sistema de Telefonia para Chamada de Emergência;
ABNT NBR 9518 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas -
Requisitos Gerais.

3 SÍMBOLOS OU SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;


ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações;
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia;
MINICOM - Ministério das Comunicações.

4 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 4.1 a 4.6.

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4.1 Estação de Gerenciamento e Controle de Operação

Realiza as funções de supervisão de alarmes e controle das funcionalidades dos módulos,


equipamentos e subsistemas que constituem o sistema “trunking”, incluindo as estações
rádio base e os terminais de usuário. É responsável também pelo processamento das
informações relativas à ocupação e utilização dos recursos do sistema. Deve ter a
capacidade de armazenar todas estas informações para consultas posteriores.

4.2 Estação Rádio Base (ERB)

Concentra o recebimento das solicitações de comunicação provenientes dos terminais de


usuário, interligando-os de modo a permitir a radiocomunicação individualizada ou em
grupo. Os transmissores/receptores de Rádio Freqüência (RF) realizam a radiocomunicação
individualizada ou em grupo entre os terminais de usuário.

4.3 Controlador Central

Executa o controle operacional da ERB, definindo quais os terminais de usuário devem ser
interligados entre si para realizar o tipo de radiocomunicação solicitada, seja individual ou
em grupo. Controla, também, quais os terminais de usuário estão em operação na área de
cobertura da ERB e a categoria definida para cada um dos usuários.

4.4 DTMF (“Dual Tone Multiple Frequency”)

Sistema de sinalização através de freqüências de áudio usado em telefones com teclado


digital geradores de tom.

4.5 Terminal de Usuário

4.5.1 Utilizado pelo usuário para realizar as comunicações individuais ou em grupo. Solicita
a radiocomunicação através do botão PTT (“Push to Talk”), interligando-se aos demais
terminais em operação através da ERB.

4.5.2 Podem ser do tipo portátil, móvel ou fixo, possibilitando a transmissão de dados e,
dependendo da categoria, devem ter teclado DTMF para realizar radiocomunicação
individual ou chamadas através da interconexão telefônica.

4.6 Console Remoto de Operação

Realiza o controle das atividades dos grupos em conversação e das operações de despacho
de mensagens. O projeto deve definir a sua localização.

5 CONDIÇÕES GERAIS

5.1 O sistema destina-se a prover às unidades da PETROBRAS de um sistema “trunking”


que deve oferecer os seguintes serviços, tanto em condições normais quanto em situações
de emergência:

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a) comunicação entre os setores operacionais de cada unidade com eficiência e


confiabilidade requerida;
b) utilização de canais de RF compatíveis com um tráfego de aproximadamente
40 % em regime de operação normal de despacho, de modo a garantir que, na
HMM (Hora de Maior Movimento), as chamadas tenham no máximo 2 % de
probabilidade de esperar mais de 2 s para serem completadas;
c) integração com o sistema de telefonia para chamada de emergência e
intercomunicadores industriais existentes através de canais ou grupos
específicos (interfaces de RF);
d) gerenciamento do desempenho em tempo real dos equipamentos que
compõem o sistema;
e) privacidade e segurança nas informações;
f) gravação de conversação, em tempo real, para posterior análise das
ocorrências.

5.2 O sistema deve permitir os seguintes recursos operacionais:

a) identificação do usuário;
b) conexão à rede telefônica;
c) chamada privativa;
d) chamada de grupo;
e) comunicação de emergência (Organização de Combate a Emergência - OCE);
f) análise estatística de tráfego;
g) gerenciamento e controle de tráfego;
h) bloqueio de recepção devido à interferência externa;
i) canal de controle dedicado;
j) troncalização por mensagem;
k) diagnóstico de falhas;
l) sinalização de fora de área de cobertura;
m) tempo de acesso menor que 500 ms.

5.3 O sistema deve ser composto por:

a) terminal de usuário;
b) estação rádio base;
c) estação de gerenciamento e controle;
d) controlador central;
e) console remoto de operação;
f) estação de gravação de conversação.

5.4 O sistema deve ter as seguintes funcionalidades:

a) equipamento com tecnologia digital, prevendo diversas facilidades inerentes a


essa tecnologia;
b) infra-estrutura de comunicação e interligação baseada em tecnologia
Ethernet/IP, provendo conexão de diferentes células através da rede WAN;
c) equipamentos portáteis com características Intrinsecamente Seguros (IS) em
atendimento a Portaria no 176 do INMETRO, para operação em atmosferas
explosivas, com certificação emitida por órgão regulador:
- escalabilidade;
- gerenciamento centralizado de todas as células integradas;
- atendimento a Resolução no 303 da ANATEL.

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5.5 Interferência Eletromagnética

Deve ser garantido que o uso do sistema “trunking” não interfira, através de emissão de
radiofreqüência, em outros sistemas eletrônicos, unidades de controle, alarme e sinalização.

6 CARACTERÍSTICAS GERAIS

6.1 Protocolo

6.1.1 Protocolo Aberto

Os terminais de usuário dos tipos móveis, fixos ou portáteis, em operação no sistema,


podem ser de fabricantes diferentes do fabricante da ERB do sistema “trunking”. [Pratica
Recomendada]

6.1.2 Protocolo Proprietário

Sistemas que operem com protocolo proprietário somente devem ser aceitos nos casos em
que a implantação do sistema com protocolo aberto não seja possível, por restrições
técnicas relevantes e impeditivas à operação do protocolo proprietário.

6.2 Eficiência do Sistema

O sistema “trunking” deve operar no modo troncalizado, onde os canais de RF das ERBs
sejam compartilhados por todos os terminais de usuário que estiverem habilitados no
sistema, e em operação dentro da área de cobertura definida pela PETROBRAS, prevendo
assim máxima eficiência do uso dos canais de RF com um maior número de usuários.

6.3 Acesso

O sistema “trunking” deve garantir aos usuários rapidez e eficiência no acesso ao sistema,
com máxima privacidade e inviolabilidade na radiocomunicação estabelecida entre os
terminais de usuário dentro do sistema.

6.4 Escalabilidade

O sistema “trunking” deve ter grande flexibilidade de expansão de modo a garantir


facilmente o crescimento do número de usuários e de grupos de conversação.

6.5 Gerenciamento do Sistema

O sistema “trunking” deve ter um sistema de gerenciamento das funcionalidades e


facilidades sistêmicas, em tempo real, de modo a garantir a máxima flexibilidade de
operação, manutenção e administração do sistema.

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6.6 Área de Cobertura

O sistema “trunking” deve ser dimensionado de modo a atender integralmente as áreas de


coberturas especificadas pela PETROBRAS.

6.7 Interconexão Telefônica

6.7.1 O sistema “trunking” deve ter a capacidade de realizar e receber chamadas


telefônicas, a partir dos terminais de usuário com teclado DTMF, através da interconexão
telefônica com a rede privada corporativa da PETROBRAS (PABX), utilizando o mesmo
plano de numeração de voz já existente na PETROBRAS, o qual é composto de
7 algarismos - XYZ-MCDU, sendo MCDU o comprimento numérico dos ramais (ver Nota).

Nota: Nas situações em que se fornecer a facilidade, a chamada deve ter duração
temporizada e configurável.

6.7.2 Ao efetuar chamadas para a rede PETROBRAS, o terminal de usuário deve marcar a
numeração 8YZ-MCDU e para chamar um terminal de usuário a partir dos ramais
corporativos deve ser marcado a numeração 8YZ-MCDU onde MCDU é o número atribuído
ao terminal de usuário. A partir da interconexão telefônica corporativa deve ser possível
acessar também a rede telefônica pública comutada.

6.7.3 O sistema “trunking” deve possibilitar ao terminal “chamado” identificar o número do


terminal “chamador”.

6.8 Faixa de Freqüências de Operação

O sistema deve operar nas faixas de freqüências regulamentadas pela norma no 2 da


ANATEL.

6.9 Determinação dos Canais de RF

Deve ser feito levantamento espectral (“frequency clearing”), através de medições


específicas no entorno dos locais onde devem ser instaladas as ERBs, para verificar a não
existência de sinais interferentes ao plano de freqüência determinado no projeto de sistema.

6.10 Legalização do Sistema “Trunking”

Deve ser elaborada a documentação necessária a ser encaminhada para a solicitação de


autorização para operação junto a ANATEL.

6.11 Composição do Sistema

O sistema “trunking” deve ter como composição mínima, os seguintes itens:

a) estação de gerenciamento e controle de operação;


b) ERB;

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c) controlador central;
d) terminal de usuário;
e) console remoto de operação;
f) estação de gravação de conversação.

6.12 Categorias de Usuários

O sistema “trunking” deve ter a capacidade de programar categorias para cada terminal de
usuário, tais como:

a) categoria menor: terminal de usuário programado com facilidade mínima, como


por exemplo, capacidade de realizar somente radiocomunicação em grupo;
b) categoria maior: terminal de usuário programado com facilidades máximas,
como por exemplo, capacidade de realizar radiocomunicações individualizadas,
chamadas telefônicas, enviar mensagens, e outras.

6.13 Sistema de Redundância

O sistema “trunking” deve ter redundância de unidades, módulos, equipamentos e


sub-sistemas, que sejam vitais à continuidade da operação do sistema “trunking” e operar
tanto no modo automático como no modo manual, sendo que no modo manual utilizado
somente em casos de necessidade de se realizar atividades de manutenção no sistema
“trunking”.

Nota: Em caso de falha gravíssima, com paralisação de todo sistema, os terminais de


usuário devem ter a capacidade de continuar operando entre si, como sistema de
radiocomunicação convencional.

6.14 Grupos de Operação e Conversação

O sistema “trunking” deve permitir a formação de um número de grupos de conversação


conforme especificado no projeto e atender ao requisito do item 6.4.

Nota: Todos os terminais de usuários (portáteis, móveis e fixos) devem permitir a


participação em todos os grupos de conversação estabelecidos no projeto.

6.15 Base de Dados do Sistema

6.15.1 O sistema “trunking” deve manter uma base de dados atualizada “on line”, com
informações cadastrais e operacionais de todos terminais de usuário e também das ERBs
existentes no sistema.

6.15.2 Na base de dados devem ser armazenadas as condições operacionais


momentâneas do sistema, tais como: terminais de usuário livres, terminais de usuário
ocupados, ERBs que estão em serviço e ERBs que estão fora de serviço.

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6.15.3 O sistema “trunking” deve ser provido de um sistema de bilhetagem das


radiocomunicações realizadas, onde devem constar as informações sobre cada
radiocomunicação realizada, em forma de bilhete, que devem ser armazenados na base de
dados do sistema.

Nota: Os bilhetes devem conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) identificação do terminal chamador;


b) identificação do terminal chamado;
c) identificação do grupo;
d) data e hora do evento;
e) duração do evento;
f) identificação do canal de RF utilizado.

6.16 Bloqueio de Terminal de Usuário

O sistema “trunking” deve ter a facilidade de bloquear terminais de usuário através do


console do sistema de gerenciamento e controle de operação.

6.17 Níveis de Prioridade de Usuário

O sistema “trunking” deve ter a facilidade de programar, no mínimo, 3 níveis de prioridade


para grupos de conversação e/ou terminais de usuário.

6.18 Radiocomunicação Individual e em Grupo

O sistema “trunking” deve garantir que um terminal de usuário possa participar


automaticamente de uma radiocomunicação em grupo, que já esteja em curso, tão logo
finalize uma radiocomunicação individual que esteja realizando.

6.19 Radiocomunicação de Emergência

O sistema “trunking” deve processar uma radiocomunicação de emergência, de modo


prioritário, acionando todos os terminais de usuário de um grupo, a partir do terminal que
originou a emergência. A radiocomunicação de emergência deve ser sempre a de maior
prioridade e sobrepor todas as demais que estiverem em andamento.

6.20 Acessórios I - Capas de Couro

Os terminais de usuário do tipo portáteis devem ser fornecidos com capa de couro com
dispositivo próprio para prender-se ao cinto do usuário e correia para transporte a tiracolo.

6.21 Acessórios II - Microfones e Alto-Falantes

Devem ser fornecidos microfones de lapela com alto-falantes intrinsecamente seguros para
os terminais portáteis, que devem ser acondicionados em invólucro com presilha que
permita a fixação do microfone na roupa e/ou alça da capa destes acessórios.

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6.22 Acessório III - Microfone Labial Controlado pela Voz

Devem ser fornecidos para os terminais portáteis microfones labiais, do tipo intrinsecamente
seguros, com acionamento da transmissão controlado pela voz, com cancelador de ruído,
para permitir ao operador o uso do terminal portátil sem o uso das mãos. Este acessório
deve possibilitar o uso de protetores auriculares, tipo abafadores concha, e máscaras de
conjunto autônomo.

6.23 Acessório IV - Bolsa Plástica

Podem ser fornecidas bolsas plásticas para proteção dos terminais portáteis contra chuva.
[Prática Recomendada]

7 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

7.1 Características Elétricas

7.1.1 Sub-Sistema de Alimentação da Estação Rádio Base

7.1.1.1 Os equipamentos da ERB devem ser alimentados preferencialmente com tensão de


alimentação alternada (de 127 Vca a 220 Vca) com tolerância de +10 % e -15 %. Esta
alimentação deve vir do sistema de geração de emergência da unidade, acrescida de
“no-break” com autonomia mínima de 12 horas.

7.1.1.2 A PETROBRAS pode especificar a alimentação CC com tensão de -48 Vcc com
tolerância entre -42 Vcc e -56 Vcc com positivo aterrado, caso seja de seu interesse.
[Pratica Recomendada]

7.1.1.3 O sistema “trunking” deve manter todas as suas funcionalidades em condições


normais de operação, caso a tensão de alimentação permaneça em qualquer um dos limites
de tolerância especificados acima.

7.1.2 Alimentação dos Terminais de Usuário

7.1.2.1 Os terminais fixos de usuário devem ser alimentados através de fonte de


alimentação com entrada de 127 Vca a 220 Vca, com tolerância de +10 % e -15 %, e saída
de 12 Vcc, com saída para flutuação de bateria, prevendo uma autonomia de, no mínimo,
12 horas. Esta fonte deve ser alimentada pelo sistema de geração de energia elétrica de
emergência da unidade.

7.1.2.2 Os terminais móveis (veículos) de usuário devem funcionar em +12 Vcc, com
tolerância de +10 % ou -15 %.

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7.1.2.3 Os terminais portáteis devem ser alimentados por baterias recarregáveis (imunes ao
efeito memória), certificadas como “Intrinsecamente Seguras”.

7.1.2.4 Os carregadores de bateria devem ser do tipo inteligente para carga rápida, com
indicação de estado de carga, do tipo singelo ou múltiplo, de acordo com o projeto, e
operando com alimentação de 127 Vca a 220 Vca, com tolerância de +10 % ou -15 %.

7.1.3 Tempo de Duração das Baterias

As baterias recarregáveis dos terminais de usuário portáteis devem permitir, no mínimo,


8 horas de operação contínua, considerando-se o ciclo de serviço de 5/5/90 (5 % do tempo
transmitindo, 5 % recebendo e 90 % em espera).

7.2 Estação Rádio Base

Os equipamentos da ERB devem fornecer indicação de alarmes para o sistema de


gerenciamento e controle de operação, e também fornecer localmente, na própria ERB,
indicação visual e sonora dos alarmes de falha de alimentação, falha de transmissor, falha
de receptor e ainda indicação diferenciada para equipamento em manutenção.

Nota: Os repetidores devem ser do tipo para instalação em bastidor padrão 19”, e
possuir indicação frontal do estado de operação, condição de controlador e
alimentação.

7.3 Terminal Fixo

7.3.1 Os terminais de usuário do tipo fixo devem ser acompanhados com os respectivos kits
de montagem e fixação, que permitam a instalação dos transmissores distantes dos seus
respectivos comandos de operação. Este comando de operação deve ser instalado dentro
da área de alcance operacional da mão do operador.

7.3.2 O terminal fixo deve possuir as seguintes características:

a) 10 sistemas/50 grupos de conversação, no mínimo;


b) “display” LCD alfanumérico;
c) teclado DTMF no microfone de mão;
d) interconexão telefônica (envio/recepção);
e) identificação de chamada (envio/recepção);
f) alerta de chamada (envio/recepção);
g) chamada seletiva de voz (envio/recepção);
h) inibição seletiva de rádio;
i) varredura de prioridade única;
j) modo de comunicação direta convencional;
k) bloqueio de canal ocupado;
l) temporizador de chamadas;
m) exclusão de canal ruidoso.

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7.4 Terminal Móvel

Deve possuir, para seu funcionamento, as seguintes características mínimas:

a) 10 sistemas/50 grupos de conversação, no mínimo;


b) “display” LCD alfanumérico;
c) teclado DTMF no microfone de mão;
d) interconexão telefônica (envio/recepção);
e) identificação de chamada (envio/recepção);
f) alerta de chamada (envio/recepção);
g) chamada seletiva de voz (envio/recepção);
h) inibição seletiva de rádio;
i) varredura de prioridade única;
j) modo de comunicação direta convencional;
k) bloqueio de canal ocupado;
l) temporizador de chamadas;
m) exclusão de canal ruidoso.

7.5 Terminal Portátil

7.5.1 Condições de Segurança

Os terminais portáteis de usuário devem ser dotados de segurança intrínseca e devem ser
obrigatoriamente certificados segundo a Portaria no 176 do INMETRO.

Nota: Todos os terminais devem possuir a marcação de equipamentos Ex, conforme a


norma ABNT NBR 9518, para identificação clara de que se trata de equipamento
intrinsecamente seguro.

7.5.2 Características Mínimas

Os terminais portáteis devem atender as seguintes especificações:

a) terminais sem teclado:


- interconexão telefônica (somente recepção);
- identificação do chamador;
- alerta de chamada;
- chamada seletiva de voz;
- inibição seletiva de rádio;
- 10 sistemas/50 grupos de conversação, no mínimo;
- varredura de prioridade única;
- modo de comunicação direta convencional;
- bloqueio de canal ocupado;
- temporizador de chamadas;
- indicação de carga da bateria;
- exclusão de canal ruidoso;
b) terminais com teclado:
- 10 sistemas/50 grupos de conversação, no mínimo;
- “display” LCD alfanumérico;
- teclado DTMF;
- interconexão telefônica (envio/recepção);
- identificação de chamada (envio/recepção);

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- alerta de chamada (envio/recepção);


- chamada seletiva de voz (envio/recepção);
- inibição seletiva de rádio;
- varredura de prioridade única;
- modo de comunicação direta convencional;
- bloqueio de canal ocupado;
- temporizador de chamadas;
- indicação de carga da bateria;
- exclusão de canal ruidoso.

7.6 Estação de Gerenciamento e Controle

Deve ser composta de um microcomputador de alto desempenho e os periféricos


necessários. Suas características mínimas estão listadas a seguir:

a) visualização gráfica;
b) disco rígido de 80 GB;
c) memória RAM mínima de 512 MB;
d) processador aplicável mais recente;
e) monitor colorido de 17”;
f) dispositivo de gravação de CD-RW;
g) plataforma 1)Windows ®;
h) placa de rede “ethernet” 100 MBPS.

7.7 Console Remoto de Operação

Deve ser composta de um microcomputador de alto desempenho e os periféricos


necessários. A interligação da console remota à estação base deve ser através de meio
confiável e possuir contingência e redundância.

7.8 Estação de Gravação de Conversação

7.8.1 Deve possibilitar a gravação de toda a comunicação de voz do Sistema “trunking”


através de métodos confiáveis e de alto desempenho, conforme listados abaixo:

a) os arquivos de áudio devem ser gravados temporariamente em disco rígido e


de forma definitiva em CD ou fita DAT;
b) o sistema deve permitir consulta aos arquivos de áudio gravados, remotamente
via rede (LAN/WAN);
c) o gravador deve ser ligado no sistema de geração de emergência da unidade,
acrescida de “no-break” com autonomia mínima de 30 minutos.

7.8.2 Deve possuir, para seu funcionamento, as seguintes características mínimas:

a) visualização gráfica dos canais;


b) localização de gravação através de filtros;
c) reprodução das gravações em multimídia;
d) acesso a todas as operações através de senha;
1)
Windows® é o nome comercial de um produto da Microsoft Office. Esta informação é dada para facilitar aos
usuários na utilização desta Norma e não significa uma recomendação do produto citado por parte da
PETROBRAS. É possível ser utilizado produto equivalente, desde que conduza a resultado igual.

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e) registro de logs de todas as operações;


f) disco rígido de 120 GB;
g) memória RAM mínima de 512 MB;
h) processador aplicável mais recente;
i) monitor colorido de 15”;
j) dispositivo de gravação de CD-RW;
k) mínimo de 8 portas de gravação, expansível até o valor projetado;
l) permitir módulo para linhas digitais;
m) plataforma Windows ®;
n) placa de rede Ethernet 100 MBPS;
o) módulo de gerenciamento via rede;
p) alarmes de atividades e ociosidade dos canais.

8 INFRA-ESTRUTURA

8.1 Materiais

Todo o material (tubulações, fios elétricos, cabos coaxiais, abraçadeiras, etc.) e adaptações
de infra-estrutura (abertura de furos em paredes, instalações de esteiras internas e externas,
tubulações, etc.) para permitir a instalação do sistema “trunking” devem atender às normas
adotadas pela PETROBRAS.

8.2 Características Mecânicas

Os equipamentos, sistema irradiante e acessórios do sistema “trunking” devem ser


especificados, fabricados e montados considerando-se as condições das instalações da
PETROBRAS, a saber:

a) atmosfera com alto teor de hidrocarbonetos e outros elementos corrosivos;


b) ambiente sujeito à presença de gases explosivos;
c) ambientes com alta umidades relativas do ar (com médias superiores a 70 %).

9 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

9.1 Deve ser fornecida toda a documentação técnica de acordo com as normas
PETROBRAS N-381 e N-1710.

9.2 Todos os equipamentos, cabos elétricos, coaxiais e componentes do sistema irradiante


devem ser identificados conforme norma PETROBRAS N-2669.

10 TESTES DE ACEITAÇÃO

Devem ser elaborados os procedimentos de testes de aceitação, com as respectivas


planilhas de resultados de testes, com o objetivo de comprovar as funcionalidades
especificadas para o sistema “trunking”, bem como comprovar o atendimento às
especificações técnicas dos equipamentos integrantes do sistema.

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10.1 Procedimentos de Testes de Aceitação

10.1.1 Devem ser previstos procedimentos de testes locais, para atestar individualmente
cada tipo de equipamento integrante do sistema e procedimentos de testes de sistema.

10.1.2 Todos os instrumentos necessários à execução dos testes de aceitação devem estar
especificados nominalmente nos procedimentos de testes.

10.1.3 Os instrumentos devem estar com suas respectivas calibrações dentro do prazo de
validade, comprovado por apresentação dos originais e uma cópia de cada um dos
certificados de calibração.

10.1.4 Os procedimentos do teste de aceitação devem conter os seguintes tópicos: índice


geral, objetivo do teste, instrumentos de teste, diagrama de teste, procedimento de teste e
valores especificados, descritos nos itens 10.1.4.1 a 10.1.4.6.

10.1.4.1 Índice Geral

Deve conter a relação completa dos testes de aceitação a serem realizados, relacionados
em forma de itens de teste. Cada item de teste deve conter os tópicos subseqüentes.

10.1.4.2 Objetivo do Teste

Descrição sucinta do objetivo da realização do teste, informando qual a característica


técnica a ser verificada.

10.1.4.3 Instrumentos de Teste

Relação dos instrumentos de teste a serem utilizados, explicitando o nome do fabricante, o


modelo mais adequado e o prazo de validade dos respectivos certificados de calibração.

10.1.4.4 Diagrama de Teste

Diagrama de execução do teste, indicando claramente o equipamento em teste, os


instrumentos de teste a serem utilizados, os pontos de conexão dos instrumentos de teste
ao equipamento e as características técnicas dos estímulos que devem ser aplicados e
medidos pelos instrumentos de teste.

10.1.4.5 Procedimento de Teste

Descrição objetiva do procedimento de execução do teste, informando onde e como


conectar os instrumentos ao equipamento em teste, as características técnicas dos
estímulos a serem aplicados ao equipamento e como realizar as medições das
características técnicas em teste.

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10.1.4.6 Valores Especificados

Informação clara e objetiva dos valores especificados para a característica técnica em teste
e dos limites de tolerância aceitáveis para os resultados das medições.

10.2 Planilha de Resultados de Teste

10.2.1 A planilha de resultado de teste deve conter campos para anotação dos resultados
das medições das características técnicas tanto de equipamentos como de sistema,
devendo ser elaborada na mesma seqüência de itens do procedimento de teste.

10.2.2 Deve constar em cada campo o item de teste considerado, o espaço em branco para
a anotação da medição, os valores especificados e os respectivos limites de tolerância.

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N-2762 JAN / 2005

GRUPO DE TRABALHO 31-04

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


GAS-NATURAL/TCOM/EMPR-ENG/
Robson dos S. Gonçalves 814-3561 DLU1
E&P-INTER
Paulo Roberto A da
GAS-NATURAL/TCOM/EMPR-ENG/E&P-INTER 814-4869 RB17
Conceição
Sérgio Moia Domingues GAS-NATURAL/TCOM/MKT-OPER/REG-SP 854-6003 X187
Demerval Cortelleti Jr GAS-NATURAL/TCOM/MKT-OPER/REG-SP 856-2816 ARIT
Secretário Técnico
Aline da Silva Figueiredo ENGENHARIA/SL/NORTEC 817-7470 ER6Z

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