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SOROCABA
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS – CAMPUS SOROCABA
Hidrográficas.
SOROCABA
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………. 4
1.1 Objetivos………………………………………………………………………………. 6
1.2 Justificativa……………………………………………………………………………. 6
2 METODOLOGIA………………………………………………………………………….. 6
2.3.5 Declividade…………………………………………………………………….... 8
3 RESULTADOS ESPERADOS………………………………………………………….... 10
4 CRONOGRAMA…………………………………………………………………………. 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………….. 11
1 INTRODUÇÃO
Na literatura científica, há bastante semelhança entre as diferentes definições de bacia
hidrográfica já formuladas (TEODORO, 2007). Uma das definições possíveis diz que uma
bacia hidrográfica é definida por uma área de captação natural da água da precipitação,
fazendo-a convergir para um único ponto de saída. Basicamente, a bacia é composta por um
conjunto de superfícies vertentes e uma rede de drenagem formada por cursos d’água que
confluem até resultar em um leito único na vazante (SILVEIRA, 2001 apud CARDOSO,
2006).
Para Lima (1986), bacias hidrográficas podem ser consideradas sistemas
geomorfológicos abertos, estando sempre em um estado de equilíbrio transacional ou
dinâmico, mesmo quando não são perturbados. No entanto, os principais componentes (solo,
água e biota) de qualquer bacia se encontram em uma interação dinâmica permanente,
respondendo às perturbações naturais e àquelas de natureza antrópica, o que afeta
ecossistemas inteiros. Nas bacias hidrográficas, os recursos hídricos são indicadores das
condições dos ecossistemas, pois refletem os desequilíbrios nas interações entre os
componentes destes (SOUZA et al., 2002 apud CARDOSO, 2006).
O comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica é uma função dos fatores
geomorfológicos e de cobertura do solo (LIMA, 1976 apud TEODORO, 2007) que agem
sobre ela. Segundo Villela e Mattos (1975 apud TONELLO, 2006, p. 850),
as características físicas de uma bacia constituem elementos de muita importância para
avaliação de seu comportamento hidrológico, pois, ao se estabelecerem relações e
comparações entre eles e dados hidrológicos conhecidos, podem-se determinar indiretamente
os valores hidrológicos em locais nos quais faltem dados.
Guerra e Cunha (1996 apud CARDOSO et al., 2006) afirmam que as bacias
hidrográficas são consideradas excelentes unidades de gestão dos elementos naturais e sociais,
pois permitem acompanhar as mudanças causadas pela atividade humana e as respectivas
respostas do meio a elas. Christofoletti (1970 apud TONELLO, 2006) considera que a análise
de aspectos da drenagem, relevo e geologia de uma bacia é capaz de elucidar diversas
questões relacionadas à dinâmica ambiental local.
As bacias hidrográficas são formações importantes para investigar questões sobre
diferentes formas de relevo e sobre a evolução da forma da superfície terrestre. Apesar disso,
o estudo de seus aspectos qualitativos não é muito útil para este propósito, visto que a maioria
dos trabalhos científicos que tratam sobre bacias nesse sentido apresentam resultados que, no
geral, são insuficientes para a identificação de homogeneidades no que diz respeito aos fatores
que influenciam as formas de relevo. Portanto, fica evidente a necessidade de se empregarem
métodos quantitativos em estudos dessa natureza (ALVES e CASTRO, 2003).
O estudo da morfometria de bacias surge para cumprir o papel de fornecer uma visão
quantitativa mais acurada sobre este tipo de formação. Historicamente, os primeiros autores a
estabelecerem parâmetros morfométricos em suas pesquisas foram Zernitz (1932) e Horton
(1945). Com o passar dos anos, estes parâmetros foram aperfeiçoados e acrescentados de
outros novos, em trabalhos de Freitas (1952), Strahler (1952, 1957), Schumm (1956),
Tolentino et al. (1968) e Christofoletti (1969, 1970, 1977, 1978, 1980), dentre outros autores.
Em 1969, particularmente, Christofoletti desenvolveu um trabalho bastante completo que
juntou os parâmetros criados até então, de forma consistente.
De acordo com Faria et al. (2009), a análise morfométrica de bacias pode ser definida
como a “análise quantitativa das interações entre a fisiografia e a sua dinâmica hidrológica”,
proporcionando um entendimento da dinâmica fluvial e das relações existentes entre ela e os
diversos componentes do meio físico e biótico.
A combinação dos diversos parâmetros morfométricos permite a distinção de áreas
homogêneas, podendo revelar indicadores físicos específicos para um determinado local, de
forma a qualificarem as alterações ambientais. Destaca-se também sua importância nos
estudos sobre vulnerabilidade ambiental em bacias hidrográficas (ANTONELLI; THOMAZ,
2007 apud TEODORO et al., 2007). Por estes motivos, a caracterização morfométrica de uma
bacia hidrográfica é um dos primeiros e mais comuns procedimentos executados em análises
hidrológicas ou ambientais, com o objetivo de elucidar as várias questões relacionadas ao
entendimento das dinâmicas ambientais locais e regionais.
1.1 Objetivos
Tendo em vista o exposto anteriormente, o objetivo deste projeto é realizar uma
caracterização morfométrica da bacia do Córrego Lavapés, a partir da estimativa de alguns
parâmetros morfométricos comumente utilizados na literatura sobre o tema.
1.2 Justificativa
Segundo Lindner et al. (2007) os índices morfométricos são importantes pressupostos
para a prevenção de eventos hidrometeorológicos, como enchentes e estiagens. Além disso,
eles podem servir para apontar áreas mais suscetíveis à erosão, e portanto são importantes
instrumentos para o planejamento e gestão territorial.
Além disso, vale ressaltar que o comportamento hidrológico de bacias hidrográficas é
afetado pelas ações antrópicas, uma vez que, ao intervir no meio natural, o homem acaba
interferindo nos processos do ciclo hidrológico (TONELLO, 2005). Portanto, o manejo
ecossistêmico de qualquer bacia deve levar em conta a contínua interdependência entre todos
os fatores que a influenciam, a fim de que os impactos negativos decorrentes das atividades
antrópicas sejam sempre minimizados (LIMA, 2008).
Como produto, este estudo poderá servir de apoio a diversas políticas públicas, com o
objetivo de reduzir os danos à região da bacia, adotando-se medidas de controle sustentáveis e
compatíveis com a comunidade local. Resumidamente, os dados morfométricos promovem
uma melhor compreensão dos fatores que afetam o comportamento das bacias e, portanto,
auxiliam na tomada de decisão e na elaboração de planos de gestão.
2 METODOLOGIA
2.1 Área de Estudo
O estudo será realizado na região corresponde à microbacia do córrego Lavapés, que
está localizada no município de Sorocaba-SP.
O município de Sorocaba está situado no sudeste do Estado de São Paulo. Possui uma
área de 449,0 km² e uma população de 559.157 habitantes, sendo cerca de 98% considerada
urbana (IBGE, 2009). A vegetação original da região é Floresta Estacional Semidecidual, com
traços de Cerrado e Floresta Ombrófila Densa. O clima da região de Sorocaba segundo a
classificação e Köppen (1948) é subtropical quente com média anual de 21,4°C, um inverno
seco e um verão chuvoso. No verão, a máxima é de 30,1°C, as médias são superiores a 22°C e
a pluviosidade média é cerca de 200 mm; o inverno tem a temperatura mínima de 12,2°C e
temperatura média inferior a 18° C e índice pluviométrico mensal próximo a 30 mm
(EMBRAPA, 2009).
A microbacia é de terceira ordem, possui 2,88 km² e o córrego Lavapés que é o seu
principal curso d’água, mede aproximadamente 2.550 metros de extensão, está localizada na
região centro-sul de Sorocaba e deságua diretamente no rio Sorocaba.
2.3.5 Declividade
A declividade do terreno expressa-se como a variação de altitude entre dois pontos do
terreno em relação à distância que os separa (EMBRAPA, 1979). É um dos fatores que
regulam o tempo de concentração da precipitação nos leitos dos cursos d’água e tempo de
duração do escoamento superficial. Sendo assim, possui grande influência sobre a relação
entre precipitação e deflúvio.
2.3.6 Amplitude altimétrica
É a variação entre a altitude máxima altitude mínima, segundo a equação (LIMA,
2008):
∆𝑎 = 𝐻-h
Sendo ∆𝑎= amplitude altimétrica; H= altitude máxima e h= altitude mínima.
4 CRONOGRAMA
J F M A M J J A S O N D
Processamento das
imagens
Relatório Final
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONELI, V; THOMAZ, E.L. Caracterização do meio físico da bacia do Arroio Boa Vista,
Guamiranga-PR. Rev. Caminhos da Geografia, Uberlândia, v.8, n.21, p46-58, jun. 2007.
KÖPPEN, W. Climatología: con um estúdio de los climas de la tierra. Cidade do México: Fundo de
Cultura Econômica, 1948.
LIMA, W.P. Princípios de hidrologia florestal para o manejo de bacias hidrográficas. São Paulo:
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 1986. 242p.
SCHUMM, S.A. Evolution of drainage systems and slopes in badlands of Perth Amboy.
Geological Society of America Bulletin, n. 67, p. 597- 646, 1956.
SILVEIRA, A.L.L. Ciclo hidrológico e bacia hidrográfica. In: TUCCI, C.E.M. (Org.). Hidrologia:
ciência e aplicação. São Paulo: EDUSP, 2001. p 35-51.
SOUZA. C.G., et al. Caracterização e manejo integrado de bacias hidrográficas. Belo Horizonte:
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TOLENTINO, M.; GANDOLFI, N.; PARAGUASSU, A.B. Estudo morfométrico das bacias
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1968.
TONELLO, K. C.; DIAS, H. C. T.; SOUZA, A. L.; RIBEIRO, C. A. A. S.; LEITE, F. P. Morfometria
da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas, Guanhães - MG. Revista Árvore, Viçosa, MG, v.
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TUCCI, C.E.M. Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: UFRGS/Edusp/ABRH, 2001. 943p.
VILLELA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGRAW- Hill do Brasil, 1975.
245p.
ZERNITZ, Emilie R. Drainage patterns and their significance. The Journal of Geology, v. 40, n. 6,
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