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INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
CONCEITOS EM NUTRIÇÃO
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Nutrientes são todas as substâncias químicas que fazem parte dos alimentos
e que são absorvidas pelo organismo, sendo indispensáveis para o seu
funcionamento. Também podemos dizer que os nutrientes são os produtos dos
alimentos depois de degradados.
Os nutrientes podem ser classificados de acordo com o tamanho da sua
cadeia molecular. Os Macronutrientes são moléculas maiores, sendo nutrientes dos
quais o organismo precisa em grandes quantidades e que são amplamente
encontrados nos alimentos. São especificamente os carboidratos, as gorduras e as
proteínas.
Os Micronutrientes, moléculas menores, são substâncias químicas
encontradas em todos os alimentos e possuem funções específicas no organismo.
Podem fornecer energia ou auxiliar no crescimento, desenvolvimento e manutenção
da saúde. Como exemplos podemos citar as vitaminas e os minerais.
Quando ocorre o desequilíbrio da ingestão alimentar acontece o que
denominamos de Má Nutrição, e ela possui muitas formas. O excesso do consumo
de nutrientes ou energia pode acarretar muitos problemas. Dietas ricas em calorias
que excedem a necessidade metabólica do corpo podem levar ao excesso de peso
e obesidade, enquanto o consumo excessivo de
gordura, açúcar e sal podem aumentar o risco de
Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Por
outro lado, a deficiência de nutrientes ou energia
resulta na desnutrição. Essa condição pode ser
resultado da deficiência de calorias ou de
proteínas.
A Caloria é a unidade de calor usada na Nutrição. Trata-se da quantidade de
energia necessária para elevar em 1°C a temperatura de 1 mL de água
(considerando uma temperatura padrão). Podemos dizer que 1 Kcal equivale a
4,184 quilojoules (KJ). Esta unidade de calor é a medida de energia liberada a partir
da “queima” (digestão) do alimento e que é então utilizada pelo corpo. Cada
nutriente fornece diferentes quantidades de energia (caloria). Quanto maior for a
variedade de nutrientes que um alimento tiver, maior será o seu valor nutricional
(equilíbrio entre qualidade e quantidade).
Com base na forma como são adquiridos, os nutrientes podem ainda ser
classificados em essenciais e não essenciais. Os Nutrientes Essenciais são
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nutrientes que o organismo humano não é capaz de sintetizar, necessitam ser
ingeridos através dos alimentos, como os Aminoácidos Essenciais, os Ácidos
Graxos Essenciais, os Sais Minerais e as Vitaminas. Existem três grandes grupos,
dependendo da função que desempenham no nosso corpo: alimentos construtores
(renovação e construção de tecidos como leite e derivados, carne, peixe, ovos);
alimentos energéticos (fornecem energia para as atividades, como pão, frutos secos,
legumes, arroz) e alimentos reguladores (contribuem para que o organismo funcione
corretamente e se mantenha saudável, como verduras e frutas, que contém
vitaminas, sais minerais e água).
Já os Nutrientes Não Essenciais são nutrientes que o organismo humano é
capaz de sintetizar, como os Aminoácidos Não Essenciais, os Ácidos Graxos Não
Essenciais e a Glicose.
Para que aconteçam as diversas transformações celulares é importante
conhecer o conceito de Metabolismo, que se trará do conjunto de reações químicas
responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula. O
funcionamento adequado do nosso organismo depende do correto balanceamento e
integração entre o anabolismo e o catabolismo.
O Anabolismo compreende as reações que formam moléculas complexas a
partir de outras mais simples, com gasto de energia, caracterizando o conjunto de
reações de síntese ou construção. Já o Catabolismo envolve todas as reações em
que compostos orgânicos complexos são convertidos em moléculas mais simples,
logo, são reações de degradação ou quebra. A figura abaixo mostra resumidamente
como ocorre o anabolismo e o catabolismo.
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Outro conceito importante é a definição de Dieta, que nada mais é do que um
grupo de alimentos que uma pessoa ou grupo de pessoas consume. Como
exemplos podem ser citadas as dietas de restrição, como aquela voltada para
pessoas intolerantes à lactose; dietas para situações específicas, como aquelas
direcionada para pacientes com insuficiência renal; e ainda dietas regionais, como a
dieta do Mediterrâneo, rica em ômega 3, aminoácidos essenciais, fibras, vitaminas e
minerais.
Em alguns casos específicos são necessárias preparações destinadas a
complementar a dieta e fornecer nutrientes ao organismo, como vitaminas, minerais,
fibras, ácidos graxos e aminoácidos. A suplementação pode acontecer em casos
em que falta algum nutriente ou ainda o mesmo não pode ser consumido, como
ocorre na suplementação desportiva (ganho de massa muscular, emagrecimento) ou
em casos de deficiência de nutrientes.
GUIAS ALIMENTARES
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de vários documentos públicos e é considerada uma tradução iconográfica do Guia
Alimentar de 2006.
Em 2014, a professora realizou uma adaptação aos novos tempos, com
mudanças nas proporções e um estímulo à atividade física. Nela temos o número de
porções de cada grupo que devemos consumir diariamente. Os níveis e grupos da
nova Pirâmide Alimentar são:
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• Nível 2: Grupo do Leite e Derivados + Grupo das Carnes e Ovos + Grupo das
Leguminosas e Oleaginosas.
No segundo nível da pirâmide estão os alimentos de fontes de proteínas
animais (carnes, ovos, leite e derivados) e proteínas vegetais (leguminosas/feijão e
oleaginosas). O grupo do leite ainda contem importantes fontes de cálcio, sendo
recomendadas 3 porções diárias. Já os grupos das carnes e leguminosas tem
recomendação de 1 porção diária.
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1. Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches
saudáveis por dia. Não pule as refeições.
2. Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo, pães e
massas), tubérculos como as batatas e raízes como a
mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e
aos alimentos na sua forma mais natural.
3. Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte
das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
4. Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, cinco vezes por semana.
Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a
saúde.
5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes,
aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves
antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis!
6. Consuma, no máximo, uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga
ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com
menores quantidades de gorduras trans.
7. Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados,
sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação.
8. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite
consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer,
charque, salsicha, linguiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais,
sopas, molhos e temperos prontos.
9. Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia. Dê preferência
ao consumo de água nos intervalos das refeições.
10. Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade
física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso
dentro de limites saudáveis.
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possível compreender a escolha dos alimentos, dos alimentos à refeição, o ato de
comer e a comensalidade, a compreensão e a importância dos novos “Dez Passos
Para Uma Alimentação Adequada e Saudável”:
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PARA APRENDER MAIS
REFERÊNCIA(S) BIBLIOGRÁFICA(S)