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2021.2
EMENTA
Leitura: natureza e funções. Leitor: motivação e interesse de leitura.
Texto literário e não literário.
Gêneros literários.
Origem e caracterização do texto infantojuvenil.
Elementos estruturais da narrativa.
OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver capacidade para utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem
e fazer uso de informações contidas nos textos para o exercício consciente da
cidadania.
Produzir textos escritos coesos e coerentes, considerando o leitor e o objeto da
mensagem, identificando o gênero e o suporte que melhor atendem à intenção
comunicativa.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS
2 Educação e literatura
2.1 gosto pela leitura
2.2 o que é ler
2.3 por que ler
2.4 liberdade e transformação
2.5 leitura e conscientização
3 Gêneros literários
3.1 Conceituação
3.2 Gêneros: narrativo, dramático, lírico
Na literatura brasileira, foi Monteiro Lobato o primeiro autor que deu voz às
crianças por meio dos personagens, com a preocupação de ressaltar características
infantis como curiosidade, criatividade, teimosia e imaginação. E fez compreender
que não basta apenas falar sobre a criança, mas que é preciso ver o mundo através
dos seus olhos, ajudando-a a ampliar esse olhar nas mais variadas direções.
Essa estreita ligação entre obra e leitor deve incitar os educadores a fazerem
um esforço para compreender o desenvolvimento e a aprendizagem, para que a
criança possa se tornar um leitor competente.
Nessa questão, não existe uma linguagem que seja superior à outra: ambas
são importantes e estão representadas pelos incontáveis gêneros textuais. As
diferenças nos tipos de linguagem estão ancoradas pela necessidade de adequação
do discurso, pois para cada situação escolhemos a maneira mais apropriada para
elaborar um texto. Se a intenção é comunicar ou informar, certamente adotaremos
recursos de linguagem que privilegiem o perfeito entendimento da mensagem,
evitando assim entraves linguísticos que possam dificultar o acesso às informações.
Se a intenção é privilegiar a arte, através da escrita de poemas, contos ou crônicas,
estarão à nossa disposição recursos linguísticos adequados para esse fim, tais como
o uso da conotação, das figuras de linguagem, entre outros elementos que confiram
ao texto um valor estético. Dessa maneira, confira as principais diferenças entre a
linguagem literária e a linguagem não literária:
Educação e literatura
Paulo Freire, falando sobre leitura diz: “A leitura do mundo precede a leitura
da palavra […] A velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – O
sítio das avencas de minha mãe, o quintal amplo em que se achava, tudo isso foi
meu primeiro mundo. Nele engatinhei, balbuciei, de pé, andei, falei. Na verdade
aquele mundo especial se dava a mim como o mundo de minha atividade perceptiva,
por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os ‘textos’, as ‘palavras’
as ‘letras’, daquele contexto […] e encarnavam numa série de coisas, de objetos de
sinais, cuja compreensão eu ia aprendendo no meu trato com eles, nas minhas
relações com meus irmão mais velhos e com meus pais […]. A decifração da palavra
fluía naturalmente da ‘leitura’ do mundo particular […]. Fui alfabetizado no chão do
quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e
não do mundo maior dos meus pais. O chão foi meu quadro negro; gravetos o meu
‘giz’”.
Se for parar para pensar, vemos que o mundo lê desde o momento em que
abre os olhos, de manhã. O relógio diz se é tarde ou é se cedo para os compromissos
do dia. Pela cara do tempo a gente pode avaliar se o dia vai ser de tempo bom ou
se vai ser preciso agasalho. Tudo isso é leitura, e prosseguimos lendo o dia inteiro,
a vida inteira, sem nos darmos conta. E da realidade cotidiana nasce, naturalmente,
o conhecimento do mundo das palavras e das frases escritas. A leitura é um dado
cultural: o homem poderia viver sem ela e, durante séculos foi exatamente isso o que
aconteceu.
Cada vez que lemos podemos reagir à mensagem e relacioná-la com nossas
experiências e conhecimentos. Podemos concordar com ela ou discordar dela. Por
isso dizemos que ler, no sentido profundo do termo, é o resultado da tensão entre
leitor e texto. Isto é, a comunicação que se estabelece entre o escritor que elaborou,
escreveu e teve divulgado o seu pensamento, e o leitor que se interessou, leu e
aprendeu o que lhe foi exposto, além de confrontá-lo com sua experiência de vida e
de outras leituras.
Da mesma forma, pode-se concluir que não se nasce leitor. Por isso temos
que aprender a ler e a gostar de ler, se possível ao mesmo tempo. Hábitos se formam
cedo, aliás, muito cedo. E o exame da realidade da família brasileira de hoje nos
mostra que é muito rara a formação do hábito de ler apenas contando-se com
recursos de casa. Como não se trata de um ato instintivo, mas pelo contrário, de um
hábito a ser gradativamente adquirido, é preciso que se dê, desde o começo, ao
iniciante da leitura o objeto a ser lido (livro, revista, jornal), respeitando o seu nível
de aprendizado.
Mas depois de tudo isso, observou-se que essa expressão não realçava o
aspecto mais importante da relação com o livro: a leitura como fonte de prazer, nunca
uma atividade obrigatória, encarada como uma imposição do mundo adulto.
Começou-se então a falar do gosto de ler, que deve ser uma experiência prazerosa.
Ela deve começar cedo e a família é o agente ideal dos primeiros incentivos à
criança. O adulto que embala a criança de colo com cantigas de ninar, que brinca
com histórias e rimas, que folheia a revista com a criança está contribuindo e muito
para uma atividade positiva diante da leitura.
Os pais, que têm eles próprios o hábito de ler e que demonstram para os filhos
a necessidade desses momentos de reconhecimento e prazer, estão transmitindo à
criança ou ao jovem o gosto pelos livros.
Gêneros Literários
Gênero Lírico
O gênero lírico é um gênero literário escrito em versos que tem como foco
mostrar as emoções, sensações, sentimentos e impressões pessoais do poeta. Os
textos líricos são marcados pela subjetividade, onde o poeta expressa sua opinião,
por isso, eles são escritos na primeira pessoa (eu). O gênero lírico recebe esse nome,
pois faz referência ao instrumento musical, a lira, que acompanhava a declamação de
poesias na antiguidade.
Soneto - poema de forma fixa, formado por catorze versos (dois quartetos e
dois tercetos).
Poesia - texto poético formado por versos que se agrupam em estrofes.
Ode - poema de exaltação composta para ser declamada ou cantada.
Haicai - poema de forma fixa de origem japonesa, formado por três versos.
Hino - poema que homenageia alguém ou venera algo.
Sátira - poema que ridiculariza pessoas ou costumes.
Exemplo de texto do gênero lírico
Gênero Narrativo
O gênero narrativo é um gênero literário moderno em prosa, que tem como intuito
narrar uma história. Para um texto ser considerado narrativo, ele precisa conter esses
elementos:
Gênero Dramático
As crianças estão abertas para ouvi-los, pois existe grande afinidade entre
ambos. Elas ainda não amadureceram para a consciência intelectual e aguda dos
adultos, a percepção sensorial é tal que a criança entende perfeitamente ser o leão
um príncipe encantado, pois ela capta algo daquela espiritualidade da qual provieram
as criaturas terrestres e que nelas atua. A existência de coisas ou seres encantados
é perfeitamente aceitável para a psique infantil, já que a criança muitas vezes se
sente como que encantada e afastada do mundo real.
Por meio das histórias também podemos trabalhar o conceito de finitude, pois
tudo na vida tem um começo, meio e fim. As crianças precisam saber que as pessoas
não são como os personagens dos desenhos ou jogos eletrônicos, que nunca
morrem. Diante de tanta tecnologia, nunca os contos foram tão importantes e
necessários na vida da criança como hoje.