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Maria, modelo de Igreja

No começo de seu evangelho, Lucas nos apresenta Maria acolhendo com alegria o Filho de Deus em seu
seio. Como enfatizou o Concílio Vaticano II, Maria é modelo para a Igreja. Dela podemos aprender a ser
mais fiéis a Jesus e ao seu Evangelho. Quais podem ser as características de uma Igreja mais mariana
em nossos dias?

Uma Igreja que fomenta a “ternura maternal” para com todos os seus filhos e filhas, promovendo o calor
humano em suas relações. Uma Igreja de braços abertos, que não rejeita nem condena, mas acolhe e
encontra um lugar adequado para cada um.

Uma Igreja que, como Maria, proclama com alegria a grandeza de Deus e sua misericórdia também para
com as gerações atuais e futuras. Uma Igreja que se transforma em sinal de esperança por sua
capacidade de transmitir vida.

Uma Igreja que sabe dizer “sim” a Deus sem saber muito bem para onde a levará sua obediência. Uma
Igreja que não tem respostas para tudo, mas que busca com confiança a verdade e o amor, aberta ao
diálogo com os que não se fecham ao bem.

Uma Igreja humilde como Maria, sempre à escuta de seu Senhor. Uma Igreja mais preocupada em
comunicar o Evangelho de Jesus do que em ter tudo bem definido.

Uma Igreja do Magnificat, que não se compraz nos soberbos, nos poderosos e nos ricos deste mundo,
mas que procura pão e dignidade para os pobres e famintos da Terra, sabendo que Deus está do seu
lado.

Uma Igreja atenta ao sofrimento de todo ser humano, que sabe, como Maria, esquecer-se de si mesma e
“andar depressa” para estar perto de quem precisa de ajuda. Uma Igreja preocupada com a felicidade dos
que “não têm vinho” para celebrar a vida. Uma Igreja que anuncia a hora da mulher e promove com prazer
sua dignidade, responsabilidade e criatividade feminina.

Uma Igreja contemplativa que sabe “guardar e meditar em seu coração” o mistério de Deus encarnado em
Jesus, para transmiti-lo como experiência viva. Uma Igreja que crê, ora, sofre e espera a salvação de
Deus anunciando com humildade a vitória final do amor.

José Antonio Pagola

Dizer teu nome, Maria

Dizer teu nome, Maria, é dizer que a pobreza Dizer teu nome, Maria, é dizer ao pé da cruz
compra os olhares de Deus. e nas chamas do Espírito.

Dizer teu nome, Maria, é dizer que a Dizer teu nome, Maria, é dizer que todo nome
promessa vem com leite de mulher. pode estar cheio de graça.

Dizer teu nome, Maria, é dizer que a nossa Dizer teu nome, Maria, é chamar-te toda Sua,
carne veste o silêncio do Verbo. causa da nossa alegria.

Dizer teu nome, Maria, é dizer que o Reino (Dom Pedro Casaldáliga)
chega caminhando com a história.
 

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