ENZIMAS
Praticamente todas as reações no corpo são mediadas por enzimas.
Enzimas são proteínas catalisadoras que aumentam a velocidade das reações sem serem, elas próprias,
alteradas neste processo.
Entre as muitas reações biológicas que são energeticamente possíveis, as enzimas canalizam
seletivamente os reatantes (denominados substratos) para rotas úteis.
NOMENCLATURA
Cada enzima recebe dois nomes:
Nome recomendado = curto e conveniente para o uso no dia-a-dia. Tem sufixo ase unido ao
nome do substrato na reação.
Ex.: sacarase, urease. Ou uma descrição da ação realizada.
Ex.: lactato desidrogenase, adenilato ciclase.
Nome sistemático = mais completo, identificação da enzima sem ambiguidade. (IUBMB) União
Internacional de Bioquímica e Biologia Molecular desenvolveu a nomenclatura.
PROPRIEDADES
Sítios ativos
fenda espacial, contém aa cujas cadeias laterais criam uma superfície tridimensional
complementar ao substrato.
liga-se ao substrato formando um complexo enzima-substrato (ES).
ES convertido em enzima-produto (EP) que depois se dissocia-se em enzima e produto.
Eficiência Cinética
Mais de 100 vezes mais rápidas que as reações não catalisadas.
Capaz de transformar de 100 a 1000 moléculas por segundo.
O número de moléculas de substrato convertidas em produto por molécula de enzima por
segundo é denominado de turnover.
Especificidade
Altamente específicas, interagindo com um ou alguns substratos específicos e catalisando
somente um tipo de reação química.
Cofatores
Algumas enzimas se associam a um cofator não-protéico que é necessário para a atividade
enzimática.
pode ser: íons metálicos (Zn2+, Fe2+); moléculas orgânicas (coenzimas) que são
frequentemente derivadas de vitaminas.
Regulação
Ativação e inibição de modo que a velocidade de formação do
produto responda às necessidades da célula.
COMO FUNCIONAM
Duas perspectivas
Catálise em termos de alterações de energia que ocorrem durante
a reação .
intermediário
A↔T↔B
Velocidade da reação: para as moléculas reagirem, devem conter energia suficiente para superar
a barreira de energia do estado de transição. Em geral, quanto menor a energia livre de ativação,
mais moléculas têm energia suficiente para superar o estado de transição e, assim, mais rápida é
a velocidade de reação.
Rota Alternativa de reação: uma enzima permite que uma reação ocorra rapidamente sob
condições normais na célula ao oferecer uma rota de reação alternativa com uma menor energia
livre de ativação. A enzima não altera as energias livres dos reatantes ou produtos e, assim, não
altera o equilíbrio da reação.
Temperatura
Aumento da velocidade com a temperatura
Diminuição da velocidade com a temperatura
PH
Efeito do pH sobre a ionização do sítio ativo
Efeito do pH na desnaturação da enzima
O pH ótimo varia para diferentes enzimas.
Concentração do Substrato
Velocidade máxima (Vmax): é o número de moléculas de substrato convertidas em produto por
unidade de tempo.
Vmax = saturação pelo substrato de todos os sítios de ligação
disponíveis na enzima.
Formato hiperbólico da curva velocidade vs [substrato]: maioria das enzimas mostram cinéticas
de Michaelis-Mentem e uma curva de velocidade de reação, Vo, versus concentração do
substrato [S].
Temperatura
pH
Efeito do pH sobre a ionização do sítio ativo: a [H+] afeta a V de reação de várias formas. O
processo catalítico geralmente requer que a enzima e o substrato tenham grupos químicos
específicos em um estado ionizado ou não-ionizado, de modo a interagir.
EQUAÇÃO DE MICHAELIS-MENTEM
Modelo de reação:
Considerações:
A [S] é muito maior que a concentração de enzima [E] de modo que a quantidade de substrato
ligado à enzima em qualquer momento é pequena.
A [ES] não se altera com o tempo (estado d equilíbrio), isto é, a velocidade de formação de ES é
igual a degradação de ES (para E + S e para E + P).
Somente as velocidades iniciais de reação são usadas na análise das reações enzimáticas, isto é, a
velocidade de reação é medida assim que a enzima e substrato são misturados.
INIBIÇÃO DA ATIVIDADE
Inibidores de enzimas são moléculas que interferem com a catálise, diminuindo ou interrompendo as
reações enzimáticas.
As enzimas catalisam quase todos os processos celulares e não deve surpreender que os inibidores
estejam entre os medicamentos mais importantes.
A aspirina, por exemplo, inibe a enzima que catalisa a primeira etapa da síntese das prostaglandinas
(mediador da inflamação e da dor).
Existem duas amplas classes de inibidores de enzimas: reversíveis e irreversíveis.
Inibição competitiva:
ocorre quando o inibidor liga-se REVERSIVELMENTE ao mesmo sítio que o substrato normalmente
ocuparia e, assim, compete com o substrato por aquele sítio ativo.
Efeito sobre Vmax: o efeito de um inibidor competitivo é revertido aumentando-se [S]. Em uma [S]
suficientemente elevada, a velocidade de reação atinge a Vmax observada na ausência de inibidor.
Efeito sobre Km: um inibidor competitivo aumenta o Km. Isso significa que em presença de um inibidor
competitivo, mais substrato é necessário para atingir a metade da Vmax.
Inibição competitiva:
Inibição não-competitiva:
Ocorre quando o inibidor e substrato ligam-se em diferentes sítios na enzima. O inibidor não
competitivo pode ligar-se à enzima livre ou ao complexo ES, impedindo assim a ocorrência da reação.
Efeito sobre a Vmax: a inibição não-competitiva não pode ser superada pelo aumento da [S].
Assim, estes inibidores diminuem a Vmax da reação.
Efeito sobre Km: os inibidores não-competitivos não interferem com a ligação do substrato à
enzima. Logo, o Km será o mesmo.
Exemplo de inibidor não-competitivo: o chumbo forma ligações covalentes com as cadeias laterais
sulfidrila da cisteína em proteínas. A ligação do metal é irreversível e mostra inibição não-competitiva.
Exemplo de inibidor não-competitivo: o chumbo forma ligações covalentes com as cadeias laterais
sulfidrila da cisteína em proteínas. A ligação do metal é irreversível e mostra inibição não-competitiva.
TGP ou ALT e AST ou TGO: abundante no fígado, aumento pode assinalar lesão no tecido
hepático.