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As escolas pre-socráticas são a jônica formada por Tales, Anaximandro e Anaxímenes de mileto além de
Heráclito de Éfeso buscavam a arché na physis, ou seja, na natureza variando no objeto de estudo entre a
água, o ar, o apeíron e o fogo. A escola seguinte é a escola pitagórica que tinha como principal pensador
Pitágoras de Samos e como objeto de estudo os números.
A terceira escola é a escola eleata formada por Parmênides e Zenão de Eleia além do discípulo destes
melisso de samos o objeto de estudo desta escola é o ser. A última escola pré-socrática é a escola pluralista
onde Leucipo e Demócrito tinham como arché o átomo, Empédocles os quatro elementos e dentre outros
pensadores com visões diferentes e plurais.
2-O que permitiu o surgimento dos sofistas
O crescimento e expansão da filosofia em Atenas, as reformas de Clistenes e Sólon que reorganizaram o
território grego, o surgimento da democracia onde o poder saia da mão de único soberano e passava a
emanar do povo, a democracia favorecia com seus conceitos de Isegoría palavra composta de dois elementos
ise que significa igual, e goria falar em público, falar numa assembleia, discursar em público portanto é a
liberdade igual de falar por todos, direito de dizer sua opinião na assembleia democrática. E a isonomia é
uma palavra composta por iso igual e nomia que significa regra, lei, norma e é a igualdade de direitos
perante a lei no regime democrático.
4-Em relação ao novo pensamento filosófico, quais as características que rompem com a narrativa
mítica.
A ideia de phisis, a causalidade interpretativa em termos precisos naturais, o conceito de arque, concepção
de cosmo, o logos como racionalidade de cosmo e como explicação racional, e caráter crítico das novas
teorias.
5- Qual o verdadeiro sentido da palavra sofista e o que foram e quem foram os principais sofistas
gregos
R- A palavra sofista inicialmente significa aquele que é excelente numa arte ou técnica, aquele que é hábil,
sensato e prudente basicamente a significação primeira da palavra sofista era sábio, mas ela foi usada de forma
pejorativa por Sócrates, Platão e Aristóteles, que os viam como demagogos e falsos filósofos.
Na verdade, os sofistas gregos são vistos como um grupo de pensadores que não se importavam com a
busca da verdade, mas sim com o uso da argumentação, da retórica e das palavras de forma que conseguissem
chegar a convencer as demais pessoas sobre determinado assunto. Eles são tidos também como os primeiros
pedagogos e iniciadores do ensino privado pois eles eram estrangeiros e não podiam ter propriedade em Atenas,
cobravam por seus ensinamentos e assim transmitiam suas técnicas de argumentação e convencimento aos filhos
dos habitantes ricos da Grécia.
Os principais sofistas foram Protágoras de Abdera (481-410 a.C.), que ensinava que tudo é relativo ao que o
homem pensa, ou seja, o mundo é o que o homem constrói e destrói, por isso não existe verdades absolutas,
toda verdade seria relativa à determinada pessoa, grupo social ou cultura. Além disso, ensinava a tornar mais
forte o argumento mais fraco. Górgias de Leontini (484-375 a.C.) ensinava o ceticismo absoluto, através do
qual afirmava que nada existe e se existisse não poderia ser conhecido. E se algo fosse conhecido, não
poderia ser comunicado a ninguém.
Os pré-socráticos são definidos como filósofos da natureza onde explicam a natureza a partir dela
própria, também os pré-socráticos tinham escolas onde essas escolas havia diversos pensadores, filósofos,
onde cada um formulou uma nova interpretação do universo a partir do seu ponto de vista, muitos desses
filósofos afirmaram que existia um elemento primordial onde originava tudo a partir desde elemento.
Os sofistas sofreram grande influência dos pré-socráticos, não queriam construir uma explicação
racional para a realidade que envolvesse o sobrenatural, os mitos e a partir disso colocam como problema
central os problemas do conhecimento e da ética, os sofistas dizem que não se pode conhecer algo definitivo
só se pode ter opiniões subjetivas sobre a realidade, onde elegem como elemento fundamental da sabedoria
o bom uso da linguagem e dizem que o sábio é aquele que domina o uso da linguagem para persuadir as
pessoas com suas ideias e opiniões. Juntamente com Sócrates inauguram a temática antropológica passando
do problema da physis que era central no pensamento dos pré-socráticos, para ao da ética, da política e da
teoria do conhecimento, e diziam que os filósofos anteriores se contradiziam pois não conseguiam chegar a
nenhum resultado sólido onde não se pode conhecer nada de forma definitiva só se pode formular
opiniões(doxa) sobre a realidade.
8- Por que Sócrates discordava dos sofistas
Porque diferentemente destes, Sócrates defendia a busca da verdade através da identificação e
superação das ilusões dos sentidos e das armadilhas da linguagem. Para Sócrates, os sentidos nos dão apenas
as aparências das coisas e a linguagem pode ser usada para formular opiniões sobre elas. Mas nada disso é
conhecimento.
Conhecer é passar da aparência à essência, da opinião ao conceito, do ponto de vista individual à
ideia universal.
9- Os sofistas fazem uma grande cisão entre kosmos e nomos por quê
Kósmos é o bom ordenamento ou leis que regem o bom funcionamento do universo, já nomos
significa regras, normas ou costumes que norteiam os cidadãos em sociedade, os sofistas, no entanto,
destacam que é um erro comparar as leis que regem os fenômenos naturais com aquelas que norteiam a vida
humana em sociedade. Para eles, o universo ético, político e social, ou seja, tudo aquilo que é
especificamente humano, não se determina pelas mesmas leis de regularidade encontradas na natureza
(physis). Cada povo e cada época dispõem de seus próprios modos de ser, costumes e regras, sem que, no
fundo, qualquer forma de organização cultural possa ser colocada como mais correta ou como sendo a
detentora da verdade definitiva. No direito, na política e na ética, portanto, não existem princípios
necessários nem regras que sejam universalmente válidas. Toda norma é humana e, justamente por isso, é
transitória.
A ideia de que a Natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais, isto é, os mesmos
em toda a parte e em todos os tempos;
A ideia de que as leis necessárias e universais da Natureza podem ser plenamente conhecidas pelo nosso
pensamento, isto é, não são conhecimentos misteriosos e secretos, que precisariam ser revelados por divindades;
A ideia de que nosso pensamento também opera obedecendo a leis, regras e normas universais e
necessárias, segundo as quais podemos distinguir o verdadeiro do falso. Lógica
A ideia de que os acontecimentos naturais e humanos são necessários, porque obedecem a leis
naturais ou da natureza humana, mas também podem ser contingentes ou acidentais, quando dependem das
escolhas e deliberações dos homens, em condições determinadas.
A ideia de que os seres humanos, por Natureza, aspiram ao conhecimento verdadeiro, à felicidade, à
justiça, isto é, que os seres humanos não vivem nem agem cegamente, mas criam valores pelo quais dão sentido às
suas vidas e às suas ações.