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2. PREJUDICIAL DE MÉRITO
A Reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde,
ora, a empresa não a obrigou havendo testemunhas deste fato, a requerente assinou de livre
e espontânea vontade o documento autorizando a subtração mensal do de saúde.
Ampara a OJ 160 da SBDI-1 que é inválida a presunção de vício de consentimento
resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na
oportunidade da admissão. Vale ressaltar que é de se exigir demonstração concreta do vício
de vontade.
Corrobora ainda a Súmula 342 do TST dispõe que são válidos os descontos salariais
efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser
integrado em planos de assistência médico-hospitalar, o que não afronta o disposto no
Art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que
vicie o ato jurídico, não sendo este o caso.
Ademais, o Art. 818, I da CLT e o Art. 373, I, do CPC/15 estabelecem que o ônus da
prova incumbe ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito.
Com isto, resta provado que o desconto do plano de saúde ocorreu dentro da
legalidade, sem qualquer vício em relação à assinatura da reclamante, uma vez que é válida
a autorização de desconto feita no momento da admissão, cabendo a Reclamante o ônus de
provar qualquer ilegalidade nesse sentido.
A reclamante solicita o pagamento de horas extras com adição de 50%, alegando que
cumpria a extensa jornada de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com intervalo de duas
horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo.
Mas, vejamos, se a reclamante trabalhava neste horário que a própria alega, não há o
que se falar em hora extra, uma vez que é uma jornada de 8 (oito) horas dias, 44 (quarenta
horas) semanais, considerada uma jornada normal de trabalho como preconiza o
art. 7º, XIII da CF/88, além deste dispositivo, temos o art. 58 da CLT dispõe que a duração
normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8h
diárias
Lembrando que os intervalos não serão computados na duração do trabalho como
colocado nos termos do art.71, § 2º da CLT.
Ou seja, a reclamante não faz jus ao recebimento das horas extras contestadas, pois ela
trabalhava nos moldes constitucionais e os horários foram ultrapassados.
A reclamante pleiteia pagamento da multa do art. 477, § 8º, da CLT, porque o valor
das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a comunicação do
aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o prazo legal. No entanto,
conforme estabelece o Art. 477, § 6º da CLT, o pagamento dos valores constantes do
instrumento de rescisão ou recebido de quitação deverá ser efetuado até dez dias contados a
partir do término do contrato de trabalho.
Sendo assim, é infundado o pedido de pagamento da multa prevista no Art. 477, § 8,
da CLT, vez que o pagamento das verbas devidas foi dentro do prazo legal.
4. DA RECONVENÇÃO
A reclamante, assim que foi cientificada do aviso prévio teve uma reação violenta,
gritando e dizendo-se injustiçada com a atitude do empregador. A situação chegou a tal ponto
que a segurança terceirizada precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanhá-la
até a porta de saída. Contudo, quando deixava o portão principal, Estela começou a correr,
pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente contra o prédio da empresa, vindo a
quebrar uma das vidraças.
Na contestação, é lícito ao Réu propor reconvenção, para manifestar pretensão
própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, o que faz pelas razões
de fato e de direito a seguir, Conforme disposição expressa do Art. 343 do CPC/15.
Sendo assim, requer o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado pela
Reclamante.
5. DOS PEDIDOS
a) A intimação da reclamante para apresentar resposta, nos termos do Art. 341, § 1º,
do CPC/15;
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Ituiutaba/MG,... de... de... (Local e data).
Advogado
OAB/MG...