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03/02/2020 RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O DIREITO À CIDADE

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O DIREITO À


CIDADE
Publicado em 21 de January de 2012 por José Carlos de Oliveira Ribeiro

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB

José Carlos de Oliveira Ribeiro, 2006.

LEFEBVRE, Henri. O Direito Á Cidade. Tradução de Rubens Frias. Primeira Edição, Editora
Moraes, São Paulo. 1991
Resenhado por José Carlos de Oliveira Ribeiro, acadêmico do curso de Licenciatura Plena em
Geografia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Henri Lefebvre nasceu na França em 1901 e faleceu em 1991, foi sociólogo, passou vida
teorizando sobre a luta de classes investindo numa leitura não dogmática do marxismo.
Reconhecido pela sua crítica não só no campo da filosófica e econômica, mas principalmente pela
formação de uma vasta obra que analisa a problemática urbana e especial. Entre outras, sua
contribuição ainda se tende á reflexão sobre a vida cotidiana, criticando os fundamentos das
relações sociais neste ambiente, que de forma alguma são neutros ou desligados das relações
produtivas gerais.

No livro de Lefebvre " O Direito Á Cidade""? trata de um tema bastante relevante que é a
urbanização o resultado da industrialização e a propagação do capitalismo . Com a dinamização
do comércio e da industrialização aumentou a divisão do trabalho bem como o crescimento de
mais valia e lócus de capital nas cidades.

A partir daí ele traça o perfil da sociedade capitalista e com um novo pensamento da concepção
do urbano, devido o crescimento das cidades não seria capaz de expandir a produção industrial e
conquistar novos mercados e apropriar-se do espaço sem essa nova concepção de urbanização
das cidades , pois as cidades no sistema capitalista adquiriu dimensões importantes e lócus onde
circulam muito capital. Dessa forma a cidade assume cada vez mais o seu papel importante nessa
nova concepção.

Por outro lado a cidade reproduz a segregação, porque a valorização por conta da apropriação de
forma desigual, como por exemplo, a população pobre fica sem opção quando se refere a
habitação para morar e com dignidade como não conseguem acabam segregando-se aos
arredores da cidade próximo dos locais de trabalho quando é o caso.
https://www.webartigos.com/artigos/resenha-critica-do-livro-o-direito-a-cidade/83097/ 1/2
03/02/2020 RESENHA CRÍTICA DO LIVRO O DIREITO À CIDADE

O livro "O Direto Á Cidade", sobretudo, é uma crítica ao Estado que reproduz a segregação nas
cidades através do próprio sistema que Ele imposta sobre a sociedade. Assim o tecido urbano foi
se transformando em um espaço onde as diferenças de classes são bastante visíveis, pois muitos
não possuem o direito de morar com dignidade.

Com base no livro de Henri Lefebvre, "O Direito Á Cidade”, a cidade não é o resultado apenas de
matéria, mas sim, o resultado das relações dos seres humanos, tornando um espaço dinâmico
onde há grande integração material e vida humana. Dessa forma, acontece e a cidade passa
existir e corresponder às necessidades das pessoas que convivem nela, assim o espaço da
cidade se materializa e recebe vida através das relações humanas que ocorrem.

A cidade um espaço das varias ações que acontecem pelos habitantes existentes. Assim ela cria
os seus signos, a linguagem própria de acordo com os seus habitantes, agrega valores que faz
cada vez mais atraem capitais e formação de redes urbanas, tudo que se cria é vendido, tornando
o espaço dinâmico como se a cidade por se só tivesse vida própria. A análise semiológica ganha
dimensões e o elo de ligações entre os habitantes.

A partir de quando as cidades começaram a desenvolverem e a população crescer em números


quantitativos, atraídos em virtude do crescimento industrial, surgiu muitos problemas sociais.
Assim o tecido urbano ficava cada vez mais desordenado, resultado do capitalismo que mesmo
trazendo a divisão territorial do trabalho não foi suficiente para mudar a vida das pessoas pobres
que vivem nas cidades. Daí então a segregação das cidades e a proliferação dos problemas
sociais.

Segundo o autor, nos países considerados democráticos transforma isso em utopias no sentido
mais desusado em demagogia, pois a segregação continuava e o Estado age como se fosse por
cima e as empresas pó baixo transformando os habitantes dependentes da sociedade. A classe
operária que ao longo do tempo se apropriou da vida na cidade de fato não convive nela, mas sim
nos guetos da pobreza, nas favelas. Evidente que a filosofia e outras ciências não vão dar conta
disso, na verdade esse é um modelo imposto pelo Estado.

O livro de Lefebvre "O Direito Á Cidade*"'e indicado a todos aqueles que se interessar por um
tema tão relevante como é este e principalmente para os estudantes do curso de Geografia.

https://www.webartigos.com/artigos/resenha-critica-do-livro-o-direito-a-cidade/83097/ 2/2

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