O documento discute intervenções para pacientes com doenças crônicas não transmissíveis no SUS, abordando fatores de risco, impactos econômicos e de saúde, e propondo um plano de ação estratégico com foco em prevenção, controle e cuidado desses pacientes através de redes e linhas de cuidado prioritárias.
Descrição original:
Título original
13. Intervenções sobre a rede de cuidados aos grupos e aos pacientes com DCNT
O documento discute intervenções para pacientes com doenças crônicas não transmissíveis no SUS, abordando fatores de risco, impactos econômicos e de saúde, e propondo um plano de ação estratégico com foco em prevenção, controle e cuidado desses pacientes através de redes e linhas de cuidado prioritárias.
O documento discute intervenções para pacientes com doenças crônicas não transmissíveis no SUS, abordando fatores de risco, impactos econômicos e de saúde, e propondo um plano de ação estratégico com foco em prevenção, controle e cuidado desses pacientes através de redes e linhas de cuidado prioritárias.
INTERVENÇÕES SOBRE A REDE DE CUIDADOS FATORES DE RISCO COMPORTAMENTAIS
AOS GRUPOS E AOS PACIENTES COM DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) ✓ Uso de tabaco → Doenças cardiovasculares, diabetes, canceres e doenças respiratórias crônicas O QUE SÃO DOENÇAS CRÔNICAS? ✓ Inatividade física → Doenças cardiovasculares, ➢ “São aquelas doenças que apresentam início gradual, diabetes, canceres com duração longa ou incerta, que, em geral, ✓ Dieta inadequada → Doenças cardiovasculares, apresentam múltiplas causas e cujo tratamento envolve diabetes, canceres ✓ Uso abusivo de álcool → Doenças cardiovasculares, mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado diabetes, canceres contínuo que, usualmente não leva à cura” Além disso, fatores comportamentais e biológicos ➢ “Geralmente são multicausais incluindo hereditariedade, estilos de vida, exposição a fatores ambientais e fatores fisiológicos. Normalmente, faltam padrões regulares ou ATENÇÃO AS PESSOAS COM DCN T NO SUS previsíveis para as condições crônicas” ➢ Como esses casos são complexos, a OMS aceita termos ✓ Grande número de internações de condição → condições agudas e crônicas ✓ Perda significativa da qualidade de vida ➢ Condições agudas: Curso curto, inferior a 3 meses de ✓ Desigualdades sociais duração, com enfrentamento do tipo episódico, e o foco é na queixa-conduta, com boa resposta a tratamentos Pesa bastante o impacto econômico: específicos ➔ Pessoas que deixam gerar renda por DCNT ➢ Condições crônicas: Período alongado (> 3 meses), com incapacitantes ou que morrem precocemente – morte formas de enfrentamento contínuo, proativas, com foco da população economicamente ativa por meio de cuidados permanentes e tendem a ➔ Quantidade de internações e tempo apresentar-se de forma definitiva e permanente ➔ Aposentadorias ➢ As condições crônicas, especialmente as doenças crônicas, se iniciam e evoluem de forma lenta ➢ Comumente são multicausais incluindo hereditariedade, PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS fatores comportamentais, exposição a fatores Objetivo: Promover políticas públicas e sustentáveis olhando ambientais e fisiológicos para prevenção, controle e cuidado dos portadores de DCNT PORQUE É TÃO IMPORTANTE ESTUDARMOS AS e seus fatores de risco DOENÇAS/CONDIÇÕES CRÔNICAS? ✓ Prevalência REDES E LINHAS DE CUIDADOS PRIORITÁRIOS ✓ Custo na área de saúde ➢ Melhor forma de abordar das DCNT: Integralidade, sendo ✓ Morbidade possível apenas se o cuidado for organizado em rede ✓ 3 principais causas de mortalidade (câncer, doença cardíaca isquêmica e doença cerebrovascular) RAS DAS PESSOAS COM DCNT • Pirâmide etária: Encurtamento da base (natalidade), ➢ Objetivos gerais: população economicamente ativa aumentando em ✓ Fomentar mudança no modelo de atenção proporção a população, aumento do topo (idosos) ✓ Fornecer cuidado • Brasil segue a tendência mundial ✓ Garantir cuidado integral ✓ Melhorar os indicadores relacionados às DCNT CONTEXTO DAS DCNT NO BRASIL (mortalidade precoce, prevalência) No Brasil a situação pode ser caracterizada por uma situação ✓ Contribuir para promoção de saúde para prevenção epidemiológica de tripla carga de doenças de DCNT e suas complicações 1. Mortalidade: Aumento de mortalidade por doenças ➢ Principais doenças e seus impactos → Linhas prioritárias crônicas estabelecidas 1. Doenças renocardiovasculares (HAS, DM e IRC) 2. Morbidade: Condições crônicas representam 75% da 2. Obesidade carga global das doenças no Brasil 3. Doenças respiratórias crônicas 3. Fatores de risco: Determinantes sociais da saúde 4. Câncer (de mama e colo de útero – impactam de ligados ao estilo de vida, que respondem pelo forma mais preocupante a população brasileira) predomínio das situações crônicas ➢ Mesmos equipamentos: AB como coordenador do • Risco prematuro de morte por doenças crônicas é alto, cuidado, porta de entrada; atenção especializada (2a ou evidenciando que o tratamento poderia ser melhor. No 3ª) e sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico entanto, está diminuindo, ou seja, está no caminho de ➢ Para funcionar, essa rede tem que ter grande melhorar comunicação entre a AB e a atenção especializada, pois, por vezes, o paciente precisa desse manejo rápido. ➢ Formas de relações possíveis entre a AB e a especializada: 1. Referência e contra referência 2. Relação de visitas periódicas de especialistas a generalistas (matriciamento) 3. Relação mediada por gestores de caso 4. Coordenação do cuidado ➢ Aspectos críticos relacionados às modificações necessárias no processo de trabalho das equipes: Linhas de cuidado e diretrizes clínicas (principalmente) ➔ Linhas de cuidado é o trajeto; desenho terapêutico a partir do risco que apresenta ➔ Definir ações tomadas, serviços acessados ➔ Para isso, se utiliza a estratificação de risco. A partir do risco à saúde, ele acessa uma dessas linhas de cuidado MODELO DE ATENÇÃO AS CONDIÇÕES CRÔNICAS (MACC) • Mendes → 5 níveis de estratificação que inclui diferentes populações, para então ter ações e serviços específicos 1. Nível 1: Intervenções de promoção de saúde ➔ Pensando na população geral ➔ Educativas, na comunidade, no serviço de saúde ➔ Determinantes sociais de saúde intermediários 2. Nível 2: Intervenções de prevenção das condições crônicas ➔ Subpopulação com fatores de risco ligados aos comportamentos e estilos de vida ➔ Determinantes de saúde proximais ➔ Relação autocuidado e atenção profissional 3. Gestão da condição de saúde ➔ Subpopulação com condições crônicas simples e/ou com fator de risco biopsicológico ➔ Determinantes sociais individuais com condições de saúde e/ou fator de risco biopsicológico estabelecido 4. Gestão da condição de saúde ➔ Subpopulação com condição complexa ➔ Determinantes sociais individuais com condições de saúde e/ou fator de risco biopsicológico estabelecido 5. Gestão do caso ➔ Subpopulação com condição crônica muito complexa ➔ Determinantes sociais individuais com condições de saúde e/ou fator de risco biopsicológico estabelecido