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INTERVENÇÕES SOBRE A REDE DE CUIDADOS FATORES DE RISCO COMPORTAMENTAIS

AOS GRUPOS E AOS PACIENTES COM DOENÇAS


CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) ✓ Uso de tabaco → Doenças cardiovasculares, diabetes,
canceres e doenças respiratórias crônicas
O QUE SÃO DOENÇAS CRÔNICAS? ✓ Inatividade física → Doenças cardiovasculares,
➢ “São aquelas doenças que apresentam início gradual, diabetes, canceres
com duração longa ou incerta, que, em geral, ✓ Dieta inadequada → Doenças cardiovasculares,
apresentam múltiplas causas e cujo tratamento envolve diabetes, canceres
✓ Uso abusivo de álcool → Doenças cardiovasculares,
mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado
diabetes, canceres
contínuo que, usualmente não leva à cura” Além disso, fatores comportamentais e biológicos
➢ “Geralmente são multicausais incluindo hereditariedade,
estilos de vida, exposição a fatores ambientais e fatores
fisiológicos. Normalmente, faltam padrões regulares ou ATENÇÃO AS PESSOAS COM DCN T NO SUS
previsíveis para as condições crônicas”
➢ Como esses casos são complexos, a OMS aceita termos
✓ Grande número de internações
de condição → condições agudas e crônicas
✓ Perda significativa da qualidade de vida
➢ Condições agudas: Curso curto, inferior a 3 meses de
✓ Desigualdades sociais
duração, com enfrentamento do tipo episódico, e o foco
é na queixa-conduta, com boa resposta a tratamentos
Pesa bastante o impacto econômico:
específicos
➔ Pessoas que deixam gerar renda por DCNT
➢ Condições crônicas: Período alongado (> 3 meses), com incapacitantes ou que morrem precocemente – morte
formas de enfrentamento contínuo, proativas, com foco da população economicamente ativa
por meio de cuidados permanentes e tendem a ➔ Quantidade de internações e tempo
apresentar-se de forma definitiva e permanente ➔ Aposentadorias
➢ As condições crônicas, especialmente as doenças
crônicas, se iniciam e evoluem de forma lenta
➢ Comumente são multicausais incluindo hereditariedade, PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS
fatores comportamentais, exposição a fatores Objetivo: Promover políticas públicas e sustentáveis olhando
ambientais e fisiológicos para prevenção, controle e cuidado dos portadores de DCNT
PORQUE É TÃO IMPORTANTE ESTUDARMOS AS e seus fatores de risco
DOENÇAS/CONDIÇÕES CRÔNICAS?
✓ Prevalência REDES E LINHAS DE CUIDADOS PRIORITÁRIOS
✓ Custo na área de saúde ➢ Melhor forma de abordar das DCNT: Integralidade, sendo
✓ Morbidade
possível apenas se o cuidado for organizado em rede
✓ 3 principais causas de mortalidade (câncer, doença
cardíaca isquêmica e doença cerebrovascular) RAS DAS PESSOAS COM DCNT
• Pirâmide etária: Encurtamento da base (natalidade), ➢ Objetivos gerais:
população economicamente ativa aumentando em ✓ Fomentar mudança no modelo de atenção
proporção a população, aumento do topo (idosos) ✓ Fornecer cuidado
• Brasil segue a tendência mundial ✓ Garantir cuidado integral
✓ Melhorar os indicadores relacionados às DCNT
CONTEXTO DAS DCNT NO BRASIL
(mortalidade precoce, prevalência)
No Brasil a situação pode ser caracterizada por uma situação ✓ Contribuir para promoção de saúde para prevenção
epidemiológica de tripla carga de doenças de DCNT e suas complicações
1. Mortalidade: Aumento de mortalidade por doenças ➢ Principais doenças e seus impactos → Linhas prioritárias
crônicas estabelecidas
1. Doenças renocardiovasculares (HAS, DM e IRC)
2. Morbidade: Condições crônicas representam 75% da
2. Obesidade
carga global das doenças no Brasil 3. Doenças respiratórias crônicas
3. Fatores de risco: Determinantes sociais da saúde 4. Câncer (de mama e colo de útero – impactam de
ligados ao estilo de vida, que respondem pelo forma mais preocupante a população brasileira)
predomínio das situações crônicas ➢ Mesmos equipamentos: AB como coordenador do
• Risco prematuro de morte por doenças crônicas é alto, cuidado, porta de entrada; atenção especializada (2a ou
evidenciando que o tratamento poderia ser melhor. No 3ª) e sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico
entanto, está diminuindo, ou seja, está no caminho de ➢ Para funcionar, essa rede tem que ter grande
melhorar comunicação entre a AB e a atenção especializada, pois,
por vezes, o paciente precisa desse manejo rápido.
➢ Formas de relações possíveis entre a AB e a
especializada:
1. Referência e contra referência
2. Relação de visitas periódicas de especialistas a
generalistas (matriciamento)
3. Relação mediada por gestores de caso
4. Coordenação do cuidado
➢ Aspectos críticos relacionados às modificações
necessárias no processo de trabalho das equipes: Linhas
de cuidado e diretrizes clínicas (principalmente)
➔ Linhas de cuidado é o trajeto; desenho terapêutico a
partir do risco que apresenta
➔ Definir ações tomadas, serviços acessados
➔ Para isso, se utiliza a estratificação de risco. A partir do
risco à saúde, ele acessa uma dessas linhas de cuidado
MODELO DE ATENÇÃO AS CONDIÇÕES CRÔNICAS
(MACC)
• Mendes → 5 níveis de estratificação que inclui diferentes
populações, para então ter ações e serviços específicos
1. Nível 1: Intervenções de promoção de saúde
➔ Pensando na população geral
➔ Educativas, na comunidade, no serviço de saúde
➔ Determinantes sociais de saúde intermediários
2. Nível 2: Intervenções de prevenção das condições
crônicas
➔ Subpopulação com fatores de risco ligados aos
comportamentos e estilos de vida
➔ Determinantes de saúde proximais
➔ Relação autocuidado e atenção profissional
3. Gestão da condição de saúde
➔ Subpopulação com condições crônicas simples e/ou
com fator de risco biopsicológico
➔ Determinantes sociais individuais com condições
de saúde e/ou fator de risco biopsicológico
estabelecido
4. Gestão da condição de saúde
➔ Subpopulação com condição complexa
➔ Determinantes sociais individuais com condições
de saúde e/ou fator de risco biopsicológico
estabelecido
5. Gestão do caso
➔ Subpopulação com condição crônica muito
complexa
➔ Determinantes sociais individuais com condições
de saúde e/ou fator de risco biopsicológico
estabelecido

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