Você está na página 1de 3

• Não negar acesso, portanto não ter regras para o

PRINCÍPIOS DE APS DIRECIONADOS controle do número de consultas


AO ACOMPANHAMENTO DE DOR – • A Longitudinalidade pressupõe a existência de uma fonte
regular
AGUDA E CRÔNICA • A coordenação do cuidado é responsabilidade da AB ou
APS
PRINCÍPIOS DA APS
• A APS tem orientação na população
Princípios/atributos da APS ≠ princípios SUS
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
1. Primeiro contato
• Ter acesso e conseguir passar no sistema 1. Primário: Prevenir o surgimento da doença/agravo
➢ Promoção à saúde
• Porta de entrada
➢ Proteção específica
2. Integralidade
• Também é um princípio doutrinário do SUS Exemplos: Vacinação, exame pré-natal, uso de cinto de
• Conceito amplo de saúde segurança, eliminação de exposição a agentes cancerígenos
• Ver o indivíduo como um todo e o sistema ser capaz
de colocar o indivíduo na rede dentro de sua Educação e saúde, condições adequadas de moradia
necessidade
3. Longitudinalidade 2. Secundário: Detectar e tratar pessoas com determinada
• Acompanhamento ao longo da vida doença – estágios iniciais, assintomáticos
4. Coordenação do contato ➢ Diagnóstico precoce
• Fluxo de informações – o médico deve servir e ➢ Tratamento precoce
coordenar todas as necessidades de saúde da ➢ Limitação da invalidez
pessoa, por meio da articulação de redes de
serviços, além de conhecer os seguintes tópicos: Exemplos: Colpocitologia oncológica (Papa Nicolau),
➔ Gestão da lista de espera – pacientes com maior mamografia, rastreio de CA de próstata, rastreio e controle
urgência de DM – outubro rosa, novembro azul
➔ Prontuário eletrônico – conhecer a trajetória do
Detecção de diabetes
paciente → Ainda não implementado
➔ Protocolos 3. Terciário: Limitar as consequências físicas e sociais da
doença sintomática
QUESTÕES ➢ Prevenção de incapacidade
➢ Desenvolvimento da capacidade residual
ALTERNATIVA INCORRETA: Assume a responsabilidade da
regulação a partir do controle social, por meio do qual a Exemplos: Reabilitação, manejo de complicações
sociedade civil organizada participa das decisões →
Responsabilidade, na verdade do SUS e não da APS; além Reinserção na sociedade e no trabalho, reabilitação em caso
disso o controle é feito pelo conselho nacional de saúde de invalidez

➔ Controle social do SUS= Conselhos de saúde e 4. Quaternário: Detectar pessoas sob risco de intervenções
conferências de saúde excessivas ou desnecessárias

APS (Atenção primária a saúde) = AB (Atenção básica*) > ESF ➢ Evitar que o paciente seja submetido a
(Estratégia de saúde da família) procedimentos/tratamentos que não o beneficiaria

*Primary care Exemplos: Evitar excesso de “checkups”, evitar tratamentos


sem evidência de eficácia
Recordando princípios SUS:
DOR AGUDA E CRÔNICA
Doutrinários/éticos: Universalidade,
Definições de dor – IASP:
integralidade, equidade
“Uma experiência sensorial e emocional desagradável
Organizacionais/operativos: Descentralização da
associada a uma lesão tecidual atual ou potencial, ou descrita
saúde, regionalização, hierarquização, em termos de tal lesão” → “Uma experiência angustiante
participação e controle social associada a uma lesão tecidual atual ou potencial com
componentes sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais”
No SUS há uma redistribuição de poder, repassando ➔ Nem sempre é o sintoma, por vezes é a própria
competências e instâncias decisórias para esferas mais doença (= crônica)
próximas à população. Diretriz → DESCENTRALIZAÇÃO ➔ 3 meses: Tempo a partir do qual uma dor é
considerada crônica, sem considerar períodos de
remissão – “dor crônica que tem períodos de ➔ Física: Causada pela doença, tratamento, por
agudização” comorbidades e pelo câncer
➔ Social: Perda dos papeis sociais (por exemplo, era o
COMO A DOR CHEGA AO NOSSO CÓRTEX? provedor da casa), perda do trabalho, preocupações
financeiras, preocupação com o futuro da família
1. Transdução ➔ Espiritual: Perda da fé, medo do desconhecido, busca
• O estimulo nocivo (como pisar em uma tachinha – pelo significado, raiva do destino/de Deus
térmico, mecânicos, químicos) estimula o receptor da ➔ Psicológica: Ansiedade, medo do sofrimento,
dor (nociceptores) → São convertidos em potenciais de depressão, experiencias passadas do adoecimento
ação nos nociceptores periféricos
• Transformar estimulo mecânico (por exemplo) em Nocicepção → Dor → Sofrimento → Comportamento
elétrico doloroso
• Normalmente inibido pela administração de AINEs ou
anestésicos locais A dor deve ser tratada, uma vez que leva a alterações
• Substancias (bradicinina, prostaglandina, etc.) são orgânicas como: Morte de neurônios inibitórios da medula
produzidas pelos nociceptores, tecidos e celulas espinhal, reorganização neuroanatômica do encéfalo
inflamatórios podem influenciar a transdução
CRONIFICAÇÃO DA DOR
2. Transmissão
✓ Potencialização a longo prazo
• É o movimento de atividade elétrica pelo SNP
✓ Sensibilização central
• A administração de bloqueios anestésicos regionais ✓ Inflamação periférica ou central
minimiza a transmissão do estímulo nociceptivo
• Inibida também tanto pelos anestésicos locais quanto Poliqueixoso: Rótulo pejorativo
pelos opióides
Avaliação e diagnóstico, medicações, fisioterapia, adaptação
3. Modulação do estilo de vida, suporte psicológico, exercício físico,
• É a diminuição (inibição) ou modificação (facilitação) orientação do especialista
na transmissão da atividade elétrica pelos
nociceptores PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO
• A administração de opioides bem como de agonistas
α2 ativam o sistema modulador da dor 1. Melhorar a função
2. Controle da dor
• Quão perigoso é o estímulo? → Pode trazer danos, é
3. Iniciar com doses pequenas das medicações →
fatal → Facilitação
aumento lento e gradual
• Quão perigoso é o estímulo? → Não traz danos →
4. Estabelecer rodízio de medicações (faz parte de
Inibição
protocolos)
5. Revisar frequentemente as medicações e as doses
4. Percepção
6. Utilizar o menor número possível de drogas
• Dor a partir do tálamo
• “Dor é um produto derivado de um múltiplo sistema É sempre interdisciplinar. Assim, torna-se fundamental que as
ativado pelo cérebro por uma ameaça equipes elaborem um PTS para cada caso – é um conjunto de
potencialmente observada” propostas de condutas terapêuticas articuladas que resultam
da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com
MODELO BIOPSICOSSOCI AL apoio matricial, se necessário
✓ Fatores orgânicos (ex.: Lesão tecidual) → Experiência ➔ Acupuntura, terapias alternativas, alimentação
corporal saudável, exercício físico e até mesmo
✓ Fatores psíquicos (Ex.: Depressão) → Experiência encaminhamento para procedimentos com
mental especialista (ex.: Marcapasso intramedular)
✓ Fatores externos (Ex.: Ganho secundário*) →
Experiência social A dor crônica se torna uma doença “per si” e não um sintoma
➔ *Dor para receber atenção social, da família
Polifarmácia racional → Frequentemente necessária
O processamento da dor ocorre em várias regiões, inclusive
algumas com relação com a emoção Objetivo:

→ Eficácia x segurança x tolerabilidade


→ Redução da dor basal e exacerbações
→ Recuperação da função

CONCEITO DE DOR TOTAL


MEDICAMENTOS
DOR TOTAL= Dor social + dor emocional + dor física + dor
espiritual. Levar em conta todas essas dimensões: Alguns anticonvulsivantes e antidepressivos podem ter
também uso para tratamento da dor crônica
➔ O SUS tem algum destes além dos AINES, AIEs e
opióides (esse último não tem disponível na UBS pois
é bom para dor aguda e não para dor crônica*)

*Devido a dependência e tolerância

MAIS COMUM: AINEs (piroxicam, naproxeno, dipirona), AIEs,


opióides (RAs= Náusea, prurido, constipação intestinal)

Vício ≠ dependência

CORTICÓIDES

➔ Leucocitose, uma vez que os leucócitos


marginalizados vão para o centro, retenção de
líquidos, hiperglicemia, dislipidemia (descompensa o
diabetes), efeito imunossupressor (a partir de uma
determinada dose), aumento de pressão, síndrome
de cushing

1. Analgésicos não opióides - paracetamol e


dipirona, amplamente disponíveis

2. AINES - ibuprofeno, cetoprofeno e naproxeno

3. Opióides - não é comum a prescrição pois não é


disponível amplamente na Unidade Básica de Saúde
e possuem diversos riscos

4. AIES - predinisona, dexametasona, betametasona

5. Adjuvantes - alguns antidepressivos tricíclicos e


anticonvulsivantes podem ser utilizados para
tratamento da dor crônica

Você também pode gostar