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NBR 15.575 DESTAQUES DA LOJA PINI

Relator comenta exigências da Norma de Desempenho para


paredes internas e externas NEWSLETTER TÉCHNE
Conforto acústico e estanqueidade são alguns dos requisitos para vedações verticais
em edifícios habitacionais
Juliana Nakamura

Edição 199 - Outubro/2013

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O quarto capítulo da NBR 15.575:2013 - Edificações Habitacionais - Desempenho enfoca os


sistemas de vedações verticais internas e externas. Em comparação com a versão da norma
inicialmente publicada em 2008, muitas alterações foram promovidas no texto que entrou em vigor
em julho deste ano. O engenheiro Claudio Mitidieri, pesquisador do Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) e relator dessa parte da norma, cita como exemplo os critérios relativos ao
desempenho estrutural (estado-limite de utilização ou serviço e estado-limite último), que se
tornaram mais claros e completos.

Em relação à segurança ao fogo, os critérios previstos na nova norma contemplam os aspectos de


resistência ao fogo dos elementos construtivos e de reação ao fogo dos produtos e materiais
empregados. A verificação da propagação superficial de chamas, por exemplo, é feita de acordo
com a NBR 9.442:1988 - Materiais de Construção - Determinação do Índice de Propagação
Superficial de Chama pelo Método do Painel Radiante - Método de Ensaio. Também foi introduzido
o ensaio de Single Burning Item (SBI), aplicado a produtos para os quais não se aplica a NBR
9.442.

O desempenho acústico das edificações, tema que constantemente suscita dúvidas e


questionamentos entre projetistas e construtores, também é abordado pela NBR 15.575-4. Nos
critérios relativos à isolação a ruídos aéreos de fachadas, a norma distingue três situações a serem
consideradas: locais pouco ruidosos, locais muito ruidosos e situação intermediária, além de locais
que exigem medições especiais, como proximidades de aeroportos, rodovias etc.

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Já para isolação a ruídos aéreos de vedações verticais internas, a norma traz duas novidades
importantes. A primeira refere-se à substituição do critério relativo à isolação entre hall de entrada e
apartamento, pelo critério relativo à isolação entre apartamentos, passando pelo hall. A segunda diz
respeito à isolação entre unidades autônomas, adotando-se um critério mais rigoroso nos casos em
que há geminação pelo dormitório.

Confira a seguir esses e outros aspectos relevantes da NBR 15.575-4 destacados pelo relator
Claudio Mitidieri.

Desempenho estrutural
A NBR 15.575-4 apresenta avanços nos
aspectos de desempenho estrutural,
evidenciando os critérios relativos ao
Estado Limite de Utilização ou de Serviço
(ELS) e os critérios relativos ao Estado
Limite Último (ELU). Isso foi muito
importante conceitualmente, pois esses
estados-limites estão presentes nos
diversos critérios de desempenho e nos
métodos de avaliação. Após a revisão do
texto da norma que entrou em vigor, os
critérios de desempenho estrutural foram
complementados e ficaram mais claros.
O ELU caracterizase como o estado em
que o sistema de vedação não satisfaz
aos critérios de desempenho relativos à
segurança, ou seja, é o momento de risco de colapso ou ruína. Já o ELS é o momento a partir
do qual é prejudicada a funcionalidade das vedações, com deslocamentos acima de limites
estabelecidos, aparecimento de fissuras e outras falhas que podem comprometer o
desempenho do sistema.

Quanto ao método experimental de avaliação do comportamento de vedações verticais a


cargas verticais, conhecido como compressão excêntrica, é importante frisar que ele se aplica
fundamentalmente a edificações de pequeno porte, de até cinco pavimentos. Para edificações
de maior altura, a norma prevê a necessidade de outras análises. Vale lembrar que a norma
revista aplica-se a edificações habitacionais de qualquer altura, sem limitar o número de
pavimentos. O método de avaliação por compressão excêntrica encontra-se na parte 2 da
norma, que trata de sistemas estruturais com quaisquer configurações, sendo que a NBR
15.575-4 trata especificamente das paredes estruturais.

Tabela 1 - IMPACTOS DE CORPO MOLE PARA VEDAÇÕES VERTICAIS EXTERNAS


(FACHADAS) DE EDIFÍCIOS COM MAIS DE UM PAVIMENTO

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a) Está sendo considerado neste caso que o revestimento interno da parede de fachada multicamada não é parte integrante da estrutura
da parede, nem considerado componente de contraventamento, e que os materiais de revestimento empregados são de fácil reposição
pelo usuário. Desde que não haja comprometimento à segurança e à estanqueidade, podem ser adotados, somente para os impactos no
revestimento interno, os critérios previstos na ABNT NBR 11.681, considerando E=60 J, para não ocorrência de falhas, e E=120 J, para
não ocorrência de rupturas localizadas. No caso de impacto entre montantes, ou seja, entre componentes da estrutura, o componente de
vedação deve ser considerado sem função estrutural.

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Tabela 2 - IMPACTO DE CORPO MOLE EM VEDAÇÕES VERTICAIS INTERNAS

a) Paredes leves (G ≤ 600N/m²), sem função estrutural, os valores do deslocamento instantâneo (dh) podem atingir o dobro do valor
indicado nesta tabela.
Nota: aplicam-se também a casas térreas e sobrados.

Estanqueidade à água e segurança ao


fogo
No caso dos critérios relativos à
estanqueidade à água, a ABNT NBR
15.575-4 leva em conta cinco diferentes
condições de exposição ao vento de
acordo com a localização geográfica do
edifício. No caso de esquadrias externas,
os critérios adotados são os previstos na
NBR 10.821:2011 - Esquadrias Externas
para Edificações, que também considera
cinco regiões.

Em relação à segurança ao fogo, foram incorporados critérios relativos à resistência e à


reação ao fogo dos materiais, considerando critérios e métodos de avaliação antes não
contemplados. No que se refere à reação ao fogo, foi considerado particularmente o ensaio
Single Burning Item (SBI), conforme a norma europeia. Esse ensaio deve ser empregado em
casos onde não se aplica a NBR 9.442, como os painéis tipo sanduíche estruturados com
materiais isolantes térmicos.

A norma define, ainda, o valor mínimo de 30 minutos de resistência ao fogo, respeitados os


demais tempos de resistência ao fogo previstos na NBR 14.432 - Exigências de Resistência
ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações - Procedimento, que podem chegar a 120
minutos. Há também exigências especiais para unidades habitacionais unifamiliares, em

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particular para paredes de compartimentação entre unidades e paredes de locais onde há uso
de gás combustível.

Desempenho térmico e acústico


No que tange ao desempenho térmico, a
NBR 15.575-4 não altera os critérios
relativos ao método de avaliação
simplificado, considerando transmitância
e capacidade térmicas. O texto em vigor,
contudo, explicitou melhor o método de
avaliação por simulação, detalhado na
parte 1 da norma (Requisitos Gerais),
considerando as condições para
simulação relativas à ventilação do
ambiente e sombreamento de janelas, no
que se refere à redução da entrada de
radiação solar no ambiente.

Na exigência de desempenho acústico


há mudanças importantes nos critérios de
isolação a ruídos aéreos de fachadas,
constando três situações a serem consideradas: uma de construção em locais pouco
ruidosos, outra em locais muito ruidosos e ainda uma terceira intermediária. Para algumas
situações específicas, como edificações nas proximidades de aeroportos, rodovias etc., há
que se realizar medições no local. Para isolação a ruídos aéreos de vedações verticais
internas, a norma traz duas mudanças importantes. A primeira referese à substituição do
critério relativo à isolação entre hall e apartamento, pelo critério relativo à isolação entre
apartamentos, com transmissão do som pelo hall. Este critério traz impactos para as portas
de madeira, que no caso de portas de entrada das unidades autônomas, em prédios de
apartamentos, deverão atender aos requisitos de isolação a ruídos aéreos. A ABNT NBR
15.930:2011 - Portas de Madeira para Edificações está em revisão e será considerada uma
classificação para a isolação sonora das portas, partindo-se, provavelmente de 20 dB para o
Rw de portas de entrada.

A outra mudança significativa diz respeito ao critério de isolação sonora entre unidades
habitacionais distintas, quando há pelo menos um ambiente de dormitório.

Neste caso, o critério passou de DnT,w mínimo de 40 dB para 45 dB, considerando medidas
de campo.

Tabela 3 - ESTANQUEIDADE À ÁGUA DE VEDAÇÕES VERTICAIS EXTERNAS


(FACHADAS )

Tabela 4 - VALORES MÍNIMOS DA DIFERENÇA PADRONIZADA DE NÍVEL


PONDERADA , D2m,nT,w DA VEDAÇÃO EXTERNA DE DORMITÓRIO

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Nota 1 - Para vedação externa de salas, cozinhas, lavanderias, banheiros, não há requisitos específicos.
Nota 2 - Em regiões de aeroportos, estádios, locais de eventos esportivos, rodovias e ferrovias, há necessidade de estudos específicos.
Fonte: ABNT NBR 15.575-4.

Tabela 5 - VALORES MÍNIMOS DA DIFERENÇA PADRONIZADA DE NÍVEL


PONDERADA , Rw, ENTRE AMBIENTES

Fonte: ABNT NBR 15.575-4.

Tabela 6 - ÍNDICE DE REDUÇÃO SONORA PONDERADO, Rw, DE COMPONENTES


CONSTRUTIVOS UTILIZADOS NAS VEDAÇÕES ENTRE AMBIENTES

Nota: os valores de desempenho de isolamento acústico medido em campo (DnT,w e D2m,nT,w) tipicamente são inferiores aos obtidos
em laboratório (Rw). A diferença entre esses resultados depende das condições de contorno e execução dos sistemas (ver ISO 15712 e
EN 12354).
a Rw com valores aproximados.
Fonte: ABNT NBR 15.575-4.

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