Você está na página 1de 2

NAUM FALA-NOS HOJE! QUAL É A SUA MENSAGEM?

– (1ª Parte)

Textos: “O Senhor é Deus zeloso e vingador! O Senhor é vingador! Seu furor é terrível! O
Senhor executa vingança contra os seus adversários e manifesta o seu furor contra os
seus inimigos” – (Naum 1:2).
“O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam” –
(Naum 1:7).

INTRODUÇÃO:

▪ SIGNIFICADO: Naum = “Consolo (de Deus)”, o que pode ser entendido como uma tentativa
metafórica de dizer: “Este livro, designado consolo, visa dar a Israel motivos para regozijar-
se. Portanto, deixar-vos consolar, porque um antigo inimigo foi derrotado”.
▪ AUTOR: Foi escrito – segundo alguns eruditos – pelo o Profeta que leva o seu nome.
▪ Data provável: A maioria dos eruditos do A. T. apontam para a data provável entre 664 e
612 A.c.;
▪ TEMA do livro: “O Consolo de Deus” – e Sua vingança contra seus inimigos.
▪ PROPÓSITO: O livro de Naum tem, basicamente, um duplo propósito: 1) Profetizar sobre o
julgamento de Nínive – a principal cidade e a última capital da Assíria – mediante a
providência vingadora de Deus; e, 2) Um poderoso alento consolador à nação de Judá, que
seria tirada de sob o tacão, ou seja, do jugo e servidão assírio.
▪ CONTEÚDO: Os três capítulos do livro de Naum podem ser considerados um único poema;
mas cada capítulo, mesmo considerados separados, é digno de atenção:
1º) Capítulo: DEUS É ZELOSO: NÍNIVE CAIRÁ!
2º) Capítulo: DEUS É JUIZ: COMO NÍNIVE CAIRÁ! Este capítulo é homogêneo,
descrevendo o cerco e o saque de Nínive;
3º) Capítulo: DEUS É JUSTO: POR QUE NÍNIVE CAIRÁ! O último capítulo
caracteriza, longamente, a maldade de Nínive, salientando certo número de causas de sua
queda final.

▪ Hoje, iremos fazer, uma abordagem da mensagem de Naum, focando o 1º


capítulo;
▪ Este capítulo tem sido chamado por muitos eruditos de: “Ode à Majestade de Deus”; ou seja,
poema lírico composto de estrofes de versos com medida igual, sempre de tom alegre e
entusiástico;
Resumo do cap. 1º: “Advertência contra Nínive. Livro da visão de Naum, de Elcós” – (v.1);
▪ Como este belo poema lírico se divide:
I- DEUS É ZELOSO: NÍNIVE CAIRÁ – (v. 2-8);
1. Deus declara sua ira - 1:1-8;
2. Deus fala a Nínive - 1:9-11,14;
3. Deus anima Judá - 1:12, 13, 15;
▪ Esses versículos iniciais são uma introdução na qual o autor sagrado descreve alguns dos
atributos de Deus – Deus fala de si mesmo:
1) Paciência: Deus é descrito como um Ser lento em irar-se – (v. 3);
2) Justiça: Paralelamente à sua paciência, Deus, também, é dotado de justiça divina.
Por um lado, a ira vingadora contra os ímpios (v. 2); por outro lado, uma fortaleza
onde os piedosos podem refugiar-se (v. 7).
3) Poder: Tanto os homens como a natureza prostram-se diante do poder de Deus:
▪ “Ele repreende o mar e o faz secar, faz que todos os rios se sequem” – (v. 4);
▪ “Quando ele se aproxima, os montes tremem e as colinas se derretem” – (v. 5a);
▪ A terra se agita na sua presença, o mundo e todos os que nele vivem – (v. 5b);
▪ O seu furor se derrama como fogo, e as rochas se despedaçam diante dele – (v.
6b);
▪ Quem pode resistir à sua indignação? Quem pode suportar o despertar de sua
ira? – (v. 6a);
Há três palavras importantes nesse parágrafo que devem ser compreendidas, pois
todas estão relacionadas ao caráter de Deus: zelo, vingança e ira.

II- O RETRADO DO OPRESSOR DE JUDÁ E A PROMESSA DE QUE O JUGO


SERIA QUEBRADO – (v. 9-15);
Nessa seção é enfocada “A expedição malsucedida de Senaqueribe”, como também é
prometida a remoção da opressão de Judá.
▪ A queda dos ímpios, representados por Nínive – (v. 9-12, 14);
▪ Culmina no consolo do povo de Deus, representado por Judá – (v. 13).

III- PRINCIPAIS ENSINOS E APLICAÇÕES DA MENSAGEM DE NAUM NO


CAPÍTULO PRIMEIRO:

1) DEUS EXIGE SUBMISSÃO EXCLUSIVA. A mensagem de Naum é dirigida


especificamente aos assírios (Ninivitas apóstatas) – pois eles haviam se voltados para o
Senhor 100 anos antes (através do ministério do Profeta Jonas) – e agora viviam uma
vida pagã; mas, o profeta Naum, também, teve o cuidado de encorajar o povo de Judá
(que vivia na rebeldia). Com quem mais nos identificamos?
2) SE DEUS É POR NÓS – QUEM SERÁ CONTRA NÓS? A relação do homem com
Deus é ao seu lado ou do outro lado; ou seja, é com Ele ou contra Ele. Contra Deus iremos
dá de cara com um Ser Austero, Zeloso e Vingador – ao seu lado iremos dá de cara com
um Ser Bondoso, Protetor e Consolador. Jesus disse: “Quem comigo não ajunta comigo
espalha; quem não é por mim é contra mim!”. Qual o lado que você quer está?
3) Quem pode resistir à sua indignação? Quem pode suportar o despertar de sua ira? Ele é
um refúgio para aqueles que nele confiam; mas, também, é uma "inundação
transbordante" para os que são seus inimigos.
As questões retóricas (no v. 6) enfatizam a impossibilidade de se resistir à ira de Deus.
A ira de Deus é comparada ao fogo – (Dt 4.24; Hb 12.29).
“Porque o Senhor conhece o caminho dos justos – mas, o caminho dos ímpios
perecerá” – (Sl 1. 6).

▪ CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A rainha Vitória estava comemorando sessenta anos no trono da Inglaterra quando
Rudyard Kipling publicou seu poema Recessional [Hino de encerramento], Nem todos
na Grã-Bretanha gostaram do poema, pois ele contestava o orgulho nacional numa
época em que o império estava em seu auge. Recessional era uma advertência de que
outros impérios haviam desaparecido do palco da história e de que os ingleses poderiam
seguir o mesmo caminho. Deus ainda era o Juiz das nações. Nas palavras de Kipling:

“Nossa marinha em portos distantes desaparece, em dunas e promontórios seu fogo


esmorece. Vede que nosso esplendor de outrora juntou-se ao de Nínive e Tiro!
Juiz das nações, poupai-nos, te pedimos. E que não nos esqueçamos, que não nos
esqueçamos!”

Você também pode gostar