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A Neuropsicopedagogia eo Transtornos do Espetro do

Autismo em condição escolar.

Pâmela Picon de Castro Vieira1


pamelacastro_2006@hotmail.com

RESUMO

Este artigo tem como finalidade discorrer sobre a inclusão escolar e propiciar o
entendimento da importância da Neuropsicopedagogia destes na rede regular de ensino, com
o suporte de diferentes praticam pedagógicas que são apresentadas ao professor. Esta
pesquisa também aponta para o papel do professor no processo de inclusão de uma criança
autista e para a interação social como uma parte fundamental de seu desenvolvimento, o que
pode levar à reflexão sobre alguns paradigmas acerca do processo de aprendizado dessa
criança. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que apresenta como referencial teórico autores
como Mantoan (2006), Cunha (2013, 2014), e Khoury (2014).

Palavras-chave:

Inclusão escolar, Autismo, Aprendizado, Professor, Neuropsicopedagogia.

Introdução

A partir de nossa experiência na realização do estágio obrigatório


percebemos um aumento no número de inclusões de crianças com autismo. A
partir daí começamos a nos envolver de forma mais próxima com essas
crianças, devido ao contato permitido durante as aulas, no exercício de auxiliar
de sala.
Sentimo-nos envolvidos com o desafio e nos propusemos a estuda-
lo. Para realiza-lo tivemos como objetivo apresentar o direito de uma educação
para todos, assim procuramos construir um corpo de práticas de ensino da
inclusão dos alunos com autismo.
Como referência teórica baseamo-nos nas discussões realizadas por
Mantoan (2006), que apresenta-se a ideia de inclusão no papel da escola com
professores, pais e comunidade mostrando que para esses alunos terem direito
a escola não é apenas o aluno que deve se adaptar mais principalmente a
escola. Cunha (2014) Cunha ( 2013), vem apresentarmos a importância da
prática docente no processo de aprendizado de uma criança autista
apresentando algumas praticas que poderão ser utilizada como exemplo para o
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Discente do Curso de Pedagogia do Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé-UNIFEG.

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docente que se depara com a inclusão de um autista em sua sala de aula.
KHOURY (2014), através de um guia de orientação a professores apresenta
informações sobre o Trastorno de Especto do autismo.
As referencias utilizadas discutiram o autismo na escola e a sua
relação com a aprendizagem daqueles alunos. Também evidenciaram as
características mais comuns de uma criança autistas, assim como
possibilidades de trabalho em sala de aula.

1- Conceitos de Inclusão

Neste artigo vamos analisar o Transtorno do Espectro do Autismo


(TEA), dentro da Educação Especial, que é parte integrante da política de
inclusão.
Este trabalho visa mostrar o processo dessa política dentro das
escolas regulares, que pede adaptação de suas estruturas física e pedagógica
no seu processo educativo com pessoas com deficiência.
A reorganização nesta estrutura é imprescindível, visto que para a
inclusão fazem necessárias mudanças em paradigmas educacionais.

Ao garantir o direito de uma escola para todos a constituição Federal


1988, não usa qualquer adjetivo, portanto a escola deve atender a constituição
sem excluir nenhuma pessoa por qualquer motivo que seja, principalmente nos
casos de deficiência severa que são os casos de deficiência mental ou nos
casos mais graves de autismo.

Em uma escola inclusiva o professor vai ao encontro do seu aluno,


sensibilizando-se com suas dificuldades e, em seguida, cria estratégias para
explicações de atividades que serem realizadas.

Santos e Paulino (2006) afirmar que o incentivo de uma educação


inclusiva é uma grande ferramenta para uma transformação social. O
desrespeito é comum e as escolas acabam reproduzindo esses valores. A
educação inclusiva concebida num sentido democrático almeja uma sociedade

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menos excludente e tem como argumento as leis que asseguram o acesso
escolar como direito.

Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às


escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com
necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
necessárias para uma educação de qualidade para todos.
(MEC/SEESP, 2001, n.p).

Incluir é mais que aceitar a matricula do aluno na escola visto que


isso é seu direito, a escola precisa adequar fisicamente quanto potencializar
todos os funcionários para que possa ter um bom atendimento em todas as
áreas escolares. É muito comum ouvirmos questionamentos de diretoras e
supervisoras de como podemos fazer uma inclusão de qualidade dentro de
uma escola que não tem uma estrutura física nada adaptada, como se esse
fosse realmente um dos seus maiores problemas. Mais uma vez a burocracia,
culpa o outro quando na realidade o problema esta em nós.

Talvez isso aconteça porque os profissionais da educação só se


sinta preparados para a inclusão quando são especialistas na área , caso ao
contrario não se veem preparados o suficiente. Cunha (2014), vem nos afirmar
que é sim muito importante que esses especialista faça parte do convívio
escolar dessa criança mais o professor titular, não pode se acomodar por isso
ele deve estar sempre buscando contribuir com esse aluno.

A questão de igualdade da educação inclusiva citada (Santos e


Paulino 2006) não pretende igualar as pessoas. “Incluir não é nivelar nem
uniformizar o discurso e a prática, mas exatamente o contrário: as diferenças,
em vez de inibi-las, são valorizadas [...] (p.12)”.

Ainda conhecemos e convivemos com uma escola que idealiza seus


alunos, que estabeleceu ao longo dos anos a concepção e normalidade, os
resultados são padronizado, ao ponto de patronizar currículos apresentando a
mesma aula para os ciclos isso é se entrarmos em uma sala de 3° ano no
período da manhã iremos perceber que todos as outras salas estarão
trabalhando aquele mesmo conteúdo e da mesma forma, por tanto aquele
aluno que precisa de uma outra forma de explicação ou até mesmo um outro

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tipo de material para ser avaliado não conseguira “acompanhar” o raciocínio do
restante da sala pois não existe um currículo elaborado pensando nos alunos
que iremos encontrar em sala mais um currículo conteúdista.

A escola só se torna inclusiva quando deixa de estar voltada apenas


para o ensino e começa a respeitar e a entender as diferentes formas de
processos de aprendizagem de cada aluno, considerando-se a maneira que
esses alunos aprendem.: Assim, a declaração de Salamanca ( 1994) confirma
nossa proposição:

2. Acreditamos e Proclamamos que: • toda criança tem direito


fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e
manter o nível adequado de aprendizagem, • toda criança possui
características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem que são únicas, • sistemas educacionais deveriam ser
designados e programas educacionais deveriam ser implementados
no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais
características e necessidades, • aqueles com necessidades
educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que
deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades, • escolas regulares que
possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes
de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando
educação para todos; além disso, tais escolas provêm uma educação
efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última
instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
(SALAMANCA 1994)

Não há um “aluno-padrão”, mas parece que a escola ainda enciste


em proclamá-lo..

Todos temos nossas peculiaridades, não aprendemos da mesma


forma, e todo o processo de ensino – aprendizagem precisa considerar essas
diferenças.

Assim, o que apresentamos seria inclusão não basta apenas


matricula-lo em uma escola, mas também promover uma interação social,
como a própria Constituição (1988) nos diz. Já sabemos que os alunos tem
direito a uma educação de qualidade e que a escola para melhor atendê-lo
deverá passar por adaptações físicas e pedagógicas como a atualização de
seu currículo pedagógico de acordo com as necessidades desse aluno.

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A mudança da cultura escolar vem acontecer, recentemente
ganhamos mais um reforço com a lei sancionada pela presidente Dilma
Rousseff em 27de dezembro de 2012 Lei nº 12.764 "Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista", que
assegura á todas as pessoas com autismo a frequentar a rede regular de
ensino. Antes dessa lei o autismo não era considerado deficiência e com a lei i
ele tem todos os direitos igualitários que qualquer outro deficiente.

A Organização das Nações Unidas (ONU) para reafirmar essa lei


implementou o dia 2 de Abril o Dia Mundial de Conscientização do Autismo,
utilizando deste dia para mostrar os direitos e benefícios que um autista deve
encontrar em nosso ambiente social. São exemplos a obrigatoriedade de
reservas de vagas para autistas em empresas com mais de 100 funcionários,
até o atendimento preferencial em bancos e repartições publicas.

2 – Para conhecer o Autismo.

O termo “autismo” foi empregado pela primeira vez por Eugenio


Bleuer em 1911, utilizava-se para representar a perda de contato com os
outros e dentro de casos de Esquizofrenia. Em 1943 Léo Kanner descreveu
seu estudo sobre autismo que foi embasada em 11 crianças, que apresentava
grandes habilidades em algumas áreas tinha difícil convívio social. Foi ele que
identificou e caracterizou os primeiros sinais do Autismo como o isolamento e a
falta de apego ao ambiente e que era possível ser detectado nos primeiros
anos de vida.
Neste segundo momento vamos falar sobre as diferenciações,
características, limites e potenciais de uma criança diagnosticada com
Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) no ambiente social e escolar.
Segundo Khoury (2014), a manifestação desse transtorno aparece nos
primeiros anos de vida ,sobre causas ainda desconhecidas, mas com grandes
contribuição genética.
Na manifestação do autismo, existe variabilidade na apresentação
de diagnósticos podendo ter prejuízos no que diz respeito a interação social,
comunicação e variados tipos de comportamento e pensamentos , como

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prejuízos severos na comunicação verbal e não verbal. De acordo com
pesquisas realizadas recentemente surgiu um aumento considerável no
diagnostico dos Transtornos Espectros do Autismo (TEA), estimasse que a
cada 100 pessoa 1 tem TEA, justifica-se esse aumento significativo pela
divulgação assim tornando mais conhecida e os critérios para diagnósticos
estão mais abrangentes. Já que antes para ser diagnostico era necessário
apenas não ter uma interação social ou uma boa comunicação.

As definições e as caracterizações sofreram mudanças com o


passar dos anos até o começo de 2013 os profissionais, baseavam para o
diagnóstico das TEA no Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos
Mentais, a versão em português da CID-10 descrevi e oito tipos de
Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD).

Apesar dos manuais de classificação utilizarem dos termos TGD E


TID, a mais de vinte anos os estudos sobre autismo já utilizam o
termo Transtornos do Espectro de Autismo para se referir apenas a 3
tipos dos TGD e TGI, que são eles Transtornos Autista, o
Transtornos Asperge reo Transtorno Global. Nem todo o transtorno
classificado na categoria diagnostica dos TEA. Assim, o Transtorno
de Ratt e o Transtorno Desintegrativo da Infância não fazem parte
desse espectro. (KHOURY ET L.P, 2014 pg.8 ).

As características são o que diferencia, sendo analisadas pelos


profissionais para o diagnostico do Transtorno Autista se caracteriza por ter
prejuízos na interação social, nos comportamentos não verbais( como não
conseguir ter contato visual, demonstração de sentimento como expressão
facial) “na comunicação verbal e não verbal podendo ter atraso na linguagem
ou simplesmente a ausência dela”. Os comportamentos estereotipados
também são observados. Os primeiros sinais pode ser identificado antes dos 3
anos.
No Transtorno de Asperger é afetada a interação social em escala
leve ou grave, apresenta adesão aparente inflexível a rotina. A Diferença entre
o Transtorno de Asperger e o Transtorno Autista é que não tem sido
identificados atrasos nas habilidades cognitivas, pelo ao contrario em sua
grande maioria a pessoa com transtorno de Asperger possui alguma
habilidade.

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O diagnóstico do Transtorno Global ou Transtorno Invasivo do
Desenvolvimento sem outra Especificação (TID-SOE) ,é o mais complexo que
os demais Transtornos. Suas características são muito parecida com a TA a
diferença acontece pois esse diagnóstico já é mais tardio ao contrário das
demais nestas “condições pode ser considerada Autista mesmo que a pessoa
não apresente seis sintomas no total, que é o mínimo requerido para DSM-IV-
TR “MANUAL DE DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICA DAS PERTUBAÇÕES
MENTAIS” (KHOURY 2014).
Silva, (2012) deixa bem claro que não existe nenhum exame de
sangue, testes psicológicos neurológicos que possa diagnosticar uma criança
com TEA. O instrumento utilizado para esse diagnóstico é o conhecimentos
embasados em estudos dos profissionais que ali estão. Esses relatos são
realizados em forma de questionamentos, mostraremos os mais utilizados para
esse tipo de avaliação mais os mesmos ainda passam por processo de
avaliação já que essa síndrome cada vez mais passa por reajuste em relação
ao seu diagnostico são eles a Escala de Avaliação de Traços Autístico: (ATA),
o Inventário de Comportamentos Autísticos (ABC) e o Questionário de
Verificação do Autismo (ASQ) Comportamentos Autíticos (ABC) e o
Questionário de Verificação do Autismo (ASQ) (SILVA, GAIATO e REVELES,
2012).
Essas avaliações acontece perante o comportamento dessa criança
com a socialização com o meio ,a interação com ela seja por meio de contato
físico, verbal ou até mesmo na divisão de espaço físico que é fundamental para
um bom convívio social.
Percebemos que essa habilidade é essencial para sabermos nos
comportar de diferentes formar em variados lugares como dentro de uma sala
de aula, no trabalho ou em uma festa e como vimos os problemas de
comunicação, interação social e comportamentais sempre estão presentes nos
diagnósticos das crianças com TEA.
Em casos mais graves há o isolamento. Muitas vezes são
consideradas pelos pais e professores como quietas ou nerds ,em algumas
vezes a criança pode até tentar contato com outras crianças mais não

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consegue estreitar esse relacionamento. Podemos perceber esse isolamento
ao observar o educando em uma conversa em grupo de “amigos”.

EXEMPLO:
Marcio não consegue conversar sobre diversos assuntos com os
amigos. quando eles falavam, Marcio só queria e só sabia falar o
tempo inteiro sobre dinossauros, fazendo com que as crianças o
chamasse de chato e, muitas vezes, o excluíssem (KHOURY 2014
pg.13).

Neste exemplo conseguimos perceber o quanto a dificuldade de


interpretação de sinais que uma crianças com TEA, tem pois enquanto ele
falava as outras crianças tentava de alguma forma com expressões faciais
mostra a Marcio que não aguentava mais ouvir sobre aquele assunto mais ele
não conseguiu perceber esses sinais. Essa falta de habilidade é o que mantem
os Autistas distante de outras pessoas, que faz com que seus relacionamentos
sociais não seja bem sucedido.

Ao conhecer um pouco do Especto do Autismo existe algumas


perguntas a serem respondidas a nós professores ao entrar em uma sala de
aula com uma criança Autista, como ponto principal devemos entender como a
criança com TEA enxerga nosso mundo ?
Segundo Williams (2008) as crianças com TEA possui uma “Cegueira
Mental” ,isso significa ser cego em relação á mente do outro, ele tem grande
dificuldade em entender o ponto de vista do outro ou ideias e sentimentos
alheios. Não podemos exigir que entenda o ponto de vista do outro, sem nossa
intervenção. A algumas questões a serem levanta no primeiro momento para
acontecer a resolução de qualquer situação.

3 – Estratégias e praticas pedagógicas .

Após a discussão sobre a inclusão julgamos necessário apresentar as


possibilidades de essa criança integrar uma sala de aula regular. Salientamos
que essa inclusão depende muito mais dos Professores e Familiares do que
da criança. Cabe ao professor(a) perceber sua importância neste processo e
solicitar à equipe de dirigente da escola o laudo dessa crianças para intervir e

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assim desenvolver seu trabalho com qualidade .O professor que indaga “Como
meu aluno aprende?, tem a consciência que todos podem aprender. Assim
para a educação todos somos capazes de aprender, entretanto as
metodologias utilizadas para esse fim diferenciam dos processos habituais
utilizados até hoje nas salas de aulas.
A prática na da sala de aula é uma oportunidade para os pais e para
os profissionais da educação construir um espaço inclusivo. Não devera ser
tratadas com rigor e focadas no conteúdo, mas numa concepção de
aprendizado que deve incluir superações das dificuldades tanto a criança
quanto dos pais e dos profissionais envolvidos.
Sabemos que os diferentes tipos e graus de Autismo têm em
comuns três características, que os definem como um tripé: (Williams. 2008)
 Falha na interação social recíproca,
 Dificuldade na comunicação verbal e não verbal
 Comprometimento na imaginação com comportamentos e
interesses repetitivos
A educação de crianças autistas independentemente de seu
diagnóstico, exige do professor deverá realizar práticas para esse educando de
acordo com a sua necessidade, pensando sempre em um trabalho voltado para
o aluno, potencializando suas habilidades para buscar meios para trabalhar
sua limitação. Assim o processo de aproximação das relações humanas
acontecera naturalmente.
Essa ideia também é defendida por Vygotsky (1997),
que apresenta afirmações sobre o trabalho individualizado, deve começar
sobre sua habilidade para em seguida trabalharmos suas dificuldades:

[...] O estudo da criança com atraso mental deve basear-se,


sobretudo, em um teste qualitativo, e não na determinação
quantitativa do defeito. O objetivo do estudo dessa criança é a
determinação do tipo de desenvolvimento da conduta, e não o nível
quantitativo que tem alcançado cada uma das funções ( p.193).

Cunha (2014) vem afirmar que o professor deve esperar que o aluno
autista lhe diga o que está acontecendo. É necessário que o educador avalie o
contexto e tenha atenção, sensibilidade e perseverança em todo o processo.

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Ao contrário de uma criança sem nenhum transtorno mental com a
criança autista informações nem sempre se tornam conhecimento. O professor
precisa estabelecer os comandos para que aquela criança entenda a função de
objetos. Por exemplo a bola. Mostrar-lhe que a criança tem que chuta-la ao
invés de rodar, visto que no primeiro momento, como uma estereopia, possa
querer roda-la. Assim tornando coisas habituais um grande valor pedagógico .
Relacionar-se com a realidade do “mundo” desse aluno é o primeiro
passo. Sabemos que cada autista tem suas peculiaridades que devem ser
sempre trabalhados. Há também e os pontos na qual eles terão mais
dificuldades. O professor terá que, antes do aluno, aprender novamente para
depois ensinar-lhe buscando a forma mais adequada para seu aluno ,não
podemos deixar de trabalhar com essas crianças a ética e a moralidade
dentro e fora da sala de aula e a nossa conduta na resolução de conflitos
devera ser a mesma com toda a sala.
As birras a raiva quando contrariado acontecera mais o professor
deve se abaixar na altura de seus olhos e buscar a atenção desse alugo por
meio de intervenções rápidas. Esse método também pode ser utilizado a todo
tempo pelo professor para explicar alguma atividade, isso é toda vez que o
professor quiser que o aluno autista o “veja” é necessário fazer esse
movimento. “Para o aluno com autismo, a princípio, o que importa não é tanto
a capacidade acadêmica, mas sim a aquisição de habilidades sociais e a
autonomia “(CUNHA,2014).
Em relação ao trabalho didático realizado na sala de aula deve ser
primeiramente pensado em um currículo adaptado para essa criança. Sugere-
se que responda a três perguntas que são uma base para todo o processo
de ensino ,são elas O que ensinar? , Para que Ensinar? e Como Ensinar? .
Para tentarmos responder a essas perguntas deveremos sempre
pensar sobre três aspectos de devera estar claros em nosso trabalho como
professores. São eles: a observação desse aluno, a avaliação isso é (a nossa
conclusão sobre a observação) e em seguida a mediação ( como vou fazer
para proporcionar isso ao meu aluno).
O currículo é uma maneira que visa a oportunidade da criança
aprender naturalmente por isso não pode ser fechada e criada antes de
conhecer seu aluno. Ele deve ser moldado de acordo com o desenvolvimento

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dessa criança a ideia é que o ensino esteja orientado para a melhor interação
desse aluno com o meio.

Ao pensarmos nisso devemos buscar novos meios de aprendermos


a lidar com algumas limitações mais frequentes desse aluno, que será citadas
em seguida como a capacidade de simbolizar dessa criança, a cognição,
hiperatividade, estereotipias, psicomotrocidade e a socialização desses
indivíduos.

As técnicas de Modificação comportamental têm tido resultados


interessantes no tratamento do autismo, particularmente naqueles
casos mais comprometidos. Estas técnicas têm sido ampliadas
utilizadas e com resultados bastante satisfatórios. Podem ser
empregadas para reforçar habilidades sociais, acadêmicas e
relacionadas ás atividades diárias.”(CUNHA, EUGÊNIO 2014 p. 57
sitou SCHWARTZMAN, SALOMÃO).

As crianças diagnosticadas com autismo tem dificuldades em


simbolizar, pois ao apresentarmos um objeto a uma criança ”típica” por
exemplo um lápis de escrever ela conhecera sua função, mais no seu “ faz de
conta” ela poderá utilizar desse objeto de uma outra forma como representando
em forma de um trem. O que para o autista não apresenta nenhuma outra
função a não ser escrever.

Cunha (2014),vem afirmar que a pessoa com autismo desenvolve a


capacidade imaginativa á medida que envelhece ainda que em ritmo mais
lento. Mas toda intervenção quanto mais cedo melhor, pois conhecemos a
importância do “faz de conta” na vida da criança a em relação á capacidade de
simbolizar.
Cunha (2014) também se posiciona em relação aos educadores que
para desenvolver a imaginação podemos promover atividades que estimulem
cada vez mais a imaginação dessa criança, como por exemplo contar e
recontar historias. Nos casos onde existe comunicação verbal e em casos onde
não á comunicação verbal utilizar de releituras, desenhos ou obras de artes de
diferentes materiais pedagógicos.
Em relação á cognição que é a estruturação do nosso conhecimento
Piaget diz que conhecer é interagir. Vygotsky diz que é o cruzamento do
individuo social com o individual que acontece a representação mental.

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Em relação ao autismo sabemos que existem limitações em seu
desenvolvimento cognitivo nas interações social e na sua comunicação o que
podemos fazer?
Sabemos dessas dificuldades, entretanto como profissionais da
educação devemos, entender e buscar a aptidão desse aluna para ele ser o
propulsor de novas habilidades, apresentando exercícios que explore sua
dificuldade.

Diversos autistas-mesmo aqueles que possuem alguma déficit


cognitivo- mostram-se capazes de desempenhos excepcionais em
campos específicos. Essas competências extraordinárias ou “ilha de
aptidões em mar de dificuldades” podem se manifestar, por exemplo,
na música, no desenho, na pintura, em cálculo sou em até
movimentos motores de difícil execução.(CUNHA,EUGÊNIO 2014
p.43).

Como a hiperatividade é apresentada por variadas crianças e o


diagnostico esta cada vez mais comum nas escolas, essas crianças
apresentam grandes dificuldades na dinâmica em sala de aula. Com o autismo
não é diferente. É patente a correlação do autismo com a hiperatividade, não
sabemos se existe uma real relação da hiperatividade, com o autismo mais
sabemos que muitos autistas também são diagnosticados com hiperatividade.
Mais e agora o que fazer para desenvolver as habilidades dessa
crianças ? Cunha 2014 aponta as práticas de trabalhos, menos extensos e,
mais objetivos, pois se muito longos dificultam a , pois pode acontecer
bloqueios e assim enfadar o aluno sobre o assunto.
Schwartzman (2008) afirma ainda que, nos casos de TDAH, ao lado
de intervenções Psicofarmacológicas, será preciso contemplar
intervenções psicossociais com a família e com a escola, além de
procedimentos psicopedagógicos. As várias modalidades de
tratamentos não são excludentes mas são, muito frequentemente,
complementares.(CUNHA, EUGENIO 2014 p.45)

Em casa as atividades precisam ser reforçadas para que essa


atenção seja trabalhada diariamente.
Outra característica encontrada com muita frequência em criança
com autismo é a estereotipias é uma característica bem visível e que precisa
da avaliação dos profissionais que estão ao lado dessa criança, para poder
descobrir qual mecanismo que acontece a ocorrência da estereotipia ,como por
exemplo a criança apresenta a estereotipia quando fica ansiosa o ao olhar o

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ventilar girar isso deve ser avaliado perante recursos educativos e requer de
um trabalho cuidadoso.
O controle das estereotipias representa tarefa muito delicada e requer
muita acuidade na observação. As estereotipias inibem o
desenvolvimento motor natural. No autismo, a gênese dos
movimentos não está em ações cognitivas de raciocínio e
conhecimento, mas decorre dos impulsos extemporâneos em
resposta a diversos estímulos.(CUNHA, EUGÊNIO 2014 p.45).

Pensando sobre essa estimulação devemos entender que a


estereotipia é um mecanismo o usado pelos autistas como forma de expressão,
mais ele priva-se da experiência maturativas podendo causar regressão e
bloqueios a habilidades que estão sendo desenvolvidas.
O controle da estereotipia deve ser realizado com muito cuidado
pelo professor sem fechar e irritar o aluno o professor pode e deve inibir a
recorrência desse movimento mostrando o movimento correto que ele precisa
fazer a reproduzir seu sentimento em expressões faciais como por exemplo.
N Psicomotricidade segundo Alves (2007) motricidade é o resultado
da ação do sistema ervoso sobre a musculatura como resposta do estimulo do
cérebro. Pensando sobre isso é bem claro que no autismo ela é bem
comprometido, dedo dificuldade na coordenação motora fina, na fala, no
equilíbrio do corpo, na lateralidade assim tendo dificuldade em ordem de direita
e esquerda, na fala apresentando dificuldade na leitura e com dificuldade na
escrita pelo comprometimento do movimento motor-fino .
Para cunha 2013 o fato do aluno com autismo possuir dificuldades
em interação com outras pessoas contribui com o prejuízo motor dessa
criança, que poderá melhorar gradativamente com o passar do tempo com
algumas intervenções realizadas pelos pais e professores que será peças
importantes para o desenvolvimento psicomotor dessa criança.
Na escola com a auxilio de matérias pedagógicos que estimule o
raciocínio como o jogo da memoria, alfabeto móvel, o simples ato de pular
corda ou pular elástico serão recursos para esse aperfeiçoamento pensando no
seu aluno e em suas dificuldades podemos trabalhar a psicomotricidade em
forma de projeto em sala de aula para todos os alunos participe ou em forma
de cantinhos que poderá ser direcionados pela professora. O trabalho dever
ser realizado em parceria com todos os professores trabalhando em pró desse
desenvolvimento.

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Como ultimo tópico mais com certeza sendo o principal a
socialização para a criança autista como já foi dito é uma habilidade que só
será adquirida se for trabalhada e com o passar dos anos pois sua interação é
mais lenta, pois não existe procura pelo o outro, suas atividades e brincadeiras
são sempre pensadas e realizadas individualmente algumas habilidades como
as citadas anteriormente são prejudicadas pela falta de interesse com o mundo
ao seu redor.
[...]Por conseguinte, não existe a compreensão dos preceitos sociais
que dão propósito e significado a muitos aspectos de nossa vida, e
assim, não ocorre espontaneamente o aprendizado das condutas,
das atividades, das brincadeiras e de tantos outras coisas que
descobrimos na convivência com outras pessoas.(CUNHA, EUGÊNIO
2014 p.47)

Toda via o professor deve possibilitar uma convivência em sala de


aula saudável isso deve estar presente em todos os objetivos do educador,
mesmo que seja necessária a atividade nas salas de recursos é de estrema
importância que o aluno com autismo jamais seja privado da interação e de
aprender em grupo com as crianças de sua sala.
[...]mesmo que seja imprescindível atividades isoladas na sala de
recursos-e sabemos que elas são imprescindíveis-, o aluno com
autismo jamais poderá estar privado de interação com os outros com
os demais deverá ser acrescido e nunca diminuído, porque a sua
autonomia e a interação social são importantes ganhos que ajudam o
desenvolvimento pessoal, interpessoal e cognitivo.(CUNHA
EUGENIO 2014 p.48)

Assim ele poderá se socializar e aprender tantas outras coisas que


aprendemos no convívio coletivo como no descobrimento de regras para um
convívio social em harmonia.
O ambiente escolar é surpreendente progressivo na estimulo de
vivencias, quando preparado e adequado á diversidade discente.
Educar na diversidade e para a diversidade é um desafio que nos
professores, teremos de suplantar neste contexto plural de interesses,
de afetos e de conhecimentos.(CUNHA,EUGÊNIO 2013 p.58)
.
Pensando em nos educadores, devemos entender o real significado
da palavra inclusão escolar não podemos nos prender na ideia de um
aprendizado que idealizamos ser o correto ,embasado apenas em conteúdos
para podermos ensinar realmente o necessário devemos nós questionar
sempre sobre o nosso trabalho buscar uma forma de ensinar e superar a
limitação desse nossa aluno, não apenas ser um transmissor de conteúdos.
Ser criativo para apresentarmos esse desenvolvimento de formar
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multidisciplinar e interdisciplinar e entender a nossa verdadeira função que é
formar pessoas para projetar atitudes quando adultos para ter papéis e valores
na sociedade formarmos cidadãos para a vida.
Freire(2007) diz ,”não há educação do medo. Nada se pode temer
da educação quando de se ama”. Isso é para nos um vinculo deste processo
de aprendizagem também para nós professores, é comum muitas vezes
sentirmos medo neste processo o que não podemos fazer é deixar de acreditar
nesta aprendizagem é possível sim que todos aprenda, muitas vezes não da
forma que a escola nós mostra de deve ser, mais que esse processo pode
acontecer.

Considerações finais

Dentro das dificuldades encontradas no processo de inclusão


escolar de alunos com autismo e de materiais que apresenta praticas
adequadas para o auxilio do desenvolvimento, conseguimos perceber a
dificuldade que um docente encontra na elaboração de atividades adequadas e
funcionais que é uma parte importante para uma inclusão escolar e social.
A busca e interesse desse docente em conhecer o seu aluno é o
que vai fazer o enxerga como um ser capaz de interagir e se desenvolver com
os outros, ainda que aconteça de uma forma diferenciada, é por meio dessa
interação que ele terá possibilidade de se desenvolver e também se
reconhecer como um ser de direitos. Portanto esse trabalho tem como real
finalidade mostra que a inclusão desses alunos devem ser feitas de forma geral
ele não pode ter apenas contato com a professora regente e a especialista ele
precisa do contato coletivo, por meio do compartilhamento de informações.
Também não queremos dizer que o atendimento individualizado não
deve acontecer ele é muito importante mais deve acontecer de forma
alternada.

Referências –

15
CUNHA,EUGÊNIO-Autismo e inclusão: Psicopedagogia práticas educativas na
escola e na família – 5.ed.-Rio de Janeiro: Wak Ed, 2014.

CUNHA,EUGÊNIO- Autismo na escola: Um jeito diferente de aprender, um jeito


diferente de ensinar- ideias e práticas 2,ed Rio de Janeiro: Wak Editora,2013.

DECLARAÇÃO DE SALAMAMANCA (1994) – DISPONIVEL EM:


http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf ACESSO EM :
08/07/2015

KHOURY, L.P., et al. Manejo Comportamental de Crianças com Transtornos do


Espectro do Autismo em Condição de Inclusão Escolar: guia de orientação a
professores [livro eletrônicos].—São Paulo : Mennon, 2014. 1.004,23.

Mantoan, Maria Tereza Eglér – Inclusão escolar oque é? Por quê ? Como
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