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Trabalho - Artigo
apresentado à Cadeira de
Tópicos Especiais de Custos
1, como parte das exigências
para aprovação do curso de
Mestrado em Contabilidade
MESTRADO EM CONTABILIDADE
Artigo
1
Refiro-me ao Livro Teoria da Contabilidade com autoria de Eldon Hendriksen e Michael Van Breda, que
serve de base para toda a discussão teórica no Brasil. Sabemos da existência de outros livros de mesmo tema,
porém a abrangência dada não busca a mesma amplitude daquele, principalmente, por se tratar de proposta
completamente diferente.
Os efeitos dos Princípios na Contabilidade de Custos.
Segundo (Hendriksen & Van Breda, 1999:232) “... despesas constituem o uso ou
consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas”.
Para Sá e Sá, (1995: 119) Custos é “instrumento para que se consiga um bem de uso
ou de venda”.
Como vimos, as definições são próximas, mas não exatamente iguais. Dessa forma,
percebemos a figura dos gastos como algo intrínseco ao custo e sua relativa interação com
o ativo.
Sob esse aspecto vamos traçar entendimentos da relação que existe nessa maneira
de pensar custos e os efeitos para os Princípios de Contabilidade.
2
Koliver (2002) entende Ciclo Operacional Interno como “variações patrimoniais decorrentes da circulação
de valores no âmbito interno da entidade, ou seja, com os processos que conduzem à transformação de
determinados ativos em outros ativos e, por fim, a cessação de sua existência”.
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade têm um papel importantíssimo no
momento de sua utilização em toda atividade contábil, além, de internacionalizados, dar a
característica necessária a nossa natureza, segundo a epistemologia.
Porém, não devemos ainda, deixar de lado o que a Ciência da Lógica Científica nos
coloca, sob pena de jogar fora toda a construção literária que nos dá base de evolução
histórica.
3
Extração do Livro Fundamentos da Contabilidade Geral, de autoria de Antonio Lopes de Sá, 2000.
manifesta através do exercício da substancia, sendo, portanto, esta mesma em evidência,
como realidade, muito além da aparência.
“Um equipamento, pode estar em estado novo, ter sua documentação de compra
legalmente sadia, mas, se está inativo não será considerado como um meio patrimonial de
produção. Nesse caso, a depreciação que se inserir no custo das utilidades será falsa, pois, o
que pode ter ocorrido em perda de valor, não decorreu em razão de ato produtivo”.
Como o próprio texto diz, esse princípio não é científico. Porém, cria condições de
entendimentos para nortear as técnicas atinentes à Contabilidade de Custos.
4
Extração da Apostila Oficial no Mestrado em Contabilidade da FVC – Salvador, de autoria de Olívio
Koliver, 2002.
O Custo Meta5, por exemplo, tem um papel fundamental em determinadas
atividades, porém, não se pode afirmar que essa ferramenta de gerenciamento é, puramente,
contábil.
Não podemos esquecer dos efeitos da objetividade que os Princípios trazem para os
registros de um patrimônio. Verificamos que a junção entre os Princípios do Registro Pelo
Valor Original, Oportunidade e Prudência dá a Contabilidade algumas características que,
ao nosso ponto de vista, geram involução, pois quando somos obrigados a registrar só o
que se tem documentação atingimos em cheio ao Princípio da Essência Sobre a Forma.
Vale lembrar que a nossa ciência não é a jurídica, apesar de usarmos muitos pontos
advindos desta.
Fica, desde já, subentendido o papel dos custos diretos e indiretos para a boa
apropriação dos custos. Sem uma boa interpretação do que é custo direto e indireto a
qualidade da informação, e por conseqüência, a quantidade do objeto de custos a que se
mensura, com certeza será terá características divergentes do real. Daí a importância da
identificação dos portadores finais de custos, levando à conseqüente indicação do que
corresponde a custos diretos ou indiretos, e ainda, à garantia de que eles são classificados
de acordo as circunstâncias.
Dentro do que propomos para o estudo de princípios verificamos aqui que os custos
diretos, em relação ao portador final, podem ser mensurados pelos insumos físicos,
enquanto que os indiretos, devem procurar se estreitar com a definição e posicionamento
explícito no Princípio da Causação.
6
Refiro-me ao Livro Princípios Fundamentais de Contabilidade editado pela Ed. Atlas, de autoria do Prof.
Antonio Lopes de Sá, onde ele traça variadas características, que garantem aos princípios uma posição de
cientificidade.
Conclusão
Isso não significa que os sete Princípios Contábeis reconhecidos pelo CFC não
contribui para na formatação dos custos diretos e indiretos, mas considero que eles, para ser
mais precisos, necessitam de complementos, que são visualizados pelo dito no parágrafo
anterior.
Somente encontramos base para sustentar o nosso pensamento com a análise do que
é custo, suas interpretações e relacionamentos, sob a ótica do Princípio Causal porque as
terminologias e explicações anteriores ou tradicionais, não me trouxeram condições para
entender, com mais precisão, os Custos Diretos e Indiretos.
Dessa forma, ainda teve grande influência a leitura de Princípios Contábeis pela
concepção do que é científico fundamentado em teorias, como sugere, um conhecimento
que tem bases epistemológicas e, por conseguinte, científica.
É preciso que avancemos sem, contudo, esquecer das bases que fundamentam a
nossa ciência. A civilização andou, as formas de registro também, porque será que não
podemos avançar em busca de alcançar, em plenitude, o que o conhecimento científico
pede, a VERDADE.