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CURSO DE PAGINAÇÃO DE GESSO

MÓDULO 01

     
CURSO DE PAGINAÇÃO DE GESSO

MÓDULO 01

 
01. Introdução  
02. Histórico  
03. Tipos  de  Gesso:  Comum  
04. Tipos  de  Gesso:  Acartonado/Drywall  

Atenção:  O  material  está  disponível  apenas  para  este  curso.  É  proibida  cópia  total  ou  parcial,  
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01. Introdução

Um projeto de interiores bem elaborado se diferencia pelos detalhes.


São eles que farão com que os ambientes se tornem requintados. Mas para
deixá-los com o efeito que se deseja é necessário fazer um bom projeto de
gesso e iluminação para que o executor tenha todas as informações que
necessite. Desta maneira, são evitados certos erros durante a obra, que
muitas vezes são irreversíveis ou geram gastos não previstos, que darão
muita dor de cabeça.
O uso na construção civil brasileira vem crescendo gradativamente ao
longo dos últimos anos. Ganhando impulso a partir de meados dos anos 90,
com a introdução da tecnologia do drywall nas vedações internas de todos os
tipos de edificações. A este processo somam-se os tradicionais usos do
gesso como material de revestimento, aplicado diretamente em paredes e
tetos, e como material de fundição, utilizado na fabricação de placas de forro,
sancas, molduras e outras peças de acabamentos.
O gesso é um material versátil que auxilia na execução de diversos
projetos. Pois, além de deixar o ambiente mais bonito e harmonioso com
seus efeitos, permite embutir a iluminação, esconder ferragens e disfarçar
vigas.
Na Execução iniciamos sempre pela obra pesada, isto quer dizer que
começamos por tudo que faz “sujeira”, poeira, caliça, desmontagem,
principalmente em se tratando de reformas.
Pensamos desta forma, temos que planejar e organizar os projetos
conforme a ordem de execução de cada coisa. Antes de colocarmos o gesso
temos que ter em mente que a parte elétrica deve estar preparada com
antecedência. Em geral, temos em cada ambiente um porto elétrico no teto,
com exceções de salas e churrasqueiras amplas que possuem mais pontos.
Com um gesso rebaixado podemos desmembrar a iluminação em vários
outros pontos fazendo os efeitos cênicos que desejarmos.
O projeto de gesso é realizado em conjunto com o projeto
luminotécnico, ambos devem estar em concordância para que os efeitos e
posicionamentos de luz estejam corretos. Caso você não

     
possua domínio no assunto ou deseja saber mais em como desenvolver
corretamente o projeto de iluminação, é interessante realizar o Curso de
Iluminação Residencial e/ou Curso de Iluminação Comercial da AM Cursos
Online.

02. Histórico

Escavações realizadas na Síria e na Turquia revelaram a utilização do


gesso antes da era comum, há aproximadamente oito mil anos. Eram
apresentados em forma de rebocos dando apoio a frescos decorativos, como
também no preparo do solo e na confecção de recipientes. Já em Jericó, as
escavações revelaram seu uso em moldagens há seis mil anos. A Pirâmide
de Quéops, de 2.800 a.C., tem preservado o mais antigo vestígio do uso do
gesso na construção.
Para o
desenvolvimento das
pirâmides criaram técnicas
de polimento com areia e
formas de encaixe, de
madeira ou de pedra, com
o sistema macho e fêmea
Com pó que sobrava do
corte e do polimento das
rochas, fazia uma mistura
de com a cal, gesso e
água, formando uma
massa que era utilizada
para tapar buracos ou corrigir irregularidades nas paredes, podendo ser
considerado um antepassado do cimento.
No século XVIII ocorreu de maneira desenfreada o uso do gesso na
construção. Mesmo sendo de produção rudimentar a grande maioria das
edificações era construída com painéis de madeira rebocados com gesso.
Somente em 1768 d.C. Lavoisier, químico francês,

     
considerado o pai da química moderna, apresentou à Academia de Ciências
os primeiros estudos científicos dos fenômenos presentes no preparo do
gesso.
Produzido a partir do aquecimento do mineral gipsita, que é composto
por sulfato de cálcio hidratado (CaSO4, 2H2O) e hemidrato de cálcio
(CaSO4, 5H2O), o gesso é considerado um aglomerante. Isto é, um
ligamento em forma de pó que ao misturar com água forma uma pasta com
propriedades aglutinantes. Em geral, sua cor é branca, mas devido a
impurezas pode apresentar tons acinzentados, amarelados, rosados ou
marrons.
No século XIX, diversos autores desenvolveram trabalhos científicos
sobre a desidratação da gipsita, principalmente os químicos VantHoff e La
Chatelier. Estes fundamentaram bases para uma grande transformação no
processo utilizado. Porém, somente no século XX, as transformações mais
impactantes foram aplicadas, isto devido à evolução das indústrias, o que
resulta os equipamentos utilizados atualmente.

03. Tipo de gesso: Gesso comum em placas

São formados por placas de 60x60cm e 3 cm de espessura


encaixadas pelo sistema de macho e fêmea, com a fixação de tiro e arame
galvanizado instalados a cada 60 cm. Em todas as extremidades são
instaladas canaletas em “L”. Este processo ocorre quando há existência de
laje, caso contrário se faz necessário uma estrutura auxiliar. É utilizado
principalmente em ambientes menores, devido ao menor risco de dilatação e
no acabamento de decorações de interiores, em detalhes como: forro,
molduras, frisos e sancas.

     
Ornamentos e Gesso fundido
Fonte: Catálogosde Resíduos de Gesso na Construção Civil

O gesso em placas é feito artesanalmente com pó de sulfato de cálcio


que misturado com água forma uma pasta compacta. A grande vantagem
deste material é poder desenvolver qualquer formato ou desenho que se
deseja a um custo mais baixo do que outros materiais, porém cabe ressaltar
que devido ao movimento de dilatação podem ocorrer rachaduras. Este
material possui elevada resistência ao fogo e fragilidade a água. A secagem
leva em média de uma a duas semanas. Os modelos em placas são pouco
utilizados atualmente, pois produzem muitas sobras, o que geram resíduos.

     
04. Tipo de gesso: Gesso Acartonado/Drywall

São painéis de gesso, composto por gesso, água e aditivos, revestidos


por papel cartão especiais produzidos por meio de laminação contínua, que
em geral possuem espessura de 10 a 15 mm. No teto, geralmente utiliza-se
as placas de 12,5 mm, porém pode ser usado também o de 15 mm. Com
relação à acústica, ambas não possuem muita diferença, mas o desempenho
pode ser ampliado ao instalar placas duplas ou aplicação de mantas isolantes
entre o vão do gesso e a laje. Cabe ressaltar que barulhos aéreos, como
conversas ou latido de cães,
são bem absorvidos com o
gesso, porém os barulhos
gerados por vibração, como
o caminhar de salto alto,
percorre pela laje e desce
pela alvenaria externa. O
rebaixo de gesso diminui
estes ruídos, mas para
eliminá-lo por completo é necessário um cálculo técnico, que deverá ser
elaborado por especialistas em acústica.
Apesar de um custo mais elevado, este material possui grandes
vantagens, tais como: evita problemas de trinca e amarelamento muito
comum no gesso em placas podem ser aplicados em qualquer área
independente da dimensão.
O Drywall possui algumas especificações que devem estar de acordo
com as normas técnicas da ABNT: NBR14715:2001, NBR14716:2001 e
NBR17717:2001.
Existem três tipos básicos de chapas para Drywall, diferenciadas com
uma das faces colorida:
- RU(Resistência à Umidade): Chapa verde, própria para áreas
molhadas, traz silicones e hidrofugantes em sua composição, o que a torna
permeável.

     
- RF (Resistência ao Fogo): Chapa rosa, contém em sua composição
fibras de vidro que retardam as chama, são utilizadas em áreas secas nas
quais necessitam de desempenho superior frente a presença de fogo. Este
material é menos utilizado em residências.
- ST (Standard): Chapa branca, utilizada para uso geral em áreas
secas, é a placa mais utilizada tanto em tetos como paredes.

Dicas importantes 01:


Além das chapas resistentes a água e fogo existem as chapas que
possuem maior resistência acústica. Existem diversos modelos no mercado
com desenhos diversos. Cada uma possui uma especificação, absorvendo
sons e também odores.

Dicas importantes 02:


A principal diferença entre o gesso rebaixado em placas e o drywall é
que o segundo possui maior resistência por conter uma estrutura metálica . O
gesso comum, é instalado com placas pequenas penduradas e chumbadas,
sendo assim o risco de trincas e fissuras é comum devido à movimentação
natural das edificações. Existe um material intermediário entre os dois tipos, o
FHP, que é semi-industrializado e dispensa a parte metálica, porém não
possui o acabamento impecável do drywall.

     
Sobre a instalação nos tetos, podem ser:
- Aramado ( FGA ): Utilizado em áreas menores. Consiste no rebaixamento
do teto com painéis de gesso acartonado com medidas de 60×200 cm. Os
painéis são fixos na laje através pendurais de arame galvanizado. O
processo é moderno, possuem juntas invisíveis que tornam o forro liso e
monolítico, possuindo acabamento perfeito.

Fonte: Catálogo Teto Aramado Knaff - TAK

Utilização:  

• Construções Novas e Reformas


• Habitações
• Escritórios
• Hotéis
• Flats
• Lojas

Vantagens:
• Excelente acabamento
• Não trinca
• Fácil instalação.
• Aceita qualquer tipo de pintura ou revestimento.
• Alta resistência ao fogo
• Isolamento térmico e acústico

     
     
Fonte: Catálogo Teto Aramado Knaff - TAK

- Estruturado (FGE): Geralmente utilizado em áreas maiores ou desprovidas


de lajes. É constituído por chapas de gesso acartonado, medindo
120x240cm, fixadas pelo aparafusamento dos painéis em uma estrutura de
aço galvanizado, desenvolvida em estrutura própria, sem o auxílio do telhado,
desta maneira suportar seu peso e permitir o desenvolvimento do trabalho
mecânico da estrutura (dilatação). Assim como os forros em FGA, o resultado
é perfeito inclusive em formas arredondadas e curvas.

     
Utilização:
• Construções Novas e Reformas
• Escritórios
• Hospitais
• Flats
• É recomendado principalmente para grandes vãos com grande
número de aberturas para luminárias, etc.
• Pode ser utilizado também como forro isolante acústico, com a
duplicação do número de painéis ou com a incorporação de manta de
lã de vidro.

Vantagens:
• Excelente acabamento - não trinca.
• Fácil instalação.
• Aceita qualquer tipo de pintura ou revestimento.
• Alta resistência ao fogo
• Isolamento térmico e acústico.

Fonte: Catálogo Tetos Knauf

     
Dicas importantes 03: Fixação de objetos
Utilizando buchas específicas pode-se fixar objetos de até 3 kg
diretamente no drywall. De 3 a 10 kg, as cargas devem ser fixadas nos perfis
da estrutura do teto rebaixado. Acima de 10 kg deve-se fixar diretamente na
laje ou na estrutura do telhado. No caso do varal de roupa, como ele é fixo
em vários pontos, o ideal é distribuir o peso pelos perfis metálicos.

- Forro Removíveis (FGR): São painéis de gesso acartonado, com


medidas de 62,5x62,5cm e 62,5x125cm, apoiados em perfis de aço
galvanizado. A versatilidade deste sistema permite que seja utilizado em
conjunto ou separadamente de outros sistemas. Sua principal característica é
a fácil visitação a equipamentos instalados na parte superior do forro, tais
como: instalações elétricas, ar condicionado, sprinklers, som, etc.

Utilização:
• Construções Novas e Reformas
• Escritórios
• Shopping Centers
• Restaurantes
• Lojas de departamento
• Bancos
• Hospitais
• Hotéis / Flats
• Cinemas / Teatros
• Supermercados
• Indústrias

Vantagens:
• Excelente qualidade
• Aceita qualquer tipo de pintura ou revestimento
• Reaproveitável: permite limpeza com esponja umedecida em
sabão neutro ou repintura.
• Alta estabilidade e resistência mecânica

     
• Modulação compatível com luminárias e grelhas existentes no
mercado
• Facilidade de remoção: o peso

Fonte: Catálogo Forros removíveis Knauf

Dicas importantes 04: Recortes do Gesso


Observe também os detalhes dos recortes, eles são feitos após a
colocação. Por isso, devem ser projetados de maneira que não sejam
locados sobre a estrutura dos cabos. Converse com o gesseiro antes da
execução.
Sendo assim, preste muita atenção na hora de projetar!

     
Referências Bibliográficas

MANCUSO, Clarice. Guia prático do Design de interiores. Porto Alegre:


Sulina, 2005, 176p.
REVISTA ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO, editora Abril: edição: ano 25 nº
08, agosto de 2009.
CATALOGOS DRYWALL, parte integrante da revista Arquitetura &-
novembro de 2009.
REVISTA ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO, editora Abril: edição: ano 26 nº
12, dezembro de 2010.
REVISTA ARQUITETURA & CONSTRUÇÃO, editora Abril: edição: ano 26 nº
04, abril de 2010.
CATALOGOS DRYWALL, parte integrante da revista Arquitetura &-
novembro de 2010
MANUAL DE MONTAGEM DE SISTEMAS DRYWALL/ DRYWALL –
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE CHAPAS DE
DRYWALL. São Paulo, Editora Pini, 2004.
CATALOGOS KNAUF, Teto Aramado Knauf – TAK
CATALOGOS KNAUF, Forros Removíveis Knauf
CATALOGOS KNAUF, Tetos Knauf
CATALOGOS KNAUF, Forros AMF
CATALOGOS KNAUF, Teto Aramado Knauf - TAK
CATALOGOS KNAUF, Resíduos de Gesso na Construção Civil

Sites de Referencia

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/gesso/gesso-7.php
http://aprendaaconstruirereformar.blogspot.com/2010/12/forro-de-gesso.html
http://www.rfbengesso.com.br/prod_forroacart.htm
http://www.keppergesso.com.br/forro-gesso-estrutural/
http://www.resicon.com.br/prod.htmhttp://www.artigonal.com/decoracao-
artigos/como-fazer-a-instalacao-de-forro-de-gesso-em-placas-2132200.html
http://www.receitasdaconstrucao.com.br/2011/01/14/instalacao-de-forro-
drywall/
http://www.gessoapolo.com.br/dicas_details.aspx?id_dica=7
http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/21/imprime124475.asp

     
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