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A pele é um órgão complexo composto por diversos tecidos, tipos celulares e estruturas especializadas.
Constitui a interface do corpo humano com o meio externo, exercendo funções cruciais para a vida, como
termorregulação, vigilância imunológica, sensibilidade e proteção do indivíduo contra agressões exógenas, de
natureza química, física ou biológica, e contra a perda de água e de proteínas para o exterior.
É o maior órgão do corpo humano e representa 15% do peso corpóreo, com variações estruturais ao longo de
sua extensão. É composta por três camadas interdependentes: a epiderme, mais externa; a derme, intermediária; e a
hipoderme ou panículo adiposo, sobre a qual repousam as camadas já citadas, permitindo que a pele se movimente
livremente sobre as estruturas mais profundas do corpo.
7. Defina derme.
A derme é uma das camadas da pele, formada por tecido conjuntivo e localizada abaixo da epiderme e acima da
hipoderme. Assim, é a camada intermediária e mais espessa da pele. A derme apresenta uma espessura variável
conforme a região do corpo e a idade do indivíduo. A sua função é garantir a elasticidade e resistência da pele. Por
ser uma região ricamente vascularizada, é responsável ainda pela nutrição e oxigenação da epiderme.
A derme divide-se em papilar (mais externa), reticular (mais interna) e derme perianexial. A derme papilar é mais
delgada, altamente vascularizada e preenche as concavidades entre as cristas epidérmicas, dando origem às papilas
ou cristas dérmicas. É formada por feixes delicados de fibras colágenas (principalmente do tipo III) e elásticas,
dispostas em uma rede frouxa, circundada por abundante gel de mucopolissacarídeos. A derme reticular compõe a
maior parte da espessura da derme, está abaixo do nível das cristas epidérmicas e é constituída de fibras colágenas
(principalmente do tipo I) entrelaçadas, além de fibras elásticas que estão dispostas paralelamente à superfície da
pele. A derme perianexial tem a mesma estrutura da derme papilar, mas localiza-se em torno dos anexos cutâneos. A
camada papilar é a camada superior da derme, sendo formada por tecido conjuntivo frouxo. Ela recebe esse nome por
apresentar regiões parecidas com dedos ou papilas em suas extremidades, os quais fazem a comunicação com a
epiderme. Na camada papilar encontramos os capilares, fibras elásticas, fibras reticulares e o colágeno. A camada
reticular é a camada mais profunda da derme, formada por tecido conjuntivo denso não modelado. Nela encontramos
os capilares sanguíneos, fibras elásticas e de colágeno, fibroblastos, vasos linfáticos e terminações nervosas.
Podem também ser desprovidos de características estruturais específicas, que são as terminações nervosas livres
responsáveis pela sensibilidade da dor, prurido e parte da térmica.
14. Descreva a etiologia e fisiopatologia das úlceras por pressão.
Úlceras por pressão são definidas como lesões cutâneas ou de partes moles, superficiais ou profundas,
de etiologia isquêmica, secundárias a aumento de pressão externa contínua, geralmente localizadas sobre uma
proeminência óssea. A úlcera por pressão ocorre quando a pressão intersticial excede a pressão intracapilar,
originando uma deficiência de perfusão capilar, o que impede o transporte de nutrientes ao tecido.
18.Compreenda o papel dos hormônicos secretados pelos adipócitos: lipase lipoproteica, leptina, adiponectina
e a resistina.
A lipase lipoproteica trata-se do regulador mais importante para a deposição dos triglicerídeos. Hidrolisa os
triglicerídeos das lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) e quilomicra, liberando os ácidos graxos que são
captados pelo adipócito. Os genes codificando a LDL não são expressos diferencialmente nos adipócitos omentais
quando comparados aos subcutâneos, mas nos obesos mórbidos o tecido gorduroso do omento (visceral) expressa o
mRNA e a correspondente proteína em nível menor do que no subcutâneo. Quanto à regulação hormonal da LPL, a
insulina e glicocorticóides são os estimuladores fisiológicos da atividade da LPL e a sua associação tem um papel
importante na regulação da topografia da gordura corporal, sendo a LPL central para o desenvolvimento da obesidade
visceral abdominal. Por outro lado, as catecolaminas, hormônio de crescimento e testosterona (no homem) reduzem
a atividade da LPL do tecido adiposo.
A leptina é um dos hormônios reguladores do apetite mais conhecidos. Os experimentos iniciais com ratos
demonstraram que a leptina é um hormônio anorexígeno e que um déficit de leptina poderia produzir um sinal
orexígeno. Interessantemente, alguns experimentos mostraram um ciclo vicioso de resistência à leptina, no qual o
hipotálamo se torna insensível à leptina. Estudos em modelos animais sugerem que a leptina exógena pode ser útil
como terapia para perda de peso e antidiabetes. Alguns estudos mostraram que a leptina reduz os níveis de glicose
em modelos de ratos com diabetes tipo 1 e tipo 2, indicando fortemente que o efeito é independente dos níveis de
insulina. Vários trabalhos relataram também benefícios com o tratamento usando leptina em doenças hepáticas,
amenorreia hipotalâmica, lipodistrofia e lipotoxicidade.
A adiponectina é uma proteína especifica e abundantemente expressa no tecido adiposo, com predominância na
gordura visceral. Ela é detectada no plasma humano, correlacionando-se negativamente com o índice de massa
corporal e com a área da gordura visceral abdominal. Age como fator protetor para doenças cardiovasculares e
aumenta a sensibilidade insulínica. Em adipócitos de ratos, in vitro, uma redução de 60% na expressão de adiponectina
resultou em um aumento significativo da resistência insulínica. Estudos em macacos Rhesus mostraram que havia
uma correlação inversa significativa entre o peso corporal e os valores de adiponectina plasmática ao contrário do
verificado para a leptina circulante. Em macacos hiperinsulinêmicos, os níveis de adiponectina estavam reduzidos
enquanto os de leptina, elevados. Estudos longitudinais mostraram que a adiponectina circulante era negativamente
regulada pela adiposidade. Finalmente, em pacientes com moléstia coronariana se observaram valores mais baixos
do que nos controles, independente do índice de massa corporal ou gordura visceral.
A resistina é uma proteína rica em cisteína secretada pelo tecido adiposo de mus e ratos. Em outros mamíferos, pelo
menos primatas, porcos e cachorros, a resistina é secretada por células imunes e epiteliais. Tem como função o
bloqueio da ação central da Leptina, hormônio produzido pelo tecido adiposo, que induz à saciedade.
REFERÊNCIAS: