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APRESENTAÇÃO

O Centro de Treinamento do Oeste Ltda. (CTO), credenciado


junto ao DETRAN-PR, tem como um de seus objetivos a forma-
ção técnica de instrutores de trânsito, proporcionando ao pro-
fissional todo embasamento teórico e prático, para que seu
conhecimento promova as mudanças no comportamento hu-
mano, resultando em um trânsito de qualidade, seguro e soli-
dário.
A formação de Instrutores instituído por meio do curso de trân-
sito vem de encontro à necessidade imposta pelo Código de
Trânsito Brasileiro, no que diz respeito à formação e capacita-
ção de profissionais que irão atuar na formação de futuros
condutores de veículos, atuando diretamente junto aos Centros
de Formação de Condutores, que tem como prioridade a utili-
dade pública e compromisso social. Partindo desse princípio, a
CTO busca incentivar a educação continuada e profissionaliza-
ção buscando meios de sedimentar a conscientização para um
trânsito mais seguro e social.
São com esses objetivos diretos e amparados pelas Resoluções
168/04 e 358/10 do CONTRAN, que o Centro de Treinamento
do Oeste fornece aos seus alunos todo suporte e condição pe-
dagógica para que o profissional possa realizar mudanças atra-
vés da educação, oportunizando uma reflexão com debates
construtivos na formação de condutores, incentivando o cida-
dão na concepção de uma visão ampla do comportamento so-
cial e promovendo assim a evolução no comportamento huma-
no.
Objetivos gerais:
O curso Técnico de Capacitação de Instrutores de Trânsito tem
por objetivo habilitar profissionais para desempenhar a função
de Instrutor e ministrar aulas nos Centros de Formação de Con-
dutores, atuando diretamente na formação dos futuros moto-
ristas, apresentando a compreensão relacionada às legislações
de cada área de transporte, relacionando a teoria com a prática
e promovendo a integração do Instrutor com o aluno, incenti-
vando o crescimento pessoal e profissional.
Objetivos específicos:
• Formar Instrutores de trânsito capacitados e atualizados para
desempenhar a função de Instrutor nos Centros de Formação
de Condutores, atuando diretamente na formação dos futuros
motoristas.
• Capacitar profissionais de modo que permitam discutir, for-
mular e analisar as legislações vigentes.
• Desenvolver e possibilitar a inserção de profissionais capaci-
tados e legalmente credenciados no mercado de trabalho.
• Trabalhar e capacitar o profissional para que desta forma ele
possa transmitir seu conhecimento, podendo assim avaliar
adequadamente o candidato com o intuito de contribuir para
seu desenvolvimento profissional e pessoal.
SUMÁRIO

Apresentação 1

Objetivos Gerais 03

Objetivos específicos 03

Módulo I – Fundamentos da Educação 09

Introdução 09

Aspectos Fundamentais da Educação 10

Relação: educação e sociedade 12

Teorias Educacionais 13

Currículo e construção do conhecimento: processo de ensi-


13
no aprendizagem

Noções de Psicologia da Educação 16

Relação: instrutor e candidato 21

Relacionamento no trânsito 29

ATIVIDADES – Módulo I 31

Módulo II – Didática 35

Processos de planejamento 35

Orientações pedagógicas para o processo de formação de


48
condutores
ATIVIDADES – Módulo II 52

Módulo III – Língua Portuguesa 55

Habilidades de comunicação e expressão oral e escrita 55

Importância da comunicação no processo de aprendizagem


56
e na direção de um veículo

Interpretação de texto 57

ATIVIDADES – Módulo III 59

Módulo IV – Conteúdos a serem desenvolvidos nos cursos


61
teóricos

Legislação de trânsito 61

Vias Públicas 68

Vias Urbanas 68

Vias Rurais 69

Velocidade instituída nas vias urbanas 69

Velocidade instituída nas vias rurais 69

Entendendo as categorias conforme o artigo e as regras


77
para alteração de categorias

Distância lateral 81

Distância frontal 81
Cruzamento de vias 82

Condições de ultrapassagens 82

Como ultrapassar com segurança 82

Manobras de mudança de direção 85

Infrações gravíssimas 92

Infrações graves 93

Infrações leves 95

Dos crimes em espécie 57

Direção defensiva 113

Noções de primeiros socorros e Medicina de Tráfego 130

Psicologia aplicada à Segurança no trânsito 139

Noções sobre funcionamento do veículo de 2 e 4 rodas /


Mecânica básica, equipamentos de uso obrigatório do veí- 142
culo e sua utilização

ATIVIDADES – Módulo IV 147

Módulo V – Prática de direção veicular em veículo de duas e


165
quatro rodas

Postura do instrutor na condução das orientações com o


veículo em movimento e procedimentos nas solicitações de 165
manobra

O veículo de duas ou três rodas: funcionamento, equipa-


167
mentos obrigatórios e sistemas
O veículo de quatro rodas: funcionamento, equipamentos
167
obrigatórios e sistemas

Os pedestres, os ciclistas e demais atores do processo de


170
circulação

Prática de direção veicular na via pública: direção defensiva,


171
normas de circulação e conduta, parada e estacionamento

ATIVIDADES – Módulo V 175

Módulo VI – Prática de ensino supervisionado 179

Planejamento da prática de ensino 179

Observação de aulas 10 horas-aulas, sendo: 5 horas de ob-


180
servação de aula teórica

Prática de ensino 5 horas-aula 182

ATIVIDADES – Módulo VI 183

Referências 187
Módulo I – Fundamentos da educação
Introdução
Fundamentos da Educação constitui uma disciplina pedagógica
direcionada a área da educativa que visa estudar as disciplinas
que formam a essência da educação e do processo educativo.
Nesta base encontram-se as trução de experiências, que
disciplinas de história, filoso- aconteceram no decorrer de
fia, sociologia e psicologia da sua vida, relacionando o ho-
educação. A compreensão mem e a sociedade em que o
desses fundamentos requer indivíduo está inserido, con-
compreender o homem na siderando a inserção em ins-
sua natureza e em seu con- tituições responsáveis pela
texto, em um processo contí- transferência do legado soci-
nuo de integração e recons- al.
Conforme expõe o Dicionário Brasileiro de Educação de Sérgio
Guerra Duarte (BRASIL, 2011) o autor define educação como:
“Processo contínuo de integração e reconstrução de experiências, a que
estão condicionados todos os indivíduos, por todo o decurso de suas vidas,
seja mediante a própria vivência difusa, de situações do cotidiano, seja me-
diante a participação compulsória ou voluntária em instituições responsáveis
pela transmissão da herança social. Todas as ações e influências destinadas
a desenvolver e cultivar habilidades mentais, conhecimentos, perícias, atitu-
des e comportamentos, de tal modo que a personalidade do indivíduo possa
ser desenvolvida o mais extensamente possível e ser de valor positivo para a
sociedade em que ele vive. Processo globalizado que visa à formação inte-
gral da pessoa, para o atendimento as aspirações de natureza pessoal e
social.” (BRASIL, 2011)

A educação constitui-se em um processo histórico, formada por


duas linhas. A primeira representa a própria história do indiví-
duo, vivido por cada ser humano, já a segunda, encontra-se
vinculada à convivência com a comunidade, que se encontra
em constante evolução.
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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
O ser humano é um ser social que vive, desde seu nascimento,
em grupo. Uma vez inseridos aos grupos, constituíram entre si
relações sociais, das quais o processo de educação se faz pre-
sente de forma permanente, sendo influenciado e influencian-
do ao mesmo tempo, através de questões culturais, políticas,
econômicas, religiosas, entre outras, trazendo características
sócio históricas de cada sociedade.
Cabe à educação voltar suas seres humanos, capazes de
ações e influências para de- favorecer da melhor forma
senvolver e cultivar a inteli- possível e positiva a sua par-
gência, conhecimentos, con- ticipação na sociedade.
dutas e comportamentos nos

Aspectos Fundamentais da Educação


De acordo com Brandão (1993, p. 9), “Ninguém escapa da educação.
Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de outro, todos nós
estamos envolvidos com ela para aprender, para ensinar, para aprender e
ensinar”.

Para compreendermos sobre esse processo, vamos primeira-


mente entender sobre as relações entre educação e sociedade
em suas dimensões filosóficas, sociocultural e pedagógica.
Vejamos:

faz parte do processo educacional


que tem o objetivo de viabilizar, por
Dimensão pedagógica meio de diálogos e relações inter-
disciplinares a organização do ato
de transmitir conhecimento.

objetiva atender a realidade e refle-


tir sobre o meio, facilitando o en-
Dimensão filosófica
tendimento na elaboração de nos-
sas ideias e compromissos.

10
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
compreende a educação como pro-
cesso que busca promover o ho-
Dimensão sociocultural
mem em sua cultura e suas manifes-
tações sociais.

Sendo assim, podemos dizer que a educação está relacionada


às relações interpessoais que se desenvolvem em diversos es-
paços e formas, e que é através do contato do indivíduo com o
mundo, que o homem tem a oportunidade de evoluir nos pro-
cessos de aprendizagem. Podemos entender então que o obje-
tivo fundamental da educação é transformação, ou seja, a mo-
dificação do sujeito.
A formação do cidadão está são tratadas neste contexto.
ligada diretamente com a Ou seja, a partir do momento
sociedade, pois quando fala- que o aluno assimila os ensi-
mos na formação do indiví- namentos da escola se colo-
duo, não estamos falando cando em posição ativa dian-
somente da escola e sim da te das questões, a escola está
convivência social como um fazendo a diferença na for-
todo. A sociedade é tão res- mação deste aluno e a edu-
ponsável pela formação do cação trabalhando a evolução
cidadão quanto a escola, on- da sociedade.
de as dimensões filosóficas,
dimensões pedagogias e só-
cio culturais
A promoção da educação visa o desenvolvimento, contribuindo
para uma visão participativa e reflexiva da sociedade.
Observe os quatro pilares da educação:
1. Aprender a conhecer;
2. Aprender a fazer;
3. Aprender a conviver;
4. Aprender a ser.

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Segundo o autor Delors (1998), a prática pedagógica deve obje-
tivar desenvolver os quatro pilares da aprendizagem funda-
mentais, que são:

Aprender a conhecer Aprender a fazer

Desperta a mente, retirando o Instiga o homem a prática de de-


homem da ignorância. senvolver o que aprendeu.

Aprender a conviver Aprender a ser

Traz o desafio da convivência soci- Papel do cidadão e o objetivo de


al, relacionando-se como meio. viver.

Com base nos quatro pilares raciocínio lógico, fazendo sín-


do conhecimento, o processo teses nas elaborações teóri-
de ensino-aprendizagem in- cas, independente e livre,
centiva o indivíduo a pensar, transformando-se num ser
a querer saber, trabalhando a socialmente capacitado e
comunicação, estimulando a competente.
pesquisa, desenvolvendo seu
A prática pedagógica fundamentada nos pilares,busca relacio-
nar o conteúdo trabalhado com a experiência do aluno e de
outras relações sociais, envolvendo o sujeito dentro de um pro-
cesso que conduz a resultados.
Relação: educação e sociedade
O desenvolvimento social está diretamente ligado ao desenvol-
vimento educacional, pois o conhecimento contribui para o
desenvolvimento social e cognitivo dos cidadãos. A sociedade
identifica na educação o sentido da evolução multicultural, e é
por meio dessa relação que a sociedade se evolui e moderniza.

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Teorias educacionais
Principais teorias e suas contribuições
As teorias educacionais orientam o fazer pedagógico.
Nos últimos anos, a educação processo de ensino-
evoluiu muito e trouxe inú- aprendizagem.
meras conquistas, sobretudo Ao longo da história, as teo-
no campo das metodologias, rias foram se modificando e
da qualidade do ensino e do se adaptando ao desenvolvi-
mento da sociedade.
Quando citamos a educação no processo de aprendizagem de
adultos, vamos ressaltá-lo aqui utilizando a classificação das
autoras Merriam e Caffarella (1999), que dividem essa aprendi-
zagem em cinco grandes correntes:
1. Behaviorismo;
2. Cognitivismo;
3. Humanismo;
4. Aprendizagem social; e
5. Construtivismo.

Cada um dos temas apresentados pelas autoras expõe uma


visão sobre o processo de aprendizagem, que provoca a mu-
dança no comportamento, no processo mental, no interesse
para realizar, no potencial do indivíduo, e na interação e obser-
vação do outro, analisando de forma abrangente um contexto
social e de construção significava.
Currículo e construção do conhecimento: processo de ensino-
aprendizagem
O currículo escolar no seu conceito é influenciado e influencia,
com seu conjunto de experiências escolares, que desdobrarão
em torno do conhecimento, por meio das relações sociais,

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
construindo uma identidade. Entendemos assim que o currículo
não é neutro e segue num modelo multicultural.
Temos uma parte do currícu- Já o currículo implícito traba-
lo que é explicita que contém lha de forma não formal a
normas e regras especifica- organização da educação,
das, estabelecendo normas e desenvolvendo a forma mo-
conceitos. ral nas relações sociais.

Para o autor o currículo oculto é:


“o conjunto de atitudes, valores e comportamentos que não fazem parte
explícita do currículo, mas que são implicitamente ensinados através das
relações sociais, dos rituais, das práticas e da configuração espacial e tem-
poral da escola”. Silva (2000, p. 53)

Educar é uma prática social e cultural importantíssima, necessária e in-


tencional, cujo papel é transformar através da educação, os sujeitos para
a vivência social, interferindo nos processos de aprendizagem.

O currículo desempenha o caráter norteador, estabelecendo


um elo entre os princípios e a prática, incluindo a matéria co-
mum a ser ministrada e as características da região, tornando-
se assim um roteiro para a orientação do professor.
As necessidades do contexto social, também são contempladas
no currículo.
É função da escola, apresen- mento. O sistema como um
tar as dimensões do todo, in- todo, é mais do que a soma
tegrando-as através da inter- das partes, pois emergem ca-
disciplinaridade, possibili- racterísticas não contidas nas
tando a leitura e visão da rea- partes isoladamente; a visão
lidade, observando a supera- sistêmica, que possibilita a in-
ção e a visão subdividida ou teração, é a compreensão da
fragmentada do conheci-

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
realidade na qual o sujeito encontra-se inserido.
O Currículo Escolar é impor- sobre os atos cometidos co-
tante para o planejamento do mo condutores de veículos.
professor, auxiliando-o na or- Com o avanço tecnológico, o
ganização dos conteúdos e currículo deve ser desenvol-
atividades. Contudo ele é um vido considerando as novas
recurso, e não uma lei rígida, tecnologias digitais de infor-
podendo ser usado como um mação e comunicação, como
norte para a prática pedagó- é o caso do uso de simulado-
gica, com a possibilidade de res de direção um novo con-
ajustes para atender melhor teúdo tecnológico voltado
a necessidade do educando, para a formação prática do
proporcionando uma reflexão condutor.
Segundo a Resolução nº 543, de 15 de julho 2015, do Conselho
Nacional de Trânsito (CONTRAN), as aulas práticas para a for-
mação de condutores na categoria “B” (automóveis e comerci-
ais leves) poderão, de forma facultativa, ser substituídas por
aulas realizadas em simulador de direção veicular, limitadas a
30% (trinta por cento) do total da carga horária (DENATRAN,
2014).
A ideia do uso do simulador é uma revolução tecnológica cujo
objetivo é habituar futuros motoristas a situações cotidianas no
trânsito, sem a necessidade de expô-los diretamente aos riscos
inerentes à situação.
Ao pensar em currículo, devemos ter em mente que ele repre-
senta conhecimento, desenvolvimento intelectual e profissional
e valores sociais e culturais.

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Conhecimento
Ele nasce de experiências acumuladas em nossa vida, da convi-
vência familiar, acesso à leitura, de viagens, interação social,
entre outras. Frequentemente estamos aprendendo algo, ou
seja, estamos adquirindo novos conhecimentos.
Apresentando os conteúdos, o professor da origem ao conhe-
cimento, porém esse mecanismo depende da mediação do ins-
trutor por meio do ensino.
Para que essa mediação aconteça o professor deve seguir al-
guns passos importantes:
• Ao selecionar a disciplina ou assunto, a estrutura do conteúdo deve ser
significativa aos alunos;
• Orientar o aluno a analisar o conteúdo novo fazendo um contato com suas
experiências anteriores, pois as experiências anteriores do aluno auxiliam a
compreensão de novos conceitos;
• O aluno precisa se apropriar do processo, construindo seu próprio conhe-
cimento e se colocando de forma favorável ao aprendizado.

Noções de psicologia da educação

Psicologia Educacional é uma vertente da psicologia geral que, ao se rela-


cionar com o processo de aprendizagem, auxilia o educador no processo de
ensino dos candidatos à habilitação fornecendo subsídios para as ativida-
des teóricas e práticas.

Sendo assim, os fatores signi- tivado a adquirir conheci-


ficativos à aprendizagem po- mentos, e deposita suas ex-
dem ser alcançados de ma- pectativas na estrutura e no
neira mais adequada e eficaz. instrutor, esperando que se-
jam utilizados os meios mais
Ao iniciar os estudos no Cen-
apropriados a ele, para que
tro de Formação de Conduto-
no final do processo ele pos-
res (CFC), o aluno chega mo-
sa atingir o objetivo principal
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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
que o trouxe ao CFC, conduzir aprendizado. O ideal é que
um veículo de forma adequa- instrutor intervenha sempre
da e correta. neste processo construtivo,
minimizando esforços e ma-
O instrutor deve aproveitar
ximizando resultados positi-
essa motivação para direcio-
vos.
nar e auxiliar o aluno em seu

O educador deve lembrar que a aprendizagem de adultos se dá


de maneira distinta da aprendizagem infantil, pois na educação
do adulto deve-se relacionar o aprendizado a sua vida cotidiana
valorizando suas experiências.
Vamos observar alguns pontos importantes.
• Os adultos possuem maior experiência prévia na aprendizagem, por conta
disso são mais independentes;
• A maturidade dos adultos se identifica em áreas distintas do seu desenvol-
vimento de novas habilidades;
• Os adultos querem se apropriar do conhecimento de forma rápida, e in-
tencionam uso imediato do que aprenderam;
• No ensino de adultos o clima em sala de aula é informal e colaborativo;
• Na educação de adultos, o instrutor é um mediador que busca instigar o
aluno, contribuindo para a melhoria de seu desempenho escolar auxiliando
o mesmo a enfrentar seus próprios desafios;
Para o bom andamento do processo instrutor pode utilizar
tecnologias educacionais como apoio.
Bases psicológicas da aprendizagem
Quando desenvolvida em sua fase inicial, a psicologia preocu-
pava-se em investigar os fenômenos voltados ao comporta-
mento do homem, analisando sua consciência, investigando a
percepção seguindo a sua emoção. Atualmente, a psicologia é
denominada ciência que estuda o comportamento humano.

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Avaliando neste sentido, a psicologia direcionada a da educa-
ção tem como objetivo compreender fenômenos ligados ao
ensino, à aprendizagem e à motivação do sujeito.
Conceitos básicos
Entre os estudos da psicologia, há uma vertente que se cha-
ma psicologia do trânsito, que estuda as condutas relacionadas
ao trânsito no que diz respeito à prevenção de acidentes e ao
comportamento dos sujeitos.
O comportamento é definido mento do condutor e dos
como a conduta que o cida- pedestres, relacionando os
dão tem diante de situações fatores e processos consci-
vivenciadas por ele no trânsi- entes e inconscientes que
to. podem alterar esse compor-
tamento.
A psicologia do trânsito ana-
lisa e estuda o comporta-

Processo de aprendizagem
Nos processos de aprendizagem, os indivíduos aprendem de
diversas formas e sentidos, como os da visão e da audição, que
auxiliam em suas reflexões, ajudando-o ao estimulo do raciocí-
nio lógico e intuitivo.
A partir do desenvolvimento ocorra realmente, o profes-
desses conhecimentos e pos- sor deve estar a par das teo-
sível propor mudanças que rias e tendências pedagógi-
propiciem os atos do fazer, cas, utilizando-se como meio
representar e exprimir garan- para problematizar questões
tia de uma participação atu- do cotidiano, ao pensar e
ante e consciente na socie- realizar sua prática, tendo o
dade. Para que, o de- cuidado de não estar
senvolvimento desses atos

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
firmemente preso a nenhuma delas
A aprendizagem do aluno corresponde em parte à
sua habilidade natural e à preparação e experiência anteriores.
A ausência de sintonia entre os estilos de aprendizagem pode
provocar e causar desmotivação, insegurança e desatenção no
aluno onde ele acaba respondendo de forma insatisfatória ao
processo.
Para que esse processo ocor- desenvolvimento dos conte-
ra plenamente, faz-se neces- údos e atividades pertinen-
sário a organização de um tes, processo avaliativo e,
ambiente educativo, com a principalmente, a motivação
definição do plano de forma- dos participantes.
ção curricular, objetivando o
Cabe ao trabalho escolar, desenvolver os conhecimentos pro-
postos com domínio, segurança e habilidade.
Processo de Aprendizagem do Jovem e do Adulto
O que é Andragogia?
Esse conceito está ligado à educação de adultos, sendo com-
preendido como a arte de ensinar e auxiliá-los no processo
educativo.

A Andragogia é um modelo desenvolvido para educação de adultos que


caracteriza o maior envolvimento e participação dos alunos, caracterizando
a ênfase no processo, focando no trabalho como um todo, e não somente
no conteúdo.

Ao iniciar sua aprendizagem o instrutor deve observar que esse


modelo pedagógico tem como princípios:
• A necessidade de compreender os conteúdos dentro dos seus princípios;
• A aprendizagem significativa levando experiência e auxiliando na resolu-
ção de problemas;

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• A relação entre motivação/necessidade individual e sua aplicação imedia-
ta;
• Os fatores históricos e ambientais que influenciam o processo de aprendi-
zagem do aluno adulto considerando sua cultura e sua forma de aprender,
desenvolvendo seu ritmo próprio para o aprendizado;
• É importante considerar também que várias pessoas passam um longo
tempo sem ter contato com conteúdos educacionais, ou seja, estão desatua-
lizados com o ambiente escolar.

O processo de aprendizagem do aluno adulto implica em com-


preender e organizar práticas pedagógicas de maneira diferen-
ciadas. Ao perceber e entender essas necessidades o instrutor
estará respeitando os limites dos seus alunos e com certeza irá
atingir de forma mais especifica seus objetivos.
Relações da psicologia e a prática pedagógica
Quando nos referimos às teorias educacionais, devemos levar
em conta que elas estão diretamente ligadas as relações e ba-
ses psicológicas, e estas orientam toda prática pedagógica.
Vejamos a seguir as correntes que consideram a aprendizagem
e prática pedagógica.

Behaviorismo

A teoria do Behaviorismo entende o aluno como um indivíduo que respon-


de apenas aos estímulos do meio exterior, não considerando o seu desen-
volvimento cognitivo. O Behaviorismo também é chamado de aprendiza-
gem por estímulos, pois é interpretada somente como uma mudança de
comportamento, ou seja, o conhecimento e a observação de fatos geram
novos comportamentos. Permeando esse estudo temos os pensadores
dessa concepção os teóricos Skinner e Watson.

Cognitivismo

Essa é uma abordagem teórica para o entendimento da mente humana,


que estuda os processos mentais, analisando a forma como o ser humano
conhece o mundo. Relacionado a essa teoria também estão inseridos o

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Construtivismo e o Interacionismo.

Humanismo

Esta teoria é a relação onde a aprendizagem é centrada totalmente no


aprendiz. O professor exerce um papel mediador, facilitando o aluno nesse
processo, reforçando o processo de interação na aprendizagem. O autor
Carl Rogers é o pensador responsável dessa teoria.

As correntes de aprendizagem contribuem para a melhoria da


prática docente, facilitando e contribuindo para o processo de
ensino-aprendizagem, tendo como princípio fundamental o
desenvolvimento do sujeito. Partindo em busca da prática ade-
quada, o educador precisa direcionar os caminhos que irá per-
correr, definindo os objetivos que a educação atual se propõe.
A Proposta Pedagógica busca A proposta pedagógica deve
reunir um conjunto de ações ser elaborada levando em
fundamentais para o contex- conta a observação com rela-
to educacional. Ela é um ele- ção ao perfil de aluno que se
mento central do processo pretende formar, incorpo-
pedagógico, pois é quem via- rando o ensino à realidade
biliza o processo de ensino- social do educando, às suas
aprendizagem. atitudes e aos seus valores
sociais e culturais.

Relação: instrutor e candidato


Atribuições do instrutor
A Lei nº 12.302/2010 define Instrutor de Trânsito, como o pro-
fissional responsável pela formação de condutores de veículos
automotores e elétricos com registro no órgão executivo de
trânsito dos estados e do Distrito Federal.

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Em seu art. 3º, a Lei apresenta cinco atribuições do Instrutor de
Trânsito:
I − instruir os alunos acerca IV − frequentar os cursos de
dos conhecimentos teóricos e aperfeiçoamento ou de reci-
das habilidades necessárias à clagem promovidos pelos ór-
obtenção, alteração, renova- gãos executivos de trânsito
ção da permissão para dirigir dos Estados ou do Distrito Fe-
e da autorização para condu- deral;
zir ciclomotores; V − orientar o aluno com se-
II − ministrar cursos de espe- gurança na aprendizagem de
cialização e similares defini- direção veicular. Parágrafo
dos em resoluções do Conse- único. Nas aulas práticas de
lho Nacional de Trânsito − direção veicular, o instrutor
CONTRAN; de trânsito somente poderá
instruir candidatos à habilita-
III − respeitar os horários pre-
ção para a categoria igual ou
estabelecidos para as aulas e
inferior àquela em que esteja
exames;
habilitado.
Em seu artigo 4°, a lei estabelece os requisitos mínimos para
exercer a atividade, que são:
Ter no mínimo 21 anos de Ter concluído o ensino mé-
idade; dio;
Ter pelo menos 2 anos de ha- Possuir certificado de curso
bilitação legal para a condu- específico realizado pelo ór-
ção de veículo e no mínimo 1 gão executivo de trânsito;
ano na categoria D; Não ter sofrido penalidade
Não ter cometido nenhuma de cassação da Carteira Naci-
infração de trânsito de natu- onal de Habilitação (CNH);
reza gravíssima nos últimos Ter participado de curso de
60 dias; direção defensiva e primei-
ros socorros.

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Instrutor de Trânsito precisa obrigatoriamente cumprir alguns
deveres ao desempenhar suas atividades, levando em conside-
ração a agilidade e o cuidado.
Veja o que dispõe o art. 5º, no que diz respeito aos deveres do
Instrutor de Trânsito:
I − desempenhar com zelo e Além disso, o art. 6º estabe-
presteza as atividades de seu lece que é vedado ao instru-
cargo; tor de trânsito:
II − portar, sempre, o crachá I − realizar propaganda con-
ou carteira de identificação trária à ética profissional;
profissional. II − obstar ou dificultar a fis-
Parágrafo único. O crachá de calização do órgão executivo
que trata o inciso II do caput de trânsito estadual ou do
deste artigo será fornecido Distrito Federal.
pelo órgão executivo de trân-
sito estadual ou do Distrito
Federal.
Você deve pensar que só possui deveres e responsabilidades
como instrutor de trânsito, certo? Fique calmo, pois o art. 7º da
Lei nº 12.302/2010 (BRASIL, 2010) estabelece os direitos da
sua profissão:
I − exercer com liberdade vel à espécie, o exercício ile-
suas prerrogativas; gal da atividade;
II − não ser punido sem pré- IV − representar, perante as
via sindicância, sendo-lhe autoridades superiores, con-
assegurado amplo direito de tra servidores públicos que,
defesa; no desempenho dos cargos
III − denunciar às autoridades ou funções, praticarem atos
competentes, na forma cabí- que excedam seus deveres
decorrentes da inobservância
de dispositivos desta Lei;

23
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
V − apresentar às autoridades sugestões, pareceres, opini-
responsáveis pela instituição ões e críticas que visem à
de normas e atos legais rela- simplificação e ao aperfeiço-
tivos a serviços e atribuições amento do sistema de trânsi-
dos instrutores de trânsito to

Instrutor como educador


Assim como todo educador, o instrutor é peça fundamental no
processo de educação para o trânsito.
rença na sociedade. Por isso,
Ao trabalhar a capacitação do
instruir seu aluno para que
aluno, o maior objetivo do
ele desenvolva suas habilida-
professor deve ser de prepa-
des e tenha atitudes solidá-
rá-lo para que tenha um
rias no trânsito, é um dos
comportamento ético e segu-
principais motivos do traba-
ro no trânsito.
lho do professor.
Tenha certeza de que o papel
do instrutor faz toda a dife-
Princípios éticos da relação instrutor/candidato
Um profissional qualificado, para formar e capacitar o futuro
condutor para o processo avaliativo, deve ter princípios éticos
ao desenvolver seu trabalho.
analisando principalmente
Sendo assim, é importante
técnicas de contro-
que o instrutor conheça e
le emocional, para que ele
pratique os princípios éti-
consiga manter o controle
cos e morais na sua relação
sob pressão, administrando
com os candidatos, orien-
sua insegurança e o medo.
tando o aluno sobre como
agir eticamente no trânsito,

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Por Ética entende-se a forma que o homem deve se comportar
no seu meio social. Ela se refere ao bom e mau, correto e incor-
reto, justo e injusto. Por que nem sempre o que é bom para
mim, é bom para o outro.
Tenha em mente que, no momento da avaliação prática de
direção, o ponto mais importante para o aluno é o instrutor,
que deve levar em conta os conhecimentos que o aluno adqui-
riu durante o processo de formação.
Controle emocional
As emoções, quando não controladas, podem expor tanto o
melhor quanto pior de nosso sentimento, e essa exposição não
está ligada somente as emoções negativas, como a raiva ou o
medo, o excesso de alegria, por exemplo, nos leva ao estágio
de euforia e ansiedade nos fazendo perder o controle de nosso
comportamento.
As emoções fazem parte do metros são como indicadores
comportamento humano e para as escolha e decisões do
estão presentes em muitos indivíduo, pois estão relacio-
momentos durante a vida do nados aos comportamentos,
homem, e são responsáveis pensamentos, hábitos, avalia-
pelas reações e comporta- ções e julgamentos.
mentos. Agindo como termô-

Segundo George Vittorio Szenészi, as emoções são respostas automáticas


às situações vivenciadas de cada sujeito. Elas envolvem transformações
fisiológicas em resposta às experiências com o mundo externo e interno.

E como controlar as emoções?


Cada indivíduo precisa conhecer e reconhecer de que forma é
mais fácil para ele controlar suas emoções. Considerando que

25
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
alguns fatores podem contribuir para um descontrole mais fácil
desses comportamentos, como o estresse por exemplo.
Direitos, deveres e responsabilidade civil durante as aulas de
direção veicular
O educador ao assumir seu papel de instrutor de trânsito, as-
sume também o papel de facilitador do processo de ensino-
aprendizagem dos alunos.
ar, ouvindo e identificando o
O ambiente estabelecido pe-
nível de compreensão dos
lo professor dentro da sala de
alunos, apresentando os as-
aula ou no veículo, estabele-
pectos fundamentais na rela-
ce a relação de empatia entre
ção entre educador e edu-
aluno e professor, possibili-
cando.
tando a capacidade de avali-
Para favorecer essa comunicação é necessário que o instrutor,
observe alguns fatores, tais como:
• Criar condições positivas e viáveis para o treinamento;
• Apresentar propostas que sejam possíveis de serem aplicadas no cotidiano
do aluno;
• Proporcionar atividades que estimulem a pesquisa e o debate, providenci-
ando os recursos didáticos necessários para a aprendizagem.

Segundo o art. nº 34 da Resolução 358/2010 (CONTRAN, 2010):


I - negligência na transmissão de trânsito dos Estados ou do
das normas constantes da le- Distrito Federal;
gislação de trânsito, confor- II - falta de respeito aos can-
me estabelecido no quadro didatos;
de trabalho, bem como o
cumprimento das atribuições III - deixar de orientar corre-
previstas nesta Resolução e tamente os candidatos no
normas complementares do processo de aprendizagem;
órgão ou entidade executivo IV - deixar de portar o crachá
de identificação como instru-
26
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
tor ou examinador habilitado, VI – realizar propaganda con-
quando a serviço; trária à ética profissional;
V - prática de ato de improbi- VII – obstar ou dificultar a fis-
dade contra a fé pública, con- calização do órgão executivo
tra o patrimônio ou contra a de trânsito estadual ou do
administração pública ou pri- Distrito Federal.
vada;
Durante o treinamento prático do aluno, o instrutor terá res-
ponsabilidade civil sobre a reparação de qualquer dano ou in-
fração que seja cometida pelo aluno, assim como os diretores
do CFC e a própria instituição a que o instrutor esteja vincula-
do, em que assumem a responsabilidade solidariamente por
quaisquer danos ocasionados por um aprendiz no momento de
sua aprendizagem.
De acordo com a Lei nº solução 358/2010 do CON-
9.503/1997 (BRASIL, 1997) a TRAN.
cada irregularidade cometida
Durante a aula prática, o ins-
pelo instrutor, este poderá trutor será o responsável
receber sanções que se en- pela aprendizagem técnica do
contram especificada na Re- aluno e também pelo seu
comportamento cidadão.
As responsabilidades do instrutor no desenvolvimento da aula
prática são:
 Planejar o treinamento;
 Elaborar o plano de aula;
 Verificar todos os recursos disponíveis para a pratica;
 Conduzir o treinamento sem paradas ou interrupções desnecessá-
rias;
 Avaliar o treinamento ao final de cada aula;
 Realizar registros e controles, solicitados.

27
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Para realizar com sucesso as tarefas relacionadas aos processos
de ensino, é necessário que o instrutor observe atentamente os
objetivos do curso e o conteúdo que será aplicado, não se es-
quecendo do público alvo e considerando a metodologia que
será utilizada.
Interdependência entre a ação profissional e princípios éticos
A ética no trabalho profissional deve ser vista e praticada como
rotina junto ao aluno, pois o instrutor deve cumprir e fazer
cumprir as normas que norteiam o CFC, juntamente com as
normas de trânsito na formação do condutor.
Conviver com motoristas e pedestres faz parte do nosso dia a
dia.
Práticas inadequadas no trânsito, como excesso de velocidade,
avanço do sinal vermelho e embriaguez na direção ferem os
princípios éticos sociais e são motivos para discussões e julga-
mentos.
É nesse contexto que o con- mento humano. Já no trânsi-
ceito de ética acaba por vezes to a ética é a razão pelo qual
sendo corrompido ou igno- trabalhamos de maneira ade-
rado. Na Psicologia, a defini- quada e segura, procurando
ção de ética é o estudo dos sempre o bom senso, respei-
valores morais e dos princí- tando os demais condutores
pios ideais do comporta- e pedestres.

28
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Ao falarmos sobre Moral no trânsito, por exemplo, é quando

ÉTICA MORAL

 Saber lidar com certo e o  Saber lidar com certo e o


errado errado

 Normas sociais impostas  Normas pessoais adquiri-


para convívio na comuni- das ao longo da existência,
dade. considerando suas rela-
ções, educacionais, cultu-
rais e sociais.

 Normas instituídas de  Depende de uma ação


acordo com a cultura so- consciente do indivíduo.
cial.
 Ação coletiva construída a  Individualista fundamenta-
partir morais sociais. da na ética.

um condutor dirige na velocidade permitida, respeita a sinaliza-


ção e dirige de maneira defensiva, pela simples razão em en-
tender e respeitar o próximo, considerando de que seus atos
refletem a segurança no trânsito.
Relacionamento no trânsito
O convívio entre os indivíduos envolve uma série de fatores,
que devem e precisam ser levados em consideração no convívio
social, pois caso contrário, os conflitos acontecerão, gerando
maior risco para o trânsito e possivelmente acidentes.
Segundo o CTB em seu artigo parágrafo 1°:

29
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Trânsito – É a utilização das O respeito é um dos fatores
vias por pessoas, veículos e fundamentais para a convi-
animais, isolados ou em gru- vência entre as pessoas no
pos, conduzidos ou não, para trânsito. A responsabilidade e
fins de circulação, parada, es- o respeito mútuo são funda-
tacionamento e operação de mentais para conviver em so-
carga ou descarga (Art. 1º, § ciedade.
1º, BRASIL, 1997).

O trânsito é um espaço de circulação democrático, no qual o


homem necessita de permanente comunicação e interação
com os demais condutores e pedestres. Para que haja seguran-
ça e compromisso é preciso que esta relação ocorra de forma
harmônica.
O resultado da boa prática no trânsito gera um comportamento
satisfatório que promove segurança para todos.
Para que haja um resultado positivo deste comportamento é
preciso que você:
 Conheça e cumpra a legislação e as regras de circulação e conduta;
 Conheça os seus deveres e respeite os direitos de todos;
 Contribua para um trânsito melhor.
 As vias abertas a circulação são espaços públicos, onde muitas pes-
soas convivem ao mesmo tempo. Uma forma de se relacionar é ser
prudente, respeitando os direitos e deveres de todos.
 O instrutor pode e deve fazer a diferença em seu trabalho capaci-
tando-se e contribuindo para um trânsito melhor!
 As sugestões a seguir poderão se utilizadas em sala de aula:
 Use a comunicação receptiva de forma amigável e tranquila;
 Seja civilizado e procure dirigir corretamente;
 Coopere para um trânsito mais seguro;
 Seja tolerante e solidário;
 Cultive o respeito, controle seus comportamentos agressivos;
 Seja compreensivo e tolerante com o outro.

30
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Atividades
Módulo I

1 - De acordo com a Resolução nº 358/2010, quais ações são


desenvolvidas pelas instituições ou entidades públicas em rela-
ção aos profissionais de trânsito?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2 - O artigo 25 da Resolução nº 358 do Conselho Nacional de
Trânsito (CONTRAN, 2010) cita duas funções do instrutor. Sobre
o instrutor de trânsito e o instrutor de cursos especializados, é
correto afirmar que:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
3 - Apesar das atribuições e atividades dos Instrutores, do Dire-
tor Geral e do Diretor de Ensino serem específicas e diferentes
entre si, o que está previsto na legislação vigente que deve ser
comum para esses profissionais?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

31
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________
4 - A Lei nº 12.302/2010 (BRASIL, 2010) estabelece alguns direi-
tos do profissional Instrutor de Trânsito. Descreva o que con-
templa alguns desses direitos:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
5 - De que maneira o instrutor de trânsito pode desenvolver no
candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
o comportamento adequado e seguro para o trânsito?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
6 - A aprendizagem está fundamentada em quatro pilares,
identifique o que apresenta esses pilares:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

32
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
7 - Quais fatores o instrutor de trânsito deve considerar para
facilitar a aprendizagem dos condutores em formação?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
8 - Em relação às teorias educacionais, descreva seus significa-
dos:
B - Behaviorismo.
C - Cognitivismo.
H - Humanismo.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
9 - Como instrutor de trânsito, você pode fazer a diferença e
contribuir para um trânsito melhor. Em relação às atitudes que
fazem a diferença no trânsito, descreva:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

33
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
34
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Módulo II
Didática
Processo de planejamento
O planejamento das atividades didáticas que serão aplicadas
em sala de aula ou na aula prática expositiva, devem ser feitos
com antecedência, considerando os recursos disponíveis, a
grade estabelecida e a classificação do aluno, levando em con-
sideração os objetivos que o professor deseja atingir.
De acordo com essa concep- de aula. O termo aula é rela-
ção, o planejamento não é cionado, como um conjunto
um mecanismo utilizado de ações entre alunos e pro-
apenas para que o professor fessores que buscam a
exponha a matéria em sala aprendizagem.
Para alcançar seu objetivo primordial no contexto da aprendi-
zagem, Libâneo (2008, p. 179) afirma que as aulas devem seguir
as exigências apontadas por ele:
• solidificar os conteúdos a serem assimilados;
• organizar das atividades que serão desenvolvidas;
• desenvolver os métodos;
• desenvolver o conteúdo diferenciando, individualizando e objetivando
buscando atingir todos os níveis de entendimento;
• valorizar a sala de aula considerando as qualidades positivas e a personali-
dade dos alunos;
• conduzir o trabalho em classe incentivando a coletividade e solidariedade,
considerando a individualidade.

O conteúdo que será aplicado determina a preparação e estudo


do professor considerando até a preparação dos alunos e a
efetivação dos objetivos selecionados.

35
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Concepção

Para o autor Libâneo (2008), é neste momento que se trabalha


a concepção do planejamento, onde se inicia a organização do
professor, a preparação é colocada por meio do planejamento
para aplicar sua aula.
tempo disponível para tra-
Essa organização garante a
balhá-la, definindo os objeti-
qualidade do estudo e até
vos, classificando as ativida-
mesmo da própria aula, pois
des que serão trabalhadas e
a organização da matéria
estabelecendo os recursos.
aplicada, considerando o
O planejamento no contexto educacional possui as seguintes
características básicas:
• estabelecer a ação educativa;
• prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação;
• evitar a improvisação;
• prever o futuro.

Por meio dessas características, podemos dizer que o planeja-


mento tem como objetivos:
• organizar as ações educativas;
• garantir um ensino efetivo;
• conduzir os alunos aos objetivos de ensino;
• acompanhar o desenvolvimento do processo educacional.

A importância do planejamento
Antes de iniciar o planejamento didático, e necessário que o
instrutor analise questões tais como: Como ensinar? O que en-
sinar? e, Quando ensinar?
Seguindo por esse caminho, o instrutor terá mais chances de
efetivar o processo de ensino-aprendizagem.

36
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
O planejamento de uma aula Esta organização pedagógica
não se limita apenas em for- vai além da seleção de conte-
mar uma lista de temas ou údos, pois contempla a meto-
conteúdos a serem aplicados dologia, os recursos didáticos
por um determinado período. e a avaliação.
Para desenvolver as atividades de ensino de forma adequada, o
professor necessita conhecer a realidade da instituição e do
público que irá trabalhar, levando em consideração as necessi-
dades e as expectativas dos alunos, considerar a filosofia edu-
cacional empregada e os recursos humanos, físicos e materiais
disponíveis.
Dimensões e níveis do planejamento
Ao analisar as dimensões e níveis do planejamento, é importan-
te para o professor entender e reconhecer em que momento
ele se coloca, para que o foco no aprendizado não acabe se
perdendo.
É importante considerar os três níveis do planejamento: o pla-
nejamento educacional, curricular e de ensino.
O planejamento de ensino será a base para as atividades que o
Instrutor irá desenvolver em sala de aula.
Planejamento e seus elementos constitutivos: objetivos e con-
teúdos de ensino

O planejamento de ensino é a atividade educativa que está mais próxima


do processo que abrange a rotina dos professores em seu trabalho peda-
gógico.

A prática envolve a comunicação e a integração entre o instru-


tor e seus alunos de maneira contínua.

37
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Dessa forma, o objetivo do planejamento é promover os encon-
tros pedagógicos entre o professor e os alunos, favorecendo
melhores resultados e maior produtividade.
Os conteúdos de ensino estão relacionados ao plano de ensino
e devem ser apresentados com uma problemática concreta,
por meio de técnicas e instrumentos que estejam inter-
relacionados, e tendo como base o Código de Trânsito Brasilei-
ro (CTB) − Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (BRASIL,
1997).

Todo planejamento deve ser elaborado pensando no processo


de aprendizagem.
Objetivos
São a base do planejamento. Para uma explanação eficiente
dos objetivos, eles necessitam ser construídos de maneira cla-
ra, concreta e prática, e devem-se manter uma sequência lógica
que garanta harmonia e relação entre eles.
Ao descrever os objetivos do trabalho pedagógico, ele deve
iniciar com verbos no infinitivo (ex.: fazer, descrever, realizar).
O planejamento dos objetivos deve contemplar todos os níveis
de conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e
avaliação, e apresentar os resultados educacionais possíveis de
serem observados.
direcionando a sua atuação
A seleção dos objetivos da
pedagógica e auxiliando o
atividade pedagógica, é fun-
docente na escolha dos mei-
damental no processo de
os mais adequados para a
planejamento da prática edu-
realização de seu trabalho de
cativa desenvolvida pelo pro-
ensino.
fessor, pois estabelece a au-
toconfiança do educador,

38
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Conteúdos
Ao descrever o conteúdo do projeto pedagógico, sua principal
referência será o CTB. Os conteúdos deverão ser distribuídos
dentro das disciplinas contempladas no ensino de trânsito,
lembrando sempre que todo conteúdo deverá ter uma relação
com a parte prática.
Método e técnicas de ensino
Do mesmo modo em que se apresentam os outros elementos
no planejamento pedagógico, a importância dos métodos e
técnicas para o aprendizado, se encontram mediante a busca
da receptividade dos alunos, no momento em que os professo-
res utilizam esses métodos para o ensino.
Os métodos e técnicas são onado com o assunto abor-
que as formas como o docen- dado, buscando assim criar
te irá expor sua aula. É im- uma relação significativa para
portante para o professor o aprendizado, instigando o
selecionar seus métodos de aluno a aprender.
forma antecipada, correlaci-
Método é o conjunto preparado no plano, cuja finalidade é
favorecer o aprendizado durante a aula facilitando a assimila-
ção do conteúdo.
A escolha do método é de responsabilidade do professor. Ele
deve considerar as condições e particularidades dos alunos, da
disciplina a ser ministrada e o mais relacionado aos procedi-
mentos de avaliação e objetivos indicados.
As técnicas de ensino visam propor a realização de ações pelo
aluno no processo de aprendizagem.
Para atingir seus objetivos, um método necessita ter sempre
uma ou mais técnicas de ensino.

39
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Multimídia educativa e recursos didáticos
Atualmente as escolas e professores estão utilizando recursos
tecnológicos, objetivando atrair mais a atenção dos alunos,
buscando um facilitador na comunicação moderna,
desenvolvido para a aprendizagem.
termo hipermídia é muitas
Entre esses recursos destaca-
vezes usado para indicar que
se a multimídia, que é o con-
um dado produto multimídia,
junto de várias mídias, utili-
permite a exploração de for-
zando vídeos, slides, textos,
ma não linear, da mesma
sons, gráficos, animações,
maneira como um hipertexto
imagens estáticas e em mo-
permite que o leitor navegue
vimento, trabalhando a inte-
dentro de um texto.
ratividade com o usuário. O
“[...] a multimídia é um recurso objetivo, versátil, fácil e simples, que ajuda
na revisão dos conteúdos, podendo ser utilizado no próprio domicílio do
aluno, [...] trata-se de um recurso complementar às outras formas ” (SANTI-
AGO, 2003, p.10).

Porém como todo recurso, o multimídia torna-se cansativa


professor deve avaliar quan- e não permite a colocação
do e como será utilizado este dos temas de forma abran-
novo recurso, pois uma aula gente.
desenvolvida somente em
É preciso diversificar os recursos para que a aula se torne di-
nâmica e prazerosa.
Avaliação educacional
A avaliação é compreendida por muitos como o registro de
uma nota, tornando-se uma atividade burocrática para o pro-
fessor e estressante para o aluno. Porém, é preciso entender
que vai muito além deste entendimento.
Existem várias formas de avaliar e desenvolver a avaliação de
desempenho do aluno.

40
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
O instrutor pode usar várias objetivos do trabalho peda-
técnicas como: observação, gógico. Levando em conside-
provas, contextualização, ração as especificidades dos
relatórios, simulação, entre alunos e seus conceitos cog-
outros. nitivos, é importante oferecer
ao avaliado várias oportuni-
A forma de avaliação deve
dades para que ele possa
ser estabelecida no momento
mostrar a sua evolução.
e que o professor traça os
Processo de planejamento e elaboração de planos de ensino
O plano de aula se baseia em uma organização dos conteúdos
aplicados em sala de aula, que auxiliam o professor nas refe-
rências das disciplinas, metodologias, procedimento e técnicas,
que serão utilizadas para o desenvolvimento do processo ensi-
no-aprendizagem.
A organização do plano de debate, visando a satisfação,
curso deve contar com a par- com intuito de trazer quali-
ticipação da coordenação e dade aos conteúdos progra-
de todo corpo docente da mados.
instituição, para que haja um
O plano de curso deve ter as seguintes orientações:
• conteúdos integrados e sequenciais;
• exposição dos conteúdos da proposta pedagógica;
• explanação dos recursos a serem utilizados;
• formas de avaliação individual;
• objetivos gerais;
• objetivos específicos.

As orientações do plano de curso podem e devem ser flexíveis,


para que o mesmo possa atingir seus objetivos elaborados nos
conteúdos programáticos.

41
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
42
Plano de curso teórico
Plano de curso 2017

Instituição de ensino: _______________________________


Conteúdo: ________________________________________
e 493/14 do CONTRAN.

Instrutor: _________________________________________

Objetivos gerais:
• Compreender a importância de dirigir defensivamente para evitar acidentes e
aumentar a segurança de todos;

CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE


• Apresentar os elementos da direção defensiva;
• Abordar quais são as condições adversas e a forma correta de enfrentá-las;
• Explanar o comportamento do condutor identificando a imprudência, negligên-
cia e imperícia.
Observe os modelos abaixo e veja como pode ser organizado o
plano de curso da instituição, com base nas Resoluções 168/04
Demonstrativos dos conteúdos programáti-
cos

CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE


43
A organização de um plano de ensino bem elaborado, irá trazer
ao instrutor a objetividade dos temas a serem abordados, o
desenvolvimento e recursos que serão utilizados em sala de
aula, e assim todos conseguirão atingir o objetivo estabelecido
junto às ações.

44
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Plano de curso prático
Plano de curso 2017

Instituição de ensino: _______________________________


Conteúdo: ________________________________________
Instrutor: _________________________________________

Objetivos gerais:

• A abordagem dos conteúdos contemplando obrigatoriamente a condução responsável de auto-


móveis ou motocicletas, utilizando técnicas que oportunizem a participação dos candidatos, de-

CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE


vendo o instrutor, por meio de aulas dinâmicas, fazer sempre a relação com o contexto do trânsito
a fim de proporcionar a reflexão, o controle das emoções e o desenvolvimento de valores, da soli-
dariedade e de respeito ao outro, considerando o ambiente e a vida.

45
46
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Objetivos
São a base do planejamento. Para uma explanação eficiente
dos objetivos, eles necessitam ser construídos de maneira cla-
ra, concreta e prática, e deve-se manter uma sequência lógica
que garanta harmonia e relação entre eles.
Ao descrever os objetivos do A seleção dos objetivos da
trabalho pedagógico, ele de- atividade pedagógica, é fun-
ve iniciar com verbos no infi- damental no processo de
nitivo (ex.: fazer, descrever, planejamento da prática edu-
realizar). cativa desenvolvida pelo pro-
fessor, pois estabelece a au-
O planejamento dos objeti-
toconfiança do educador,
vos deve contemplar todos os
direcionando a sua atuação
níveis de conhecimento,
pedagógica e auxiliando o
compreensão, aplicação, aná-
docente na escolha dos mei-
lise, síntese e avaliação, e
os mais adequados para a
apresentar os resultados
realização de seu trabalho de
educacionais possíveis de
ensino.
serem observados.
Conteúdos
Ao descrever o conteúdo do projeto pedagógico, sua principal
referência será o CTB. Os conteúdos deverão ser distribuídos
dentro das disciplinas contempladas no ensino de trânsito,
lembrando sempre que todo conteúdo deverá ter uma relação
com a parte prática.
Método e técnicas de ensino, recursos didáticos e avaliação
Método - é o caminho a se seguir para atingir um objetivo. Ele indica quais
serão as linhas de ação ou trajeto de atividades a serem executadas tanto
pelo professor quanto pelo aluno.
Técnicas de ensino - são procedimentos relacionados à organização do en-
sino, e seu objetivo é o de propor a realização de ações.

47
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Recursos didáticos - são os materiais disponíveis para explanação da aula
aplicada, relacionando os recursos à disciplina que está sendo trabalhada.
Avaliação – tem o objetivo de levantar dados sobre o conhecimento do
aluno, auxiliando na identificação de suas dúvidas e dificuldades.

Orientações pedagógicas para o processo de formação de


condutores
A educação para o trânsito é a principal orientação que o ins-
trutor irá passar para o seu aluno.
Sendo assim, é importante tor deve ser um disseminador
que o Instrutor saiba qual é o da boa pratica na direção.
seu papel na formação de O objetivo é fazer evoluir o
condutores de veículos de conhecimento por meio de
duas e quatro rodas, conside- valores, como a cidadania, a
rando sempre que além do solidariedade e o bom senso,
domínio teórico e técnica de a fim de tornar o trânsito
direção e pilotagem, o instru- mais humano.
Mas para que os objetivos de ensino sejam atingidos, é preciso
que o instrutor crie situações em que o aluno seja inserido a
realidade sendo capaz de modificar o seu comportamento, exi-
gindo assim um planejamento de ação, processos e comporta-
mentos.
Acompanhamento e avaliação no processo de ensino e apren-
dizagem: importância, procedimentos e habilidades necessárias
A avaliação é um dos processos mais importantes da aprendi-
zagem, pois é através desta análise que o instrutor e o aluno
podem dimensionar todo processo evolutivo educacional e
redirecionar os métodos utilizados durante o processo educati-
vo.
Com relação a avaliação, considerando o aspecto cognitivo do
educando, redirecionando o processo ensino-aprendizagem,

48
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Esteban (2004) faz as seguintes considerações:
“Avaliar o aluno deixa de significar fazer um julgamento sobre a sua apren-
dizagem, para servir como momento capaz de revelar o que o aluno já sabe
os caminhos que percorreu para alcançar o conhecimento demonstrado, seu
processo de construção do conhecimento, o que o aluno não sabe e o cami-
nho que deve percorrer para vir, a saber, o que é potencialmente revelado
em seu processo, suas possibilidades de avanço e suas necessidades para a
superação, sempre transitória, do não saber, possa ocorrer ”. (p.19)

A avaliação deve ter um obje- Existem várias formas de ava-


tivo, e a sua aplicabilidade liar o aluno, e todas essas
deve oferecer ao instrutor a formas podem ser aplicadas
base de conhecimento sobre para que o resultado de as-
os métodos e assimilação do similação do conhecimento
aluno durante o curso. seja satisfatório.
“O processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato
pelo aluno das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos
equivalentes. Essencialmente, por que não há paradas ou retrocessos nos
caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estão sempre evoluindo,
mas em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do
professor precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a
progredir sempre (HOFFMANN, 2001, p. 47).”

É importante definir a forma que a avaliação será aplicada, pois


ela deve ter caráter educativo e não punitivo, com o intuito de
promover a evolução da aprendizagem evitando o desânimo e
abandono por parte do aluno.
“Para que a avaliação funcione para os alunos como um meio de auto com-
preensão, importa que ela tenha o caráter de uma avaliação participativa. E
o professor a partir de instrumentos adequados discute como alunos o esta-
do de aprendizagem. O objetivo é chegar a um entendimento da situação de
aprendizagem que por usa vez está articulado com o processo de ensino ”.
(LUCKESI, 1990, p. 54).

49
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Além de estabelecer as formas de avaliação é preciso promover
a participação dos alunos na exposição dos resultados, sempre
levando em conta a continuidade do aprendizado, auxiliando
na identificação dos pontos a serem trabalhados e reforçados.
Especificidade da atuação do instrutor nos cursos teórico e de
prática de direção veicular em veículos de duas e de quatro ou
mais rodas
Ao fazer a abordagem dos assuntos específicos em sala de aula,
o instrutor deve considerar que o público é diverso e nem to-
dos estão matriculados para as duas categorias.
Sendo assim é interessante aula prática, pois uma vez
que o instrutor exponha que habilitado este aluno deverá
irá trabalhar todos os assun- saber sobre todas as particu-
tos referentes aos veículos de laridades da legislação para
forma separada, trazendo a cada tipo de veículo e quais
correlação entre os dois. Essa suas especificidades, para
abordagem deve acontecer uma boa atuação no trânsito.
em sala de aula e também na

50
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
ATIVIDADES
Módulo II
1 - O planejamento é um instrumento fundamental para o de-
senvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, além de
assegurar o bom andamento de uma aula. Sabendo disso, é
possível entender que:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2 - Conhecer o Projeto Político-Pedagógico (PPP) do Centro de
Formação de Condutores (CFC) onde o instrutor atua é funda-
mental, pois ele será um guia na elaboração do Planejamento.
Sendo assim, para planejar as atividades de ensino de forma
adequada, é importante que o instrutor:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

51
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
3 - Um dos itens do Planejamento deve estar baseado no se-
guinte questionamento: “O que eu espero do meu aluno ao
final desta aula?”. De qual item estamos falando?
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4 - Considerando que as evoluções tecnológicas contribuíram
para o trabalho do professor/instrutor em sala de aula, assinale
a alternativa correta que define o termo “tecnologia”:
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5 - Um dos instrumentos mais utilizados pelos professores em
sala de aula é o quadro-negro (quadro de giz ou lousa). Esse
recurso é visto pelos alunos como um excelente instrumento
visual. Quais são as vantagens do uso desse instrumento?
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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
6 - De acordo com a nova norma tornou-se obrigatório o uso de
simulador de trânsito nos Centros de Formação de Condutores
(CFCs). Qual a importância do simulador para o aluno?
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7 - O advento da internet trouxe (e ainda traz) novas possibili-
dades para a sala de aula, tanto no sentido tecnológico quanto
pedagógico. Nesse contexto, é correto afirmar que:
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53
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
54
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Módulo III
Língua Portuguesa
Habilidades de comunicação e expressão oral e escrita
Todos nós sabemos da importância da comunicação entre os
seres. Saber se comunicar de forma adequada nos garante o
entendimento social, profissional e educacional diminuindo e
os conflitos e trabalhando a debate de ideias e exposição dos
pensamentos.
O homem é um ser social, por gos que transformaram a
isso desenvolveu uma forma comunicação em algo padro-
de se comunicar com a natu- nizado entre os humanos.
reza e principalmente com a O homem se comunica o
sociedade. O desenvolvimen- tempo todo, mas é através da
to da fala trouxe a linguagem comunicação escrita e oral
dos símbolos, gestos e códi- que ele registra sua obra.
É preciso conhecer essas formas de comunicação para que haja
um entendimento entre as pessoas, e conhecer a forma correta
de falar e escrever é fundamental neste caso.
sunto abordado. O aperfeiço-
O instrutor passará para o
amento da leitura e da escrita
aluno todo seu conhecimento
é um exercício cotidiano, on-
técnico profissional, porém o
de o professor deve diversifi-
trabalho do professor exige
car sua leitura exercitando
leitura, interpretação e escri-
sua fala objetivando a inter-
ta de forma correta, para que
pretação de texto.
seu aluno compreenda o as-

55
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Alguns pontos precisam ser levados em consideração durante a
leitura e o desenvolvimento da escrita:
• ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
• ao encontrar palavras desconhecidas, destaque para interpreta-las depois
e definir o entendimento;
• ler o texto pelo menos duas vezes;
• admita a ideia do autor avaliando seus pensamentos e suas reflexões;
• fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
• prestar atenção especial o enunciado de cada questão;
• observe a ortografia do texto;
• preste atenção nas concordâncias e pontuações.

Os textos técnicos como leis e resoluções, trazem uma necessi-


dade de adaptação da leitura, exigindo do instrutor uma aten-
ção e interpretação cuidadosa. Só repasse o conteúdo do texto,
quando obtiver o domínio daquilo que está sendo exposto.
Importância da comunicação no processo de aprendizagem e
na direção de um veículo
Como colocado no parágrafo anterior, existem várias forma de
comunicação, e nas aulas práticas, essa comunicação é verbal e
gestual.
Quando falamos em comunicação ou linguagem gestual, esta-
mos nos referindo a postura do instrutor com relação ao seu
comportamento durante a direção e a abordagem prática do
aluno.
• Siga as regras básicas no momento de assumir sua aula pratica;
• Siga as regras de ajustes de bancos, espelhos e cinto;
• Analise junto ao seu aluno e confira se a postura está correta;
• Não cometa atos infracionais ou vícios de direção;

56
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• Não interaja de forma negativa com o aluno, outros motoristas ou pedes-
tres;
• Não expresse suas frustrações e descontentamento com o trabalho ou o
trânsito;
• Não discuta com outros motoristas ou pedestres;
• Ao corrigir o aluno, indique o comportamento correto, citando exemplos
positivos.

A sua postura irá se comunicar com o aluno, fazendo com que


ele entenda o que é correto fazer, levando sua postura como
exemplo.
Interpretação de texto
Quando nos referimos a interpretação e a compreensão de
textos, não levamos em consideração só o que acontece em
sala de aula, estas questões são essenciais em concursos, avali-
ações ou no trabalho. Todo texto precisa e necessita ser com-
preendido e interpretado para que seja possível obter conclu-
sões a respeito do assunto.
Precisamos compreender e interpretar o texto lido, avaliando
que esta atividade consiste em realizar a análise do que está
escrito, ou seja, coletar os dados apresentados no texto.
• Interpretação: As informações podem estar fora do texto, identificando a
análise e referência de determinado autor;
• Compreensão: As informações estão dentro texto de forma explicativa;
• Não existe texto difícil, existe texto mal interpretado, portanto preste
atenção nos pontos;
• Leia, leia, leia: a leitura constante aumenta e melhora o nível do seu voca-
bulário além de facilitar a leitura de outros textos;
• Vocabulário: fique atento as palavras novas e formas de expressão no
vocabulário do texto. Anote e veja seu significado, para facilitar a interpre-
tação;

57
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• Marcações: Faça marcações dos pontos que considera importante. Desta-
que de palavras-chave é uma ótima opção, pois facilita a visualização das
ideias principais do texto;
• Ler o texto na íntegra: Leia todo o texto e não tente fazer recortes, lendo
um parágrafo sim e outro não;
• Opinião do autor: No texto, o autor defende as ideias dele e você precisa
captá-las, percebê-las;
• Cuidado com as vírgulas: Tome bastante cuidado com o emprego de das
pontuações no texto, a não percepção dos pontos prejudica a interpretação.

Todos nós devíamos conseguir compreender e interpretar um


texto, mas sabemos que na prática não é assim. São vários os
fatores que contribuem para que tenhamos domínio no mo-
mento de interpretar e compreender um texto, a leitura cons-
tante auxilia no domínio do assunto e do vocabulário.

58
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
ATIVIDADES
Módulo III
1 - A comunicação pode ser entendida como o ato de transmitir
uma mensagem e, eventualmente, receber uma mensagem
como resposta (HOUAISS; VILLAR, 2009). É possível concluirmos
que a comunicação acontece:
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____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________

2 - Em relação à comunicação escrita, sabemos que as ideias


precisam ser organizadas antes de se iniciar o processo de es-
crita. Nesse contexto, relacione as colunas:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
3 - Para compreender e interpretar os textos, você precisa se
lembrar de algumas recomendações. Assinale a alternativa que
contempla essas ideias:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
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____________________________________________________

4 - O planejamento é um instrumento fundamental para o de-


senvolvimento, sendo assim:
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____________________________________________________
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60
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Módulo IV
Conteúdos a serem desenvolvidos nos
cursos teóricos
Legislação de trânsito
O veículo automotor chegou ao Brasil no início do século XX
acompanhando o surgimento da industrialização.
Com o tempo e a inserção nova visão sobre o cresci-
dos veículos no cotidiano das mento econômico e mudança
cidades, foram criadas regras de comportamento no trânsi-
de direção e de comporta- to. Esse cenário contribui
mento adequado nas vias para o aumento expressivo
públicas. Ao longo dos anos, do número de acidentes de
o consumo referido na com- trânsito com vítimas.
pra de automóvel trouxe uma

Partindo desse pressuposto, é possível considerar que existe


hoje uma necessidade urgente de mobilizar a sociedade brasi-
leira para que um novo posicionamento no trânsito seja adota-
do, visando a diminuição no número de acidentes.
Essa mobilização deve ser res, passageiros e pedestres,
realizada pelas instituições pois de acordo com o CTB, o
públicas e privada, porém objetivo geral é garantir a
quem deve propagar as ações segurança de todos os envol-
no cotidiano são os conduto- vidos no trânsito.
Com a publicação da nova Lei 9.503 instituindo o atual Código
de Trânsito Brasileiro, em 23 de setembro de 1997, foram esta-
belecidos os direitos e deveres do cidadão, os quais têm como
base a Constituição Federal do Brasil (1988) e a Convenção de
Viena (1968), na qual foi acordada a padronização da sinaliza-
ção em diversos países. Temos também o Acordo do Mercosul

61
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
(1992), criando, assim, determinadas normas para que todos
possam utilizar os espaços de forma igualitária, porém trazendo
aos condutores e pedestres normas que caso descumpridas
estarão sujeitos às penalidades dispostas no CTB.
Como colocamos anteriormente, o CTB estabelece os direitos e
deveres do cidadão em relação ao trânsito.
Direitos:
Art. 72. Todo cidadão ou en- dever de analisar as solicita-
tidade civil tem o direito de ções e responder, por escrito,
solicitar, por escrito aos ór- dentro de prazos mínimos,
gãos ou entidades do Sistema sobre a possibilidade ou não
Nacional de Trânsito, sinali- de atendimento, esclarecen-
zação, fiscalização e implan- do ou justificando a análise
tação de equipamentos de efetuada, e, se pertinente,
segurança, bem como sugerir informando ao solicitante
alterações em normas, legis- quando tal evento ocorrerá.
lação e outros assuntos per-
Art. 74. A educação para o
tinentes a este Código. trânsito é direito de todos e
Art. 73. Os órgãos ou entida- constitui dever prioritário
des pertencentes ao Sistema para os componentes do Sis-
Nacional de Trânsito têm o tema Nacional de Trânsito.
Deveres:
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstá-
culo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou
ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atiran-
do, depositando ou abandonando na via objetos ou substân-
cias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
CTB, 1997.

62
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Vamos analisar quais os elementos que compõe o trânsito e
qual a importância de cada um desses elementos:
• O homem: o ser pensante e racional que expressa comportamentos e
ideias, com a capacidade de alterar o mundo a sua volta;
• O veículo: meio de transporte criado para transportar pessoas e cargas;
• A via: é a espaço por onde circulam pessoas, animais e veículos.

O CTB é composto atualmen- fluidez e qualidade no trânsi-


te por 22 capítulos e 341 arti- to.
gos, mas também traz um O Sistema Nacional de Trânsi-
conjunto de resoluções, por- to (SNT) tem como objetivo
tarias e deliberações, assim estabelecer as diretrizes da
como outras normatizações Política Nacional de Trânsito,
complementares. É preciso e é formado por órgãos con-
estar atualizado para não sultivos e normativos além
descumprir nenhuma de suas das entidades da União, dos
normas e assim garantir a estados, do Distrito Federal e
dos municípios.

63
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Vamos iniciar os estudos conhecendo os órgãos e suas compe-
tências, conforme o artigo 7° do CTB.

Órgãos normativos do SNT:


• CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do normativo com
sede em Brasília.
• CETRAN: Conselho Estadual de Trânsito, com sede na capital de cada estado
brasileiro.
• CONTRANDIFE: Conselho de Trânsito do Distrito Federal, com sede em Brasí-
lia.
Órgãos executivos federais do SNT:
• DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito, com sede em Brasília.
• DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
• PRF: Polícia Rodoviária Federal.
Órgãos executivos estaduais do SNT:
• DETRAN: Departamento Estadual de Trânsito, com sede na capital de cada
estado brasileiro.
• CIRETRAN: Circunscrição Regional de Trânsito.
• DER: Departamento de Estradas de Rodagem.
• PM: Polícia Militar e Policia Rodoviária Estadual.

64
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Órgãos e as entidades que compõem o SNT.

CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE


65
Fonte: IbacBrasil, 2015.

66
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
67
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Segundo a classificação do CTB:
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas,
os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as
rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou enti-
dade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiari-
dades locais e as circunstâncias especiais.
Vias públicas
Os órgão e entidades de trânsito ou rodoviários com circunscri-
ção sobre a via poderão regulamentar através de sinalização
superiores ou inferiores estabelecidas no CTB.
Quanto a classificação da via:
Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua utiliza-
ção, classificam-se em:
Vias Urbanas:
Ruas, avenidas ou caminhos abertos a circulação publica, situa-
das nas áreas urbanas, caracterizadas principalmente por pos-
suírem imóveis edificados.
a) via de trânsito rápido - caracterizada por acessos especiais, com trânsito
livre, sem interseção em nível, sem acesso a lotes lindeiros, sem travessia de
pedestre em nível ou sinalização semafórica;
b) via arterial - caracterizada por intercessão em nível geralmente controla-
da por semáforos, com acessibilidade direta aos lotes lindeiros, possibilitan-
do o trânsito entre regiões, bairros, das cidades;
c) via coletora - possibilita o trânsito dentro das regiões ou bairros das cida-
des, tem finalidade de coletar e distribuir o trânsito das vias arteriais;
d) via local - caracterizada por não ser semaforizada, destinada apenas ao
trânsito dentro do bairro e áreas restritas.

68
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Vias Rurais:
São as estradas e rodovias situadas fora das áreas urbanas.
a) Rodovias - Vias rurais pavimentadas;
b) Estradas - Vias rurais não pavimentadas.

Conforme o Art. 61 do CTB, a velocidade máxima permitida


para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas
suas características técnicas e as condições de trânsito, no pa-
rágrafo primeiro retrata que onde não existir sinalização regu-
lamentadora, a velocidade máxima será de:
Velocidade instituída nas as vias urbanas:
• 80 km/h nas vias de trânsito rápido:
• 60 km/h nas vias arteriais;
• 40 km/h nas vias coletoras;
• 30 km/h nas vias locais.

Velocidade instituída nas vias rurais:


Nas rodovias de pista dupla
• 110 km/h- para automóveis, camionetas e motocicletas
• 90 km/h - para os demais veículos;

Nas rodovias de pista simples


• 100 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas;
• 90 km/h para os demais veículos

Nas estradas:
• 60 km/h para todos os veículos

69
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
De acordo com o Art. 62 do CTB, a velocidade mínima não po-
derá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida,
respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.
Habilitação
O processo de habilitação está descrito no CTB, através do:
Art. 140. A habilitação para preencher os seguintes re-
conduzir veículo automotor e quisitos:
elétrico será apurada por I - ser penalmente imputável;
meio de exames que deverão
ser realizados junto ao órgão II - saber ler e escrever;
ou entidade executivos do III - possuir Carteira de Iden-
Estado ou do Distrito Federal, tidade ou equivalente.
do domicílio ou residência do
candidato, ou na sede esta- Parágrafo único. As informa-
dual ou distrital do próprio ções do candidato à habilita-
órgão, devendo o condutor ção serão cadastradas no
RENACH.
Resumindo:
 Ser aprovado nos exames de aptidão física e mental, e na Avaliação
psicológica;
 Concluir curso teórico;
 Ser aprovado no exame teórico;
 Concluir curso prático de 25 h/a “B” e 20 h/a “A” (20% aulas noturnas);
 Ser aprovado no exame prático de direção veicular

Após a aprovação nos exa- ras/aula. Com o curso conclu-


mes médico e psicológico, o ído, o candidato será subme-
candidato poderá frequentar tido ao exame técnico-
o curso teórico-técnico no teórico no Detran. O exame é
Centro de Formação de Con- constituído por uma prova
dutores (CFC) de 45 ho-

70
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
convencional ou eletrônica de, no mínimo, 30 (trinta) questões,
as quais incluem todo o conteúdo programático equivalente à
carga horária de cada disciplina, organizada de forma individu-
al. Para aprovação, o candidato deve obter, no mínimo, 70% de
acerto das questões.
Em caso de reprovação, o candidato fará nova tentativa no pra-
zo de quinze dias.
Licença para Aprendizagem de Direção Veicular (LADV)
Quando iniciar o aprendizado prático de direção veicular em
um CFC, o aluno receberá a LADV, expedida pelo Detran do
estado.
Essa licença serve para as Se o candidato optar pela
seguintes categorias: ACC, A, mudança de CFC, deverá ser
B, ACC/B e A/B, e tem valida- expedida nova LADV. Para
de de 1 ano, a mesma do tanto, deve-se considerar as
processo de habilitação. aulas já ministradas e o prazo
de validade. O candidato que
Para realizar a prática de di-
conduzir o veículo em desa-
reção veicular, o candidato
cordo com as normas refe-
deve portar a LADV (original)
rentes à LADV terá a licença
acompanhada de documento
suspensa por 6 meses.
de identidade e estar acom-
panhado de um instrutor.
Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na aprendi-
zagem poderá conduzir apenas mais 1 acompanhante.

71
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Direção veicular
Após a realização do curso prático de no mínimo, 25 horas-aula
na categoria B, o candidato poderá realizar o exame prático a
fim de obter a CNH para veículos de quatro rodas ou mais.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS EXAME PRÁTICO DE DIREÇÃO
VEICULAR
ARTIGO 3º: DA AVALIAÇÃO
3.1 - ESTACIONAMENTO DO VEÍCULO PARA CATEGORIA “B”,
“C” e “D”.
O candidato tem direito a 3 (quarenta) nas categorias “C”
(três) tentativas para a colo- e “D”.
cação e retirada do veículo Sendo as 3 (três) tentativas
entre as balizas, no tempo no tempo limite estabelecido
máximo de 5 (cinco) minutos para cada categoria. Caso o
para categoria “B” e 6 (seis) tempo seja esgotado, o can-
minutos para “C e D”, sem didato estará eliminado e
restrições de manobras. com resultado reprovado. Ao
Caso o candidato não consiga início do balizamento deve
executar o estacionamento, o ser acionado a seta indicado-
mesmo deve iniciar uma se- ra de estacionamento, ante-
gunda ou terceira tentativa, cedendo a intenção de ma-
onde tem que retirar total- nobra e o cronometro deve
mente o veículo da vaga para ser acionado quando os ro-
que se inicie uma nova tenta- dados dianteiros transporem
tiva. as faixa verde pintada atrás
do protótipo.
O veículo deve ficar alinhado
o mais próximo do meio-fio, Quando o candidato concluir
com distância máxima de até o estacionamento, deve aci-
30 (trinta) centímetros da onar o freio estacionário e
guia na categoria “B” e 40 após instrução do Examina-

72
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
dor o candidato tem que reti- cio da baliza, serão computa-
rar o veículo, ultrapassando das, independente de não
totalmente a faixa vermelha ultrapassar a faixa verde.
pintada à frente do protótipo § 2º - Veículos providos de
dianteiro, neste momento “sensor ou sirene de estacio-
será encerrada a cronome- namento” ao acionamento da
tragem. ré, seja sonoro ou através de
Após transpor a faixa verme- imagem, deve ter este aces-
lha, deve retornar o veículo sório desligado quando o
em marcha ré, antes da faixa Exame estiver sendo realiza-
verde do início da baliza, para do.
esta ação o candidato tem 3 § 3° - Veículos providos de
(três) tentativas. sensor/alarme sonoro que
Não finalizando esta mano- indique a aplicação do freio
bra, tocando ou derrubando de mão ou providos de retro-
o protótipo, ou qualquer co- visor elétricos, com aciona-
ne e descumprindo a área de mento automático quando
balizamento, o candidato é acionado a ré, poderá estar
considerado eliminado. ligado normalmente.
§ 1º - As faltas cometidas
pelo candidato, antes do iní-
3.2 - ESTACIONAMENTO DO VEÍCULO PARA CATEGORIA “E”
Para a Categoria “E”, a ma- A colocação do veículo no
nobra deve ser realizada em espaço demarcado, deve ser
“L”. no sentido de marcha ré,
sendo vedada manobras.
O candidato tem direito a 3
(três) tentativas para a colo- O veículo deve ficar alinhado
cação do veículo no espaço o mais próximo do meio-fio
demarcado no tempo máxi- com distância máxima de 50
mo de 9 (nove) minutos. (cinquenta) centímetros, não
sendo permitido tocar nos

73
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
balizamentos (cones, hastes, Caso o(s) pneu(s) do cavalo-
etc.), caso ocorra será elimi- trator avance sobre o meio-
nado. fio ou encoste em cone/haste
de demarcação, o candidato
Caso o(s) pneu(s) do semirre-
será reprovado
boque avance sobre o meio-
fio, perderá a tentativa.
3.3 - PERCURSO PARA CATEGORIA “A”
I - O exame tem início no progressão 1ª, 2ª e 3ª e redu-
momento em que o rodado ção 2ª e 1ª marcha, e efetu-
dianteiro da motocicleta ando manobra de retorno em
transpor a faixa de início. um ponto também pré-
estabelecido, conforme ins-
II - O percurso deve ser reali-
truções do examinador.
zado contendo os seguintes
requisitos para avaliação: IV - Após iniciado o exame,
caso a motocicleta interrom-
a) equilíbrio no veículo;
pa o funcionamento do mo-
b) capacidade de manobra; tor, por falha mecânica e o
c) reflexos diante de obstácu- veículo não responda ao co-
los. mando de ignição, deverá
solicitar ao instrutor do CFC,
III – Após o percurso dos obs- a correção do problema no
táculos, o candidato deve tempo máximo de 15 minu-
imobilizar o veículo em um tos. Solucionado o problema,
ponto pré-estabelecido para posiciona o veículo novamen-
iniciar o procedimento de te e reinicia-se o exame.

O Exame de Direção Veicular para a categoria A deve ser reali-


zado em veículo com cilindrada acima de 120 cm³.
O candidato é considerado reprovado no Exame de Direção
Veicular se cometer falta eliminatória ou se a soma dos pontos

74
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
negativos ultrapassar 3 (três), conforme cita o parágrafo único
do art. 18 da Resolução n. 168/2004 do CONTRAN.
A pontuação negativa por faltas cometidas durante todas as
etapas do exame é assim classificada:
• Uma falta eliminatória: reprovação.
• Uma falta grave: 3 (três) pontos negativos.
• Uma falta média: 2 (dois) pontos negativos.
• Uma falta leve: 1 (um) ponto negativo.

Após todo esse processo, se o candidato for aprovado, recebe-


rá a Permissão para Dirigir (PPD) ou "Autorização para conduzir
ciclomotores", sendo provisória e válida por um ano.
Permissão para Dirigir (PPD)
A renovação da permissão para dirigir (PPD) para CNH só será
expedida após 12 (doze) meses da sua emissão.
O condutor terá prazo de 30 em infração média, caso
dias para efetivar sua habili- ocorra a irregularidade, sua
tação junto o Detran; durante habilitação será anulada e
esse tempo, poderá continu- terá que iniciar novo proces-
ar dirigindo sem incorrer em so.
infração de trânsito. Ao candidato considerado
Lembre-se de que, durante o apto para conduzir ciclomo-
período da permissão, o con- tores é conferida a ACC (Au-
dutor não poderá incorrer em torização para Conduzir Ci-
infrações de natureza grave, clomotores) provisória, com
gravíssima ou ser reincidente validade de 1 ano.
Caso o Permissionário cometa uma infração grave, gravíssima
ou seja reincidente em uma infração média, deverá reiniciar
todo o processo de habilitação, precisando, nesse caso, refazê-
lo em todas as etapas, conforme o parágrafo 4.º do art. 148 do
CTB − Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997.
75
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Renovação da CNH e exame psicológico
A validade da CNH coincide com a validade do Exame de Capa-
cidade Física e Mental, que tem validade de 5 (cinco) anos para
pessoas com menos de 65 (sessenta e cinco) anos de idade e de
3 (três) anos para idosos acima dessa idade.
Outros prazos também po- da CNH, e terá prazo de até
dem ser estabelecidos a cri- 30 (trinta) dias após o venci-
tério médico e, dependendo mento para continuar diri-
do caso, o exame psicológico gindo sem que ocorra irregu-
também deve ser renovado. laridade de trânsito, após
esse período é possível reno-
Você poderá iniciar o proces-
var, mas não é permitido
so de renovação até 30 (trin-
dirigir!
ta) dias antes do vencimento
Renovação da CNH para habilitados antes de 1998, conforme
Art. 150 do CTB
O condutor que ainda não frequentou o curso de Direção De-
fensiva e Primeiros Socorros deverá fazê-lo em até 30 (trinta)
dias após o vencimento da carteira, caso contrário incorrerá em
multa, infração gravíssima de 7 pontos, e a medida administra-
tiva será o recolhimento do documento de habilitação e reten-
ção do veículo até a apresentação de um condutor habilitado.
Documentação obrigatória do condutor
Conforme o art. 1.º da Resolução n. 205, de 20 de outubro de
2006 (BRASIL, 2006), os documentos obrigatórios são:
•I. Autorização para Conduzir •II. Certificado de Registro e
Ciclomotor (ACC), Permissão Licenciamento de Veículo
para Dirigir (PPD) ou Carteira (CRLV) original.
Nacional de Habilitação
(CNH) originais.

76
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Entendendo as categorias conforme o artigo e as regras para
alteração de categorias

Categoria Características

Todos os veículos automotores e elétricos, de 2 (duas) ou 3


Categoria A
(três) rodas, com ou sem carro lateral.

Veículos automotores e elétricos de 4 (quatro) rodas cujo


peso bruto total (PBT) não excede a 3.500 (três mil e qui-
nhentos) kg e cuja lotação não excede a 8 (oito) lugares,
Categoria B excluído o do motorista, contemplando a combinação de
unidade acoplada, reboque, semirreboque ou articulada,
desde que não ultrapasse a lotação e a capacidade de peso
estabelecida para a categoria.

Todos os veículos automotores e elétricos utilizados em


transporte de carga cujo PBT excede 3.500 (três mil e qui-
nhentos) kg; tratores, máquinas agrícolas e de movimenta-
ção de cargas, motor-casa, combinação de veículos em que a
unidade acoplada, reboque, semirreboque ou articulada não
Categoria C
excede 6.000 (seis mil) kg de PBT; todos os veículos abrangi-
dos pela categoria B. Para obter essa categoria, o candidato
deve procurar um centro de formação de condutores, ter no
mínimo um ano de categoria B e não ter cometido nenhuma
infração gravíssima, grave ou média nos últimos 12 meses.

Veículos automotores e elétricos utilizados no transporte de


passageiros cuja lotação excede 8 (oito) lugares; todos os
veículos abrangidos nas categorias B e C. Para obter essa
Categoria D categoria, o candidato deve procurar um centro de formação
de condutores, ter no mínimo um dois de categoria B ou um
ano na C e não ter cometido nenhuma infração gravíssima,
grave ou média nos últimos doze meses.

Combinação de veículos automotores e elétricos em que a


unidade tratora se enquadra nas categorias B, C ou D e cuja
Categoria E
unidade acoplada, reboque, semirreboque, articulada ou
com mais de uma unidade tracionada, tenha 6.000 (seis mil)

77
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
kg ou mais de PBT, ou a lotação exceda a 8 (oito) lugares,
enquadrados na categoria trailer; todos os veículos abrangi-
dos pelas categorias B, C e D. Para obter essa categoria, o
candidato deve procurar um centro de formação de condu-
tores, ter no mínimo um ano de categoria C e não ter come-
tido nenhuma infração gravíssima, grave ou média nos últi-
mos 12 meses.

Fonte: IbacBrasil,2015.

Lembre-se que para alterar a categoria da CNH, condutor terá


que se matricular em um CFC, e realizar exames de aptidão
física e mental, em caso de EAR (Exercício de Atividade Remu-
nerada), juntamente com exames toxicológicos exigidos para as
categorias C, D e E. Após o término dos exames, deverá realizar
20 h/a de prática veicular, sendo avaliado ao final do processo.
Documentação de condutor e veículo
Conforme o art. 1.º da Resolução n. 205, de 20 de outubro de
2006, o condutor de veículos automotores precisa portar al-
guns documentos obrigatórios, quais sejam:
•1. Autorização para Condu- faça o cadastro para utiliza-
zir Ciclomotor (ACC), Permis- ção do aplicativo nos postos
são para Dirigir (PPD) ou Car- do Detran.
teira Nacional de Habilitação •2. Certificado de Registro e
(CNH), originais. O CONTRAN Licenciamento de Veículo
publicou a norma da CNH (CRLV) original. Este docu-
eletrônica, que poderá ser mento será dispensado caso
conferida a partir de um apli- o agente fiscalizador utilize o
cativo de celular. Porém é sistema eletrônico de verifi-
obrigatório que o condutor cação de débitos.

78
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Certificado de Registro de Veículo (CRV)
Esse documento comprova a propriedade do veículo e oficiali-
za, junto aos órgãos de trânsito, uma futura transferência.
• Não é necessário portar esse documento para dirigir, mas ele precisa ser
guardado para possíveis e necessárias alterações, como alteração de propri-
edade, mudanças de endereço (município ou estado), alterações nas carac-
terísticas do veículo (rebaixamento da suspensão, alteração de cor, de com-
bustível etc.) e na categoria.
• Qualquer uma dessas alterações deve ser comunicada imediatamente ao
DETRAN. O prazo máximo para transferência de propriedade é de 30 dias, e
ultrapassar esse prazo constitui infração GRAVE (Art. 233 do CTB).
• Toda e qualquer alteração precisa ser solicitada antecipadamente aos
órgãos de trânsito responsáveis. Somente após essa autorização é que se
executa a alteração e, na sequência, se procede à inclusão no documento.

Certificado de Registro de Licenciamento de Veículos (CRLV) ou


Certificado de Licenciamento Anual (CLA)
Esse documento é semelhante ao CRV e deve ser renovado
anualmente. O envio da nova documentação acontece após
terem sido quitados todos os débitos do veículo (Taxa de Licen-
ciamento, Seguro Obrigatório, Imposto sobre a Propriedade de
Veículo Automotor (IPVA) e multas vencidas).
• Quando houver suspeita de adulteração do documento, o condutor terá o
CRLV recolhido.
• Os Detrans devem expedir vias originais do CRLV tantas vezes quantas
forem solicitadas pelo proprietário do veículo.

Normas de circulação e conduta


Podemos definir como o comportamento correto de transitar-
mos pelas vias urbanas abertas à circulação, sem colocar em
risco os demais usuários da via. Devida a sua importância para
o bem comum, foi dedicado um Capitulo do CTB, para este te-
ma, Capítulo III, que já traz no seu início o seguinte:

79
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstá-
culo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou
ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atiran-
do, depositando ou abandonando na via objetos ou substân-
cias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
Procedimentos:
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à cir-
culação obedecerá às seguintes normas:
I - a circulação far-se-á pelo a) no caso de apenas um flu-
lado direito da via, admitin- xo ser proveniente de rodo-
do-se as exceções devida- via, aquele que estiver circu-
mente sinalizadas; lando por ela;
II - o condutor deverá guar- b) no caso de rotatória, aque-
dar distância de segurança le que estiver circulando por
lateral e frontal entre o seu e ela;
os demais veículos, bem co- c) nos demais casos, o que
mo em relação ao bordo da vier pela direita do condutor;
pista, considerando-se, no
momento, a velocidade e as IV - quando uma pista de
condições do local, da circu- rolamento comportar várias
lação, do veículo e as condi- faixas de circulação no mes-
ções climáticas; mo sentido, são as da direita
destinadas ao deslocamento
III - quando veículos, transi- dos veículos mais lentos e de
tando por fluxos que se cru- maior porte, quando não
zem, se aproximarem de local houver faixa especial a eles
não sinalizado, terá preferên- destinada, e as da esquerda,
cia de passagem: destinadas à ultrapassagem e

80
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
ao deslocamento dos veículos estacionamento e parada,
de maior velocidade; quando em serviço de urgên-
cia e devidamente identifica-
V - o trânsito de veículos so-
dos por dispositivos regula-
bre passeios, calçadas e nos
mentares de alarme sonoro e
acostamentos, só poderá
iluminação vermelha intermi-
ocorrer para que se adentre
tente, observadas as seguin-
ou se saia dos imóveis ou
tes disposições:
áreas especiais de estacio-
namento; VIII - os veículos prestadores
de serviços de utilidade pú-
VI - os veículos precedidos de
blica, quando em atendimen-
batedores terão prioridade
to na via, gozam de livre pa-
de passagem, respeitadas as
rada e estacionamento no
demais normas de circulação;
local da prestação de serviço,
VII - os veículos destinados a desde que devidamente sina-
socorro de incêndio e salva- lizados, devendo estar identi-
mento, os de polícia, os de ficados na forma estabelecida
fiscalização e operação de pelo CONTRAN;
trânsito e as ambulâncias,
além de prioridade de trânsi-
to, gozam de livre circulação,

Distancia lateral
É a distância mínima de segurança que o condutor deve manter
ao cruzar ou ultrapassar outro veículo.
Distancia frontal
É a distância que o condutor deve seguir, de forma a sentir-se
seguro e possa parar seu veículo se preciso for.

Cruzamento de vias

81
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Ao se aproximar de um cruzamento o condutor deve:
 demonstrar prudência especial;
 sinalizar com antecedência;
 diminuir a velocidade;
 dar passagem a pedestre e veículos que tem o direito de preferên-
cia e prioridade;
 se for obrigado a parar o veículo na área de cruzamento ou em se-
máforo, não obstruir ou impedir a passagem do trânsito transver-
sal.

Ao se aproximar de qualquer fluxo que se cruzam terá prefe-


rência de passagem:
1-• no caso de apenas um fluxo for proveniente de rodovias, aquele que
estiver circulando por ela;
2-• no caso de rotatória terá preferência de passagem aquele que estiver
transitando por ela;
3-• nos demais casos terá preferência de passagem os veículos que estivem
a direita.

Condições de ultrapassagens
O condutor ao iniciar uma ultrapassagem, deve respeitar a li-
nha de divisão de fluxo.
• Dupla continua - Ultrapassagem proibida para ambos os lados.
• Dupla continua / seccionada - Proibido a ultrapassagem de apenas do lado
que a faixa esta continua.
• Simples seccionada – ultrapassagem permitida de ambos os sentidos.

Como ultrapassar com segurança


A ultrapassagem de um veículo em movimento deve ser feita
pela esquerda, obedecendo à sinalização regulamentar e as
demais normas estabelecidas no CTB, exceto quando o veículo
a ser ultrapassado estiver sinalizando a intenção de entrar a
esquerda.

82
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Todo condutor antes de efetuar uma ultrapassagem deverá
certificar-se que:
Art. 29 CTB b) afastar-se do usuário ou
usuários aos quais ultrapassa,
X - todo condutor deverá,
de tal forma que deixe livre
antes de efetuar uma ultra-
uma distância lateral de se-
passagem, certificar-se de
gurança;
que:
c) retomar, após a efetivação
a) nenhum condutor que ve-
da manobra, a faixa de trânsi-
nha atrás haja começado
to de origem, acionando a luz
uma manobra para ultrapas-
indicadora de direção do veí-
sá-lo;
culo ou fazendo gesto con-
b) quem o precede na mesma vencional de braço, adotando
faixa de trânsito não haja os cuidados necessários para
indicado o propósito de ul- não pôr em perigo ou obstru-
trapassar um terceiro; ir o trânsito dos veículos que
c) a faixa de trânsito que vai ultrapassou;
tomar esteja livre numa ex- Art. 30. Todo condutor, ao
tensão suficiente para que perceber que outro que o
sua manobra não ponha em segue tem o propósito de
perigo ou obstrua o trânsito ultrapassá-lo, deverá:
que venha em sentido con-
I - se estiver circulando pela
trário;
faixa da esquerda, deslocar-
XI - todo condutor ao efetuar se para a faixa da direita, sem
a ultrapassagem deverá: acelerar a marcha;
a) indicar com antecedência a II - se estiver circulando pelas
manobra pretendida, acio- demais faixas, manter-se na-
nando a luz indicadora de quela na qual está circulando,
direção do veículo ou por sem acelerar a marcha.
meio de gesto convencional
Parágrafo único. Os veículos
de braço;
mais lentos, quando em fila,

83
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
deverão manter distância coletivo que esteja parado,
suficiente entre si para per- efetuando embarque ou de-
mitir que veículos que os ul- sembarque de passageiros,
trapassem possam se interca- deverá reduzir a velocidade,
lar na fila com segurança. dirigindo com atenção redo-
brada ou parar o veículo com
Art. 31. O condutor que te-
vistas à segurança dos pedes-
nha o propósito de ultrapas-
tres.
sar um veículo de transporte
É proibido ultrapassar:
Art. 32. O condutor não po- derando sua posição, sua
derá ultrapassar veículos em direção e sua velocidade.
vias com duplo sentido de Art. 35. Antes de iniciar qual-
direção e pista única, nos quer manobra que implique
trechos em curvas e em acli- um deslocamento lateral, o
ves sem visibilidade suficien- condutor deverá indicar seu
te, nas passagens de nível, propósito de forma clara e
nas pontes e viadutos e nas com a devida antecedência,
travessias de pedestres, exce- por meio da luz indicadora de
to quando houver sinalização direção de seu veículo, ou
permitindo a ultrapassagem. fazendo gesto convencional
Art. 33. Nas interseções e de braço.
suas proximidades, o condu- Parágrafo único. Entende-se
tor não poderá efetuar ultra- por deslocamento lateral a
passagem. transposição de faixas, mo-
Art. 34. O condutor que quei- vimentos de conversão à di-
ra executar uma manobra reita, à esquerda e retornos.
deverá certificar-se de que Art. 36. O condutor que for
pode executá-la sem perigo ingressar numa via, proce-
para os demais usuários da dente de um lote lindeiro a
via que o seguem, precedem
essa via, deverá dar prefe-
ou vão cruzar com ele, consi- rência aos veículos e pedes-

84
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
tres que por ela estejam
transitando.

Manobras de mudança de direção


O condutor que for executar uma manobra deverá:
 certificar-se que pode executar sem colocar em risco os de-
mais usuários da via;
 sinalizar com antecedência acionando as luzes indicadoras de
direção, ou fazendo gesto convencional com os braços;
 nas vias providas de acostamento o condutor devera guardar
a direita antes de executar a operação de retorno ou conver-
são a esquerda com segurança;
 nas vias urbanas a operação de retorno deverá ser executada
nos locais determinados, por meio de sinalização, por exis-
tência de locais apropriados ou em outros locais que não ofe-
reça perigo para os demais usuários da via.

Vamos observar os termos técnicos do CTB:


Art. 36. O condutor que for I - ao sair da via pelo lado
ingressar numa via, proce- direito, aproximar-se o má-
dente de um lote lindeiro a ximo possível do bordo direi-
essa via, deverá dar prefe- to da pista e executar sua
rência aos veículos e pedes- manobra no menor espaço
tres que por ela estejam possível;
transitando. II - ao sair da via pelo lado
Art. 38. Antes de entrar à esquerdo, aproximar-se o
direita ou à esquerda, em máximo possível de seu eixo
outra via ou em lotes lindei- ou da linha divisória da pista,
ros, o condutor deverá: quando houver, caso se trate
de uma pista com circulação
nos dois sentidos, ou do bor-
85
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
do esquerdo, tratando-se de mento e junto à guia da cal-
uma pista de um só sentido. çada (meio-fio), admitidas as
exceções devidamente sinali-
Parágrafo único. Durante a
zadas.
manobra de mudança de di-
reção, o condutor deverá § 1º Nas vias providas de
ceder passagem aos pedes- acostamento, os veículos
tres e ciclistas, aos veículos parados, estacionados ou em
que transitem em sentido operação de carga ou descar-
contrário pela pista da via da ga deverão estar situados
qual vai sair, respeitadas as fora da pista de rolamento.
normas de preferência de § 2º O estacionamento dos
passagem. veículos motorizados de duas
Art. 39. Nas vias urbanas, a rodas será feito em posição
operação de retorno deverá perpendicular à guia da cal-
ser feita nos locais para isto çada (meio-fio) e junto a ela,
determinados, quer por meio salvo quando houver sinaliza-
de sinalização, quer pela exis- ção que determine outra
tência de locais apropriados, condição.
ou, ainda, em outros locais § 3º O estacionamento dos
que ofereçam condições de veículos sem abandono do
segurança e fluidez, observa- condutor poderá ser feito
das as características da via, somente nos locais previstos
do veículo, das condições neste Código ou naqueles
meteorológicas e da movi- regulamentados por sinaliza-
mentação de pedestres e ção específica.
ciclistas.
Art. 49. O condutor e os pas-
Art. 48. Nas paradas, opera- sageiros não deverão abrir a
ções de carga ou descarga e porta do veículo, deixá-la
nos estacionamentos, o veí- aberta ou descer do veículo
culo deverá ser posicionado sem antes se certificarem de
no sentido do fluxo, paralelo que isso não constitui perigo
ao bordo da pista de rola-

86
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
para eles e para outros usuá- ocorrer sempre do lado da
rios da via. calçada, exceto para o condu-
tor.
Parágrafo único. O embarque
e o desembarque devem
Prioridade de passagem conforme CTB
Art. 29 mentares de alarme sonoro e
iluminação vermelha intermi-
VI - os veículos precedidos de
tente, observadas as seguin-
batedores terão prioridade
tes disposições:
de passagem, respeitadas as
demais normas de circulação; XII - os veículos que se deslo-
cam sobre trilhos terão pre-
VII - os veículos destina-
ferência de passagem sobre
dos a socorro de incêndio e
os demais, respeitadas as
salvamento, os de polícia, os
normas de circulação.
de fiscalização e operação de
trânsito e as ambulâncias, Lembre-se: ao se aproximar
além de prioridade de trânsi- de cruzamento não sinaliza-
to, gozam de livre circulação, do, o condutor deverá dar
estacionamento e parada, preferência ao veículo que se
quando em serviço de urgên- desloca a sua direita.
cia e devidamente identifica-
dos por dispositivos regula-

Uso corretos de luzes

O motorista deverá manter os faróis do veículo acesos e usar


luz baixa durante a noite e durante o dia nos túneis que te-
nham iluminação pública e nas rodovias.
Já nas vias não iluminadas, o motorista deverá utilizar luz alta,
exceto ao cruzar com outro veículo ou se estiver seguindo-o.
A troca de luz baixa e alta, de vistas a advertir outros moto-
maneira intermitente e por ristas, poderá ser usada ape-
curto período de tempo, com nas para indicar a intenção de
87
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
ultrapassagem do veículo que segurança aos demais veícu-
segue à frente ou para apon- los que circulam no sentido
tar a existência de risco à contrário.
Veja outras orientações para uso da luz do veículo:
I. Sob chuva forte, neblina ou cerração, o condutor deverá manter acesas,
ao menos, as luzes de posição do veículo;
II. Durante a noite, em circulação, o motorista deverá manter acesa a luz de
placa;
III. À noite, quando o motorista estiver parado para embarque ou desem-
barque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias, deverá manter
acesas as luzes de posição.

Vale relembrar que os ciclos motorizados e os veículos de


transporte coletivo de passageiros, quando circularem em fai-
xas a eles destinadas, deverão utilizar farol de luz baixa durante
o dia e à noite.
Quanto ao pisca-alerta, só deverá ser utilizado em imobiliza-
ções ou situações de emergência, e quando a regulamentação
da via determinar o uso.
Motocicletas e ciclomotores
Os arts. 54, 55, 64 e 65 do CTB (BRASIL, 1997) trazem determi-
nações para a segurança dos condutores e dos passageiros.
Art. 54. Os condutores de II. segurando o guidom com
motocicletas, motonetas e as duas mãos;
ciclomotores só poderão cir- III. usando vestuário de pro-
cular nas vias: teção, de acordo com as es-
I. utilizando capacete de se- pecificações do CONTRAN.
gurança, com viseira ou ócu-
los protetores;
Art. 55. Os passageiros de ciclomotores só poderão ser
motocicletas, motonetas e transportados:

88
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
1.I. utilizando capacete de suplementar atrás do condu-
segurança; tor;
2.II. em carro lateral acoplado 3.III. usando vestuário de
aos veículos ou em assento proteção, de acordo com as
especificações do CONTRAN.

Para finalizarmos, veja, a seguir, outras normas que devem ser


seguidas pelos condutores (BRASIL, 1997):

1.Documentos do veículo e condutor, dentro da validade e no original (art.


159);
2.Próteses ou adaptações exigidas na sua Carteira Nacional de Habilitação −
CNH (art. 162, inciso IV);
3.Veículo em boas condições de conservação e funcionamento (art. 27);
4.Combustível suficiente (art. 27);
5.Equipamentos obrigatórios (art. 27);
6.O condutor deve estar emocionalmente equilibrado, bem-disposto e só-
brio (art. 28);
7.O condutor deve estar devidamente calçado, e o calçado deve ser firme
aos pés, sem prejudicar a utilização dos pedais (art. 252, inciso IV);
8.O número de passageiros deve ser compatível, e as crianças menores de
10 anos devem ser transportadas no banco traseiro do veículo com os dis-
positivos regularizados para cada faixa etária (art. 168);
9.Todos os ocupantes do veículo devem utilizar o cinto de segurança (art.
167).

Lembre-se ainda de que é proibido arremessar do veículo ou


abandonar na via qualquer objeto ou substância, além de tran-
sitar com partes do corpo para fora do veículo, como os braços.
Pedestres e ciclistas
89
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Art. 68. É assegurada ao pe- ridade sobre os veículos, pe-
destre a utilização dos pas- los bordos da pista, em fila
seios ou passagens apropria- única, exceto em locais proi-
das das vias urbanas e dos bidos pela sinalização e nas
acostamentos das vias rurais situações em que a seguran-
para circulação, podendo a ça ficar comprometida.
autoridade competente per- § 3º Nas vias rurais, quando
mitir a utilização de parte da não houver acostamento ou
calçada para outros fins, des- quando não for possível a
de que não seja prejudicial ao utilização dele, a circulação
fluxo de pedestres. de pedestres, na pista de
§ 1º O ciclista desmontado rolamento, será feita com
empurrando a bicicleta equi- prioridade sobre os veículos,
para-se ao pedestre em direi- pelos bordos da pista, em fila
tos e deveres. única, em sentido contrário
ao deslocamento de veículos,
§ 2º Nas áreas urbanas,
exceto em locais proibidos
quando não houver passeios
pela sinalização e nas situa-
ou quando não for possível a
ções em que a segurança
utilização destes, a circulação
ficar comprometida.
de pedestres na pista de ro-
lamento será feita com prio-
Atenção pedestres!
Art. 69. Para cruzar a pista de até cinqüenta metros dele,
rolamento o pedestre tomará observadas as seguintes dis-
precauções de segurança, posições:
levando em conta, principal- I - onde não houver faixa ou
mente, a visibilidade, a dis- passagem, o cruzamento da
tância e a velocidade dos via deverá ser feito em senti-
veículos, utilizando sempre as do perpendicular ao de seu
faixas ou passagens a ele des- eixo;
tinadas sempre que estas
existirem numa distância de

90
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
II - para atravessar uma pas- b) uma vez iniciada a traves-
sagem sinalizada para pedes- sia de uma pista, os pedes-
tres ou delimitada por mar- tres não deverão aumentar o
cas sobre a pista: seu percurso, demorar-se ou
parar sobre ela sem necessi-
a) onde houver foco de pe-
dade.
destres, obedecer às indica-
ções das luzes; Art. 70. Os pedestres que
estiverem atravessando a via
b) onde não houver foco de
sobre as faixas delimitadas
pedestres, aguardar que o
para esse fim terão priorida-
semáforo ou o agente de
de de passagem, exceto nos
trânsito interrompa o fluxo
locais com sinalização se-
de veículos;
mafórica, onde deverão ser
III - nas interseções e em suas respeitadas as disposições
proximidades, onde não exis- deste Código.
tam faixas de travessia, os
Parágrafo único. Nos locais
pedestres devem atravessar a
em que houver sinalização
via na continuação da calça-
semafórica de controle de
da, observadas as seguintes
passagem será dada prefe-
normas:
rência aos pedestres que não
a) não deverão adentrar tenham concluído a travessia,
na pista sem antes se certifi- mesmo em caso de mudança
car de que podem fazê-lo do semáforo liberando a pas-
sem obstruir o trânsito de sagem dos veículos.
veículos;

Infrações de trânsito
De acordo com o art. 161 do CTB, a Lei n. 9.503, de 23 de se-
tembro de 1997 (BRASIL, 1997), infração de trânsito é toda
inobservância a qualquer preceito da legislação deste Código,

91
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN,
sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas administrati-
vas indicadas em cada artigo, além das punições previstas no
Capítulo XIX.
O Código de Trânsito Brasilei- É o Conselho Nacional de
ro estabelece regras para a Trânsito (CONTRAN) que cria
utilização das vias públicas mecanismos para a regula-
abertas à circulação: calça- mentação das infrações e as
das, praças, parques públicos respectivas penalidades.
e pista de rolamento.
Infrações gravíssimas
• Avançar sinal vermelho do semáforo (com ou sem fiscalização eletrônica)
ou o sinal de parada obrigatória: R$ 293,47 e 7 pontos na carteira;
• Transitar em sentido oposto em via com sinalização de sentido único: R$
293,47 e 7 pontos na carteira;
• Transitar em canteiros centrais, ilhas, refúgios, marcas de canalização,
calçadas, passeios, ciclovias, ciclofaixas, gramados, jardins públicos, ajardi-
namentos, passarelas e acostamentos: R$ 880,41 e 7 pontos na carteira;
• Transitar com veículo derramando, lançando ou arrastando carga trans-
portada: R$ 293,47, 7 pontos na carteira e apreensão do veículo.
• Retorno em local proibido por sinalização: R$ 293,47 e 7 pontos na cartei-
ra;
• Deixar de reduzir a velocidade de forma compatível com a segurança nas
proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque
de passageiros ou intensa movimentação de pedestres: R$ 293,47 e 7 pon-
tos;
• Dirigir sem CNH: R$ 880,41 e 7 pontos na carteira.
• Dirigir com CNH vencida: R$ 293,87, 7 pontos na carteira e retenção da
carteira e do veículo;
• Dirigir sob influência de álcool ou qualquer substância entorpecente: R$
2.934,70 e 7 pontos na carteira;

92
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• Transportar criança/menor sem observar as normas de segurança do CTB:
R$ 293,47 e 7 pontos na carteira;
• Disputar racha: R$ 2.934,70, 7 pontos na carteira e apreensão do veículo;
• Transitar em velocidade superior à máxima em 20%: R$ 130,16 e 4 pontos
na carteira;
• Transitar em velocidade superior à máxima entre 20% e 50%: R$ 195,23 e
5 pontos na carteira;
• Transitar em velocidade superior à máxima em mais de 50%: R$ 880,41 e 7
pontos na carteira;
• Deixar de prestar socorro à vítima, quando condutor envolvido em aciden-
te: R$ 1.467,35 e 7 pontos na carteira;
• Dirigir ameaçando pedestres que estejam atravessam a rua ou demais
veículos: R$ 293,47 e 7 pontos na carteira.

Infrações graves
• Transitar na faixa/pista exclusiva: R$ 88,38 e 3 pontos na carteira;
• Executar conversões em local proibido: R$ 195,23 e 5 pontos na carteira;
• Transitar em marcha a ré, salvo em pequenas manobras: R$ 195,23 e 5
pontos na carteira;
• Estacionar ao lado de outro veículo em fila dupla: R$ 195,23 e 5 pontos na
carteira;
• Parar afastado da guia até 1 metro: R$ 88,38 e 3 pontos na carteira;
• Parar afastado da guia a mais de 1 metro: R$ 130,16 e 4 pontos na cartei-
ra;
• Estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa de pedestres, ciclovia ou
ciclofaixa, ilhas e refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de
pista de rolamentos, marcas de canalização, gramados ou jardins públicos:
R$ 195,23 e 5 pontos na carteira;
• Estacionar em local/horário com proibição de parar e estacionar: R$
195,23 e 5 pontos na carteira;
• Transitar com veículo com dimensões ou carga superior ao permitido: R$
195,23 e 5 pontos na carteira;
• Deixar de usar o cinto de segurança: R$ 195,23 e 5 pontos na carteira;

93
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• Seguir serviço de urgência com prioridade de passagem com alarme sono-
ro/luz vermelha: R$ 195,23 e 5 pontos na carteira;
• Deixar de indicar com antecedência o início da marcha, estacionamento,
mudança de direção ou de faixa: R$ 195,23 e 5 pontos na carteira;
• Transitar com farol desregulado ou facho de luz alto: R$ 195,23 e 5 pontos
na carteira;
• Transitar com veículo produzindo fumaça, gases ou partículas acima dos
níveis admitidos: R$ 195,23 e 5 pontos na carteira;
• Dirigir veículo em mau estado de conservação: R$ 195,23 e 5 pontos na
carteira.

Infrações médias
• Parar sobre a faixa de pedestres, na mudança de sinal luminoso: R$ 130,16
e 4 pontos na carteira;
• Parar na área de cruzamento de vias: R$ 130,16 e 4 pontos na carteira;
• Transitar em local/horários não permitidos pela legislação: R$ 130,16 e 4
pontos na carteira;
• Não conservar o veículo de grande porte na faixa da direita: R$ 130,16 e 4
pontos na carteira;
• Não deslocar com antecedência para manobrar à direita ou à esquerda: R$
130,16 e 4 pontos na carteira;
• Parar veículo na via por falta de combustível: R$ 130,16 e 4 pontos na
carteira;
• Estacionar a menos de 5 metros da esquina (alinhamento da transversal):
R$ 130,16 e 4 pontos na carteira;
• Estacionar diante de guia rebaixada: R$ 130,16 e 4 pontos na carteira;
• Estacionar diante de pontos de embarque/desembarque de transporte
coletivo: R$ 130,16 e 4 pontos na carteira;
• Estacionar na contramão da direção: R$ 130,16 e 4 pontos na carteira.

Infrações leves
• Transitar na faixa/pista da direita com circulação exclusiva para um tipo de
veículo: R$ 88,38 e 3 pontos na carteira;

94
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• Estacionar afastado da guia da calçada de 50 centímetros a 1 metro: R$
88,38 e 3 pontos na carteira;
• Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto, entre as
22h e 6h, em locais proibidos pela sinalização e em desacordo com padrões
e frequências estabelecidas: R$ 88,38 e 3 pontos na carteira;
• Dirigir sem atenção ou cuidados indispensáveis à segurança: R$ 88,38 e 3
pontos na carteira.

As penalidades são sanções administrativas aplicadas ao infra-


tor da legislação de trânsito indicada em cada um dos tipos
infracionais descritos no capítulo XV e no artigo 95 do CTB.
A competência para aplicar a penalidade é da autoridade de
trânsito.
As penalidades podem ser:
• advertência por escrito;
• multa;
• suspensão do direito de dirigir;
• cassação da CNH;
• cassação da Permissão Para Dirigir;
• curso de reciclagem.
Multa – Refere-se a valor pecuniá- período de 2 anos. A cassação ocor-
rio em penalidade aplicada após o rerá por condenação judicial ou
processo administrativo. quando a CNH estiver suspensa e o
condutor for flagrado dirigindo.
Suspensão do direito de dirigir –
penalidade imposta por infração Cassação da Permissão Para Dirigir
direta ou somatória de pontos na – o condutor terá a permissão cas-
CNH, por um período de 12 meses. sada se cometer uma infração gra-
A suspensão poderá ocorrer em ve ou gravíssima, ou tiver reinci-
caso de infração onde a penalidade dência em infração média, de acor-
já está especificada nas penalida- do com o parágrafo 3.º do art. 148
des do artigo. do CTB (BRASIL, 1997).
Cassação da CNH – é a perda do Curso de Reciclagem – trata-se de
documento de habilitação por um curso de 30 h/a, que é obriga-

95
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
tório a todo condutor que tiveram cando se também através de or-
a CNH suspensa ou cassada. Apli- dem judicial.

Medidas administrativas
São aplicadas pelo agente de fiscalização de trânsito no momento da abor-
dagem do condutor. Segundo o art. 269 do CTB (BRASIL, 1997), dependendo
da infração, poderão ser aplicadas as seguintes medidas administrativas:
• retenção do veículo;
• remoção do veículo;
• recolhimento do documento do veículo;
• recolhimento do documento do condutor;
• recolhimento de animais soltos na via;
• realização de exames de aptidão física e mental;
• realização do teste de dosagem de alcoolemia;
• transbordo do excesso de carga para outro veículo.

Medidas que exigem a retenção do veículo:


• o veículo portar placas de identificação em desacordo com o estabelecido
pelo CONTRAN;
• o veículo estiver com cor ou qualquer outra característica alterada, com
falta de equipamento obrigatório ou acessório proibido; com vidros total ou
parcialmente cobertos por película refletiva (não autorizadas); em mau
estado de conservação e segurança ou reprovado em teste de inspeção
veicular;
• o veículo estiver derramando carga, combustível ou lubrificante;
• o condutor estiver sem os documentos de porte obrigatório, dentre ou-
tros;
• o condutor promover ou participar de competição ou manobra perigosa
na via sem autorização;
• o condutor pilotar motocicleta sem capacete, com passageiro sem capace-
te ou com criança menor de 7 anos;

96
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• o condutor, no caso de acidente com vítima, deixar de prestar socorro, de
providenciar tarefas para evitar perigo ao trânsito local e de preservar o
local para a perícia.

Medidas que preveem a remoção do veículo:


• quando o veículo estiver estacionado nas esquinas a menos de 5 metros
do alinhamento da pista transversal; afastado mais de meio metro da guia
da calçada; junto a hidrantes ou registros de água sinalizados; nos viadutos,
pontes e túneis, salvo quando houver autorização na entrada e/ou saída dos
veículos; nos lugares de passeios e em faixas destinadas a pedestres e nos
pontos de embarque e desembarque de coletivos;
• quando o veículo estiver imobilizado na via por falta de combustível;
• quando a infração cometida demandar a apreensão do veículo.

O recolhimento da documentação do condutor e do veículo se


dará mediante suspeita de adulteração ou falsidade, ou então
para regularização da infração cometida.
Tabela de valores das multas aplicadas:

Gravidade Pontuação Valor atualizado

Leve 3 pontos R$ 88,38

Média 4 pontos R$ 130,16

Grave 5 pontos R$ 195,23

Gravíssima 7 pontos R$ 293,47

Fonte: IbacBrasil, 2015.

97
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
As multas poderão ser multiplicadas por 2, 3, 5, 10 ou 20 vezes,
conforme previsto no artigo.
Processo administrativo
Em seu capítulo XVIII, o CTB (BRASIL, 1997) apresenta o proces-
so administrativo dividido em duas seções:
1. Seção I: Da Autuação.
2. Seção II: Do Julgamento das Autuações e Penalidades.
No art. 280 do CTB (BRASIL, 1997), no que diz respeito à autua-
ção, o processo administrativo prevê que, em situações de in-
fração prevista na legislação, será lavrado auto de infração, no
qual deverá constar:
1.tipificação da infração;
2.local, data e hora do cometimento da infração;
3.caracteres da placa de identificação do veículo, marca e espécie, além de
outros elementos julgados necessários à identificação;
4.prontuário do condutor, sempre que possível;
5.identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou
equipamento que comprova a infração;
6.assinatura do infrator, sempre que possível, valendo essa como notifica-
ção do cometimento da infração.

A infração deverá ser com- Após o recebimento da noti-


provada por declaração da ficação, o condutor terá pra-
autoridade ou do agente de zo mínimo de 15 dias para
trânsito por meio de apare- apresentar condutor e defesa
lho eletrônico ou equipamen- prévia junto ao órgão que
to audiovisual, reações quí- efetivou a notificação. Po-
micas ou qualquer outro rém, a notificação estabelece
meio tecnologicamente dis- uma data limite que deverá
ponível, previamente regu- ser
lamentado pelo CONTRAN.

98
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
respeitada. O condutor ainda poderá apresentar defesa junto a
JARI e CENTRAN.
Mas não deixe de observar os prazos, pois após o vencimento
não será aceito recurso.
Crimes de trânsito
Previsto no CAPÍTULO XIX do CTB, no Art. 291. Traz: Aos crimes
cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste
Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Có-
digo de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo
diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995,
no que couber.
Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o
disposto nos Arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setem-
bro de 1995, exceto se o agente causador estiver:
• sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psico-
ativa que determine dependência;
• participando, em via pública, de corrida, disputa ou competi-
ção automobilística, de exibição ou demonstração de perícia
em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autori-
dade competente;
• transitando em velocidade superior à máxima permitida para
a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora).
São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos
crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infra-
ção:
I. com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de
grave dano patrimonial a terceiros;
II. utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III. em possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

99
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
IV.com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria dife-
rente da do veículo;
V. quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga;
VI. utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de
acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabri-
cante;
VII. sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a
pedestres.

Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de


que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se
exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
Dos crimes em espécie:
II - praticá-lo em faixa de pe-
destres ou na calçada;
Art. 302. Praticar homicídio
culposo na direção de veículo III - deixar de prestar socorro,
automotor: quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, à vítima do
Penas - detenção, de dois a
acidente;
quatro anos, e suspensão ou
proibição de se obter a per- IV - no exercício de sua pro-
missão ou a habilitação para fissão ou atividade, estiver
dirigir veículo automotor. conduzindo veículo de trans-
porte de passageiros;
§ 1o No homicídio culposo
cometido na direção de veí- Art. 303. Praticar lesão cor-
culo automotor, a pena é poral culposa na direção de
aumentada de 1/3 (um terço) veículo automotor:
à metade, se o agente: Penas - detenção, de seis
I - não possuir Permissão pa- meses a dois anos e suspen-
ra Dirigir ou Carteira de Habi- são ou proibição de se obter
litação; a permissão ou a habilitação

100
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
para dirigir veículo automo- sabilidade penal ou civil que
tor. lhe possa ser atribuída:
Parágrafo único. Aumenta-se Penas - detenção, de seis
a pena de 1/3 (um terço) à meses a um ano, ou multa.
metade, se ocorrer qualquer Art. 306. Conduzir veículo
das hipóteses do § 1o do art. automotor com capacidade
302. psicomotora alterada em
Art. 304. Deixar o condutor razão da influência de álcool
do veículo, na ocasião do ou de outra substância psico-
acidente, de prestar imediato ativa que determine depen-
socorro à vítima, ou, não po- dência:
dendo fazê-lo diretamente, Penas - detenção, de seis
por justa causa, deixar de meses a três anos, multa e
solicitar auxílio da autoridade suspensão ou proibição de se
pública: obter a permissão ou a habili-
Penas - detenção, de seis tação para dirigir veículo au-
meses a um ano, ou multa, se tomotor.
o fato não constituir elemen- § 1o As condutas previstas
to de crime mais grave. no caput serão constatadas
Parágrafo único. Incide nas por:
penas previstas neste artigo o I - concentração igual ou su-
condutor do veículo, ainda perior a 6 decigramas de ál-
que a sua omissão seja supri- cool por litro de sangue ou
da por terceiros ou que se igual ou superior a 0,3 mili-
trate de vítima com morte grama de álcool por litro de
instantânea ou com ferimen- ar alveolar; ou
tos leves.
II - sinais que indiquem, na
Art. 305. Afastar-se o condu- forma disciplinada pelo CON-
tor do veículo do local do TRAN, alteração da capacida-
acidente, para fugir à respon- de psicomotora.

101
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
§ 2o A verificação do dispos- Dirigir ou a Carteira de Habili-
to neste artigo poderá ser tação.
obtida mediante teste de Art. 308. Participar, na dire-
alcoolemia ou toxicológico, ção de veículo automotor,
exame clínico, perícia, vídeo, em via pública, de corrida,
prova testemunhal ou outros disputa ou competição au-
meios de prova em direito tomobilística não autorizada
admitidos, observado o direi- pela autoridade competente,
to à contraprova. gerando situação de risco à
§ 3o O CONTRAN disporá incolumidade pública ou pri-
sobre a equivalência entre os vada:
distintos testes de alcoolemia Penas - detenção, de 6 (seis)
ou toxicológicos para efeito meses a 3 (três) anos, multa e
de caracterização do crime suspensão ou proibição de se
tipificado neste artigo. obter a permissão ou a habili-
Art. 307. Violar a suspensão tação para dirigir veículo au-
ou a proibição de se obter a tomotor.
permissão ou a habilitação § 1o Se da prática do crime
para dirigir veículo automo- previsto no caput resultar
tor imposta com fundamento lesão corporal de natureza
neste Código: grave, e as circunstâncias
Penas - detenção, de seis demonstrarem que o agente
meses a um ano e multa, com não quis o resultado nem
nova imposição adicional de assumiu o risco de produzi-lo,
idêntico prazo de suspensão a pena privativa de liberdade
ou de proibição. é de reclusão, de 3 (três) a 6
(seis) anos, sem prejuízo das
Parágrafo único. Nas mesmas
outras penas previstas neste
penas incorre o condenado
artigo.
que deixa de entregar, no
prazo estabelecido no § 1º do § 2o Se da prática do crime
art. 293, a Permissão para previsto no caput resultar
morte, e as circunstâncias
102
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
demonstrarem que o agente segurança nas proximidades
não quis o resultado nem de escolas, hospitais, esta-
assumiu o risco de produzi-lo, ções de embarque e desem-
a pena privativa de liberdade barque de passageiros, lo-
é de reclusão de 5 (cinco) a gradouros estreitos, ou onde
10 (dez) anos, sem prejuízo haja grande movimentação
das outras penas previstas ou concentração de pessoas,
neste artigo gerando perigo de dano:
Art. 309. Dirigir veículo au- Penas - detenção, de seis
tomotor, em via pública, sem meses a um ano, ou multa.
a devida Permissão para Diri- Art. 312. Inovar artificiosa-
gir ou Habilitação ou, ainda, mente, em caso de acidente
se cassado o direito de dirigir, automobilístico com vítima,
gerando perigo de dano: na pendência do respectivo
Penas - detenção, de seis procedimento policial prepa-
meses a um ano, ou multa. ratório, inquérito policial ou
processo penal, o estado de
Art. 310. Permitir, confiar ou
lugar, de coisa ou de pessoa,
entregar a direção de veículo
a fim de induzir a erro o
automotor a pessoa não ha-
agente policial, o perito, ou
bilitada, com habilitação cas-
juiz:
sada ou com o direito de diri-
gir suspenso, ou, ainda, a Penas - detenção, de seis
quem, por seu estado de sa- meses a um ano, ou multa.
úde, física ou mental, ou por Parágrafo único. Aplica-se o
embriaguez, não esteja em disposto neste artigo, ainda
condições de conduzi-lo com que não iniciados, quando da
segurança: inovação, o procedimento
Penas - detenção, de seis preparatório, o inquérito ou
meses a um ano, ou multa. o processo aos quais se refe-
re.
Art. 311. Trafegar em veloci-
dade incompatível com a

103
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Art. 312-A. Para os crimes especializadas no atendimen-
relacionados nos Arts. 302 a to a vítimas de trânsito;
312 deste Código, nas situa- II - trabalho em unidades de
ções em que o juiz aplicar a pronto-socorro de hospitais
substituição de pena privati- da rede pública que recebem
va de liberdade por pena res- vítimas de acidente de trânsi-
tritiva de direitos, esta deve- to e poli traumatizados
rá ser de prestação de serviço
à comunidade ou a entidades III - trabalho em clínicas ou
públicas, em uma das seguin- instituições especializadas na
tes atividades: recuperação de acidentados
de trânsito;
I - trabalho, aos fins de se-
mana, em equipes de resgate IV - outras atividades relacio-
dos corpos de bombeiros e nadas ao resgate, atendimen-
em outras unidades móveis to e recuperação de vítimas
de acidentes de trânsito.
Sinalização de trânsito
A sinalização é fundamental para que o condutor e pedestre
consigam ler e interpretar suas mensagens assumindo um
comportamento regular e seguro no trânsito.
A sinalização se apresenta de nadas a condutores e pedes-
várias formas e precisamos tres. Envolve placas, linhas,
entender para respeitar. Tra- legendas, gestos e outros,
ta-se de um conjunto de si- que servem para orientar o
nais e dispositivos de segu- condutor e o pedestre quan-
rança colocados na via públi- to ao seu deslocamento.
ca com informações direcio-
Segundo o art. 87 do CTB ,
Os sinais de trânsito classificam-se em:
.I. verticais; III. dispositivos de sinalização
auxiliar;
II. horizontais;

104
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
VI. gestos do agente de trânsito
e do condutor.
IV. luminosos;
V. sonoros;

Sinalização vertical
Placas de Regulamentação
São placas dispostas ao longo da via com o objetivo de impor as
regras de circulação. A desobediência a regra cabe uma infra-
ção de trânsito.

105
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume II -2007

Placas de advertência
Advertem o condutor sobre possíveis condições adversas ao
longo da via, como obstáculos e curvas perigosas por exemplo.

106
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume II -2007

107
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Placas indicativas
Indicam serviços ao longo da via, atrativos turísticos, limite de
município, rodovias e etc.

Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume III -2014

Dispositivos auxiliares de obras

Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume VII -2017

Sinalização horizontal
A sinalização horizontal são marcações, símbolos e legendas,
que são pintados ao longo das vias com o objetivo de organizar
o trânsito e complementar a sinalização vertical de regulamen-
tação, advertência ou indicação.

108
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume IV-2007

Sinalização semafórica
São dispostas para coordenar a passagem de veículos e pedes-
tres.

Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume IV-2014

Sinalização sonora
São os silvos que o agente de trânsito utiliza para coordenar o
trânsito, na substituição semafórica.
Vamos analisar e identificar a comunicação sonora através do
“apito” usado pelo agente de trânsito:

109
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Sinais de apito Significado Emprego

Um silvo breve Siga Liberar o trânsito em direção/sentido


indicado pelo agente.

Dois silvos breves Pare Indicar parada obrigatória.

Um silvo longo Diminua a Quando for necessário fazer diminuir a


marcha marcha dos veículos.

Fonte: IbacBrasil, 2015.

Sinalização por gestos do agente de trânsito e do condutor


O agente de trânsito é a autoridade máxima no momento de
sinalizar o trânsito. Desobedecer as ordens do agente de trânsi-
to é uma infração. Porém em alguns momentos a atuação do
profissional se faz necessário, e seus gestos e silvos auxiliam o
condutor nesta comunicação.
• Agente de trânsito de frente para o fluxo com a palma estendida, indica
parada obrigatória para o fluxo de veículos.
• Agente de trânsito de frente para o fluxo chamando os veículos em sua
direção, indica sequência do fluxo.
• Agente de trânsito com o braço estendido na horizontal para cima e para
baixo de forma intermitente, indica redução de velocidade.
• O agente de trânsito poderá utilizar uma lanterna vermelha para auxiliar a
visibilidade do condutor.

110
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Fonte: Resolução 160/04 CONTRAN

Resoluções do CONTRAN: va o Volume VII – Sinalização


resoluções aplicáveis ao pro- Temporária, do Manual Brasi-
cesso de habilitação, sinaliza- leiro de Sinalização de Trânsi-
ção viária, documentação to.
obrigatória e educação para o RESOLUÇÃO Nº 681, DE 25
trânsito. DE JULHO DE 2017 Dispõe
RESOLUÇÃO Nº 690, DE 27 sobre os requisitos dos sis-
DE SETEMBRO DE 2017 Apro- temas de iluminação e de

111
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
sinalização para motocicletas, to e de sinalização não pre-
motonetas, ciclomotores, vistos no Código de Trânsito
triciclos e quadriciclos. Brasileiro - CTB.
RESOLUÇÃO Nº 667, DE 18 RESOLUÇÃO Nº 486, DE 7 DE
DE MAIO DE 2017 Estabelece MAIO DE 2014. Aprova o Vo-
as características e especifi- lume III – Sinalização Vertical
cações técnicas dos sistemas de Indicação, do Manual Bra-
de sinalização, iluminação e sileiro de Sinalização de Trân-
seus dispositivos aplicáveis a sito.
automóveis, camionetas, RESOLUÇÃO Nº 483,DE 09 DE
utilitários, caminhonetes, ABRIL DE 2014. Aprova o Vo-
caminhões, caminhões trato- lume V – Sinalização Semafó-
res, ônibus, micro-ônibus, rica do Manual Brasileiro de
reboques e semirreboques, Sinalização de Trânsito e alte-
novos saídos de fábrica, naci- ra o Anexo da Resolução
onais ou importados e da CONTRAN nº 160, de 2004.
outras providências.
RESOLUÇÃO Nº 705, DE 10
RESOLUÇÃO Nº 585, DE 23 DE OUTUBRO DE 2017 Acres-
DE MARÇO DE 2016 Dispõe centa o art. 6º-A à Resolução
sobre os requisitos de segu- CONTRAN nº 168, de 14 de
rança, identificação, habilita- dezembro de 2004, que esta-
ção dos condutores e sinali- belece Normas e Procedi-
zação viária para os Veículos mentos para a formação de
Leves sobre Trilhos – VLT. condutores de veículos au-
RESOLUÇÃO Nº 550 DE 17 DE tomotores e elétricos, a reali-
SETEMBRO DE 2015 Estabe- zação dos exames, a expedi-
lece em caráter experimental ção de documentos de habili-
conforme Resolução do CON- tação, os cursos de formação,
TRAN n.º 348/10, que estabe- especializados, de reciclagem
lece o procedimento e os e dá outras providências.
requisitos para apreciação RESOLUÇÃO Nº 691, DE 27
dos equipamentos de trânsi- DE SETEMBRO DE 2017 Dis-
112
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
põe sobre o exame toxicoló- ou mudança para as catego-
gico de larga janela de detec- rias C, D e E, decorrente da
ção, em amostra queratínica, Lei nº 13.103, de 02 de março
para a habilitação, renovação de 2015.
Direção defensiva
Dirigir defensivamente é conduzir o veículo de modo conscien-
te, sabendo exatamente como localizar possíveis causas de aci-
dentes, prevenindo-se e corrigindo de imediato o que for ne-
cessário. As estatísticas mostram que os acidentes acontecem
por que não foram respeitados os limites do homem, do veículo
e da via.
Elementos da direção defensiva
Os elementos da direção defensiva são comportamentos e ha-
bilidades que o cidadão desenvolve ao longo da sua vida como
condutor. Ao identificar os elementos, é preciso praticá-los,
pois somente assim o condutor poderá evitar acidentes melho-
rando suas habilidades no trânsito.
Definição e elementos da direção defensiva
Vamos relembrar os elementos da direção defensiva
Os elementos da direção defensiva são:
1. Conhecimento: conhecimentos práticos e teóricos da direção veicular −
como leis, normas, sinalização de trânsito, trajetos e o veículo − devem ser
passados para os futuros candidatos à obtenção da CNH.
2. Atenção: o condutor deve estar em estado de alerta, durante todo o tem-
po em que se encontrar ao volante.
3. Previsão: É a habilidade que o condutor tem de prever acontecimento
diante daquilo que está vendo, a previsão poderá ser mediata (a longo pra-
zo) e imediata (a curto prazo).
4. Decisão: É a capacidade de decidir diante do risco a tempo de evitar um
acidente.

113
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
5. Habilidade: É um requisito que considera habilidade que o motorista
demonstra para realizar as manobras que julgar necessárias e corretas no
trânsito.

Física aplicada: conceitos de física aplicados ao trânsito


Quando falamos em movimento do objeto, estamos falando de
física, sendo assim, vamos entender como essa dinâmica acon-
tece na rotina da direção.
Ao ligar o veículo, você utiliza o motor à combustão interna,
que realiza a transformação da queima de combustível (energia
térmica) em energia mecânica, fazendo com que o veículo en-
tre em movimento.
Freada
“Distância de seguimento: É aquela que você deve manter entre o seu veí-
culo e o que vai à frente, de forma que você possa parar, mesmo numa
emergência, sem colidir com a traseira do outro.
Distância de reação: É aquela que seu veículo percorre, desde o momento
que você vê a situação de perigo, até o momento em que pisa no freio. Ou
seja, desde o momento em que o condutor tira o pé do acelerador até colo-
cá-lo no freio.
Distância de frenagem: É aquela que o veículo percorre depois de você pisar
no freio até o momento total da parada. Você sabe que o seu veículo não
pára imediatamente, não é mesmo?

Distância de parada: É aquela que o seu veículo percorre desde o momento


em que você vê o perigo e decide parar até a parada total do seu veículo,
ficando a uma distância segura do outro veículo, pedestre ou qualquer obje-
to na via.
Importante: Você deve ter percebido que a distância de parada é a soma
da distância da reação mais a distância de frenagem e portanto, deve ser
maior que as duas juntas para evitar a colisão e que esta deve ser a distân-
cia de seguimento.(DETRAN/PR)”

O ato de frear é usado para que isso acontece, compre-


parar o veículo, no momento ende o atrito do sistema de
114
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
frenagem com as rodas e dos faz o motor a explosão. As-
pneus com o solo. sim, o sistema de freios deve
dissipar esse calor, sendo
O momento de frear implica
fundamental para a eficiência
transformar a energia de mo-
de todo o sistema de freios.
vimento (energia cinética) em
calor (energia térmica), exa-
tamente o contrário do que
A frenagem envolve, além da força de atrito do sistema, o atri-
to do pneu com o solo.
Segundo a legislação vigente, é obrigatório aos novos veículos
um sistema de freios chamado de ABS (sigla para Anti-lock Bra-
king System), que evita que as rodas sejam bloqueadas durante
a frenagem (quando o pedal de freio é acionado fortemente) e
o descontrole do veículo.
Curva
A velocidade em que o veículo se desloca, mais o ângulo da via,
podem causar um deslocamento tirando o veículo da trajetória.
Por isso é muito perigoso frear em curvas, e é preciso reduzir
antes de entrar em curva, e manter a trajetória do veículo cor-
respondendo com a inclinação da via.
Força centrifuga – é a força que tende jogar o veículo para fora da curva.
Força centrípeta – é a força que tende a jogar o veículo para dento da curva.

Dispositivos de Segurança
Um dos equipamentos de segurança mais aceitos pelos moto-
ristas nos dias de hoje é o cinto de segurança, que tem como
principal objetivo amenizar os traumas resultantes de um aci-
dente de trânsito, evitando que os ocupantes colidam contra as
partes internas do veículo, sejam arremessados uns contra os
outros, ou ainda, sejam arremessados para fora do veículo,
diminuído assim, o risco de lesões graves ou até fatais.
115
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
De acordo com o Princípio da Devemos lembrar que o cinto
Inércia, os passageiros per- de segurança é um dispositi-
manecem com os 50 km/h, e vo obrigatório para todos os
quando o veículo colide com ocupantes do veículo. Crian-
o obstáculo, o motorista e o ças de 0 a 7 anos devem usar
passageiro da frente são ar- obrigatoriamente o dispositi-
remessados contra o para- vo de retenção próprio para
brisa, e os passageiros do idade. Transportar crianças
banco de trás são arremessa- sem observar as normas de
dos sobre os ocupantes da segurança é infração gravís-
frente. sima além de irresponsável.

Condições adversas do meio ambiente e da via


Você sabe o que é direção defensiva?
“Direção Defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações
incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que
encontramos nas vias de trânsito.
Para que um condutor possa praticar a Direção Defensiva, ele precisa de
certos elementos e conhecimentos, não só de legislação de trânsito, mas
também de comportamentos que devem ser praticados no dia-a-dia, no uso
do veículo.
Destacamos os principais elementos, explicando-os para sua melhor com-
preensão, lembrando que o uso desses elementos transformarão você num
condutor defensivo, ajudando-o a evitar acidentes no trânsito. (DE-
TRAN/PR)”

O condutor deve praticar os elementos da direção defensiva


constantemente, reconhecendo as condições adversas e a for-
ma correta de enfrentá-las.

116
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
117
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Agora que sabemos quais são as condições adversas, vamos ver
como interferem e a forma correta de agir.
Luz – tanto o excesso luz como a falta luz, prejudica a visão do motorista.
Quando a visão fica prejudicada o risco de acidentes é alto, sendo assim,
reduza a veloc
idade em redobre a atenção.
Tempo – o acumulo de água na pista e o choque térmico prejudica muito a
direção do veículo, aumentando o risco de colisão. Mantenha os pneus do
veículo em boas condições, reduza a velocidade, mantenha os vidros limpos
e desembaçados.

Aquaplanagem
A aquaplanagem ocorre quando uma fina camada de água im-
pede a aderência dos pneus à pista molhada, o que ocasiona a
perda de controle ou de equilíbrio do veículo.
Quando isso ocorre a direção Para evitar a aquaplanagem,
fica muito leve. Sob pressão, ao iniciar a chuva, reduza a
o condutor trava o pé no velocidade, mantenha o vo-
freio tirando o veículo da lante firme e verifique os
trajetória. pneus do veículo constante-
mente.
Vias – buracos na via, falha de sinalização ou erros geométricos podem
ocasionar a quebra da suspensão do veículo causando um acidente. Ao
perceber alguma irregularidade, diminua a velocidade respeitando a veloci-
dade da via.
Trânsito – o trânsito nas grandes cidades está cada vez mais carregado.
Procure planejar o trajeto com antecedência, evite os horários de pico, utili-
zando caminhos alternativos.
Cargas – a carga excessiva desestabiliza o veículo causando o risco de tom-
bamento ou queda. Não transporte carga na parte interna do veículo junto
aos passageiros. Fixe a carga para que não se desloque nas manobras e
frenagem. A carga excessiva compromete a suspensão e a frenagem do
veículo em caso de emergência.

118
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Veículos – a falta de manutenção do veículo aumenta as chances de aciden-
tes. Mantenha o veículo revisado, com pneus em boas condições e as luzes
funcionando.
Passageiros – passageiros podem atrapalhar a direção do condutor. Não
permita que eles tirem sua atenção. Se for preciso atender seus passageiros
estacione o veículo e só retorne quando tiver solucionado a questão. Não
discuta ou grite, mantenha a calma e o controle.
Condutor – cansaço, sono, estresse, irritabilidade, são fatores que prejudi-
cam a direção. Não consuma medicamentos, drogas ou bebidas alcoólicas
quando for dirigir. Se não estiver em condições passe a direção para outra
pessoa. Seja consciente.

Normas para ultrapassagem


O Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei nº 9.503,
de 23 de setembro de 1997 (BRASIL, 1997) − traz a definição de
duas situações diferentes:
Passagem por outro veículo – Refere-se ao movimento de passagem à fren-
te de outro veículo que transita no mesmo sentido, em menor velocidade,
mas em faixas diferentes da via.
Ultrapassagem – Trata-se do movimento de passar à frente de outro veículo
que transita no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de
tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem.

Verifique a sinalização da via e as condições da ultrapassagem.


Em trânsito intenso a ultrapassagem se torna uma manobra
arriscada.
Acidentes de trânsito – situações de risco e como evitá-los
Com o veículo da frente
Mantenha uma velocidade compatível, verifique e mantenha a
distância de segurança. Procure observar todos os pontos a sua
volta utilizando o retrovisor com frequência.

119
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Com o veículo de trás
Utilize os retrovisores para monitorar o trânsito atrás do seu
carro. Em caso de proximidade não acelere tentando fugir, aci-
one o pedal de freio, mas sem frear o veículo, diminua a veloci-
dade, e evite frear bruscamente.
Em cruzamentos
Obedeça a sinalização. Respeite a preferência, aproximando se
com cuidado, redobre a atenção e jamais ultrapasse no cruza-
mento ou nas suas proximidades.
Com os demais veículos
Sinalize sempre suas intenções com antecedência, seja cordial
permita que os outros condutores façam suas manobras. Res-
peite as diferenças.
Respeite sempre a sinalização;
• respeite o pedestre, aguarde a travessia;
• mantenha o veículo em boas condições;
• não ultrapasse sem necessidade;
• use o cinto de segurança mesmo em pequenos trajetos;
• não avance o sinal vermelho;
• não estacione nem pare sobre a faixa de pedestre;
• não utilize o celular.

Condução econômica
O que é condução econômica?
A condução econômica visa desenvolver a melhor forma de
dirigir para economizar combustível, diminuir a depreciação do
veículo e poluir menos o ambiente.
Vamos ver as vantagens:

120
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• redução do consumo;
• redução dos custos de manutenção;
• aumento da vida útil do veículo;
• melhoria nos hábitos de condução;
• maior eficiência de cada condutor;
• maior segurança no trânsito;
• redução da poluição do meio ambiente.

Como fazer?
• Mantenha uma velocidade média e constante;
• evite acelerar e ter que frear várias vezes;
• faça arrancadas suaves;
• utilize combustível de boa qualidade;
• procure um caminho tranquilo com menos paradas.

Sabemos que dependendo do trajeto e das condições do veícu-


lo, a economia pode não ser como você esperava, mas a redu-
ção da poluição acaba compensando muito o esforço.
Manutenção preventiva do veículo
O veículo sofre desgaste com o tempo de uso, sendo assim é
preciso fazer as revisões recomendadas pelo fabricante dentro
do prazo.
Faça a troca dos filtros de óleo e combustível;
• verifique os freios;
• ajuste e revise a suspensão;
• faça o rodízio de pneus;
• não se esqueça da geometria e do balanceamento;
• troque as palhetas.

121
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Cada fabricante determina um prazo para a manutenção pro-
gramada. Respeite o prazo e faça também as revisões diárias,
checando a calibragem dos pneus, luzes e outro comportamen-
to anormal do veículo.
Condutor defensivo - procedimentos defensivos
O condutor defensivo está sempre preparado para enfrentar
situações complexas no trânsito. Ele cuida de todos e não agri-
de outros motoristas ou pedestres.
O condutor defensivo sabe que não está sozinho no trânsito e
que sua conduta deve ser muito responsável.
A postura do condutor defensivo:
• ter uma noite de sono tranquila;
• alimentar se bem;
• não utilizar medicamentos ou drogas que interfiram na direção;
• não ingerir bebida alcoólica.

O trânsito somos todos nós.


A responsabilidade do condutor de veículo de maior porte em
relação aos de menor porte
Conforme determinação do CTB, o veículo de maior porte é
responsável pelo menor. Respeite as diferenças e cumpra as
regras!
Art. 29. O trânsito de veículos ordem decrescente, os veícu-
nas vias terrestres abertas à los de maior porte serão
circulação obedecerá às se- sempre responsáveis pela
guintes normas: segurança dos menores, os
motorizados pelos não moto-
§ 2º Respeitadas as normas
rizados e, juntos, pela inco-
de circulação e conduta esta-
lumidade dos pedestres.
belecidas neste artigo, em

122
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Pilotagem de motocicleta - equipamentos obrigatórios
Instrutor, seu papel como educador é imprescindível para a
formação do futuro motociclista.
Assim como todos os usuá-
Seu trabalho como instrutor
rios do trânsito, o condutor
auxiliará esse aluno a desen-
da motocicleta também pre-
volver competências para
cisa respeitar as normas de
lidar com situações de risco.
circulação e conduta.
Enquanto profissional do trânsito, você deve conferir e passar
ao futuro condutor a noção de responsabilidade, ou seja, no
trânsito, segurança nunca é demais!
Equipamentos obrigatórios para pilotagem da motocicleta
Para garantir a segurança do condutor, todos os ciclomotores,
motonetas, motocicletas devem possuir equipamentos obriga-
tórios, conforme a Resolução nº 14, de 6 de fevereiro de 1998
(CONTRAN, 1998):
Para os ciclomotores:
• espelhos retrovisores, de ambos os lados;
• farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
• lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
• velocímetro;
• buzina;
• pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
• dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.

Para as motonetas e motocicletas


• espelhos retrovisores, de ambos os lados;
• farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
• lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
• lanterna de freio, de cor vermelha

123
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
• iluminação da placa traseira;
• indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro e traseiro;
• velocímetro;
• buzina;
• pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
• dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
• Mantenha seu equipamento em dia, pois a motocicleta é um veículo leve e
exposto, ao sol, chuva e poeira.

Postura do motociclista
O motociclista deve reconhecer a fragilidade do seu equipa-
mento.
Utilize roupas claras ou com Não costure no trânsito e
refletivos, botas e luvas de evite andar no corredor. Não
proteção. Os conjuntos de faça conversões com veículo
jaquetas e calças próprias de maior porte, aguarde sua
para moto, protegem o corpo vez.
em caso de queda.
Os equipamentos obrigatórios e de segurança que os motoci-
clistas devem utilizar são:
 capacete;
 óculos de proteção;
 colete;
 botas.

É obrigatório por lei o uso de capacete pelo condutor e passa-


geiro. O uso desse equipamento é essencial, pois em caso de
acidente, ele absorve o impacto de pancadas na cabeça e no
rosto.
O uso de óculos de proteção é obrigatório quando o motociclis-
ta não possui capacete com viseira. Só é permitida a utilização

124
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
de óculos de sol, de grau ou de segurança quando o motociclis-
ta estiver usando também os óculos de proteção determinado
pela legislação.
Aspectos físico, emocional e social do condutor e interferência
na segurança do trânsito
Se você não estiver em condições de dirigir, não o faça! Veja o
que o art. 252, inciso III do CTB (BRASIL, 1997) diz a respeito
disso:
Art. 252. Dirigir o veículo:
*...+ III − com incapacidade física ou mental temporária que
comprometa a segurança do trânsito.
[...] Infração − média;
Penalidade − multa.
O motorista deve garantir a quantidade adequada de repouso
antes de dirigir. É importante que ele realize exames periódicos
para prevenir problemas de visão ou audição e que siga sempre
as orientações médicas.
Cabe ao condutor avaliar suas reais condições e ter o bom sen-
so necessário para evitar o envolvimento em situações de risco.
Assuma a responsabilidade pela sua segurança e do próximo.
Noções de proteção e respeito ao meio ambiente e de convívio
social no trânsito
Ser cidadão e exercer a cidadania exige do homem assumir
questões de cunho social, como o meio ambiente por exemplo.
Responsabilidade ambiental do, visando o desenvolvimen-
é o conjunto de atitudes indi- to sustentável do planeta.
viduais ou comunitárias vol- Esse termo se refere às ações
tadas para a preservação do que afetam direta ou indire-
ambiente, discutindo e agin- tamente o meio ambiente.

125
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Desde a existência do ho- são as degradações observa-
mem, ele vem modificando o das nos dias de hoje.
planeta e o resultado disso
No convívio social, nós temos direitos, porem temos o dever de
zelar pelo bem de todos, fazendo parte das campanhas e pro-
movendo ações que buscam a redução da poluição no planeta.
Poluição ambiental causada por veículos automotores – emis-
são sonora, de gases e de partículas
Emissão sonora, buzina, sons e ruídos
O uso excessivo de buzina é considerado uma poluição sonora,
que com o tempo causa problemas auditivos, além de distrair o
motorista, podendo inclusive ocasionar acidentes.
Lembre-se de que, conforme o art. 41 do CTB (BRASIL, 1997), o
condutor de veículo só poderá usar a buzina, desde que em
toque breve, nas seguintes situações:
I − para fazer as advertências necessárias a fim de evitar aci-
dentes;
II − fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a
um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
O art. 227 do CTB (BRASIL, 1997) afirma que usar a buzina nos
seguintes casos é uma infração leve cuja penalidade é multa:
I − em situação que não a de simples toque breve como adver-
tência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
II − prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III − entre as vinte e duas e as seis horas;
IV − em locais e horários proibidos pela sinalização;
V − em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas
pelo CONTRAN.

126
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequên-
cia que não sejam autorizados pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONTRAN) é uma infração grave, tendo multa como
penalidade e a retenção do veículo para regularização como
medida administrativa.
Emissão de gases e partículas − Poluição atmosférica
A poluição atmosférica é maior nos grandes regiões. Isso causa
mazelas no aparelho respiratório das pessoas e tem impacto
direto na qualidade de vida delas. Os altos índices de poluição
são produzidos pelos veículos automotores, mas ainda temos
as indústrias e as queimadas que agravam esse quadro.
Veja a seguir algumas formas para diminuir o impacto:
• trocar a marcha na rotação correta;
• evitar reduções constantes de marcha, acelerações bruscas e freadas em
excesso;
• desligar o veículo em caso de longas paradas;
• manter a mesma velocidade, retirando o pé do acelerador no semáforo
fechado e em caso de trânsito parado à frente.

Manutenção preventiva do veículo


Nós já vimos em direção defensiva, que manter o veículo em
dia garante a segurança e a vida útil do bem. Porém os benefí-
cios de manter o veículo em condições, vai além da economia,
reflete diretamente no meio ambiente.
Veja:
O art. 231 do CTB (BRASIL, 1997) determina as seguintes pena-
lidades para quem transitar com o veículo:
I. Danificando a via, suas ins- II. Derramando, lançando ou
talações e equipamentos; arrastando sobre a via:

127
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
a) Carga que esteja trans- I. Produzindo fumaça, gases
portando; ou partículas em níveis supe-
riores aos fixados pelo CON-
b) Combustível ou lubrifi-
TRAN;
cante que esteja utilizando;
II. Com dimensões ou de sua
c) Qualquer objeto que pos-
carga superior aos limites
sa acarretar risco de aciden-
estabelecidos legalmente ou
te:
pela sinalização, sem autori-
• Infração − gravíssima; zação:
• Penalidade – multa; • Infração − leve;
• Medida administrativa − • Penalidade – multa;
retenção do veículo para re-
• Medida administrativa −
gularização.
retenção do veículo para re-
gularização.
Sabemos que a fiscalização não estará presente em todo o
momento, então faça sua parte independente da fiscalização,
vamos juntos lutar pela preservação do meio ambiente.
Meio ambiente - contexto atual e regulamentação do CONAMA
sobre poluição causada por veículos
Regulamentação do Conama sobre poluição causada por veí-
culos
Em razão da necessidade existente nesse âmbito, o Conama
desenvolveu programas de controle da poluição do ar por veí-
culos:
Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automo-
tores (Proconve);
Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veí-
culos Similares (Promot).

128
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Por meio desses programas, é possível fazer valer normas e
aspectos que todos os veículos automotores devem seguir para
o controle da poluição, tanto os nacionais como os importados.

Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automo-


tores (Proconve)
O Proconve foi criado pela Resolução Conama nº 18, de 6 de
maio de 1986 (CONAMA, 1986), a fim de reduzir os índices de
poluição do ar, em especial nas grandes cidades.
Esse Programa é coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e vem
ao longo de sua existência atingindo índices satisfatórios de
redução da poluição do ar.
O programa leva em conta:
• a emissão de monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxido de nitrogênio,
fuligem e aldeídos;
• que veículos automotores influenciam diretamente na degradação da
qualidade do ar;
• que a tecnologia é um importante instrumento para o controle da polui-
ção e economia de combustível.

A seguir, apresentamos outros objetivos do Proconve, para que


você possa repassar esse conhecimento aos condutores em
formação.
 atender aos padrões de qualidade do ar por meio da redução dos ní-
veis de emissão de poluentes através dos veículos automotores;
 investir em tecnologia nacional tanto na engenharia automobilística
como também em métodos, equipamentos e medições que controlem
a emissão de poluentes.

129
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Relações interpessoais – diferenças individuais, o indivíduo co-
mo cidadão.
É no trânsito que encontramos e convivemos com o maior nú-
mero de diferenças entre os diversos grupos e a individualidade
de cada cidadão. Para que essa convivência se torne possível
entre os indivíduos é necessário levar em conta a organização e
o respeito aos direitos e deveres individuais e do grupo.
Noções de primeiros socorros e Medicina de Tráfego
Primeiros socorros
Você sabe o que são primeiros socorros?
Primeiros socorros é o primeiro atendimento prestado a uma
vítima de acidente antes da chegada do socorro especializado.
Todos nós somos socorristas zes envolvendo inúmeras
de alguma forma, porém nem vítimas e com consequência
todos possuem o conheci- graves, a determinação e
mento técnico para atender cuidado de quem for prestar
com segurança e qualidade. os primeiros socorros é fun-
damental, pois estes primei-
A toda hora e lugar, estamos
ros cuidados podem preser-
sujeitos a acidentes e pode-
var a vida da vítima evitando
remos precisar de socorro
sequelas.
imediato. Quando nos refe-
rimos ao trânsito, muitas ve-
Como reconhecer um socorrista?
Pelo instinto humano de solidariedade, ao presenciar um aci-
dente quem está próximo, procura prestar ajuda, pois esse so-
corro inicial pode salvar vidas, por isso é importante todos te-
rem conhecimentos básicos de primeiros socorros.
Em condições possíveis, o ser prestado nesta ordem:
socorro ao acidentado deve Socorrista; médico profissio-

130
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
nal; pessoas leigas com co- conhecimentos de primeiros
nhecimentos de primeiros socorros.
socorros; pessoas leigas sem

A legislação de trânsito e os socorros de urgência


De acordo com a lei, o que é omissão de socorro?
Em seu art. 304, o Código de Trânsito Brasileiro – CTB (BRASIL,
1997) afirma que a omissão de socorro acontece quando o
condutor deixa, “[...] na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro
à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de
solicitar auxílio da autoridade pública”.

Omissão de socorro é crime!


Caso você se envolva em algum tipo de acidente, é fundamen-
tal que preste socorro, sinalizando o local, avaliando a vítima e
chamando o socorro especializado.
Sair do local do acidente fu- Nestes casos as penas são de
gindo das suas responsabili- detenção, de seis meses a um
dades civil e criminal, não é ano, ou multa, se o fato não
correto. Mesmo que a vítima constituir elemento de crime
seja atendida por terceiros, a mais grave. Essa pena pode
responsabilidade é de quem aumentar quando a vítima
fez parte do fato, portanto vem a falecer.
assuma sua responsabilidade.
A omissão de socorro também está prevista no Código Penal
Brasileiro onde diz:

131
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Código Penal - Decreto -Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940:
Omissão de socorro
Art. 135. Deixar de prestar ou em grave e iminente peri-
assistência, quando possível go; ou não pedir, nesses ca-
fazê-lo sem risco pesso- sos, o socorro da autoridade
al, à criança abandonada ou pública:
extraviada, ou à pessoa invá- Pena – detenção, de um a
lida ou ferida, ao desamparo
seis meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omis-
são resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se
resulta a morte.
Por isso, é importante saber identificar as condições de saú-
de da vítima, para ajudar a salvar a vida dela e evitar possíveis
sequelas.
A seguir, vamos relembrar as condições gerais de saúde da ví-
tima e a maneira correta e adequada de prestar os primeiros
atendimentos. No entanto, antes de iniciar qualquer procedi-
mento, é necessário realizar algumas ações básicas que evitam
danos maiores à saúde da vítima. Vamos ver quais são?
Verificação das condições gerais da vítima
Em um acidente, minutos são fundamentais e podem salvar
vidas. Alguns princípios são fundamentais:
• manter a vítima calma;
• sinalizar o local;
• acionar o serviço especializado, através das ligações de emergência.

Avaliando a vítima
No atendimento as vítimas de acidentes, precisão e agilidade
são fundamentais, assim é importante seguir alguns passos:
132
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Não esqueça que temos uma sequência para iniciar o atendi-
mento, são elas:
A – controle cervical e desobstrução das vias aéreas.
B - respiração
C – circulação
D – nível de consciência
E – proteção da vítima.

Verificar as funções vitais, Verificar o estado de consci-


mantendo a imobilização da ência procure conversar com
cervical em seguida verificar a vítima, se ela não conseguir
vias aéreas, desobstruindo as responder pedir que faça
vias respiratórias removendo movimentos com a cabeça
sangue, dentes, ouvir a respi- indicando que está conscien-
ração da vítima aproximando te, verificar se reage a estí-
a cabeça, sentir a entrada e a mulos de toque. Na falta total
saída do ar, etc. de consciência, verificar ba-
timentos cardíacos e respira-
Verificar os batimentos cardí-
tórios e executa-los se neces-
acos, avaliando o pulso, se a
sário. Quando possível, posi-
respiração estiver muito fra-
cionar a vítima de lado, para
ca, a vítima pálida e os lábios
evitar possível sufocamento.
arroxeados e sinal de estado
de choque, ficar atendo pois Proteger a vítima, mantendo
esta vitima poderá precisar seu corpo aquecido, pois o
dos procedimentos de parada corpo pode perder calor vital
respiratória, técnicas de rea- rapidamente.
nimação.
Manter os procedimentos emergenciais até a chegada dos so-
corristas;

133
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Cuidados com a vítima
Alguns ferimentos são insignificantes e por vezes passam des-
percebidos, como um arranhão ou um esfolado. Contudo exis-
tem aqueles mais graves que necessitam de atendimento espe-
cializado, cirurgia e as vezes podem levar ao óbito.
Parada Cardiorrespiratória
A ausência da respiração e dos batimentos cardíacos leva a
morte rapidamente e /ou a danos irreversíveis. Fazer a respira-
ção artificial e a compreensão cardíaca e fundamental para
garantir a sobrevivência da vítima.

Respiração Artificial
Deita-se a vítima de costas em local plano, verifica-se que as
vias aéreas estejam livres, inclina-se o queixo levemente para
trás, tampa as narinas, e sopra-se com força na boca das víti-
mas duas vezes. Repetir o procedimento de 12 a 18 vezes por
minuto.
Reanimação Cardiopulmonar
Com a vítima deitada de costas, entrelaçar os próprios dedos e
exercer pressão no centro do peito da vítima. Repetir a opera-
ção no mínimo de 100 a 120 vezes por minuto, até que haja
sinais cardíacos.
Desmaio
Perda momentânea dos sentidos. Deitar a vítima de costas,
afrouxar as roupas, verificar o pulso. Se o desmaio for superior
a 2 minutos procurar assistência médica.

134
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Convulsões
A pessoa com convulsões apresenta contrações voluntárias e
fora de controle. Afastar objetos pontiagudos da vítima, verifi-
car os sinais vitais. Procurar auxílio médico.
Hemorragia externa
O sangue jorra do corpo com intensidade. Procurar estancar o
sangue comprimindo o local com gaze ou panos limpos. Não
retirar corpos estranhos do ferimento para evitar o aumento da
hemorragia e aplicar corpos estranhos.
Hemorragia interna
Ocorrem como resultado de traumatismos profundos ou feri-
mentos que levam ao estado de choque. Externamente a vítima
apresenta pulso fraco e acelerado, pele fria, olhos e boca bran-
ca. Perda da consciência. Deitar a vítima de costas, monitorar
os sinais vitais. Procurar auxílio médico rapidamente.
Hemorragia Nasal
Causada pelo rompimento de vasos sanguíneos no interior do
nariz ou como resultado de traumatismo craniano em acidente
de trânsito. Manter a vítima sentada, pedir que respire pela
boca, não assoar o nariz. Se a vítima estiver inconsciente, dei-
tá-la de lado.
Fraturas fechadas ou cobertas
Na ocorrência de uma fratura fechada o osso não perfura a
pele. É fundamental nesse caso imobilizar o local afetado, evi-
tando maiores danos. Utilizar talas como tábuas, estacas, ou
qualquer objeto que evita o movimento. Procurar auxílio médi-
co.

135
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Fraturas abertas ou expostas
Em uma fratura exposta o osso quebrado rompe a pele. Deve-
se imobilizar o local, da mesma forma como efetuado na fratu-
ra fechada. Limpar o local evitando contaminação maior no
ferimento. Observar se existe a existência de hemorragia, neste
caso procurar estancar o sangue.
Lesão da coluna vertebral
Se houver suspeita de lesão na coluna vertebral, manter a víti-
ma deitada, procurando preservar a coluna. Verificar as fun-
ções vitais mantendo a vítima agasalhada. Se for necessário
remover a vítima do local, coloca-la sobre uma maca procuran-
do movimentar o mínimo possível seu corpo. Procurar não efe-
tuar nenhum movimento brusco.
Fratura de crânio
Muitas vezes a fratura de crânio é imperceptível imediatamen-
te. A vítima passa a apresentar tontura; perda de sangue pelo
nariz, boca ou ouvidos; dor de cabeça; enjoo e vômito; altera-
ção nas pupilas. Manter a vítima sentada, enfaixar a cabeça, se
houver ferimentos expostos, não dar nada de comer ou beber.
Procurar a emergência médica.
Queimaduras
Realizar o atendimento inicial visando diminuir o sofrimento e o
agravamento da situação. Se houver fogo, abafá-lo com um
pano. Não deixar a vítima correr, pois o fogo pode se alastrar
mais. Verificar a respiração. Não passar nada sobre a queima-
dura. Procurar auxílio médico.
Acidentes com motos
Observar a adotar os mesmos procedimentos citados anterior-
mente, além de:

136
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Não retirar o capacete da vítima. Verificar se este não está cau-
sando sufocamento.
Verificar se não houve lesão cervical. Caso afirmativo, imobili-
zar a coluna cervical e somente em seguida remover o capace-
te. A remoção do capacete exige a presença de duas pessoas,
uma para manter o pescoço imóvel e outra para remover o
capacete com segurança.
O que não fazer
X Não movimente ou retire a vítima para fora do veículo sem necessidade,
pois a remoção exige técnica e pode agravar o estado da vítima.
X Não retire corpos estranhos encravados no corpo da vítima, aguarde ava-
liação médica.
X Não ofereça nada para beber ou comer.
X Não permita que curiosos atrapalhem o atendimento dos socorristas.

Ações básicas no local do acidente


• Ao se aproximar de um acidente de trânsito, verifique sua segurança e a
segurança do local.
• Aproxime-se com cuidado, se colocando disposto a ajudar, converse com a
vítima.
• Procure acalma-la e mantenha a calma.
• Busque ajuda de outras pessoas.
• Ao acionar o socorro especializado passe todas as informações sobre o
acidente e escute atentamente as orientações.
• Evite comentários sobre o estado geral da vítima.
• Desligue o motor do veiculo
• Não mexa em cabos de alta tensão
• Não fume ou permita que alguém fume próximo ao local.

Sinalização do local
A sinalização é de extrema importância no local do acidente.

137
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Uma sinalização ausente ou deficiente poderá causar novos
acidentes ou agravar o que estiver em andamento.
Para sinalizar o local do acidente, é preciso usar
o triângulo, o pisca-alerta ou outros meios, como galhos de
árvores e lanternas, ou acenar para os outros veículos utilizan-
do panos.

Em caso de chuva,
Velocidade máxi-
Tipo da via Em pista seca neblina, fumaça ou à
ma permitida
noite

Vias coletoras 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos

Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos

Vias de trânsito rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos

Rodovias 110 km/h 100 passos longos 200 passos longos

Acionamento de recursos e os telefones de emergência


Alguns números de emergência são os mesmos em todo o terri-
tório brasileiro:
190 - Polícia Militar
191- Polícia Rodoviária Federal
193 - Bombeiros
199 - Defesa Civil
192 - SAMU

138
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Ao contatar o serviço especializado, o atendente solicitará al-
gumas informações básicas, visando garantir a agilidade e a
eficácia no atendimento.
 Local e tipo do acidente;
 Número das vítimas;
 Gravidade das vítimas.

Quando o serviço especializado chegar é importante comunicar


quais foram os procedimentos de urgência aplicados as vítimas.

Psicologia Aplicada à Segurança no Trânsito


“A psicologia aplicada ao trânsito se dedica ao estudo do comportamento
dos vários participantes do trânsito, de condutores a pedestres, passageiros
e ciclistas. Trata-se de uma área da psicologia que investiga os comporta-
mentos humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos,
conscientes e inconscientes que os provocam e o alteram ” (CFP, 2000, p.
10).

Falando nesse sentido, é fun- É importante avaliar as con-


damental que todo o condu- dições físicas e mentais do
tor faça sua autoanalise so- condutor e demais partici-
bre suas ações no trânsito e pantes do trânsito, pois
se seu comportamento está quando as emoções ultrapas-
sendo satisfatório. Multas, sam o controle do ser huma-
xingamentos, irritabilidade e no, o indivíduo apresenta
questionamentos constantes tristeza, preocupação ou me-
sobre as ações de outros par- do, por exemplo, e seu
ticipantes do trânsito, podem o estado mental poderá de
identificar algo sobre seu alguma forma estar compro-
próprio comportamento. metido.
Relações interpessoais

139
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
No trânsito iremos conviver com as mais diversas culturas, per-
sonalidades e comportamentos. Sendo assim é preciso ser tole-
rante e entender que todos nós somos diferentes, e que muitas
vezes algo que é importante para você não terá tanta relevân-
cia para o outro.
Ao entender e respeitar as diferenças já estaremos caminhando
para o bom convívio social, no trânsito e na vida.
Obediência às leis e à sinalização
Todos nós educadores de trânsito, trabalhamos para que cada
condutor possa refletir sobre suas ações e, então, promova a
mudança de hábitos e atitudes, desencadeando, por conse-
quência, o uso constante do bom senso, da cidadania e do res-
peito à legislação e à sinalização do trânsito.
Sabemos que esta tarefa não público de forma democráti-
é nada fácil, pois quando li- ca e segura.
damos com pessoas de diver- Os espaços definidos para a
sos comportamentos, sabe- circulação de pedestres e
mos que somente as regras veículos demonstra que te-
sociais podem trazer uma mos normas de segurança
conduta única, visando o bem que devem ser aplicadas com
estar de todos. respeito e cidadania.
As regras de circulação surgi-
ram para que todos nós pu-
déssemos utilizar o espaço
Portando, respeite os espaços dos pedestres e veículos e en-
tenda que todos nós temos direitos que devem ser levados em
conta, seja educado, tolerante e solidário no trânsito.

140
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
O controle das emoções
Controlar as emoções no dia a dia não é uma tarefa fácil. A irri-
tabilidade, ansiedade e o estresse, podem faze o condutor per-
der o controle sobre si.
Os profissionais da educação de trânsito, devem sempre repas-
sar aos candidatos à CHN que são diversos os fatores que influ-
enciam a ocorrência de acidentes de trânsito, e que devemos
ter um comportamento adequado nas vias.
 Mantenha a calma.
 Evite discussões no trânsito.
 Em caso de consumo de bebida alcoólica não dirija.
 Seja tolerante, as pessoas cometem erros.
 Não discuta com motoristas e pedestres.
 Procure avaliar seu comportamento no dia a dia.

A atenção e cuidados indispensáveis a segurança do trânsito


Manter a atenção e uma postura correta e ética é fundamental
para garantir uma circulação segura.
Conhecer a legislação e nor- ponsabilidade como educa-
mas de circulação e conduta, dores na promoção de um
praticando hábitos responsá- trânsito mais consciente e
veis, faz com que o compor- seguro. O instrutor tem papel
tamento no trânsito se modi- fundamental neste contexto,
fique e evolua para uma pos- pois está ajudando a formar
tura melhor. Precisamos e os participantes do sistema
devemos assumir nossa res- viário.

Transferir todo seu conhecimento, apresentar noções de ética


e psicologia na busca pela transformação do comportamento
humano, é a missão do educador do trânsito.

141
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Noções sobre funcionamento do veículo de 2 e 4 rodas / Me-
cânica Básica, equipamentos de uso obrigatório do veículo e
sua utilização
Equipamentos obrigatórios, vamos ver o que delibera o CTB:
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
I - cinto de segurança, con- dianteira, traseira, lateral e
forme regulamentação espe- nos pedais, e espelho retrovi-
cífica do CONTRAN, com ex- sor do lado esquerdo.
ceção dos veículos destina- VII - equipamento suplemen-
dos ao transporte de passa- tar de retenção - air
geiros em percursos em que bag frontal para o condutor e
seja permitido viajar em pé; o passageiro do banco dian-
III - encosto de cabeça, para teiro.
todos os tipos de veículos § 1º O CONTRAN disciplinará
automotores, segundo nor- o uso dos equipamentos
mas estabelecidas pelo CON- obrigatórios dos veículos e
TRAN; determinará suas especifica-
V - dispositivo destinado ao ções técnicas.
controle de emissão de gases § 2º Nenhum veículo poderá
poluentes e de ruído, segun- transitar com equipamento
do normas estabelecidas pelo ou acessório proibido, sendo
CONTRAN. o infrator sujeito às penalida-
VI - para as bicicletas, a cam- des e medidas administrati-
painha, sinalização noturna vas previstas neste Código.
Conforme determinado pela Resolução 14/98 do CONTRAN, os
equipamentos obrigatórios devem estar presentes e funcio-
nando com eficiência nos automóveis e motocicletas, são eles:
1) pára-choques, dianteiro e traseiro;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões;

142
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
3) espelhos retrovisores, interno e externo;
4) limpador de pára-brisa;
5) lavador de pára-brisa;
6) pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) para o condutor;
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela;
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou amarela;
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
10) lanternas de freio de cor vermelha;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor âmbar e traseiras de
cor âmbar ou vermelha;
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca;
13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor vermelha;
14) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca;
15) velocímetro,
16) buzina;
17) freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes;
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
19)dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergência, indepen-
dente do sistema de iluminação do veículo;
20) extintor de incêndio (não obrigatório para veículos de passeio)
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, nos veícu-
los de transporte e condução de escolares, nos de transporte de passagei-
ros com mais de dez lugares e nos de carga com capacidade máxima de
tração superior a 19t;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, naqueles dotados
de motor a combustão;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, com ou sem câma-
ra de ar, conforme o caso;

143
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
25) macaco, compatível com o peso e carga do veículo;
26) chave de roda;
27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a remoção de calo-
tas;
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de carga, quan-
do suas dimensões assim o exigirem;
29) cinto de segurança para a árvore de transmissão em veículos de trans-
porte coletivo e carga;

(IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:


1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
4) lanterna de freio, de cor vermelha
5) iluminação da placa traseira;
6) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro e traseiro;
7) velocímetro;
8) buzina;
9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.

Art. 230. Conduzir o veículo:


IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente
ou inoperante;
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização

144
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
Extintor de incêndio manuseio e uso
Resolução nº 556, de 17 de setembro 2015 do CONTRAN, tor-
nou facultativo o uso do extintor de incêndio para os automó-
veis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine
fechada.
Porém sabemos da importância deste equipamento quando
acontece um início de incêndio.
Ao perceber um princípio de incêndio, apanhe o extintor que
deve estar próximo ao acento do condutor. Após este procedi-
mento:
 retire o lacre;
 posicione o extintor na posição vertical;
 posicione para o centro das chamas;
 acione o gatilho;
 faça movimentos para a esquerda e direita sucessivamente.

Ao apagar o fogo, avalie a possibilidade de chamar um serviço


especializado para solucionar a causa do incêndio.

Responsabilidade do condutor com a manutenção do veículo


A revisão adequada, dentro do período indicado pelo fabrican-
te, contribui para o bom desempenho do veículo, aumenta a
vida útil dos componentes contribuindo para evitar acidentes.
Vamos rever os itens essenciais no momento da manutenção
dos equipamentos:
 verificar o nível do óleo do motor e, se necessário, completá-lo;
 completar o nível da água do reservatório de expansão ou do radi-
ador;
 verificar o funcionamento dos limpadores de para-brisa e, se ne-
cessário, trocar as palhetas;
 realizar o alinhamento da direção e o balanceamento das rodas;

145
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
 verificar o funcionamento da buzina;
 conferir faróis, lanternas e pisca-alerta;
 verificar o estado das pastilhas dianteiras e o nível do fluido de
freio.

Alternativas de solução para reparos em eventos de emergên-


cia mais comuns, no veículo.
Fique atento aos períodos de manutenção dos equipamentos,
porém imprevistos podem acontecer, sendo assim, vamos re-
lembrar algum as ações que podem ajudar.
• No caso de queima de luzes e lanternas, utilize os gestos de braços para
sinalizar suas manobras;
• Ao perceber que o marcador de combustível está com defeito se baseie
pelo odômetro para saber quanto de combustível vai precisar para chegar
até o local de destino;
• Na falta do triangulo, utilize galhos de árvore;
• Ao perceber alguma irregularidade durante o trajeto, procure um lugar
seguro e chame assistência.

São ações rápidas e imediatas, mas não devem substituir a utili-


zação dos equipamentos obrigatórios. Procure uma assistência
técnica e resolva o problema.

146
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
ATIVIDADES
Módulo IV

LEGISLAÇÃO

1 - É de competência das Polícias Militares dos Estados:


____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2 - Você aprendeu que a Junta Administrativa de Recursos de
Infrações (Jari) trabalha em conjunto com cada órgão executivo
e rodoviário de trânsito existente no território nacional. Nesse
sentido, descreva o que apresenta a função da Jari:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
3 - Os departamentos que fazem parte dos órgãos rodoviários
são:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

147
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________
4 - O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) é o órgão
executivo da União que tem por responsabilidade:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
5 - Quais das organizações a seguir ajudam a compor os intitu-
lados “órgãos normativos” do Sistema Nacional de Trânsito
(SNT)?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
6 - Para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o futuro
condutor precisa atender a alguns requisitos que estão descri-
tos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Sobre esses requisi-
tos, o futuro condutor precisa:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

148
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
7 - Para receber a permissão para dirigir, o candidato a condu-
tor deverá estar apto. Para isso, são realizados alguns exames,
conforme o art. 3º da Resolução nº 168/2004 (CONTRAN,
2004). Sobre o exame psicológico, também conhecido como
“teste psicotécnico”, descreva:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
8 - Além dos requisitos básicos, o condutor que for obter
a habilitação para as categorias C, D e E precisa atender a ou-
tros requisitos. Sabendo disso, assinale a alternativa que con-
tém os requisitos necessários para obtenção da habilitação nas
categorias D e E:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
9 - Quais das organizações ajudam a compor os intitulados “ór-
gãos normativos” do Sistema Nacional de Trânsito (SNT)?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

149
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
10 - Para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o futu-
ro condutor precisa atender a alguns requisitos que estão des-
critos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Sobre esses requi-
sitos, o futuro condutor precisa:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
11 - A ultrapassagem poderá ser realizada pela esquerda obe-
decendo à sinalização estabelecida e às demais normas do Có-
digo de Trânsito Brasileiro e pela direita quando o veículo a ser
ultrapassado sinalizar o propósito de entrar à esquerda. Antes
de efetuar a ultrapassagem pela direita, é preciso certificar-se
de que:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
12 - Para ter um comportamento adequado no trânsito, são
importantes algumas condições básicas. Quais são elas?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
13 - Qual é o objetivo das Normas Gerais de Circulação e Con-
duta?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
14 - Quais são as regras para conversões à direita?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
15 - O art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro − CTB (BRASIL,
1997) cita normas referentes à prioridade de passagem e regras
de preferência. Quando veículos, transitando por fluxos que se
cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, terá preferên-
cia de passagem:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
16 - Qual a quantidade de pontos que um condutor deverá ter
em um prazo de 12 meses para que tenha a sua CNH suspensa?
____________________________________________________
____________________________________________________

151
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
17 - Qual é a determinação do Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) quando o condutor tiver envolvimento em acidente grave
no qual tenha contribuído, independentemente de processo
judicial?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
18 - A sinalização vertical é constituída pelas placas. Nesse sen-
tido, relacione as sentenças a seguir no que diz respeito aos
três tipos de placas de sinalização:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
19 - Dispositivos delimitadores, de canalização, de sinalização
e de alerta são tipos de dispositivos auxiliares. Sabendo disso,
descreva o que condiz com o conceito de dispositivos auxiliares
à sinalização:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

152
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________

20 - A sinalização horizontal é composta pelas linhas, as marca-


ções, os símbolos e as legendas que são pintadas ou colocadas
nas vias urbanas e rurais, cujo objetivo é organizar o trânsito e
complementar os sinais verticais. Sendo assim, descreva a se-
guir no que diz respeito aos três tipos de traçado (contínuo,
tracejada ou seccionada), símbolos e legendas:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

DIREÇÃO DEFENSIVA

1 - O condutor defensivo é aquele que usa a boa educação no


trânsito, que permanece atento para evitar situações de risco e
quaisquer possibilidades de se envolver em um acidente. Sa-
bendo disso, descreva sobre o conceito de direção defensiva:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2 - Ao dirigir, o condutor deve estar preparado para lidar com
situações que não dependem somente dele, as quais são cha-
153
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
madas de condições adversas multifatoriais. Sobre as condi-
ções adversas que podem representar risco no trânsito, é cor-
reto afirmar que:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
3 - Além de o condutor manter-se sempre calmo ao conduzir
seu veículo, é importante que ele utilize o método básico de
prevenção de acidentes, que consiste nas seguintes ações:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
4 - A direção defensiva consiste em dirigir de maneira a evitar
acidentes independentemente das ações incorretas dos outros
indivíduos do sistema trânsito ou de condições adversas que se
apresentem para o momento. Nesse sentido, relacione os ele-
mentos da direção defensiva com os seus respectivos concei-
tos:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

154
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
5 - Tanto o motociclista profissional como a motocicleta neces-
sitam de equipamentos obrigatórios, que influenciam e contri-
buem para a segurança do trânsito. Relacione as sentenças a
seguir, fazendo a distinção entre os equipamentos que são de
uso do motociclista e aqueles que devem ser instalados na mo-
tocicleta:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
6 - A pilotagem defensiva se dá quando o condutor pilota a sua
motocicleta de maneira consciente, respeitando as regras de
circulação, as leis de trânsito e tendo cuidados especiais. Quais
seriam esses cuidados:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________

7 - Apesar das diversas vantagens da motocicleta, como ser um


veículo ágil, rápido, econômico e que ocupa menos espaço em
relação aos outros veículos, esse meio de transporte deixa o
condutor mais exposto a riscos e perigos no trânsito. Por isso é
imprescindível que o condutor:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

155
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
PRIMEIROS SOCORROS

1 - O que deve ser orientado aos alunos em relação à sinaliza-


ção do local do acidente e ao acionamento de recursos?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2 - Qual é a orientação dada ao aluno sobre o que é inadequa-
do diante de um acidente de trânsito?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
3 - Na avaliação inicial da vítima de acidente de trânsito, é ne-
cessário avaliar os sinais vitais dela. Quais são eles?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
4 - Nos casos em que há extremo risco, as vítimas que estão no
interior do veículo devem ser retiradas. Qual é o procedimento
correto para realizar esta ação?

156
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
5 - De acordo com a sequência adequada do atendimento de
primeiros socorros, qual seria a primeira atitude a ser tomada
em caso de acidente de trânsito?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
6 - Qual a orientação correta em caso de acidente ocorrido à
noite?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
7 - Quais são as penas previstas no art. 304 do Código de Trân-
sito quando o condutor deixa, “*...+ na ocasião do acidente, de
prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo di-
retamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autori-
dade pública”?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

157
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
8 - Para avaliar as condições de uma vítima de acidente de trân-
sito, o que o instrutor deve ensinar aos alunos?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
9 - Para o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o que significa
“omitir socorro”?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

MEIO AMBIENTE

1 - De que forma o condutor pode gastar menos combustível e


poluir menos o meio ambiente?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
158
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
2 - Entre os objetivos do Programa de Controle de Poluição do
Ar por Veículos Automotores (Proconve), podemos citar:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

3 - A emissão de gases poluentes por meio dos veículos auto-


motores:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

PSICOLOGIA APLICADA NO TRÂNSITO


1 - O comportamento humano no trânsito pode envolver múl-
tiplos fatores. Entre eles, é possível citar:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

159
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
2 - O comportamento dos condutores no trânsito é reflexo de
uma série de influências e contextos, entre os quais podemos
citar:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

3 - Compreender o comportamento do ser humano e o contro-


le das emoções são fundamentais para a qualidade no trânsito.
Sobre esse assunto, é correto afirmar que:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
4 - A psicologia aplicada ao trânsito é uma área importante pa-
ra estudos e para a avaliação dos condutores e demais atores
envolvidos no trânsito. Sendo assim, descreva o que condiz
com o conceito de psicologia aplicada ao trânsito:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

160
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
MECÂNICA BÁSICA

1 - A Resolução n. 14/1998, determina em seu art. 1º que para


circular em vias públicas, os veículos deverão conter:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
2 - Todos os tipos de veículos devem dispor de equipamentos
de uso obrigatório. Quais são os equipamentos obrigatórios de
veículos automotores e ônibus elétricos?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
3 - O extintor de incêndio que deverá ser usado em caso de
emergência é o que possui o agente triclasse (pó químico se-
co), que pode ser usado nas três classes de incêndio mais di-
fundidas (classes A, B e C). Com relação ao extintor de incêndio,
descreva o que diz respeito à maneira correta para manuseio
desse equipamento:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

161
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________
4 - A Lei nº 9.503/1997 (BRASIL, 1997) cita no art. 103 algumas
recomendações para se transitar na via com veículo automotor.
Sendo assim, o que é necessário para que um veículo transite
pela via, segundo essa determinação do CTB?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
5 - O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabelece
equipamentos obrigatórios que devem ser utilizados nos veícu-
los. Quais são eles?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
6 - No art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro (BRASIL, 1997),
há a informação de que é obrigatório conservar o veículo em
perfeitas condições de uso e, em caso de mau funcionamento,
o condutor ficará sujeito às penalidades. Por isso, é importante
conhecer todos os sistemas do veículo e mantê-los em condi-
ções adequadas. Sabendo disso, quais são sistemas de um veí-
culo?
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________

162
CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
___

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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
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CENTRO DE TREINAMENTO DO OESTE
MÓDULO V
Prática de direção veicular em veículo de duas e
quatro rodas
Postura do instrutor na condução das orientações com o veí-
culo em movimento e procedimentos nas solicitações de ma-
nobra.
Como sabemos, as normas estabelecidas pelo CONTRAN, trou-
xeram algumas mudanças na postura e procedimentos técnicos
para instrutores no momento do ensino.
A Resolução 493/14 contempla as novas normas que veremos a
seguir:
1.4.2 Nas aulas de prática de I - CONCEITOS BÁSICOS: -
direção veicular, o instrutor Verificação das condições dos
deve realizar acompanha- equipamentos obrigatórios e
mento e avaliação direta, da manutenção de um veícu-
corrigindo possíveis desvios, lo;
salientando a responsabilida- APRENDENDO A CONDUZIR
de do condutor na segurança
do trânsito. Uso dos pedais e início da
condução em 1ª marcha;
1.4.3 A monitoração da práti-
ca de pilotagem de motoci- - Mudança da 1ª para a 2ª
cleta em via pública poderá marcha;
ser executada pelo instrutor - Mudança da 2ª para a 3ª
em outro veículo. marcha;
1.4.4 As aulas de prática de - Mudança da 4ª para a 5ª
direção veicular deverão ain- marcha;
da observar o seguinte con-
teúdo didático-pedagógico: APRENDIZADO DA CIRCULA-
ÇÃO

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- Posição do veículo na via, 1.4.6 Os órgãos executivos
velocidade e observação do estaduais de trânsito dos
trânsito; Estados e do Distrito Federal
poderão estabelecer rotinas
II – CONDUÇÃO SEGURA:
para a recepção eletrônica
1.4.5 Ao final de cada aula ou dos relatórios elaborados
conjunto de aulas de prática pelos instrutores de trânsito,
de direção veicular, incumbi- os quais servirão para fins de
rá ao instrutor de trânsito acompanhamento e evolução
elaborar relatório detalhando do processo de aprendizagem
o comportamento do candi- dos órgãos pelo controle e
dato, o conhecimento das expedição da carteira nacio-
normas de conduta e circula- nal de habilitação, conforme
ção estabelecidas pelo Códi- regulamentação a ser elabo-
go de Trânsito Brasileiro e as rada pelo Departamento Na-
faltas cometidas durante o cional de Trânsito – DENA-
processo de aprendizagem; TRAN.
1.5 DAS AULAS EM SIMULADOR DE DIREÇÃO VEICULAR
1.5.1. As aulas realizadas em b) realização da aula no simu-
simuladores de direção veicu- lador de direção veicular,
lar, ministradas em qualquer fixado em 30 (trinta) minutos,
horário após a conclusão das reproduzindo cenários que
aulas teóricas e limitadas a 50 atendam o seguinte conteú-
(cinquenta) minutos cada, do didático pedagógico;
serão distribuídas da seguinte c) conclusão da aula com a
forma e ordem:
apresentação do resultado
a) preparação para que o obtido, correção didática das
aluno(s) receba(m) orienta- falhas porventura cometidas
ções gerais e conceitos que e esclarecimentos sobre
serão abordados durante a eventuais dúvidas apresenta-
aula; das pelo(s) aluno(s);

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1.5.2. A cada aula ministrada conduta previstas no Capítulo
no simulador de direção vei- III, associadas às correspon-
cular, o software nele insta- dentes infrações de trânsito
lado, obrigatoriamente pre- previstas no Capítulo XV, am-
verá, no mínimo, 10 (dez) bos do Código de Trânsito
situações que retratem as Brasileiro, observado o se-
normas gerais de circulação e guinte conteúdo didático:

O veículo de duas ou três rodas: funcionamento, equipamen-


tos obrigatórios e sistemas.
Como vimos em outros momentos, as motocicletas, motonetas
e ciclomotores, são veículos frágeis que necessitam de manu-
tenção periódica.
O instrutor deve estabelecer perceba as irregularidades e
junto ao seu aluno uma roti- evite transitar de forma irre-
na de verificação dos siste- gular.
mas do veículo para que ele
Segundo a Resolução 14/98 do CONTRAN, os equipamentos
obrigatórios para ciclos estão estabelecidos da seguinte forma:
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
4) velocímetro;
5) buzina;
6) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
7) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.

IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:


1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;

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3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
4) lanterna de freio, de cor vermelha
5) iluminação da placa traseira;
6) indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro e traseiro;
7) velocímetro;
8) buzina;
9) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
10) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.

O veículo de quatro rodas: funcionamento, equipamentos


obrigatórios e sistemas.
Da mesma forma como ocorrem com as motocicletas, os auto-
móveis também se desgasta com o uso, sendo assim a Resolu-
ção 14/98 do CONTRAN, estabeleceu normas apara esses equi-
pamentos também. Vejamos:
Nos veículos automotores e ônibus elétricos:
1) pára-choques, dianteiro e traseiro;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões;
3) espelhos retrovisores, interno e externo;
4) limpador de pára-brisa;
5) lavador de pára-brisa;
6) pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) para o condutor;
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela;
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou amarela;
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
10) lanternas de freio de cor vermelha;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor âmbar e traseiras de
cor âmbar ou vermelha;
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca;

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13) retrorefletores (catadióptrico) traseiros, de cor vermelha;
14) lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca;
15) velocímetro,
16) buzina;
17) freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes;
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergência, inde-
pendente do sistema de iluminação do veículo;
20) extintor de incêndio (facultativo)
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, nos veícu-
los de transporte e condução de escolares, nos de transporte de passagei-
ros com mais de dez lugares e nos de carga com capacidade máxima de
tração superior a 19t;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, naqueles dotados
de motor a combustão;
24) roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, com ou sem câma-
ra de ar, conforme o caso;
25) macaco, compatível com o peso e carga do veículo;
26) chave de roda;
27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a remoção de calo-
tas;
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de carga, quan-
do suas dimensões assim o exigirem;
29) cinto de segurança para a árvore de transmissão em veículos de trans-
porte coletivo e carga;

O instrutor deve criar uma rotina de verificação de equipamen-


tos junto ao seu aluno, para que juntos identifiquem quais os
problemas e de que forma o condutor irá resolver.

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Os pedestres, os ciclistas e demais atores do processo de cir-
culação
Sabemos que o trânsito dos grandes centros está cada vez
mais congestionado de veículos, com isso, muitas pessoas
buscam alternativas mais baratas para se locomoverem. A
bicicleta tem sido um modal muito utilizado por pessoas que
buscam veículos menos poluentes e que proporcionem mai-
or prazer em conduzir.
Muitos países fazem o uso para a prática segura. Sa-
da bicicleta com frequência bemos que na circulação de
causando uma mudança de bicicletas no convívio com
comportamento nesses lu- carro, a harmonia as vezes
gares. No Brasil essa prática não acontece, sendo assim,
tem ganhado força, onde precisamos assumir a res-
muitas cidades construíram ponsabilidade ao circular
ciclovias, parques e locais em vias públicas.
Vejamos as regras para bicicletas:
• utilize capacete, luvas e refletivos;
• instale retrovisores para observar o trânsito a sua volta;
• transite a direita da via no sentido do fluxo;
• respeite a sinalização;
• não transite sobre passeios e calçadas;
• respeite para ser respeitado.

Outro público que precisa de muita atenção são os pedes-


tres. O Código de Trânsito Brasileiro, preza pela segurança
do pedestre, por isso instituiu norma para garantir sua segu-
rança, vamos relembrá-las?
• o pedestre deve transitar somente em passeios, calçadas e acosta-
mentos;
• ande sempre do lado direito da calçada;

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• atravesse sempre na faixa em sinal favorável;
• não utilize celular.

Todos os veículos, motorizados ou não, são responsáveis pela


integridade física dos pedestres.
Lembre-se!
Segundo o art. 29, §2°, do CTB dispõe:
"§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabele-
cidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior
porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores,
os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumi-
dade dos pedestres".

Prática de direção veicular na via pública: direção defensiva,


normas de circulação e conduta, parada e estacionamento
Temos normas de circulação instruídas pelo CTB. Porém muitos
condutores deixam de praticá-las no seu dia-a-dia, causando os
chamados vícios de direção.
É responsabilidade do instrutor, reforçar a prática da direção
correta, não permitindo que o aluno cometa infrações durante
o treinamento.
Vamos rever algumas normas:
• é proibido transitar ou estacionar sobre passeios, calçadas ou praças;
• é proibido estacionar nas esquinas a menos de 5 mts;
• é proibido estacionar ou parar sobre faixas de pedestres;
• é proibido estacionar em pontos de ônibus;
• é proibido utilizar telefone celular em trânsito;
• é proibido avançar sinal vermelho do semáforo;
• é proibido dirigir alcoolizado.

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Nunca se esqueça:
• use o cinto de segurança;
• utilize bebe conforto, cadeira ou acento de elevação para crianças meno-
res de 7 anos;
• crianças no banco da frente somen