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EDUCAÇÃO E

TECNOLOGIAS

Pricila K. dos
Santos
Elisângela R. dos
Santos
Hervaldira B. de
Oliveira
Revisão técnica:
Marcia Paul Waquil
Graduação em serviço social (PUCRS)
Mestrado em educação (PUCRS)
Doutorado em educação (UFRGS)

S231e Santos, Pricila Kohls dos.


Educação e tecnologias / Pricila Kohls dos Santos,
Elisângela Ribas dos Santos, Hervaldira Barreto de Oliveira ;
[revisão técnica: Marcia Paul Waquil]. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
160 p. : il. ; 22,5 cm.

ISBN 978-85-9502-108-2


1. Educação - Tecnologia. I. Título.
CDU 37:62

Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094

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UNIDADE 3
Ciberespaço e educação a
distância: novos ambientes
de aprendizagem e
comunicação docente
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Apreender o que é ciberespaço e educação a distância.


 Reconhecer novos ambientes de aprendizagem e comunicação
docente.
 Analisar espaços de aprendizagem e comunicação no ciberespaço e
na educação a distância.

Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a influência do ciberespaço, não apenas
para a educação, mas para a sociedade em geral. Por meio dele, alteram-
-se as formas de comunicação e interação e o virtual passa a integrar o
cotidiano de milhares de pessoas. Muitas dessas recorrem à virtualidade
para se informar e para adquirir conhecimento, e é assim que a educação
a distância ganha maior destaque e se dissemina com maior qualidade.

O ciberespaço e suas contribuições para a


comunicação e interação
De acordo com Waquil (2008, p. 2), “[...] o termo ciberespaço foi inventado e
usado pela primeira vez em 1984, pelo autor de ficção científica William Gibson,

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no romance Neuromancer”. Lemos (2002 apud WAQUIL, 2008) afirma que


se trata de “[...] um espaço físico ou territorial composto por um conjunto de
redes de computadores através dos quais todas as informações [...] circulam”
(LEMOS, 2002, p. 136 apud WAQUIL, 2008, p. 2).
Termo bastante recorrente nos dias de hoje, o ciberespaço foi especialmente
disseminado na área da educação por diversos pesquisadores, entre eles há
destaque para Piérre Levy, que afirma que esse é um espaço que integra “[...]
todas as mídias anteriores, como a escrita, o alfabeto, a imprensa, o telefone,
o cinema, o rádio, a televisão e, adicionalmente, todas as melhorias da co-
municação, todos os mecanismos que foram projetados até agora para criar
e reproduzir signos. O ciberespaço não é um meio, é um metameio” (LEVY,
2000, p. 64). Para esse autor, algumas de suas características são: a possibili-
dade de agregar hiperdocumentos, a imaginação por meio de simulações, de
ferramentas da inteligência artificial e também a possibilidade da telepresença
e da criação de diversas naturezas, como de textos, sons, imagens e outros.
“O ciberespaço [...] permite não apenas uma comunicação ‘um para um’ e
‘um para muitos’ mas também do tipo ‘muitos para muitos’ e a articulação em
tempo real entre os três modos, o que incentiva a inteligência coletiva” (LEVY,
2000, p. 64). A Figura 1 ilustra as possibilidades de comunicação oportunizadas
pelo ciberespaço. A comunicação “um para um” era feita de indivíduo para
indivíduo, com utilização do telefone e dos primeiros tipos de conexão com
a Internet. A comunicação “um para muitos” ocorria pela televisão e pelas
primeiras formas de teleconferência, já a comunicação “muitos para muitos”
só aconteceu com as possibilidades de conexão à Internet e com os recursos
que possibilitaram que todos pudessem interagir com todos, como é o caso
hoje das videoconferências e demais recursos de conexão em tempo real.

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Figura 1. Tipos de comunicação possíveis no ciberespaço.


Fonte: phipatbig/shutterstock.com.

Ciberespaço e suas contribuições para a educação a


distância
A modalidade de educação a distância (EaD) foi marcada pelo ensino por
correspondência até a chegada da Internet. Após, a conectividade apresentou
– e continua apresentando – inúmeras contribuições para tornar o processo de
comunicação cada vez mais interativo. Essa nova comunicação contribuiu para
que inúmeros recursos didáticos pudessem ser trabalhados entre professores
e estudantes. O texto deixa de ser apenas impresso para se tornar eletrônico,
as correspondências passam a acontecer por intermédio das tecnologias e
recursos virtuais de comunicação e interação.

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“A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez de virtus, força,
potência. [...] O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado no entanto à concretização
efetiva ou formal. [...] em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao real
mas ao atual: virtualidade e atualidade são apenas duas maneiras de ser diferentes.”
(LÉVY, 1996, p. 15).

Muitas ferramentas digitais passam a permear as comunicações e essas


que podem ser divididas em duas categorias: síncronas e assíncronas. As
ferramentas síncronas são aquelas que permitem a comunicação em tempo
real, em outras palavras, as pessoas precisam estar conectadas à Internet, ou
seja, on-line – ao mesmo tempo para que possam trocar informações. Já as
ferramentas de comunicação assíncrona são todas aquelas que permitem que
a troca de informações aconteça em tempos diferentes, ou seja, o emissor
transmite uma mensagem e o receptor não precisa estar conectado à Internet
para recebê-la. Na Tabela 1 veremos alguns exemplos de ferramentas síncronas
e assíncronas.

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Tabela 1. Ferramentas para comunicação virtual.

Recurso Tipo de comunicação Características

E-mail Um para um; um Ferramenta assíncrona. Para enviar


para muitos; muitos uma mensagem ao destinatário, é
para muitos preciso que o emissor e o receptor
tenham uma conta de e-mail.

Salas de Um para um; um Ferramenta síncrona. Inicialmente


bate papo para muitos; muitos eram salas virtuais de bate papo
para muitos criadas por grandes portais para
que indivíduos pudessem discutir
sobre temáticas afins. Atualmente,
esse recurso é bastante utilizado
para discutir sobre um tema nos
espaços de educação a distância.

Sites Um para muitos Ferramenta assíncrona. O gestor


do site disponibiliza as informações
e todas as pessoas interessadas
e que possuem conexão com a
Internet podem acessá-lo, desde
que tenham o endereço do site.

Fóruns de Um para muitos; Ferramenta assíncrona. Trata-se


discussão muitos para muitos de sites na Internet, compostos
por listas de discussão. As listas
são divididas por temáticas e
as pessoas se inscrevem nos
temas que possuem interesse.
Após, podem enviar e receber
mensagens sobre os assuntos
tratados. Muito explorado para
sanar dúvidas e apresentar
soluções para questões diversas.

Novos ambientes de aprendizagem e


comunicação docente
Com a Internet, novos ambientes educacionais que contribuem para a expan-
são da educação a distância são criados, esses são chamados de ambientes
virtuais de aprendizagem (AVAs). “Consistem em mídias que utilizam o

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ciberespaço para veicular conteúdos e permitir interação entre os atores do


processo educativo [...]” (PEREIRA, 2007, p. 4). Trata-se de softwares, com
acesso restrito a pessoas previamente cadastradas, para gerenciamento de
aulas a distância. Sua denominação sofreu alteração com o passar dos anos
e esses programas hoje são nomeados de ambientes de ensino e aprendiza-
gem a distância (AVEAs). Suas ferramentas podem ser agrupadas em três
grandes categorias: coordenação; comunicação e administração (RIBEIRO;
MENONÇA, G.; MENDONÇA, A., 2007).

No YouTube, procure pelo vídeo “O que é virtual”,


de Piérre Levy.

https://goo.gl/jytXVP

As ferramentas de coordenação permitem o gerenciamento dos conteúdos,


das ferramentas para comunicação dos estudantes e tem acesso a relatórios de
acesso dos usuários, aos cronogramas e demais recursos que serão utilizados
para o desenvolvimento da aula. As ferramentas de comunicação, como o
próprio nome diz, são aquelas que oportunizam a comunicação e a interação
entre os envolvidos, geralmente são os fóruns, os chats e os espaços destinados
a mensagens individuais ou coletivas. Já as ferramentas de administração são
aquelas que permitem o gerenciamento dos usuários cadastrados nos cursos
e os tipos de permissão que cada usuário possui.
Os AVEAs existentes para o segmento de EaD são classificados em dois
tipos: softwares livres e softwares proprietários. Os livres são aqueles pro-
gramas de computador que podem ser executados, distribuídos e alterados
por qualquer pessoa. Para isso, é necessário que se tenha acesso ao chamado
código-fonte. “O conceito do software livre tem grande importância no mundo
da tecnologia e da computação, haja vista o software livre não ser necessa-
riamente gratuito, mas com certeza seu código-fonte é livre e está disponível
para ser alterado por qualquer um, sem que haja a necessidade de pagamento
para fazer tais alterações” (GARCIA, 2010, p. 108). Já o software proprietário

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é aquele tipo de programa que trabalha com “[...] licenças de uso, de forma
que o usuário não compra um software, mas sim a licença para seu uso. Na
maioria dos softwares proprietários seu objetivo [...] é restringir os direitos do
usuário e proteger o fabricante do software” (GARCIA, 2010, p. 108).

Conheça mais sobre o movimento do software livre.


Acesse:

http://softwarelivre.org/

A utilização dos AVEAs na prática docente apresenta muitas vantagens,


entre as quais podemos destacar:

 O aluno interage com o computador.


 O professor pode dar atenção individual aos alunos.
 O ritmo de aprendizagem é organizado pelo próprio aluno.
 É o aluno quem administra o tempo para os estudos.
 Os materiais de estudo disponibilizados no ambiente, em geral, possuem
uma apresentação criativa, atrativa e integrada, o que estimula e motiva
a aprendizagem.
 O professor possui mais de uma ferramenta para utilizar como avaliação
no processo de ensino aprendizagem.

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A gestão do tempo pelo próprio aluno é uma das principais vantagens da educação
a distância. Para uma boa gestão, é fundamental que o aluno construa disciplina e
planejamento para organizar seus estudos. O ensino e a aprendizagem, por meio dos
AVEAs, exigem dedicação para leituras, assistir vídeos, interagir e compartilhar conhe-
cimento, sempre de acordo com os prazos estabelecidos pela instituição de ensino.

Espaços de aprendizagem e comunicação no


ciberespaço e na educação à distância
O primeiro AVEA criado no Brasil foi o TelEduc. O desenvolvimento desse
ambiente surgiu a partir da dissertação de mestrado de um aluno da Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas). A partir dessa dissertação, o TelEduc
passou a ser desenvolvido com o auxílio de pesquisadores do Instituto de
Computação da Unicamp. Segundo Barbosa (2005, p. 78), “[...] esse ambiente
foi desenvolvido de forma participativa, ou seja, todas as suas ferramentas
foram idealizadas, projetadas e depuradas segundo as necessidades relatadas
por seus usuários”. O TelEduc foi o primeiro ambiente para EAD disponível
para utilização com software livre (no âmbito nacional e internacional), sendo
que, no ano de 2001, sua primeira versão foi disponibilizada para uso. A partir
disso, houve um aumento significativo de instituições públicas e privadas
que passaram a usar essa ferramenta no processo de ensino e aprendizagem
a distância. Conforme Rocha (2003, p. 378), “este uso nos mais diferentes
contextos levou à implantação de novas ferramentas e ao lançamento, em
março de 2002, da sua versão 3.0, completamente reestruturada e otimizada”.
Como a utilização desse AVA era internacional, ele passou a oferecer suporte
em diferentes idiomas.
Atualmente o TelEduc não está mais em funcionamento, sua utilização deu
espaço para outro AVEA, também disponível em software livre e conhecido
internacionalmente: o Moodle. Esse ambiente “foi desenvolvido pelo austra-
liano Martin Dougiamas em 1999, formado em Ciências da Computação com
Mestrado e Doutorado em Educação focalizados na área de conhecimento
sobre a natureza da aprendizagem e colaboração” (RIBEIRO; MENONÇA, G.;

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MENDONÇA, A., 2007). Por ser um software livre, existe uma comunidade
fazendo melhorias a todo momento e por isso novas versões são disponibiliza-
das frequentemente na Internet, por meio do site Moodle.org. Em contrapartida
aos ambientes virtuais que têm base em software livre, existe o Blackboard,
uma das plataformas mais conhecidas mundialmente no âmbito dos softwares
proprietário. Criado em 1997, surgiu para se tornar uma plataforma para a EaD.
Assim como muitos AVEAs, é constituído de ferramentas de administração,
de comunicação e de gerenciamento dos dados.

AulaNet
É um VLE desenvolvido pelo Laboratório de Engenharia
de Software do Departamento de Informática da
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
BlackBoard
É uma ferramenta avançada que enriquece o processo
de ensino-aprendizagem com o uso das tecnologias de
informação e comunicação. Software pago.

Claroline
É uma ferramenta de EAD e de trabalho colaborativo
(Licence GNU/GPL) open source, isto é, software livre. Ele
permite às instituições criar e administrar informações
on-line.

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Moodle
É o acrónimo de Modular Object-Oriented Dynamic
Learning Environment, um software livre de apoio à
aprendizagem, executado num ambiente virtual.
Atualmente é o mais usado no mundo com mais de
85.000 instalações. O Brasil é o quarto maior consumidor
de Moodle no mundo.
TelEduc
É um ambiente para a criação, participação e
administração de cursos na web. Ele foi concebido para
o processo de formação de professores em informática
educativa, com base na metodologia de formação
contextualizada desenvolvida por pesquisadores
do Núcleo de Informática Aplicada á Educação da
Universidade Estadual de Campinas (NIED/UNICAMP).
TECLEC
O ambiente do curso a distância do programa Nacional
de Informática na educação (PROINFO) foi desenvolvido
pelo LEC/UFRGS e Ministério da Educação (MEC). O Curso
a Distância de Formação Continuada de Multiplicadores
é uma iniciativa do PROINFO, Secretaria de Educação a
Distância (SSED) e MEC, em parceria com a UFRGS
TopClass
É um sistema desenvolvido pela WBT Systems. Os cursos
são construídos pelo professor por unidades de material
de aprendizagem. Essas unidades podem incluir páginas,
exercícios, etc.
Virtual-U
É um sistema desenvolvido pela Simon Fraser University
e utiliza a metáfora de um campus no qual a localização
e os objetos são usados para representar as diferentes
ferramentas e atividades.
WebCT
É um sistema desenvolvido pela University of British
Columbia. Pode ser usado de forma flexível para criar
cursos on-line ou para publicar materiais suplementares
para cursos já existentes.

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Ciberespaço, educação a distância e sua análise


pedagógica
O ciberespaço apresenta muitas contribuições para a educação, mas para a
EaD os avanços foram imensos. Isso porque, até então, não existiam plata-
formas para gerenciamento de aulas virtuais e essa possibilidade surge com o
surgimento do ciberespaço. Com AVEAs é possível concentrar todas as ações
de alunos, professores e equipe gestora em um único lugar.
Para gerenciamento das aulas, temos todos os recursos concentrados em
apenas um lugar, que somente os usuários cadastrados podem acessar. A
segurança das informações aumenta e isso contribuiu para o crescimento da
confiabilidade dos programas de EaD no Brasil. Os professores podem planejar
conteúdos mais interativos e atividades mais colaborativas. Videoaulas podem
ser disponibilizadas, comentadas, compartilhadas e mensagens de áudio
podem ser construídas, de forma individual e coletiva – os chamados podcast.
Atividades que permitem a comunicação um-todos e todos-todos podem
ser exploradas para enriquecer as possibilidades de trabalho e diversificar as
estratégias didáticas. Por meio de fóruns e de chats, por exemplo, é possível
discutir temáticas de forma assíncrona e síncrona, levando em consideração
que cada estudante poderá estar conectado em tempos e espaços diversos.
Nesse universo, a distância aumenta e as tecnologias aproximam. De acordo
com Behar (2009, p. 13), estamos em um momento de transformação: “está
ocorrendo uma passagem da Sociedade Industrial, que privilegia a cultura do
ensino, para uma Sociedade em Rede, que dá ênfase à cultura da aprendizagem,
convergindo para a construção de um novo modelo educativo.”.
Esta é a atual geração da EaD que vivemos: “o conhecimento é conce-
bido como resultado da ação do sujeito sobre a realidade, estando o aluno na
posição de protagonista no processo da aprendizagem construída de forma
cooperativa, numa relação comunicativa renovada e reflexiva com os demais
sujeitos” (BEHAR, 2009, p. 15). O diagrama abaixo (Figura 2) ilustra o atual
cenário da EaD. É possível perceber que o aluno está no centro do processo
educacional, com apoio de diversos recursos, dentre esses os de comunicação
e informação, acompanhado por um professor que atua como orientador do
processo de ensino e aprendizagem.

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Figura 2. O atual cenário da EaD.

Conheça a obra Modelos pedagógicos em educação a distância, de Behar et al, publicado


pela Artmed, em 2009.

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1. Vimos que o termo ciberespaço Após, podem enviar e receber


foi inventado e usado pela mensagens sobre os assuntos
primeira vez em 1984, pelo tratados. Muito explorado para
autor de ficção científica William sanar dúvidas e apresentar
Gibson, no romance Neuromancer. soluções para questões diversas.
Esse termo foi disseminado na e) Uma ferramenta avançada
educação, especialmente por que enriquece o processo
Pierre Levy, e, para esse autor, de ensino e aprendizagem
ciberespaço refere-se à: com o uso das tecnologias de
a) Integração de “todas as mídias comunicação e informação.
anteriores, como a escrita, o 2. As ferramentas ___________
alfabeto, a imprensa, o telefone, são aquelas que permitem a
o cinema, o rádio, a televisão comunicação em tempo real,
e, adicionalmente, todas as ou seja, on-line, ao mesmo
melhorias da comunicação, tempo para que possam trocar
todos os mecanismos que informações. Já as ferramentas
foram projetados até agora de comunicação __________ são
para criar e reproduzir signos.”. todas aquelas que permitem que
b) Um tema interdisciplinar que tem a troca de informações aconteça
sido explorado por diferentes em tempos diferentes, ou seja, o
áreas do conhecimento. Como emissor transmite uma mensagem
proposta totalmente ligada ao e o receptor não precisa estar
conceito de informação e às conectado à Internet para recebê-la.
tecnologias da informação e Marque a alternativa que completa
comunicação, é considerada corretamente as lacunas.
pertinente a discussão do tema a) AVEAs e EaD.
dentro da Ciência da Informação. b) Síncrona e assíncrona.
c) Área da ciência da computação c) Assíncrona e síncrona.
dedicada ao estudo capaz d) Blackboard e Moodle.
de elaborar dispositivos e) Ciberespaço e assíncrona.
que simulem a capacidade 3. A gestão do tempo pelo próprio
humana de raciocinar, aluno é uma das principais
perceber, tomar decisões e vantagens da educação a
resolver problemas, enfim, a distância. Para uma boa gestão,
capacidade de ser inteligente. é fundamental que o aluno
d) Sites na Internet compostos por construa ________ e _________
listas de discussão. Essas listas para organizar seus estudos.
são divididas por temáticas e a) E-mail e computador.
as pessoas se inscrevem nos b) AVEAs e Moodle.
temas que possuem interesse. c) Software livre e Blackboard.

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d) Podcast e chat. ocorrendo uma passagem da


e) Disciplina – planejamento. __________________, que
4. Em contrapartida aos ambientes privilegia a cultura do ensino, para
virtuais que têm base em software uma ________________, que dá
livre, uma das plataformas mais ênfase à cultura da aprendizagem,
conhecidas mundialmente no convergindo para a construção
âmbito dos softwares proprietários de um novo modelo educativo.”
foi criada em 1997 e surgiu para se Qual alternativa completa
tornar uma plataforma para a EaD. corretamente a questão?
Qual alternativa abaixo corresponde a) Sociedade Industrial –
a essa plataforma? Sociedade em Rede.
a) Moodle. b) Sociedade em Rede –
b) Blackboard Sociedade Industrial.
c) Podcast. c) Plataforma TeleDuc –
d) AVEAs. Plataforma Moodle.
e) Chats. d) Ferramenta síncrona –
5. De acordo com Behar (2009, p. Ferramenta assíncrona.
13) estamos em um momento e) Ferramenta assíncrona –
de transformação. “Está Sociedade em Rede.

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BARBOSA, R. M. (Org.). Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2005.


BEHAR, P. A. et al. Modelos pedagógicos para educação a distância. Porto Alegre: Art-
med, 2009.
GARCIA, M. N. et al. Software Livre em relação ao software proprietário: aspectos
favoráveis e desfavoráveis percebidos por especialistas. Gestão & Regionalidade, São
Caetano do Sul, v. 26, n. 78, set./dez. 2010. Disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/
index.php/revista_gestao/article/viewFile/1061/847>. Acesso em: 16 jun. 2017.
KEARSLEY G.; MOORE M. G. Educação à distancia: uma visão integrada. São Paulo:
Thomson Pioneira, 2007.
LEVY, P. O ciberespaço como um passo metaevolutivo. Revista FAMECOS, Porto Alegre,
n. 13, dez. 2000.
LEVY, P. O que é virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
PEREIRA, A. Ambientes virtuais de aprendizagem: em diferentes contextos. Rio de
Janeiro: Ciência Moderna, 2007.
RIBEIRO, E. N.; MENDONÇA, G. A. de A.; MENDONÇA, A. F. de. A importância dos am-
bientes virtuais de aprendizagem na busca de novos domínios da EAD. 12 abr. 2007.
Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/4162007104526am.pdf>.
Acesso em: 16 jun. 2017.
ROCHA, H. O ambiente TelEduc para educação à distância baseada na Web: princípios,
funcionalidades e perspectivas de desenvolvimento. In: MORAES, M. C. (Org.). Educa-
ção a distância: fundamentos e práticas. Campinas: Unicamp/Nied, 2002. p. 197-212.
WAQUIL, M. P. Princípios da pesquisa científica em ambientes virtuais: um olhar funda-
mentado no paradigma do pensamento complexo. 2008. 171 f. Tese (Doutorado
em Educação)- Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2008.

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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:

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