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HISTÓRICO (em ordem cronológica)

Em um retorica histórica, as críticas que relacionavam economia e a natureza,


pelos ambientalistas, só desencadearam entre as décadas 60 e 70 durante o século
XX. Essas críticas centravam-se nas implicações do desenvolvimento econômico
frente aos danos naturais (ANDRADE, 2008).

As primeiras divergências entre pesquisadores que buscaram analisar os


efeitos econômicos, sendo esse um sistema que busca da natureza as condições
para a produção e melhoramento de produtos para o uso do bem comum, com a
precificação do meio ambiente, ocorreu ainda nas décadas de 60 e 70, corroborando
com demais pesquisadores (SILVA & PASQUALETTO,2014).

A ECONOMIA DE RECURSOS NATURAIS (ERN), foi constituída junto as


primeiras pesquisas da valoração ambiental, sendo propagada entre os anos de
1960 e 1970, onde tinha por ideia central os meios para o manejo dos recursos
naturais. Um dos principais objetivos era a utilização de recursos renováveis e não-
renováveis em seu máximo aproveitamento de desempenho. Dessa maneira, o
perigo de tornar os recursos naturais à um pleno esgotamento era evidente
(MATTOS et al., 2004).

Já nos anos 70, muitos dos conservacionistas renderam-se à política, por


meio da inexperiência de entender os pleitos ambientais, assim como as suas
demandas, desta forma, originando-se a etimologia da Ecologia Política (SILVA &
PASQUALETTO,2014).

No Brasil, esses movimentos ambientalistas, consolidou-se logo após o


movimento mundial, nas décadas de 70 e 80, carregando ensinamentos das
discussões que vinham ocorrendo na Europa, principalmente nas classes médias e
elite intelectual (SILVA & PASQUALETTO,2014).

Os conceitos da Economia Ambiental, partiram-se nos anos de 1980, onde as


discussões estavam relacionadas a poluição, o qual era notada como uma
consequência extrema do processo de industrialização e poderia ser internalizada
de acordo com os cursos ambientais gerados a partir da precificação do produto final
(MATTOS et al., 2004).
Outrora, uma fração de economias eram favoráveis ao emprego de técnicas
que buscasse a valoração, as mesmas que são realizadas desde o inicio dos anos
80 com o intuito de garantir a seguridade do meio ambiente (SILVA &
PASQUALETTO,2014).

Contudo, a teoria neoclássica ambiental ocorreu com o advento mainstream


econômico, o qual estava obrigado a compelir com os conceitos em seu
direcionamento analítico arrojando-se as problemáticas relacionadas ao meio
ambiente, desta forma, foi necessário que os diagnósticos econômicos, até então
predominante, buscasse alternativas para amenizar essas condições traumáticas
junto aos ecossistemas (ANDRADE, 2008).

Mediante ao surgimento desses movimentos que buscaram dar visibilidade as


consequências do uso irracional desses recursos, a população cientifica e civil
passou a visualizar melhor essas condições, assim como meios e medidas para
arranjar métodos eficientes para redução desses impactos. Dessa forma, à frente de
novas tecnologias, globalização econômica, crescimento da urbanização, consumo
dos recursos hídricos e as condições energéticas, maior poluição do ar em
decorrência da industrialização frenética, geração descontrolada de resíduos sólidos
e líquidos e suas destinações inadequadas, mudou-se a ideia sobre a disposição
dos recursos da natureza de forma significativa, porque até meados do século XX, a
população imaginava que a natureza atendesse a demanda de todos sem haver
impactos na economia e tendo um sistema independente entre si (SILVA;
PASQUALETTO,2014).

O termo da economia ecológica é uma área consideravelmente novo na


ciências, idealizado de forma expressa em 1989 mediante a institucionalização da
International Society for Ecological Economics (ISEE) e com o lançamento da revista
Ecological Economics, que buscava apresentar temas ambientais relacionados a
economia. A idealização de constituição da economia ecológica originou então no
ano de 1987, a partir de uma conferência que foi sediada em Barcelona. Nesses
eventos, os pesquisadores da área, mostraram insatisfeitos com a economia tanto
das ciências da natureza e das ciências econômicas, com a importância da
economia neoclássica em destacar as medidas coerentes para os problemas
ambientais de cunho relevante assim como o destaque reducionista, deixando isso
de forma evidenciada essa linha de pensamento (ANDRADE, 2008).

Na Assembleia Geral da ONU, nas Nações Unidas nos anos de 2000 em


Nova Iorque foi adotado 60 metas que buscava à paz relativa, meio ambiente,
direitos humanos, pobreza, fome e desenvolvimento. Na década de 90, no ano de
1995 a Comissão em desenvolvimento Sustentável dos EUA evidenciou o
desenvolvimento sustentável com enloque nas analise cientificas e suas
contribuições, através da Grande Transição do Grupo de Esboço Global (OLIVEIRA,
2010).

No decorrer dos anos 2000 notou-se uma intensidade no catalizador


econômico, principalmente da Amazônia Legal, atribuído pelo desenvolvimento das
atividades de agropecuária, atividade dos madeireiros, extrativismo mineral sendo
essa uma das regiões no país com incidência de minério e o surgimento de polos
industriais, destacando o crescimento significativo da Zona Franca de Manaus. A
atividade pecuarista, foi uma das áreas de maior evidencia, se expandido em larga
escala, em decorrência da alta de preço das comodities internacionais (GOMES et
al., 2012).

No ano de 2002 chega o ápice mundial em desenvolvimento sustentável,


marcado pela expansão adicional das definições atribuídas nas três vertentes
extensivas, usadas para objetivar o desenvolvimento sustentável, sendo esses:
econômico, social e ambiental (OLIVEIRA, 2010).

Na atualidade, existe uma demanda alta para alteração de padrões que estão
em evolução em meio ao social, onde é notório a importância de destacar o conjunto
de valores que sinalização nosso caminho para busca do desenvolvimento
econômico considerando a as interligações com o ecossistema, que deparou-se com
uma faixa complexa de atravessar que se referem aos limites da biosfera. Esses
paradigma surge com a necessidade de mudança, como um elemento necessário
para rearranjar os procedimentos econômicos, onde o principal enfoque está na
busca de medidas sustentáveis, entendida como a necessidade das gerações da
atualidade atenderem as suas satisfações e demanda, sem que comprometa com a
supressão das atividades das gerações futuras por consequências atuais, visando
sempre um equilíbrio entre a demanda e as produções (MATTOS et al., 2004).
Na atualidade é notório os impactos em decorrente das atividades de séculos
incisivos de extração dos recursos de forma geral. Alguns desses impactos como
buraco na camada de ozônio, desmatamento acelerado das matas naturais,
aquecimento no globo, poluições em rios e mares por atividades humanas, incêndios
florestais danosos a fauna e flora, enfim, uma gama de ações e atividades que
geraram e geram problemas que ajudam ao aparecimento dos desequilíbrios na
natureza e em razão, sendo que, os seres vivos a sofrerem, serão todos que
habitam no planeta (SALVIANO, 2003).

Portanto, apesar de todo esse conhecimento por parte da população a nível


mundial, com os conceitos de desenvolvimento sustentável devidamente debatido e
propagado, cita-se à Conferência da Rio-92, corrobora por incertezas da direção da
sustentabilidade (CAVALCANTI, 1994).

DEFINIÇÕES

Por fatores de mudança entendesse quaisquer eventos naturais ou induzidos


pelo homem que direta ou indiretamente afetam o meio ambiente e sua dinâmica, e
aqueles derivados de ações antrópicas possuem efeitos de maior magnitude.
(ANDRADE, 2008).

Os fatores de mudança (diretos e indiretos) podem ainda ser reclassificados


como endógenos e exógenos, dependendo da influência que tomadores de decisão
têm sobre os drivers de mudanças nos ecossistemas. Os fatores endógenos podem
incluir instituições (direitos de propriedade, barreiras de comércio, por exemplo),
preços e mercados de bens e serviços ambientais (quando existirem),
desenvolvimento tecnológico e políticas macroeconômicas. Os fatores exógenos são
as mudanças de uso e cobertura dos solos, desenvolvimentos científicos, além das
próprias características do sistema natural (ANDRADE, 2008).

A irreversibilidade ocorre quando o ativo ambiental, dada a sua degradação


em função da intensidade de uso, apresenta pouca ou nenhuma capacidade de
regeneração e os benefícios derivados são perdidos para sempre. A incerteza está
associada, muito provavelmente, à ignorância quanto ao funcionamento do
ecossistema. Sendo o futuro desconhecido, este traz consigo custos potenciais se o
ativo ambiental é eliminado e a oportunidade futura é perdida (MARQUES;
COMUNE, 1997).

A singularidade diz respeito à não possibilidade de substituição dos ativos


ambientais no caso de sua extinção. A sua eliminação impede que todo tipo de valor
seja a eles associado. Esta característica está associada às espécies e
ecossistemas únicos e/ou em extinção e ao valor de existência (já que a preferência
é revelada pela preservação de um recurso natural ou pela qualidade ambientai,
sem uma associação direta com uso presente ou futuro) (MARQUES; COMUNE,
1997).

A macroeconomia é um subsistema aberto da biosfera e é totalmente


dependente dela, tanto como fonte de matéria/energia de baixa entropia como
depósito de matéria/energia de alta entropia; desta forma, as trocas físicas que
cruzam a fronteira entre o sistema ecológico total e o subsistema econômico
constituem objeto de estudo da Economia Ecológica (MATTOS et al., 2004).

Na teoria de Schumpeter a evolução do capitalismo se dá através dos


desequilíbrios, nessa teoria não há nada relacionado a degradação ambiental, a
natureza é encarada como fonte de matéria prima , o limite ecológico refere-se ao
bloqueio final, ao desenvolvimento econômico na medida em que se esgotam
reservas capazes de serem exploradas, agora a teoria Marxista se contrapõem as
demais teorias faz crítica ao sistema e busca formas de supera-lo a economia
avança devido a evolução tecnológica e há uma desconsideração para com o meio
ambiente (OLIVEIRA, 2010).

SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade é conceituada como a capacidade de se sustentar, de se


garantir em um determinado processo. Seus estudos têm englobado diversas
relações entre a sociedade e a natureza, têm sido marca registrada das sociedades
contemporâneas e foco das discussões políticas, ideológicas, econômicas e sociais
(SILVA & PASQUALETTO,2014).
O conceito de desenvolvimento sustentável tenta juntar aspirações de
desenvolvimento com a necessidade de preservar os sistemas básicos de suporte a
vida do planeta (OLIVEIRA, 2010).

Expressão surgida no contexto das discussões sobre o desenvolvimento


sustentável, economia da sustentabilidade pode soar a muitos como esotérica; a
outros, como mais uma adição ao rol de termos inacessíveis aos leigos; a outros
mais, como uma expressão do modismo desencadeado pela ênfase sobre o verde; a
outros ainda, como uma inovação vocabular de estética discutível. Talvez ela seja
tudo isso, mas seu sentido é claro. Trata-se de uma preocupação justificada com o
processo econômico na sua perspectiva de fenômeno de dimensão irrecorrivelmente
ecológica, sujeito a condicionamentos ditados pelas leis fixas da natureza, da
biosfera. É uma forma de exprimir a noção de desenvolvimento econômico como
fenômeno cercado por certas limitações físicas que ao homem não é dado elidir. Isto
equivale a dizer que existe uma combinação suportável de recursos para realização
do processo econômico, a qual pressupõe que os ecossistemas operam dentro de
uma amplitude capaz de conciliar condições econômicas e ambientais
(CAVALCANTI, 1994).

Qualquer atividade produtiva pode ser exercida com sustentabilidade. Isto é,


de forma que mantenha a intensidade e a escala de uso dos recursos naturais, não
leve à expansão da área desmatada ou degradada, seja economicamente viável,
bem como social e culturalmente apropriada. Na mesma lógica, qualquer atividade
produtiva, com exceção daquelas que dependem intimamente da floresta nativa em
pé, corre o risco de se tornar insustentável, especialmente na ausência de direitos
de uso claramente definidos e respeitados (GOMES et al., 2012).

VALORAÇÃO

Estudos de valoração tentam traduzir, em termos econômicos, os valores


associados à sustentação da vida, dos bens e serviços proporcionados pelos
ecossistemas naturais para fins recreativos, culturais, estéticos, espirituais e
simbólicos da sociedade humana. Neste sentido, a valoração reflete, sobretudo, a
importância relativa que os seres humanos atribuem aos componentes do meio
ambiente, e não os valores intrínsecos da natureza (CAMPHORA; MAY, 2006).

Determinar o valor econômico de um recurso ambiental é estimar o valor


monetário deste em relação aos outros bens e serviços disponíveis na economia
(MOTTA, 1997).

Sem dúvida alguma, a técnica de valoração ambiental mais controversa é a


avaliação contingente. Esta tem sido largamente utilizada em pesquisas ambientais
no Brasil, dada a sua pretensa capacidade em captar todas as parcelas do valor
econômico dos recursos ambientais (inclusive o valor de existência do bem
valorado) (ANDRADE, 2008).

As disparidades dos valores encontrados nos estudos de valoração


econômica dos recursos naturais parecem ser a regra, especialmente, no que diz
respeito a valores atribuídos à biodiversidade. Dessa forma, a aplicação de valores
obtidos além dos contextos específicos investigados pode resultar em distorções e
imprecisões, fragilizando tentativas de extrapolação ao bioma (CAMPHORA; MAY,
2006).

Outro tipo de valor associado às mudanças ambientais é o valor de não-uso,


de uso indireto ou valor passivo. Tal valor é representado pelo impacto direto da
mudança ambiental sobre a curva de utilidade do indivíduo, independentemente dos
impactos diretos sobre atividades específicas, tais como saúde, segurança ou
produtividade econômica (RIVAS et al., 2006).

A distinção entre os valores que o ambiente detém por si próprio pode ainda
ser dividida em dois grandes grupos que incorporam os chamados valores de uso e
valores intrínsecos. Os valores de uso referem-se ao uso efetivo ou potencial que o
recurso pode prover, enquanto que os valores intrínsecos não estão associados nem
com uso efetivo presente do recurso e nem com as possibilidades de uso futuro. O
valor intrínseco reflete o valor que reside nos recursos ambientais,
independentemente de uma relação com os seres humanos. Este valor é captado
pelas pessoas através de suas preferências na forma de não-uso do recurso. Esta
consideração inclui simpatia e/ou respeito aos direitos ou ao bem-estar de seres que
não o homem, incluindo espécies, ecossistemas, áreas florestais e outros recursos
naturais, cujos valores são devidos à simples existência do bem e do serviço
ambiental, e não estão relacionados ao seu uso (MARQUES; COMUNE, 1997).

CONTEXTUALIZAÇÃO

O crescimento descontrolado da população e a expansão das grandes


indústrias, baseada no uso abusivo dos combustíveis fósseis, abriram caminho para
uma expansão inédita da escala das atividades humanas, pressionando a base
limitada e cada vez mais escassa dos recursos naturais do planeta. A crescente
preocupação com a escassez dos recursos naturais e com o futuro das próximas
gerações fez surgir o conceito de desenvolvimento sustentável, uma solução
conciliadora entre crescimento econômico e o uso sustentável dos recursos naturais
(MAIA et al., 2004).

O fato de grande parte dos recursos ambientais serem de natureza pública,


de livre acesso às pessoas e sem preço definido no mercado, faz com que muitas
vezes sejam condenados a um uso abusivo, inconsciente e descontrolado. Isto
permite que os agentes não internalizem em suas obrigações os custos sociais
ambientais, possibilitando o surgimento de externalidades negativas para a
população. Uma das políticas ambientais proposta pela literatura é aquela que cria
condições para que os agentes econômicos internalizem os custos da degradação
em suas obrigações, e isto pode ser feito através da precificação dos recursos
naturais (MAIA, 2002).

A integração da gestão ambiental a objetivos socioeconômicos tem


proporcionado um maior entendimento sobre a lógica histórica dos modelos
predatórios que definiram as trajetórias dos agentes econômicos. Além disso, o
pensamento econômico revela aportes para procedimentos alternativos orientados
para formas de ocupação do território, ao dar visibilidade a fatores que se
contrapõem aos modelos até então considerados hegemônicos (CAMPHORA; MAY,
2006).

A sustentabilidade é um desafio que se apresenta atualmente, tanto na sua


conceituação, como para sua execução, a sustentabilidade é um conceito vasto e
ambíguo e um fenômeno que necessita de ser estudado e aprofundado. A
sustentabilidade e a economia e as relações que se derivam dessas duas
modalidades (OLIVEIRA, 2010).

No mundo em desenvolvimento, vários são os fatores que contribuem para a


degradação ambiental: além da industrialização tem que se observar o crescimento
populacional, a urbanização acelerada, a poluição, e também há que se notar o
esgotamento dos recursos naturais. Aí é que surge nos países industrializados, uma
maior pressão social sobre os problemas ambientais, isso devido aos índices de
poluição e seus efeitos nocivos à saúde e aos ecossistemas (OLIVEIRA, 2010).

As florestas, assim como outros recursos ambientais, vêm sendo degradados


no Brasil em ritmo acelerado e, em algumas regiões, como a de ocorrência da mata
atlântica, restam apenas áreas degradadas e com pequenos fragmentos florestais.
Diante dessa questão, é necessário que sejam dirigidos esforços para valoração dos
recursos florestais, de forma a garantir a sua proteção por meio de incentivos
econômicos (GOMES et al., 2012).

As atividades produtivas sustentáveis geram serviços ambientais significativos


e contribuem na subsistência e na composição da renda da população mais pobres.
No entanto, possuem pequena relevância na contribuição do PIB regional, não
conseguindo competir economicamente com atividades causadoras de
desmatamento, as quais não internalizam custos ambientais e sociais (GOMES et
al., 2012).

A consolidação dos procedimentos de gestão da compensação ambiental


poderá vir a assegurar um significativo aporte de recursos para a sustentabilidade
econômica dos processos de implantação, gestão e administração das unidades de
conservação federais, estaduais e municipais do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (CAMPHORA; MAY, 2006).

Em uma visão mais crítica, percebe-se que os problemas ambientais e sociais


estão contidos em um ciclo vicioso, ora a degradação ambiental é a causa dos
problemas sociais, ora são os valores sociais que aniquilam a preservação do meio
ambiente. Por exemplo, se considerarmos as ocupações irregulares nas áreas de
risco, como margens de córregos e rios, haverá questionamentos sobre porque
grande parte da população carente que não tem onde morar ocupa essas áreas,
sabendo que estas precisam ser preservadas e que em caso de degradação geram
enchentes, doenças e mesmo risco de vida aos próprios ocupantes. Do outro lado,
ao retirarem essas famílias dessas áreas e transferi-las para um conjunto
habitacional, por exemplo, os problemas sociais só estarão sendo transferidos de
lugar, uma vez que, para construir esses conjuntos habitacionais são necessárias
devastações de grandes áreas que aniquilam ecossistemas (SILVA;
PASQUALETTO,2014).

O tamanho da população e outras variáveis demográficas, por exemplo,


influenciam o consumo de alimentos, fibras, água, energia, abrigo, transporte,
aumentando a pressão humana sobre o meio ambiente. Embora ainda não se tenha
uma perfeita clareza dos impactos que o crescimento da população tem sobre o seu
estado e qualidade, reconhece-se que aumentos nas populações certamente levam
a pressões adicionais sobre a capacidade de os sistemas naturais sustentarem seus
processos ecológicos vitais (ANDRADE, 2008).

A questão principal que se coloca é se não existem limites à expansão do


sistema econômico, dado que desde o pós-Segunda Guerra o ritmo de crescimento
econômico tem se intensificado enormemente, considerando principalmente a
velocidade de ascensão do padrão de produção e consumo de países como China e
Índia (ANDRADE, 2008).

A ideia de que o meio ambiente é fornecedor de materiais e ao mesmo tempo


receptor de resíduos fez com que a análise econômica se preocupasse com temas
ligados à escassez crescente de recursos e também com a poluição gerada pelo
sistema econômico. Nesse sentido, desenvolveram-se duas ramificações da teoria
ambiental neoclássica, quais sejam, a teoria da poluição e a teoria dos recursos
naturais (ANDRADE, 2008).

De modo geral, pode-se dizer que o sistema de preços de mercado (real ou


simulado) não resolve inteiramente o problema de valorar os recursos naturais,
tornando ineficientes as técnicas individuais de valoração, no que se refere,
principalmente, à multiplicidade de fatores envolvidos. Além disso, os métodos não
oferecem as ferramentas para se estimarem os custos da depleção dos recursos
(exauríveis) e as estratégias para gestão de sua exploração. Pergunta-se: Qual a
perda (custo) de seu esgotamento crescente? Qual é o ganho de seu uso
sustentável? Qual a escala máxima de uso dos recursos naturais? Seriam os
benefícios auferidos hoje, sem limite de escala de uso dos recursos, os custos
sociais para gerações futuras, privadas do consumo destes? A busca por técnicas
mais robustas de valoração deve passar necessariamente pela resposta a essas
perguntas (ANDRADE, 2008).

Embora o uso de recursos ambientais não tenha seu preço reconhecido no


mercado, seu valor econômico existe na medida que seu uso altera o nível de
produção e consumo (bem-estar) da sociedade (MOTTA, 1997).

A existência de múltiplas dimensões de valor dos recursos naturais implica a


necessidade de se utilizar análises multicritérios no processo de valoração. No
entanto, essas múltiplas dimensões do valor dos recursos naturais, associadas à
complexidade ecossistêmica, resultam em um número elevado de variáveis e
parâmetros ecológicos, econômicos e sociais, que não podem ser manejados sem
uma ferramenta que os integre em um modelo (ROMEIRO; MAIA, 2011).

Consideramos que a funcionalidade atribuída aos procedimentos de


valoração, na elaboração de políticas e na execução de medidas de regulação dos
padrões de uso dos recursos naturais, ainda é incipiente. Os debates atuais sobre
eficiência, limites e resultados obtidos a partir do uso de instrumentos econômicos
de gestão ambiental (sejam ou não fundamentados em estudos de valoração)
indicam impasses e potencialidades, apontando para a necessidade de um exame
rigoroso acerca das condições e dos propósitos implicados nesses processos
(CAMPHORA; MAY, 2006).

De maneira geral, observa-se que, ao tentar transformar o meio ambiente e


os recursos naturais em um bem público/recurso finito, mediante a sua valoração, é
necessário que se faça todo o levantamento econômico da população da área de
estudo, assim como de seus aspectos socioeconômicos locais. O cálculo, para
análise da disposição que as pessoas teriam a pagar pela preservação dos recursos
e serviços naturais, depende dos aspectos econômicos e sua consequente
interferência no bem-estar (CAMARGO et al., 2018).

Políticas ambientais refletem o resultado de um diferente conjunto de valores:


valores econômicos diferentes em termos da disposição para se pagar por um bem
ou serviço, incluindo os ambientais; valores morais diferentes em termos de direitos
humanos e direitos sobre o uso da natureza; e até mesmo valores espirituais,
diferentes em termos de se exercer controles para limitar populações humanas e
presumivelmente, causas humanas na degradação do meio ambiente (FURIO,
2006).

As decisões quanto à gestão da biodiversidade nos diferentes níveis de


agregação territorial e categorias de bens e serviços são necessariamente distintas.
Para aqueles recursos que geram benefícios percebidos principalmente pelo usuário
direto, a decisão de conservá-los ou não, é resultado de uma percepção de ganho
financeiro privado quando comparado com outros usos do solo ou do meio aquático.
O que dificulta neste caso é que a maioria destes benefícios não tem valor de
mercado ou são realizáveis somente à longo prazo, não sendo possível a
mensuração no horizonte temporal do usuário, que na maioria das vezes é orientado
ao imediatismo resultante de altas taxas de juros no mercado. As complexas
interconexões entre os processos ecossistêmicos e a geração de produtos
comercializáveis ou de subsistência não são sempre evidentes ao usuário dos
recursos naturais, o que provoca sua exaustão ou degradação (FURIO, 2006).

Os proprietários rurais que respeitam a lei deveriam receber compensação


financeira pela preservação de suas APPs. A APP gera serviços ambientais para
todos, inclusive para os que não cumprem a lei. Entre esses serviços, pode-se citar:
a proteção dos recursos hídricos e do solo, a regulação climática e a qualidade do
ar, a biodiversidade e o sequestro de carbono. Este último já com perspectiva de
ganho econômico, porém ainda há muita indefinição, sobretudo quando se trata de
vegetação nativa e pequenas áreas. Dessa forma, acredita-se que há a necessidade
de alguma forma de benefício econômico para que esses proprietários rurais
mantenham a vegetação nativa nas áreas determinadas pela legislação. Como os
benefícios gerados pela manutenção das APPs são para toda a sociedade, uma
solução seria ela pagar para sua proteção. (GOMES et al., 2012).

ECONOMIA AMBIENTAL NEOCLÁSSICA

Apresentam-se os fundamentos da economia ambiental neoclássica


(Environmental Economics), que é uma tentativa de incorporação da problemática
ambiental e de critérios de sustentabilidade por parte do mainstream econômico, e
da economia ecológica (Ecological Economics), uma corrente ainda não-influente no
pensamento econômico que tenta ampliar o escopo da análise dos problemas
ambientais, reivindicando a contribuição de outras disciplinas com o objetivo geral de
apresentar uma visão sistêmica sobre a relação meio ambiente-economia
(ANDRADE, 2008).

Para a economia neoclássica, cuja idéia de valor está ancorada à teoria do


valor-subjetivo, em que a utilidade derivada do consumo dos bens e serviços
disponíveis define, em última instância, o comportamento dos consumidores, o bem-
estar é o fim último do agente econômico e a maximização da utilidade é o meio que
dispõe para se atingir tal fim (ANDRADE, 2008).

Na economia ambiental neoclássica, o meio ambiente é neutro e passivo e o


seu instrumental está voltado para a mensuração dos impactos negativos causados
pelo sistema econômico (ANDRADE, 2008).

Na disciplina de economia, a problemática ambiental é tratada no âmbito da


economia neoclássica como “economia ambiental”. Os críticos dessa corrente de
análise se agrupam na corrente alternativa chamada de “economia ecológica”
(ROMEIRO; MAIA, 2011).

ECONOMIA ECOLÓGICA

A economia ecológica, por sua vez, rejeita a visão da economia ambiental


neoclássica, propugnando que a desconsideração dos aspectos biofísicos-
ecológicos do sistema econômico leva a uma análise parcial e necessariamente
reducionista das interfaces entre economia e meio ambiente. Em termos
metodológicos, a economia ecológica oferece um approach pluralista, no qual se
procura integrar a contribuição de várias perspectivas teóricas para se enfrentar a
problemática ambiental (ANDRADE, 2008).

Assim, a economia ecológica traz implícita a ideia de uma agenda de


pesquisa verdadeiramente transdisciplinar, cujo fulcro pode ser associado ao
objetivo último do desenvolvimento sustentável, entendido como a equidade intra e
intergeracional (ANDRADE, 2008).

A economia ecológica, diferentemente da economia ambiental neoclássica,


explicita as trocas de matéria e energia entre o sistema econômico e o meio
ambiente. Isto é, para os economistas ecológicos a análise do sistema econômico
não pode desconsiderar os fundamentos biofísicos-ecológicos que regulam o
sistema natural que sustenta e fornece matéria e energia para o sistema econômico
(ANDRADE, 2008).

ECONOMIA GERAL

A economia não pode ser vista como um sistema dissociado do mundo da


natureza, pois não existe atividade humana sem água, fotossíntese ou ação
microbiana no solo (CAVALCANTI, 1994).

A economia atual baseia-se na dinâmica capitalista de acumulação, marcada


pela criação através do marketing da criação incessante de novas necessidades de
consumo. Com a Revolução industrial a capacidade humana de intervenção na
natureza deu um salto e continuou a aumentar até hoje. Além dos desequilíbrios
ambientais decorrentes dessa capacidade de intervenção o uso intensivo de
grandes reservas de combustíveis fósseis abriu caminho para uma expansão inédita
do consumo em escala e de atividades que pressionam a base dos recursos
naturais. Assim a capacidade de carga do planeta está no limite (OLIVEIRA, 2010).

O pensamento econômico aplicado à implementação e gestão do Sistema


Nacional de Unidades de Conservação não comporta soluções triviais, e nos reporta
ao desafio de consolidar critérios de análise compatíveis com a diversidade biológica
de cada bioma e com os serviços ambientais gerados no âmbito das distintas
categorias de unidades de conservação (CAMPHORA; MAY, 2006).

Alguns resultados obtidos através da análise socioeconômica são compatíveis


com o pensamento do gestor das políticas públicas, apesar das limitações dos
mecanismos de mercado para atribuir valor financeiro a bens e serviços que
carecem de preço. Nesse sentido, a valoração ambiental confere aportes a uma
percepção social ampliada para o entendimento sobre prioridades relacionadas à
manutenção e recuperação dos benefícios ambientais disponibilizados pelos
ecossistemas (CAMPHORA; MAY, 2006).

Algumas correntes de economistas têm procurado desenvolver conceitos,


métodos e técnicas que objetivam calcular os valores econômicos detidos pelo
ambiente. Destacam-se: a economia do meio ambiente e dos recursos naturais, que
repousa nos fundamentos da teoria neoclássica; a economia ecológica que se apoia
nas leis da termodinâmica e procura valorar os recursos ecológicos com base nos
fluxos de energia líquida dos ecossistemas e finalmente, a economia institucionalista
que procura abordar a questão em termos dos custos de transação incorridos pelos
elementos (instituições, comunidades, agências, públicos em geral) do ecossistema,
na busca de uma determinada qualidade ambiental (MARQUES; COMUNE, 1997).

ECONOMIA DOS RECURSOS NATURAIS

Os principais problemas ambientais, tais como mudança climática e perda de


biodiversidade, representam desafios para as ciências econômicas, no sentido de
que o seu instrumental analítico deve ser capaz de fornecer respostas consistentes
que apontem para uma relação mais harmônica entre meio ambiente e sistema
econômico (ANDRADE, 2008)

A perda da biodiversidade e a degradação dos ecossistemas continuam,


apesar de formuladores de política, administradores, ONGs e empresas no mundo
todo estarem buscando formas de interromper a corrente. Existem várias razões
para essa perda, mas motivadores econômicos perversos, como as falhas de
mercado, assimetria de informação e falhas de políticas são fatores significativos. Os
mercados tendem a não alocar valores econômicos aos grandes benefícios públicos
da conservação, mas o fazem quanto aos bens e serviços privados, cuja produção
pode resultar em dano aos ecossistemas. 3

Atividades econômicas são, desse modo, planejadas sem levar em conta


essas externalidades ambientais e, consequentemente, os padrões de consumo das
pessoas são forjados sem nenhuma internalização dos custos ambientais. O
resultado é um padrão de apropriação do capital natural onde os benefícios são
providos para alguns usuários de recursos ambientais sem que estes compensem
os custos incorridos por usuários excluídos. Além disso, as gerações futuras serão
deixadas com um estoque de capital natural resultante das decisões das gerações
atuais, arcando os custos que estas decisões podem implicar (MOTTA, 1997).
O sistema econômico interage com o meio ambiente, extraindo recursos
naturais (componentes estruturais dos ecossistemas) e devolvendo resíduos
(ANDRADE, 2008).

Fonte: Mueller (2007:465) Procurar

A questão sobre como mudanças na qualidade ambiental afetam os pobres


tem estado no centro do debate sobre políticas ambientais. A economia tradicional
entende que qualidade ambiental é um bem de luxo muito caro para que as pessoas
pobres possam pagar, especialmente as sociedades consideradas de subsistência
(RIVAS et al., 2006).

Por exemplo, os pobres de cidades como Beijing e Cidade do México sofrem


de maneira proporcionalmente maior devido à poluição do ar. Os nômades no
deserto subsaariano são dramaticamente atingidos pela expansão da desertificação.
Da mesma maneira, os pobres que residem em áreas baixas, como a do delta do rio
Ganges, são mais vulneráveis ao impacto global das mudanças climáticas, tais
como aumento do nível do mar e aumento da frequência e intensidade de
tempestades tropicais. Será que o que os economistas ambientais tendem a chamar
de valor de uso direto das mudanças ambientais está começando a ser reconhecido
como importante? Esse reconhecimento se dá particularmente por meio de impactos
sobre saúde humana e diminuição da produtividade das atividades econômicas
(RIVAS et al., 2006).
No caso dos bens ambientais transacionados no mercado (insumos materiais
e energéticos), a escassez crescente de um determinado bem se traduziria
facilmente na elevação de seu preço, o que levaria a introdução de inovações que
permitem poupá-lo e, no limite, substituí-lo por outro recurso mais abundante
(ROMEIRO; MAIA, 2011).

As falhas de política surgem devido a incentivos que encorajam uma ação


prejudicial. Incentivos fiscais e subsídios podem levar a que o mercado trabalhe para
a destruição do capital natural, até mesmo quando os ativos naturais oferecem um
fluxo sustentável de serviços para a economia e para a sociedade. Subsídios
ambientalmente prejudiciais prejudicam práticas ambientais sólidas, uma vez que
encorajam outras atividades menos desejáveis. A pesca é um exemplo. Este tipo de
subsídio com frequência é economicamente ineficiente, incitando uma crescente
demanda para reforma. 3

Esse otimismo no que se refere à degradação ambiental está em contraste


com a chamada perspectiva da economia política, a qual aponta que a causa dos
impactos negativos sobre o meio ambiente é, em última instância, a dependência
das sociedades em relação à contínua ampliação de sua base produtiva. Segundo
essa abordagem, o conflito existente entre sociedade e ecossistemas apenas será
resolvido com a reestruturação radical da sociedade e a imposição de limites à
hegemonia da produção (ANDRADE, 2008).

Com relação ao crescimento econômico, é certo que a sua distribuição por


países e setores tem um profundo impacto sobre a integridade do meio ambiente. O
comércio internacional, os fluxos de capital e os padrões tecnológicos são elementos
cruciais para o crescimento global e determinam a magnitude da escala do sistema
econômico e seus impactos sobre o meio natural. O grau de interconexão propiciado
por fenômenos como a globalização leva a mudanças dramáticas nos estilos de vida
e nos padrões de consumo, afetando a capacidade de suporte dos sistemas naturais
(ANDRADE, 2008).

De acordo com o que a teoria econômica concenciona, o uso de recursos


naturais quase sempre gera economias externas negativas no sistema econômico.
Essas externalidades não são totalmente captadas no sistema de preços, porque a
segurança dos direitos de propriedade ou uso desses recursos resultam em altos
custos de transação devido à dificuldade técnica ou cultural de fixar direitos
exclusivos e rivais. Sendo assim, não é possível estabelecer relações de troca entre
esses direitos que garantam o uso ótimo dos recursos (MOTTA, 2011).

A economia dos recursos naturais, por sua vez, considera o meio ambiente
sob a ótica de provedor de recursos ao sistema econômico. Nesse ramo da teoria
ambiental neoclássica, procura-se responder a questões referentes ao padrão ótimo
de uso desses recursos, qual o manejo adequado dos recursos renováveis e qual a
taxa ótima de depleção dos recursos não-renováveis (ANDRADE, 2008).

A economia dos recursos naturais parte do princípio de que a questão do uso


dos recursos naturais deve ser resolvida através de um problema de alocação
intertemporal de sua extração. Essa alocação deveria ser determinada com base na
maximização dos ganhos obtidos com a extração do recurso ao longo do tempo,
usando-se os conceitos de custo de oportunidade e desconto para se determinar a
taxa ótima de extração (ANDRADE, 2008).

A primeira corrente considera que o meio ambiente (seja como fonte de


insumos não renováveis, seja como provedor de serviços ecossistêmicos) não
representa, no longo prazo, um limite absoluto à expansão da economia.
Inicialmente, ele nem sequer aparecia em seus esquemas analíticos. Por exemplo,
na especificação da função de produção, apenas o capital e o trabalho são
considerados (ROMEIRO; MAIA, 2011).

No caso da economia da poluição, a principal questão é quais são os critérios


empregados para se valorar as externalidades (poluição) geradas e incorporá-las ao
cálculo econômico dos agentes. A economia ambiental neoclássica atribui esses
valores com base em seus princípios de utilidade e disposição a pagar,
desenvolvendo uma série de técnicas de valoração (ANDRADE, 2008).

Em outras palavras, o sistema econômico é visto como suficientemente


grande para que a disponibilidade de recursos naturais (RN) possa representar uma
restrição à sua expansão, mas uma restrição apenas relativa, superável
indefinidamente pelo progresso científico e tecnológico (ROMEIRO; MAIA, 2011).

Em se tratando dos serviços ecossistêmicos, em geral não transacionados no


mercado devido a sua natureza de bens públicos (ar, água, ciclos bioquímicos
globais de sustentação da vida, capacidade de assimilação de rejeitos etc), esse
mecanismo de mercado falha. Tal falha se configura como uma “externalidade
negativa”, isto é, a degradação ambiental provocada pelo uso de determinado
recurso natural por um dado agente econômico, e provoca efeito negativo no bem-
estar de outro agente econômico, o qual não tem direito de ser compensado por
isso, dado que não é proprietário do recurso (ROMEIRO; MAIA, 2011).

Fonte: (ROMEIRO; MAIA, 2011).

Reconhece-se, entretanto, que é uma ficção a concepção de uma curva


suave de custos marginais da degradação, que ignora o fato de que os impactos
ambientais evoluem de modo imprevisível devido à existência de efeitos sinérgicos,
de tresholds e de reações defasadas. Apesar dessa limitação, a política ambiental
mais eficiente é aquela que cria as condições, por meio da precificação (taxação),
para que os agentes econômicos internalizem os custos da degradação provocada
(ROMEIRO; MAIA, 2011).

A segunda corrente de interpretação é representada principalmente pela


chamada Economia Ecológica, a qual enxerga o sistema econômico como
subsistema de um todo maior que o contém, impondo uma restrição absoluta à sua
expansão. Capital e recursos naturais são essencialmente complementares. O
progresso científico e tecnológico é visto como fundamental para aumentar a
eficiência (ecológica) na utilização dos recursos naturais em geral (renováveis e não
renováveis) e, nesse aspecto, essa corrente partilha com a primeira a convicção de
que é possível instituir uma estrutura regulatória baseada em incentivos econômicos
capaz de aumentar imensamente essa eficiência. Permanece, porém, a discordância
fundamental em relação à capacidade de superação indefinida dos limites
ambientais globais. No longo prazo, dessa forma, a sustentabilidade do sistema
econômico não é possível sem estabilização dos níveis de consumo per capita de
acordo com a capacidade de carga do planeta (ROMEIRO; MAIA, 2011).

Fonte: (ROMEIRO; MAIA, 2011).

A questão central para essa corrente de análise é, nesse sentido, como fazer
com que a economia funcione considerando a existência desses limites. O
mecanismo de ajuste, proposto pelo esquema analítico da economia ambiental
neoclássica por definição, desconsidera a existência de tais limites, supondo a
possibilidade de substituição ilimitada dos recursos que se tornam escassos por
recursos abundantes (ROMEIRO; MAIA, 2011).

O cenário global apresenta deficits econômicos substanciais que caracterizam


a situação das áreas protegidas em nível mundial; nessas circunstâncias, deve-se
priorizar abordagens não convencionais e diversificadas. A lacuna nos custos do
sistema mundial de áreas protegidas é estimada em cerca de 23 bilhões de
dólares/ano (ROMEIRO; MAIA, 2011).

SOLUÇÕES

É necessário observar a capacidade de intervenção humana na natureza e a


noção de limites. Mais do que políticas públicas e leis que resguardem o meio
ambiente é necessário em primeira instancia solidificar o conceito de sustenta-
bilidade é a partir daí estabelecer regras que devem ser respeitadas por todos os
países, afinal este não é um problema isolado, mas um problema de âmbito mundial.
Contar somente com um setor produtivo eficiente não é mais o suficiente. As
estratégias competitivas dependem de viabilizar meios e estratégias para reagir a
mudanças no meio ambiente e aproveitar oportunidades de lucro (OLIVEIRA, 2010).

É preciso gerir sistemas produtivos dentro da ótica sistêmica que a visão


moderna requer, através de uma estratégia ofensiva, que vise à oferta de novos
produtos e ainda uma inovação nos procedimentos para melhorar a posição na com-
petição pelo mercado. Inovar significa obter produtos e processos que tragam maior
competitividade para a cadeia produtiva (OLIVEIRA, 2010).

É evidente a falta de iniciativa e de apoio à preservação do meio ambiente, e


a urgência de alternativas para contrapor o desenvolvimento predatório e excludente
que se instala. Assim temos que buscar mudar as dinâmicas de mercado,
oferecendo produtos diferenciados, substituindo os já escassos, também deve-se
barrar o avanço capitalista, consumista que não corresponde a ótica sustentável.
Não existe apenas uma solução, mas um conjunto de fatores que apontam o
caminho a ser trilhado (OLIVEIRA, 2010).

Agricultura Familiar. E um exemplo de técnica tida como ecologicamente


correta e que estaria cumprindo com o desenvolvimento sustentável (OLIVEIRA,
2010).

CÁLCULOS

Métodos diretos de valoração

Os métodos diretos de valoração estimam o valor econômico do recurso


ambiental a partir da própria disposição a pagar da população para bens e serviços
ambientais. Estes métodos partem do pressuposto que a variação da quantidade ou
da qualidade do recurso ambiental irá afetar os padrões de bem estar das pessoas.
Com a variação de bem estar, podemos estimar a disposição a pagar das pessoas
para evitar; ou a disposição a receber para aceitar as alterações do ambiente (MAIA,
2002).
DAP direta

A maior limitação dos métodos de valoração se encontra na ineficiência para


estimação de valores que não se relacionam ao uso dos recursos ambientais, pois
não há um mercado que englobe estes tipos de valores. As pessoas podem sentir
satisfação na mera existência de recursos ambientais, como uma praia, rio ou lago,
mesmo sem utilizá-los ativamente. Para a estimação econômica destes valores de
não uso, acredita-se que um método de DAP direta possa trazer as informações
significantes, através de questionamento individual dos valores que a população
atribui àquele recurso. A DAP será a estimativa do valor total do recurso ambiental
para a pessoa, representando tanto os valores de uso como os de existência. A
avaliação contingente é o exemplo claro deste tipo de metodologia (MAIA, 2002).

Avaliação Contingente

O método de avaliação contingente (MAC) é um método direto de valoração


econômica aplicado a bens e serviços não existentes no mercado. As pessoas são
interrogadas sobre suas disposições a pagar (DAPs) para evitar/corrigir, ou a
receber para aceitar a alteração na provisão de um bem e serviço ambiental, mesmo
que nunca o tenha utilizado antes. Embora seja criticado por muitos autores, em
muitos casos é o único método capaz de captar valores de existência de bens e
serviços ambientais, e é adaptável à maioria dos problemas ambientais. A aplicação
da metodologia e suas limitações serão estudadas detalhadamente no próximo
capítulo (MAIA, 2002).

DAP indireta

Neste grupo os métodos obtêm indiretamente a disposição a pagar das


pessoas para bens e serviços ambientais recorrendo a um mercado de bens
complementares. Como exemplos de bens complementares podemos citar a
qualidade da água do mar que determina o número de visitas a uma praia, e a
poluição sonora que influencia o preço das residências em uma região (MAIA, 2002).

Produtividade Marginal

O método de produtividade marginal atribui um valor ao uso da biodiversidade


relacionando a quantidade ou a qualidade de um recurso ambiental diretamente à
produção de outro produto com preço definido no mercado. O papel do recurso
ambiental no processo produtivo será representado por uma função dose-resposta,
que relaciona o nível de provisão do recurso ambiental ao nível de produção
respectivo do produto no mercado. Esta função irá mensurar o impacto no sistema
produtivo dada uma variação marginal na provisão do bem ou serviço ambiental, e a
partir desta variação, estimar o valor econômico de uso do recurso ambiental. Como
exemplo de função dose-resposta, podemos citar o nível de contaminação da água
representando a dose de poluição, e a queda da qualidade dos rios e a consequente
diminuição da produção pesqueira representando a resposta (MAIA, 2002).

Cálculos

O valor econômico dos recursos ambientais (VERA) pode ser decomposto em


valor de uso (VU) e valor de não uso (VNU) e se expressa da seguinte forma:
(MOTTA, 2011).

VERA = (VUD + VUI + VO) + VE

onde:

Valor de Uso Direto (VUD): valor que os indivíduos atribuem a um recurso


ambiental pelo fato de que dele se utilizam diretamente (MOTTA, 2011).

Valor de Uso Indireto (VUI): valor que os indivíduos atribuem a um recurso


ambiental quando o benefício do seu uso deriva de funções ecossistêmicas
(MOTTA, 2011).

Valor de Opção (VO): valor que o indivíduo atribui à conservação de recursos,


que podem estar ameaçados, para usos direto e indireto no futuro próximo (MOTTA,
2011).

Valor de Não-Uso, Passivo ou Valor de Existência (VE): valor que está


dissociado do uso (embora represente consumo ambiental) e deriva de uma posição
moral, cultural, ética ou altruística em relação aos direitos de existência de outras
espécies que não a humana ou de outras riquezas naturais, mesmo que essas não
representem uso atual ou futuro para ninguém (MOTTA, 2011).

DADOS
A bacia amazônica, que abrange ecossistemas florestais e savânicos, ocupa
uma área de cerca de 5 milhões de km², incluindo a metade noroeste de Goiás.
Esse imenso território abriga potencialidades naturais, cujas dimensões e
características tanto propiciam um amplo leque de oportunidades de
desenvolvimento sustentável, quanto estabelecem limites e condições ao modelo de
desenvolvimento. As oportunidades de desenvolvimento sustentável na Amazônia
podem ser resumidas em três conjuntos estratégicos, os patrimônios biológico,
hidrológico e geológico (Ministério da Integração Nacional; Ministério do Meio
Ambiente,2004):

Patrimônio biológico.

A Amazônia abriga um terço das florestas tropicais úmidas do Planeta, que


concentram 50% da diversidade biológica mundial e apresentam imenso potencial
genético, princípios ativos de inestimável interesse econômico e social e oferta de
produtos florestais com alto valor no mercado. O maciço florestal é administrado, em
sua maior parte, por um mesmo Estado nacional. Seus habitantes acumularam
conhecimento singular sobre suas características e seu funcionamento. Assim, o
patrimônio biológico representa grande potencial ecológico, econômico e político, de
importância estratégica regional, nacional e internacional (Ministério da Integração
Nacional; Ministério do Meio Ambiente,2004).

Patrimônio hidrológico.

A bacia hidrográfica estende-se por mais de 6 milhões de km² e reúne mais


de 1.100 afluentes. Pela bacia do rio Amazonas flui cerca de 15% da água doce não
congelada do planeta, recurso cada vez mais escasso, e 80% da água disponível no
território brasileiro. O potencial hidrelétrico é fundamental para o País. A bacia
dispõe, ainda, de vastos recursos pesqueiros e potencial excepcional para a
aquicultura (Ministério da Integração Nacional; Ministério do Meio Ambiente,2004).

Patrimônio pedológico/geológico.

A Amazônia possui meio bilhão de hectares de solos de aptidão agrícola


variada, cerca de um quinto dos quais aberto, um subsolo com gigantescas reservas
de minérios tradicionais em exploração (ferro, bauxita, ouro, cassiterita) e
ocorrências de minérios com potencial para novas aplicações tecnológicas (nióbio,
manganês, titânio) (Ministério da Integração Nacional; Ministério do Meio
Ambiente,2004).

Há forte potencial de mercado da biodiversidade contida nas florestas,


várzeas, cerrados e rios amazônicos, que possuem 33 mil espécies de plantas
superiores, sendo pelo menos 10 mil com uso medicinal, cosmético ou como
bioinseticida, e 300 espécies de frutas comestíveis, além da rica fauna silvestre
(Ministério da Integração Nacional; Ministério do Meio Ambiente,2004).

Os principais produtos florestais utilizados para auto-consumo alimentar são


açaí, araçá, araticum, babaçu, bacaba, bacuri, biribá, buriti, buritirana, cacau, caju,
camu-camu, cupuaçu, graviola, jambo, jenipapo, mamorana, mangaba, murici,
pequi, pitanga, pupunha, sapota, taperebá, umbu e uxi. Embora nenhum deles tenha
valor de produção elevado, a amplitude do conjunto expressa sua importância. Os
produtos de uso medicinal incluem andiroba, copaíba e inúmeras plantas. Esses
produtos também são vendidos em mercados locais e regionais. Outros produtos
florestais são utilizados localmente como fonte de combustível, material de
construção, como no caso das palmeiras, e matéria-prima para bens de consumo
não mercantis (Ministério da Integração Nacional; Ministério do Meio
Ambiente,2004).

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS NAS CONFERÊNCIAS

DE MEIO AMBIENTE
Fonte: (CAMARGO et al., 2018).
Fonte: (MOTTA, 2011).

Os usos e não-usos dos recursos ambientais encerram valores, os quais


precisam ser mensurados para se tomarem decisões informadas quanto aos usos e
não-usos diversos e até mesmo quando são conflitantes, ou seja, quando um tipo de
uso ou de não-uso exclui, necessariamente, outro tipo de uso ou não-uso. Por
exemplo, o uso de uma praia para diluição de esgoto exclui (ou pelo menos limita)
seu uso para recreação (MOTTA, 2011).
(retirado de FURIO, 2006) Adaptar as referências.......... as ref. Do autor estão
abaixo.
Fonte: (FURIO, 2006).
Fonte: (MAIA, 2002).

Fonte: (GOMES, 2012).


Fonte: (GOMES et al., 2012).
Amazônia

Fonte: (GOMES et al., 2012).


Panorama Geral Amazônia
Fonte: (GOMES et al., 2012).

REFERÊNCIAS
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sustentável sob a ótica dos pilares: ambiental social e econômico, estudos,
Goiânia, v. 41, especial, p.107-118, set. 2014

RIVAS, Alexandre; CASEY, James F.; KAHN, James R. A preservação ambiental é


um bem de luxo?: um estudo sobre o valor de ecossistemas de várzea na
Amazônia, Planejamento e políticas públicas, 2006.

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sigla em inglês), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Centro de
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